Você sabe que sempre que pensa que algo não pode piorar a situação inevitavelmente piora. O que fazer quando a dama da sorte te odeia do fundo do coração? Se descobrir, por favor, me diga, ainda estou atrás de uma reposta.

Last Moments with you.

Capítulo 2 – Questions and... Answers?

Depois dos últimos acontecimentos ela realmente achava que nada podia piorar. Porém, se a situação não piorasse não seria um dia normal para ela. E a situação em que estava era prova disso.

Dormir em um café depois de tomar um cappuccino com cafeína reforçada com a esperança de que este a mantivesse acordada era tolerável. Ter que lidar com uma garçonete que aparentava ser meio retardada e que zombava de sua cara era definitivamente desagradável. Depois, achar um corpo no local onde você estava deve ser definitivamente chocante. Mas não era o pior de tudo.

Ser vista por uma mulher agachada ao lado do corpo piorava muito a situação. O que a deixava pior era por coincidentemente haver um detetive naquele café que havia dado uma parada para descanso. Lindo não?

E a situação ficava definitivamente MUITO ruim quando o detetive estava claramente achando que era você que havia matado aquela mulher, e você ainda por cima tinha que explicar o que exatamente você estava fazendo no banheiro masculino sendo que você é uma garota.

Definitivamente, a pior situação possível.

A conversa entre os dois foi mais ou menos assim:

“Muito bem garota, o que você estava fazendo nesse café para começar?”

“Estava morrendo de sono então vim aqui tomar algo com bastante cafeína para não cair no sono.”

O detetive levantou uma sobrancelha.

“Você conseguiu dormir depois de tomar um cappuccino com cafeína reforçada?”

“...Você me viu dormindo?... Ei, como você sabe o que eu pedi?”

“Bom, eu SOU um detetive afinal não é?”

“...Isso não responde realmente minha pergunta.”

“Ei, garota, sou eu que faço as perguntas aqui.”

“...”

“Porque você estava no banheiro masculino?”

“...”

“Eu te fiz uma pergunta.”

“...”

“... Para o seu próprio bem é melhor responder.”

“Eu...”

“Você...?”

“Eu na verdade sou um garoto disfarçado.”

“...”

“...”

“Você realmente não espera que eu acredite nisto não é?”

“...”

E assim foi por mais algumas embaraçosas perguntas.

Depois de alguns minutos o detetive soltou um suspiro e coçou seus bagunçados cabelos castanhos. O homem tinha cerca de 1,70 cm e penetrantes olhos azuis, seus cabelos eram levemente cacheados, pele branca e barba a fazer. Usava uma blusa azul e jeans... E parecia demasiado novo para ser um detetive, de fato, ela não teria acreditado se o mesmo não houvesse mostrado seu distintivo.

Depois de olhar para um bloco de papel em que fazia algumas anotações o detetive dirigiu seu olhar para a adolescente a sua frente.

Ela havia cabelos castanhos não muito longos pelo visto, mais era difícil dizer, pois os mesmo estavam cobertos por uma boina preta com alguns botons pregados nela. Notou que seus olhos eram de cores diferentes, um deles era de um tom puxado para o lavanda, enquanto o outro era rosado, usava um par de óculos bem pequeno e discreto na verdade, com um par de fones de ouvido descansando no pescoço.

“Muito bem garota... Sinceramente sua situação é bem ruim.”

Ela apenas o fitou em silêncio enquanto o detetive dava um suspiro resignado. A garota podia ao menos FINGIR não parecer entediada.

“Vejamos, você foi vista por uma testemunha ao lado do corpo e admitiu o ter tocado. Você não tem nenhuma desculpa plausível,” Disse dando ênfase na ultima palavra. “Para estar no banheiro masculino, e ainda por cima se recusa a dizer seu nome. A coisa está feia pro seu lado.”

Finalmente ela pareceu estar acompanhando a conversa. Fitou o homem a sua a sua frente por alguns segundos e disse:

“Hn... Ok.”

O detetive olhou para elas por mais alguns segundos tentando engolir sua atitude. Ela era a suspeita número um de um homicídio e tudo que tinha a dizer era OK!? Quem diabos era essa garota?

“Bom, de qualquer forma detetive,” Foi à vez dela de dar ênfase na última palavra. “Por que você não avisou a polícia que houve um assassinato aqui?”

“Eu avisei. O problema é que estão muito ocupados, demorará pelo menos uma hora até que algumas viaturas e legistas sejam mandados para cá. Até lá, ninguém entra e ninguém sai.” Falou dando um suspiro resignado. Odiava o quando seu trabalho era enrolado.

‘Provavelmente aqueles preguiçosos devem estar tirando uma soneca em vez de estarem trabalhando, isso sim’ Pensou enquanto massageava as pontes do nariz para evitar dor de cabeça.

A garota pareceu pensar por alguns instantes antes de suspirar audivelmente e se começar a caminhar. Atualmente a conversa toda acontecera no corredor onde ficavam os banheiros, por falta de haver lugares mais privados.

“He-hey, aonde pensa que vai?” Perguntou o detetive surpreso pela ação repentina.

Ela apenas lhe dirigiu o olhar por alguns instantes antes de dizer:

“Bom, primeiro vou ao banheiro, feminino.” Houve uma pequena pausa. “E depois, já que a polícia não vai fazer seu trabalho durante uma hora, tudo o que eu tenho que fazer é descobrir quem é o culpado antes que o tempo acabe e poderei ir embora certo?”

O detetive apenas a fitou enquanto seus olhos se arregalavam aos poucos. Aquela garota era cheia de surpresas não?

“Você não pode simplesmente fazer uma coisa dessas! Isso é o trabalho da polícia, civis devem ficar fora disso!” Tentou argumentar... Apenas para ser ignorado no final.

“Certo, certo ok~ Depois que eu achar o culpado pode me agradecer.” E com esta frase final foi na direção do banheiro feminino.

O detetive continuou com os olhos arregalados por alguns instantes. Depois apenas fechou os olhos enquanto se recostava na parede, deixando escapar um suspiro audível.

“No que será que acabei de me meter... E por que sinto que isso vai ser uma GRANDE dor de cabeça?”

Continua.

Falas do próximo capítulo:

“Hehe~ Meu nome é Alicia! Alicia Jackson, prazer dorminhoca~!”

“Você matou aquela mulher e nada do que diga me convencerá do contrário!”

“P-prazer em te conhecer... EI!, por que você está apertando minhas bochechas!?”

Last moments with you.