Quando abri os olhos os acontecimentos da noite anterior tomaram conta de mim, como se fosse lembranças de outra pessoa, uma vida que não era minha, quando estava naquele estado de dormir/acordar tinha certeza que era apenas um sonho ruim que passaria assim que abrisse os olhos, mas quando despertei completamente desejei inutilmente se uma criança novamente, que não precisaria enfrentar tudo isso, bastaria tampar os ouvidos e me encolher que alguém diria que estava tudo bem e logo passaria, mas eu já tinha 16 anos, ninguém podia lutar minhas batalhas por mim, talvez Kaname, mas não deixaria ele sofrer ainda mais por minha causa.

Levantei devagar, me dirigi ao pequeno banheiro no quarto, tomei um longo banho deixando que a água levasse o cheiro de sangue dos meus pais que havia se alojado em mim anos atrás e o aroma mais recente, que se estalou noite passa, o sangue do meu tio desprezível ainda estava em minhas mãos. Sai do banheiro envolta numa toalha e tomei um susto a ver Kaname sentado na poltrona perto da porta, minha áurea vampírica estava esgotada para sentir a presença dele, ele me olho de cima a baixo, de um jeito que eu que nunca vi, como se quisesse memorizar - me, mas essa tristeza deveria ter acabado, agora que sabia de tudo não iria abandoná-lo nunca, mas assim que me olhou nos olhos  e vi algo mais que tristeza, aparecia nervosismo.

-Vejo que já acordo. Ele disse

-Não consegui dormir, eu o encarei me perguntado o que ele fazia aqui, pois eu deveria estar dormindo agora.

-Resolvi passar aqui pra ver se estava bem.

Me senti lisonjeada com aquelas palavras

-Estou bem, obrigada. Ele me encarou por um certo tempo, depois disse:

-Também queria falar algo com você, Yuuki. Fez uma pausa longa. Se aproximou como que para me abraçar, mas me puxou para ele e sussurrou no meu ouvido:

-Tenho medo de te perder ao diser isso...

Tomou coragem e disse: - Mas eu não sou seu irmão.

-Impossível, eu lembro de você, oni-sama.

-Posso ter sido criado como seu irmão, mas não passo de um intruso na sua vida, seu verdadeiro irmão foi morto por mim.

Fique estática, tentando compreender o que ele falava, parecia grego ou algo do gênero.

Ele me puxou para cama como eu estava, me aninhou em seu colo, respirou fundo e começo.

- eu sou um antepassado do clã Kuran, estava dormido em uma tumba na mansão principal. Em quanto falava corto o pescoço com a unha e me incentivou a beber, como estava sedenta não consegui pensar em nada, apenas o grosso e delicioso sangue na minha frente, não me importei se estava semi-nua ou com o que Kaname estivesse me contando, lambi o fino corte e assim que senti o maravilhoso gosto em minha boca minhas presas se alongaram e afundaram no pescoço lindo e pálido em minha frente. Em quanto fazia isso Kaname disse:

-Deixe meu sangue te mostrar o que aconteceu, desde o principio...