- Own Nessie, ele disse que te ama! – Emm disse alegre.

- Sim, e daí? Ele vive dizendo isso. – eu perguntei sem entender.

- E daí, que meninos não dizem que amam em público, dar! – Lyss disse rapidamente.

- Não conheci muitos meninos. – eu ri baixo.

- Como assim, vai dizer agora que você nunca namorou? – Emm disse estática.

- Não, eu nunca namorei. Como eu disse, eu estudava em casa, então não tinha muito contanto com meninos. – eu disse envergonhada.

- Ok, pelo menos você não teve que beijar os sapos antes de encontrar o príncipe encantado, você já encontrou ele de cara! – Emm disse sorridente.

- Já nós, não podemos dizer o mesmo, não é Lyss? – Emm disse cutucando-a. Nós rimos juntas. De repente ouvimos alguém tossir.

- As senhoritas não deviam estar na aula do Sr. Gilbert? – uma senhora baixa e loira nos perguntou.

- Sim, nós devíamos, quer dizer já estamos indo, desculpe. – eu disse já puxando o braço das duas e conduzindo-as até a escada.

- Espero não vê-las novamente matando aula. Srtª Cullen seu pai ficaria decepcionado não é mesmo? – droga!

- Sim, muito. Com licença. – e depois subimos as escadas em silencio. Quando chegamos à sala para a minha sorte – pois teria uma aula para me preparar para o interrogatório. – ou para o meu azar o Sr. Gilbert já estava lá.

- Podemos entrar? – eu perguntei batendo na porta.

- Que bom que decidiu se unir a nós Srtª Cullen. Vejo que as Srtas Stonner e Kinney estão com você, podem entrar. – disse o Sr Gilbert, sempre impecavelmente educado.

- Obrigada. – eu disse quando passei por sua mesa.

Nos sentamos rapidamente, e o Sr Gilbert logo começou sua aula, a sala como sempre permaneceu em silencio no decorrer da aula.

- Nessie? – Emm me chamava e balançava meu braço.

- O que foi? – eu perguntei.

- Vamos, está na hora de irmos embora. – ela disse amavelmente. Quando olhei em volta a sala estava vazia, estávamos somente nós três.

- Ok, vocês querem uma carona? – eu perguntei me levantando rapidamente, coloquei meus livros dentro da bolsa e saímos.

- Tudo bem. – ela disse. Nós três seguimos conversando até o meu carro - agora eu já conformada de não poder ter um carro mais veloz, uma paixão que eu herdara de meu pai, tios, e tias. Minha mãe ainda estava se acostumando em ter um carro mais rápido que a antiga chevy que ela tinha - que descanse em paz.

Quando abri minha bolsa procurando por minhas chaves vi que meu celular estava piscando.

Eu o abri rapidamente, era uma mensagem.

“Eu sei que você deve estar furiosa comigo pelo que aconteceu mais cedo, mais eu espero que me perdoe, sabe que eu faço isso por nós, seus pais nunca me perdoariam se eu tentasse algo como "aquilo" com você, me desculpe. Espero oficializar nosso namoro logo, não agüento mais ter que ficar me escondendo dos seus pais. Te vejo em breve, te amo, Jacob.”

Eu sorri enquanto lia àquela mensagem. Emm tinha toda a razão, eu tinha encontrado o meu príncipe, na verdade ele tinha me encontrado. Eu tinha muita sorte mesmo, tinha uma família amorosa, grande e feliz. Meu namorado me amava, eu tinha amigas maravilhosas, eu realmente tinha uma vida perfeita.

Meu namorado, eu nunca tinha pensado no Jake como meu namorado. Algum tempo atrás, se alguém me dissesse que em alguns messes eu estaria vivendo o período mais feliz da minha vida, namorando o Jake, eu iria falar para essa pessoa procurar um psicólogo pois ela estava com sérios problemas.

Mais agora, vendo o rumo que minha vida tomou em apenas alguns dias, eu começara a acreditar. Mais de algum jeito, eu sentia que eu não era boa o suficiente para Jake, eu era uma criança de todo jeito, ele era bom demais para mim, eu não merecia tudo aquilo.

Eu o amava também, e por um milagre, mesmo com todos os defeitos – que ele conhecia – que ele me amava também da mesma maneira que eu amava ele, ele gostava de mim justamente por quem eu era, com defeitos ou não.

Perdida em devaneios me esqueci de onde estava, na porta do carro olhando para o além. Lyss e Emm estavam dentro do carro conversando, depois elas pararam e ficaram me encarando.

- Vamos Nessie! – Lyss disse.

- Ok, eu já estou indo! – eu disse pegando minhas chaves na bolsa.

Entrei no carro, girei a chave rapidamente e logo estávamos em movimento. Eu dirigi rápido – mais do que o limite imposto pelo meu pai – até a rua onde as duas moravam.

- Nos vemos amanhã! – ambas disseram ao se despedir. Eu continuei dirigindo rápido, sem ao menos pensar, eu estava tão alienada hoje que me perdi em pensamentos questionando o fato de não termos presas.

Eu queria ter presas, sempre as achei legais, por que eu na poderia ter?

Quando acordei já estava na porta da sala, nem ao menos sabendo como havia chegado lá.

- Com as pernas oras. – meu pai disse abrindo a porta para entrar também.

- Pai! – eu gritei pulando em seu colo, meu pai trabalhava dia e noite, fazendo plantão no hospital. Ele só chegaria a noite.

- Você sabe que está tendo um surto de gripe, mais eu penso em você a cada minuto. – ele disse beijando meu rosto.

- Só nela? – minha mãe perguntou abrindo a porta da sala nos encontrando abraçados.

- Em você também, a cada segundo. – ele disse me soltando e depois beijando seus lábios. Finalmente havia me acostumado com isso.

- Que bom que você não grita mais “Urgh” e sai correndo quando nós nos beijamos na sua frente. – meu pai disse rindo.

- O que mais me intriga é: O que aconteceu com a minha menininha que achava beijos e garotos nojentos? – minha mãe perguntou rindo.

- Nada mãe, isso é normal, garotos, beijos e etc. Afinal eu moro com três casais que vivem se agarrando na frente da criança aqui, - eu apontei para mim. - e um casal moralista e decente que graças a deus não se beija na minha frente. Mesmo meus avós parecendo ser tão novos, ia ser estranho vê-los se beijar! Urgh – eu disse estremecendo.

- Ai está a minha garotinha, que acha beijos e garotos nojentos. – meu pai disse me abraçando.

- Não acho nojentos, todo mundo se beija, garotas tem namorados, menos eu é claro, eu não tenho permissão para namorar mesmo. – eu disse bufando.

- Eu namorei pela primeira vez com mais de 100 anos, e sua mãe com 17, você pode esperar, afinal de contas você só tem seis anos. Ainda é muito nova, e nenhum garoto seria bom o suficiente para você. – meu pai disse erguendo a sobrancelha.

- Não, eu me sinto velha o bastante para namorar, e existem sim garotos legais por ai, que eu poderia namorar, como o Jake por exemplo. – porque eu usei ele como exemplo?

- Como assim o Jacob? Renesmee? – eles perguntaram juntos.

- É só um exemplo, afinal Jake é meu amigo, me entende, me respeita, me conhece desde que eu nasci, é amigo de vocês, vocês se conhecem muito bem, não entendo porque ele não poderia ser meu namorado. – eu disse cruzando os braços no peito.

- Sim, ele é tudo isso, mais está fora de cogitação você e ele como namorados Renesmee! Ele é um lobo, é instável, você sabe disso! – meu pai disse.

- E se eu quisesse namorar com ele, eu namoraria. Eu quero um bom motivo para não podermos namorar! – eu gritei.

- Somos seus pais não precisamos te dar motivos! Você não vai namorar enquanto não tiver 17 anos, eu não quero nenhum menino cheio de hormônios agarrando a minha filha! Principalmente o Jacob! – meu pai disse alto.

- Não estamos tendo essa discussão. – minha mãe colocou as mãos nas temporas. - Por um acaso você está pensando em namorar com ele? Ele tentou alguma coisa com você? – minha mãe disse me encarando.

- Não mãe, esse não é o caso. E ele não tentou nada comigo! Mais eu não entendo tudo isso. – eu disse bufando novamente.

- Renesmee, se está querendo dizer algo, diga. – minha mãe falou, agora calma.

- Sim, eu quero dizer. – eu falei agora mais calma também. – EU ODEIO VOCÊS! – eu gritei e sai correndo para o meu quarto, as lagrimas rolando em meu rosto.