Closer escrita por lekrisbian, AnnaLiih


Capítulo 6
Capítulo 5 : Uma Amiga ou Um Problema?




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– Me diga o que sentiu, mais uma vez, quando teve aquela visão Nessie... – pediu Alice novamente para minha filha.

– Eu já disse! Eu dormi e sonhei... Mas foi beeeeeem mais real! Era como se eu estivesse lá! Dãã. - Renesmee falou, como se tentasse explicar algo para uma criança de sua idade, me fazendo rir. 

– Ok, ok. Mas quero que me diga o que exatamente aconteceu... O que sentiu... Tudo! 

Alice estava conversando com Nessie para tentar entender um pouco de seus poderes e o que ela estava sentindo. Depois de ter achado-a na floresta e ela ter vindo para nossa casa, digamos que mudou bem o clima. Tenho que confessar que tudo ficou mais animado. Alice parecia uma criança... Uma garotinha, brincando com Nessie, e ela adorou! Claro também que sabia dar uma de responsável e inteligente, era o que estava fazendo agora. Edward a aceitou de uma maneira tão agradável que eu estranhei. Era como se os dois fossem irmãos. E é claro, Alice também me conquistou. A cada minuto que passa descubro algo bom nela, já somos amigas! E isso é muito difícil de eu, Isabella Volturi dizer, já que a única amiga que tenho, e que confio a minha vida, é a Jane. 

Alice passou a mão em seu cabelo curto distraidamente, enquanto esperava uma resposta de Nessie. Eu e Edward observávamos.

– Tá. Bem, eu dormi. – Renesmee começou. 
– Sim... – Alice a encorajou. 

– Daí eu me lembro de ver tudo aquilo. Primeira mamãe estava presa... Sabe, em uma corrente, e pendurada! Daí o papai entrou na sala, e tava tudo escuro! E começou a lutar com um monte de homens... Mas eu não consegui ver o rosto de ninguém! 
Ela se arrepiou toda, minha vontade era de abraçá-la e fazê-la esquecer tudo isso. Pra que torturá-la tanto? Percebendo o que eu queria, Edward segurou meu braço, em um aperto firme e me deu um olhar de alerta. Olhei para ele com ódio enquanto puxava meu braço de sua mão, bufei, e com o coração apertado, assistia sem intervir meu bebe, narrando minha morte. 

– Era estranho, tia Alice... Por que eu não me via ali, e também ninguém me via! Era como se eu estivesse lá, mas não estivesse no mesmo tempo. Então eu só vi... – Nessie fechou os olhos – Vi quando... – lágrimas escorriam pela sua face – Mataram papai e depois o grito de mamãe que tinha visto... 

– CHEGA! – gritei. E corri para pega-la no colo. – Não estão vendo? Isso já é demais! 
– Bella tem razão. Quem sabe outro dia, talvez, quando Renesmee estiver mais calma... 
– Me desculpa... – ouvi Alice sussurrando, enquanto eu ninava Nessie em meus braços. – Acho que fui longe demais... Não foi minha intenção. Perdoe-me. 

– Tudo bem Alice. – Edward colocou uma de suas mãos em seu ombro – Bella, por que não deixamos Nessie dormir um pouco? Ela deve estar cansada... – Edward sugeriu vendo Nessie encolhida em meus braços.

– Sim, sim. Vou levá-la para o seu quarto. – Murmurei acomodando Renesmee, que parecia estar mesmo com sono. – Alice...? – Chamei-a, fazendo um sinal para que ela me seguisse. Comecei a andar em direção ao quarto de Nessie e ela veio atrás de mim.
Não foi muito difícil fazê-la dormir. Relembrar o seu pesadelo havia realmente a deixado nervosa e cansada. Fora quase um milagre não ter ocorrido nada fora do normal enquanto ela falava... 
– Me desculpe, Alice. Mas eu não podia ver o meu bebê daquele jeito e não fazer nada... – Falei sentando-me no pequeno sofá que havia no quarto. Ela se sentou ao meu lado pondo sua mão em meu ombro.

– Tudo bem, Bella. Eu entendo perfeitamente. Acho que a minha curiosidade passou um pouco dos limites... – Ela riu timidamente observando Renesmee dormindo, me fazendo sorrir um pouco também.

– Alice eu tenho medo. Muito medo. – confessei. Ela me olhou com uma expressão indecifrável. Não de: tudo bem, tudo vai dar certo. Mas como se fosse à única pessoa no mundo que soubesse o que eu estou passando. 

– Você... Você pode me contar tudo o que está acontecendo? Realmente? Bella... – Alice me olhou nos olhos. – Eu quero ajudar. Eu preciso ajudar. Sinto que com vocês aqui... Estou entre uma família. Sabe quanto tempo não sinto isso? … sempre uma sensação se abandono... … horrível. E agora que tenho vocês não quero perde-los mesmo. Confie em mim. – suplicou.


– Alice, claro que confio em você. Imagino o quanto tenha sido difícil sua vida... 

– Você nem imagina...

– Mas, está mesmo disposta? Eu não sei o que irá me acontecer amanhã... Ou até mesmo daqui a um minuto. E temo por isto. … como se eu estivesse em uma jaula. Ou melhor. Como se eu fosse uma boneca, e alguém controlasse todos meus movimentos. A qualquer hora algo horrível pode acontecer. Não só minha vida, a de Edward e a de Nessie estão em perigo. Mas como a de todos... Do mundo. 

… algo mais astuto, é algo muito mais perigoso. Algo que quer destruir meu bebê e acabar com o universo. Não sei como é, nem o porquê. Sinto que estou perto de descobrir... Enfim, você tem que me dizer. Está mesmo disposta a tudo isso? A arriscar sua existência... Por nós? 

– Estou. – respondeu firme me fazendo sorrir.

– Estou muito triste com sua resposta. – falei e ela sorriu.

– Fazer o que... Eu desperto nos vampiros seus instintos mais primitivos de preservação sobre mim... – brincou. – Agora me explica tudo. Tudo, mesmo. 

E eu contei. Contei tudo. 

Desde o dia em que resgatamos Nessie e presenciamos a morte de seus pais, nossa vinda para Forks, o sonho, as câmeras... Tudo. Alice prestava muita atenção a todos os detalhes. 

– Calma ai... Esse Aro, você disse que é o líder dos Volturi e seu tio... Mas como isso pode ser? Vocês foram criados na mesma época? – Alice me interrompeu uma vez.

– Bem... …. Talvez... Não me lembro direito... Faz muito tempo. E minhas lembranças de quando eu era humana... Você já sabe. …... Não lembro meus pais, definitivamente não de minha mãe. Acho que nem cheguei a conhecê-los. Mamãe morreu no meu parto... E meu pai, pelo que meu tio me contara, ele havia abandonado minha mãe assim que descobriu que ela estava grávida. 

- Sinto muito... – Ela disse em um sussurro sincero. Sorri levemente e ela fez um sinal para que eu continuasse.

- Eles moravam aqui, nos Estados Unidos. Eu nasci aqui... – Lembrei, me sentindo estranha, pelo fato de eu só ter lembrado disso nesse momento. E o mais estranho, é que eu conseguia me lembrar de mais coisas. – Na realidade, Aro não é exatamente meu tio. Ele é mais como um... Eu não sei... tio-avô, talvez... A única coisa que tenho certeza é de que pertencemos à mesma família. 

– Hum.

– Ok, pode falar. … totalmente confuso. 

– Não! Bem, é. Mas estou acompanhando tudo... – Alice sorriu.

– Então é isso. – suspirei. – Totalmente maluco né? Mas essa é a história. Resumindo, eu e Edward somos tipo que guardiões de Nessie, e temos a obrigação de protegê-la. 

– Posso perguntar o por quê? Desculpa-me... Mas, o que nós, vampiros, iríamos querer de Nessie? 

– Na verdade, nem eu sei direito a resposta. Ela só precisa ser protegida. Os Hathwish estão atrás dela, talvez pelos seus poderes, por apresentar uma ameaça à sociedade. Ou até outra coisa! Uma Lykkeh pode não ser um vampiro, mas nossas espécies são descendentes... E ela é a última dessa geração, entende? 

– Sim... – respondeu imersa a pensamentos. 

– Nunca, em toda existência, existiu uma briga entre Hathwish e Vampiros. E derrepente isso acontece. … estranho para todos nós.

– Estranho mesmo. – disse Alice. – Nossa! Nem parece que sou uma vampira, não? Isso tudo que você acaba de me contar é extrema novidade. Eu nem sonhava. Caramba, como eu vivia parada, isso é mais excitante! Sério. 

Eu ri. Alice era tão ingênua. 

– Vai se acostumando... Amiga. – falei – Mas, é sério mesmo? Você nunca conheceu nada sobre os Volturi?

- Não – Ela respondeu prontamente, acenando negativamente com a cabeça.

- … um pouco estranho você não conhecer os Volturis, ou os Hathwish... 

- Na verdade, não é tão estranho. Antes de conhecer vocês, eu vivia como uma humana. Ou melhor, como uma... Nômade... Eu não tinha contatos com humanos, e o meu único contato com um vampiro fora durante a minha transformação...

- Entendo... Mas, você realmente nunca teve contatos com humanos? Você se alimenta de animais também? – Perguntei curiosa. 

- Sim – Ela respondeu.

- Isso é bom. Nem todos os nômades que conheço são vegetarianos – Ouvi a voz de Edward atrás de nós. Revirei os olhos.Edward Cullen nunca foi um exemplo de educação...

- Está escutando nossa conversa há muito tempo Edward? – Perguntei sarcasticamente. 

- Sim, desculpem-me – Ele disse também de forma sarcastica, e eu sabia que ele tinha lido os meus pensamentos – … que eu acabei de descobrir... Uma coisa.

- O que? – Alice e eu perguntamos ao mesmo tempo.

- Bem, é sobre Alice – Edward murmurou pensativo, olhando seriamente para ela - Alice tem mais poderes do que imaginamos...

- Isso é bom ou ruim? – Ela perguntou com um sorriso sem graça, pela forma com que Edward olhava para ela. 

- Eu ainda não sei, mas acho que isso pode nos ajudar... 

- E como descobriu? 

“Ouvindo nossa conversa, obviamente...” – Pensei.

- Exatamente – Ele disse com escárnio, respondendo aos meus pensamentos.

- Exatamente o quê? – Alice perguntou.

- Eu descobri ouvindo a conversa de vocês... – Ele murmurou atenciosamente novamente olhando para ela.

Era impressão minha ou ele estava tratando-a melhor que a mim? 

- Ele é sempre muito intrometido... – Disse à Alice, mas eu estava olhando para Edward e dando o sorriso mais falso que podia a ele.

- Obrigada, Bella, mas não tanto quanto você. Mas deixando os ciúmes de lado... – Ele começou – Eu descobri que... – Ele disse mesmo “Mas deixando os ciúmes de lado...”? – Você involuntariamente induz as pessoas à... – Ciúmes? – relembrarem algo... – Ele por acaso estava se referindo a mim?!

- Quem está com ciúmes? – Perguntei fuzilando Edward com os olhos. 

– Você. – ele respondeu simplesmente e depois continuou. – Como eu estava dizendo Alice... Você induz as pessoas a... Vamos dizer, lembrar de coisas que já lhe aconteceram há muito tempo.

– Como assim eu? – perguntei. – Você está louco.

– Caramba, sério? – falou Alice. – Mas como? 

– Se acha isso... Doce ilusão Isabella... Alice, entendo que não tenha reparado. Mas você meio que ajudou Bella a se lembrar um pouco mais de seu passado de quando era humana enquanto as duas conversavam. – disse com um sorriso. Que sínico! Que idiota, que imbecil, que... Edward! – Bella, isso só prova mais o que eu disse. – juntou. 

– Que máximo! – guinchou Alice. – Eu não sabia... … tão legal. 

– Prova nada! Você não sabe de nada. Não tenho ciúmes de você e ponto. Se acha, o problema é teu. Doce ilusão é a sua. – eu estava ficando furiosa. 

– … muito mesmo Alice, e tenho uma leve impressão de que isso irá nos ajudar futuramente. Querida Bella, não há de que se sentir furiosa. O ciúme é uma coisa normal entre... Algumas pessoas. … só mal interpretado... Como um meio-termo entre o amor e o ódio.

– Vou ajudar no que for preciso! 

– Eu te odeio. – falei rápido e sem pensar, fazendo Alice rir.

– Sabe... Esse lance de conversas paralela a três é confuso. 

– Concordo. – disse Edward. – Por isso que Isabella irá controlar seus ciúmes e ficará quieta. 

– Vá se fod...

– Então Alice... Vejo que está mesmo disposta a ajudar. – o desgraçado me cortou. 

– Sem duvida. E muito ansiosa! Sei que é perigo... Mas meu entusiasmo é tão grande! Juro ajudar a proteger Nessie com minha vida. E se precisar, meus poderes estarão à disposição. 

– ”timo. – Edward falou com um sorriso dócil para Alice e se virou para sair do quarto.

– Idiota. – sibilei baixinho. – Oh desculpe Alice. Fico contente pela descoberta de seu novo poder. – falei para ela ainda furiosa. 

– Haan, ok.

Respirei fundo, me controlando. Eu tinha lembrado agora que Nessie estava dormindo. E ainda bem, que ainda estava. Apesar da altura... Que falei com Edward, Renesmee se encontrava em um sono profundo no berço. 

– …... Vou tomar um banho. – declarei indo em direção a porta.

– Ah, qual é! Me conta! – implorou Alice. 

– Contar o que? – perguntei a encarando.

– Por favor! – ela bateu os cílios. – Eu sei que está rolando algo.

– Rolando algo, do que? 

– Você. Edward. 

Sobressaltei-me.

– Não está rolando absolutamente, nada.

– Ah, sei. 

Ela riu. Não tinha graça. Bufei irritada enquanto a via rir mais. Além de ter que sobreviver às provocações de Edward, eu ainda teria que agüentar Alice com essas insinuações idiotas? Era tudo o que eu precisava!


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Notas finais do capítulo

Heey! Sentiram nossa falta? rs'
Own, sorry, muita coisa aconteceu depois que postamos pela ultima vez, e infelizmente tivemos que demorar um pouco a escrever esse capitulo...
Como ficou? *-*' Eu adorei escrever esse capitulo, e acho que a Nise tb kk Espero que gostem também s2
Beijos.