Perfect Crime Society escrita por Mr_Strife


Capítulo 4
Capítulo 4- Candidato


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, aqui está o quarto capítulo. õ/
Meio parado, mas o próximo será mais ativo. :B aehuaehuaeh
Espero que gostem, e peço para aqueles que lerem, que por favor deixem um review. n.n
Também gostaria de pedir, para que se desse, leiam minha One-Shot em homenagem ao aniversário do Naruto:
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/100695/Infancia_Inocencia_E_Solidao

Por enquanto é só, Boa Leitura. n.n



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Capítulo 4- Candidato



     Estava me sentindo muito aliviado e entusiasmado, já que Hinata tinha aceitado se juntar a mim e ao Sasuke. Durante aquele dia, não nos falamos novamente até aula de Literatura. Sasuke espantou o grupinho de garotas de seu fã clube, e eu e Hinata sentamos perto dele. Graças a Deus, ao contrário das outras garotas, Hinata não agia que nem uma besta quando o Sasuke estava por perto, ela não parecia se importar.


— Ela descobriu?- Sasuke me perguntou, e eu sorri para ele, e fiz um sinal de positivo com o polegar.

— Eu te disse que ela seria capaz.- Sasuke tinha uma expressão enigmática, eu não sabia dizer se ele estava feliz ou incomodado com o fato de Hinata ter nos descoberto.

— Você deve ter deixado uma pista bem óbvia para ela conseguir nos descobrir.- Ele disse por fim.

— Ei, não me subestime, Uchiha.- Nossa, me surpreendi, a tímida e pequena Hinata sabe se impor quando é preciso. Até Sasuke pareceu um pouco surpreso com a confiança nas palavras dela.

— É, você não deveria subestimar ela. Confie em mim pelo menos.- Ele apenas bufou, e em seguida sorriu.

— Acho que de comparsas fomos a um time, né?- Novamente, eu fiz um sinal positivo com o polegar para ele. Estava começando a ficar mais empolgado.

— Não se esqueça de que você ainda tem coisas a me explicar, Naruto. Se eu não gostar desse “time” eu não farei parte dele.- O tom de voz de Hinata havia voltado ao tom baixo e normal de sempre, mas eu entendi o recado. Sasuke pareceu um pouco surpreso com o comentário de Hinata. Não o culpo, afinal, ele não sabe os detalhes da conversa que tive com Hinata.


     Sasuke tinha acabado de abrir a boca para perguntar algo, provavelmente me questionar sobre o comentário de Hinata,  mas antes que ele dissesse qualquer palavra, a sala inteira explodiu em risos. Me virei para tentar entender os motivos dos risos, e não foi difícil entender o que levava alegria aos corações dos retardados ao meu redor. No canto da sala, havia uma carteira coberta de lixo, e ao lado da carteira, um aluno com a blusa branca social do uniforme coberta de tinta vermelha e azul. O garoto coçou a cabeça, e suspirou, parte do cabelo, que era um pouco grande, e estava preso por um elástico, estava sujo de tinta também.  Eu odeio esse tipo de gente, odeio as pessoas que subjugam os outros dessa forma. Apertei meus punhos com força, e já ia me levantar, quando senti um toque suave sobre meu braço.


— N-Não faça n-nada, por favor.-  Me acalmei um pouco ao ver o olhar preocupado de Hinata. Ela tinha chegado na mesma conclusão óbvia que eu deveria ter chegado antes de pensar em agir, que qualquer um que se impor aos estudantes e tentar ajudar o garoto irá acabar sofrendo os mesmos tipos de agressões que ele.

— Ela está certa, fique quieto.- Disse Sasuke. Eu sei talvez seja estúpido agir impulsivamente em tal situação, mas eu sinto tanto ódio desse tipo de gente que as vezes nem me controlo.


     O garoto simplesmente saiu de sala calado, o professor chegou bem na hora que ele estava saindo de sala, e ficou extremamente nervoso ao ver o estado do garoto, saindo em seguida, para o seu amparo. As risadas e comentários idiotas prosseguiram por um tempo, até que todos foram se acalmando, e ficaram calados em seus lugares. Depois de uns cinco minutos, o professor voltou a sala de aula. E eu juro que eu nunca tinha visto um professor tão bravo.

— VOCÊS TEM PROBLEMAS MENTAIS?! SÃO DOENTES POR ACASO?!- Ele gritou. O que eu até achei um pouco engraçado de se ver, um cara de meia idade, baixinho, careca, que usa óculos e não tem boa aparência, gritando daquele jeito. Só não ri, porque concordava com as palavras do professor.

— Algum problema, querido professor?- Uma voz soou irônica do fundo da sala. Trabalho de um desconhecido qualquer que não teria coragem de dizer isso se estivesse cara a cara com o professor, com certeza.

— PROBLEMA?! É CLARO QUE TEM UM PROBLEMA! VOCÊS!- Ele realmente ta puto, eu te entendo, cara. O professor respirou profundamente. Parecia estar se acalmando, já que estava ficando menos vermelho. - Vocês tem noção dos problemas que podem arranjar para a nossa escola pegando no pé daquele garoto? Ele é um estudante privilegiando, financiado diretamente pelo governo americano. Levantem a mão, agora, os responsáveis por esses incidentes!- Ele ordenou, mas ninguém o fez. Todos ficaram calados, encarando o professor. - Pois bem, saibam que a próxima vez que fizerem isso, serão todos expulsos da escola!


     Eu achei que as pessoas ficaram surpresas, ou intimidadas, mas pelo contrário, eu ouvi alguns risos sendo abafados. Os alunos realmente viam graça nisso? Pegar no pé de um estudante? Bem, eu só posso dizer que tinha uma coisa em mente, parar aquilo tudo. Logo, ouvi uma voz em minha mente que dizia: Não se sente hipócrita ao estar bancando o altruísta agora?... É, eu me sinto mal. Talvez seja por isso que eu quero tanto fazer algo diferente dessa vez. Depois da aula, enquanto a maior parte da turma já havia saído da sala de aula, eu, Sasuke e Hinata permanecemos.


— O que foi aquilo?- Hinata perguntou. E obviamente, sabíamos do que ela estava falando. Eu não sabia ao certo porque. Mas foi Sasuke que nos transmitiu boas informações.

— Aquele garoto de hoje cedo é Nara Shikamaru.- Então Sasuke sabia até mesmo o nome do garoto? - Ele é um estrangeiro, veio do Brasil, ele é um gênio com mais de 200 de Q.I, e existem menos de dez garotos e garotas no mundo que são como ele. Por ser tão especial, esses garotos e garotas recebem um tratamento especial onde quer que vão, que é garantido pela própria ONU. O Shikamaru, no caso, recebe um tratamento especial dos Estados Unidos, e veio estudar aqui. Ele é um aluno privilegiado, cheio de regalias especiais do governo americano, além de ser um gênio. Isso tudo fez com que logo de cara, ele recebesse um tratamento diferente dos outros alunos, cansados de aturar a babação de ovo dos professores em cima do Shikamaru, alguns alunos decidiram aprontar com ele. E o resultado disso tudo, vocês viram hoje. Esse tipo de coisa acontece freqüentemente.- E não era só o nome não, o Sasuke conhecia toda a historia do tal do Shikamaru. Fiquei até surpreso, surpreso, e entusiasmado.

— C-Como podem haver e-estudantes que agem de maneira tão idiota só por causa disso?- A Hinata parecia mesmo indignada com aquilo, e por incrível que pareça, eu achei que ela ficou bonitinha com a expressão de raiva.

— O mundo está lotado de lixos como esses.- Eu disse, e Sasuke apenas assentiu, concordando. - Mas o mais importante, é que o Shikamaru é um candidato em potencial para nós. Um gênio com mais de 200 de Q.I? Fala sério, como você não pensou nisso antes, Sasuke?!

— Na verdade, eu pensei nisso, sim. Mas como nós queremos manter nossas identidades seguras, eu achei que seria melhor que nós não nos aproximássemos do Shikamaru por causa dos alunos que pegam no pé dele.- Suspirei. Ele estava certo, mas eu não queria que estivesse.

— Então...- Eu ouvi a voz suave de Hinata dizer. Então? Então o que? - E se a gente transformasse o Shikamaru em um garoto popular?- Nossa, mas que diabos de idéia a Hinata teve, hein?

— Mas que ótima idéia, Hinata! High Five!- Levantei minha mão ao alto, e Hinata timidamente bateu sua mão contra a minha. Ela estava um pouco vermelha. Ainda era a velha Hinata, eu ri. Sasuke olhava para nós dois, incrédulo.

— Vocês tão falando sério?- Ele perguntou.

— Claro, porque não? O jeito mais fácil para conseguirmos fazer com que Shikamaru se alie a nós é fazer com que os alunos babacas deixem de pegar no pé dele, né?- Hinata apenas sorria, dada a timidez dela, creio que ela se sinta mais segura quando tem o apoio de alguém, como tinha o meu agora.

— Tá.- Sasuke disse, sem emoção. - Acho que esse é o nosso próximo crime perfeito, não é?- Ele sorriu, cinicamente.

— É esse o espírito!- Até que nos três estávamos nos dando bem. - E então, como vamos planejar o nosso próximo crime perfeito?- Eu perguntei.

— Ah, e-eu tive u-uma outra i-idéia.- A voz de Hinata soou um pouco insegura, e mais baixo do que o normal. Ela também estava vermelha. Aqueles eram os sinais de que ela estava com vergonha, mas do que? Eu sorri. Era engraçado, mas toda vez que via ela agir daquela forma sentia vontade de provocar a Hinata um pouco. Ela me divertia. - B-bem... E-Eu p-preciso i-ir p-para a casa do N-Naruto hoje, e-então, eu p-posso c-conversar c-com ele, e d-depois a gente l-liga pra você.- Uou! Espera aí, por acaso, Hyuuga Hinata acabou insinuar que quer ir para a minha casa, e ficar lá comigo, sozinha? Meu Deus, agora eu era quem estava vermelho. Infelizmente, uma parte maliciosa de minha mente começou a trabalhar, e então eu pude notar com mais clareza, o quanto Hinata é bela.

— Porque eu não posso ir?- Sasuke perguntou. E eu aproveitei para me beliscar. Vê se fica frio, Naruto.

— P-Porque t-temos assuntos p-particulares a t-tratar.- Assuntos particulares? Droga, Hinata, eu ainda sou um adolescente. Ah, se isso fosse um manga, ou algo do tipo, meu nariz estaria sangrando neste momento. Olhei para a Hinata de canto, e notei o belo corpo que ela tinha, era tudo em exata proporção, mas que perfeita!

— Vocês tão namorando, ou algo assim?- Não sei será possível, mas eu senti meu rosto esquentar mais, então possivelmente, eu estava mais corado do que antes.

— N-não!- Nós dois falamos ao mesmo tempo, e em seguida nos entreolhamos.

— Estranhos.- Ele disse. E ficamos calados por um tempo, até que eu e Hinata estivéssemos mais calmos. Hinata ficou mais calma alguns minutos depois, mas eu não. Minha mente estava a mil. E eu não queria estar assim, porque você fez isso comigo, senhorita Hinata?

— B-Bem, qual é o seu número? Pra gente te ligar depois.- Hinata finalmente havia se pronunciado. Sasuke mostrou o número dele, e ela adicionou o contato. Ela em seguida, mostrou o número dela pra gente, e nos adicionamos o contato dela. Sasuke e eu não trocamos números porque já havíamos feito isso antes.

— Se protejam, viu?- Droga, Sasuke. Matou dois coelhos com uma cajadada só. Porque eu acho que nem eu nem Hinata tínhamos sentido tanta vergonha antes. E o desgraçado saiu rindo pelos corredores. Respirei fundo, e tentei me acalmar. Inútil. Cada passo de Hinata estava em evidência agora.


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     Eu e o Naruto estávamos caminhando lado a lado já fazia algum tempo, e estava sendo estranho, nos dois estávamos constrangidos. Ficamos muito tempo sem falar nada um com o outro, eu estava apenas seguindo o Naruto, e ele me guiando. Pegamos o metro, e depois de alguns estações, nos descemos. Finalmente, havíamos chegado a um prédio de alta classe. Não era surpresa, afinal, para se estudar em uma escola como a que estudávamos, era necessário ser privilegiado. Entramos no prédio, e o saguão de entrada e a recepção eram magníficos, haviam lustres de cristal por todos os cantos, e uma fonte dourada no centro do saguão, os guardas na recepção fizeram uma reverência quando Naruto passou, e depois entramos no elevador. No reflexo do espelho, pude reparar o olhar de Naruto sobre mim, e que ele estava vermelho. Alguma parte dentro de mim reagiu, e fez com que eu ficasse vermelha e sentisse vergonha também. Ah, eu não gosto de me sentir assim.


— P-porque você quis vir aqui hoje, s-senhorita Hinata? Porque só nos dois?- Bem, eu imaginava que ele iria fazer essa pergunta em algum momento. Ai, meu Deus, espero que ele não esteja pensando besteiras como o Sasuke.

—I-Inglaterra... E-Eu q-quero ver coisas da Inglaterra, e a-achei que Sasuke f-fosse achar r-ruim, então quis aproveitar e-essa oportunidade.- Parece que eu tirei um peso de cima dos meus ombros. Me senti boba, eu deveria ter dito pra ele antes. Mas esqueci da vergonha por um momento, pois Naruto tropeçou, e quase foi de cara no chão. - V-você ta bem, Naruto?

— E-Eu to sim.- Felizmente, ele não havia caído. A porta do elevador se abriu, e nos saímos. Naruto parecia mais calmo agora, estava sorrindo. - Então você quer saber mais coisas sobre a Inglaterra?

— Sim. A propósito, sua cidade natal era mesmo Londres? Ou você só morava lá?- Seguimos por um longo corredor. Os móveis e os lustres eram tão luxuosos quanto os do saguão de entrada, havia uma parade de vidro do nosso lado esquerdo, que nos dava uma bela visão de Los Angeles.

— Lá é minha cidade natal. Parece clichê para você?- Ele me perguntou, sorrindo. E eu sorri de volta.

— Parece mais um sonho.- Paramos na frente do último apartamento do corredor, e mesmo assim, o corredor ainda era consideravelmente longo.


     Os apartamentos deveriam ser enormes ali. Naruto abriu a porta, e em seguida, entramos no apartamento. Não tinha muita coisa, o apartamento estava meio vazio, entramos logo na sala de estar, e havia somente um sofá de quatro lugares, e uma cômoda com uma televisão. Isso só tornava mais notório o quão espaçoso era o apartamento. Naruto me guiou através de um corredor, e abriu a porta do ultimo quarto, no fim do corredor. Encostada na parede, havia uma cama enorme, de frente para a cama, encostada na outra parede, estava a escrivaninha, e entre os dois, havia uma mesinha com um computador e um notebook. O armário ficava do lado contrário o da mesinha.


— Bem, esse aqui é o meu quarto. Não se importa se ficarmos aqui, né? O computador e no geral, as minhas coisas estão por aqui.- Ele deixou a mochila em um canto, recostada sobre a parede. O quarto dele não era muito bagunçado, havia algumas coisas jogadas sobre uma escrivaninha, mas nada demais. - Eu já volto, me espera aqui.- E ele saiu. Coloquei minha bolsa em cima da escrivaninha, e me sentei na cama. Acho que o Naruto não irá se importar.


     Fiquei observando o quarto e os objetos de Naruto. Por enquanto não havia nada que me lembrasse a Inglaterra. Mas também era só um quarto, o que eu queria? Acho que estou ficando muito obcecada com esse país. Quando Naruto voltou, ele me trouxe um copo de água. Ele ligou o computador, e entrou no usuário dele, após digitar uma senha.


— Ah, aproveita e olha aqui, tem algumas fotos no computador, então você pode gostar de ver isso.- Ele abriu uma pasta chamada “Homeland”, e me mostrou várias fotos.


     Naruto e eu ficamos um bom tempo apenas comentando as fotos, ele havia me mostrado fotos de Londres, e de vários lugares de Londres, as fotos variam desde cenários urbanos até mesmo a cenários mais ermos e ambientais. No entanto, em uma certa foto, eu pude notar a relutância em Naruto. Ele parecia estar sentido receio, e eu pude ver um fio de tristeza passar por seus olhos rapidamente. Na foto, estavam o próprio Naruto, pequeno, devia ter uns seis anos de Idade, um homem loiro que lembrava muito Naruto, só que mais velho, que deveria ser seu pai, e uma mulher de cabelos vermelhos como o fogo. Eles estavam juntos, em um abraço familiar.


— São seus pais?- Perguntei. - Falar nisso, eu não os vi por aqui.- Imaginei que talvez os pais de Naruto não morassem com ele. Será que ele morava sozinho? Acho que ele devia sentir saudades dos pais, talvez por isso eu vi tristeza em seu olhar.

— São sim... Eles morreram quando eu tinha doze anos.- As palavras dele fizeram com que eu me sentisse mal. Me senti ingênua, e idiota, porque talvez minhas palavras o tivessem magoado. Sem perceber, peguei na mão de Naruto, para acalmá-lo. Ele apertou minha mão com delicadeza, e olhou para mim, sorrindo em seguida. - Obrigado.- Ele tinha entendido o significado por trás de meu gesto. Eu corei, mas continuei segurando a mão dele.

— E-Eu entendo como se sente... Perdi minha mãe quando era menor.- Eu fiquei cabisbaixa, as vezes as lembranças poderiam ser fortes, e por essa razão, dolorosas. Naruto colocou a mão sobre minha cabeça, e fez um afago em meus cabelos.

— Vamos. Não fique triste, eles não iriam querer isso, né?- Eu sorri, e em seguida soltei a mão dele aos poucos.

— Tem razão.- Ele pegou um caderno, e me entregou. - O que é isso?

— Algo que eu comprei em Londres, mas não tive oportunidade de usar. Não é algo que simbolize o país nem a cidade, mas é algo de lá. Então considere isso um bom presente.- Eu peguei o caderno e guardei em minha bolsa.

— Obrigada, eu fico feliz.- Naruto então, passou para a próxima foto, e continuou me mostrando os mais belos cenários daquele país.


     Depois de um bom tempo vendo fotos, já era quase seis da tarde. Eu tinha que ir para casa às sete horas, senão meu pai iria ficar preocupado, foi ai que decidimos que deveríamos discutir o caso do Shikamaru e anotar as idéias para o nosso crime perfeito.


— Que droga, eu to sem idéias.- Naruto praguejou. Ele bebeu mais um copo de água, e em seguida, começou a pensar e falar consigo mesmo. - O que precisamos para tornar aquele garoto popular?- Agradar os alunos? - Agradar os alunos? Mas como?- Parecia que Naruto estava complementando meus próprios pensamentos, ou eu os dele. Eu ri bem baixinho, de maneira que Naruto nem percebeu, entretido com os próprios pensamentos. Foi então que me veio aquela idéia em mente.

— Bem, eu tive uma idéia, mas não sei se ela é boa.- Me pareceu uma idéia tão simples e boba, mas sei lá, será que é necessário fazer algo muito grande pra massagear o ego de adolescentes superficiais?

— Que idéia? Fala, senhorita Hinata.- Naruto estava agitado e ansioso, como sempre.

— Bem, na escola, o nosso almoço não tem sobremesa. E se a gente pegasse um dia da semana, e então planejássemos uma dia de sobremesa para toda a escola? Ai a gente podia fazer com que as pessoas pensem que quem planejou tudo isso foi o Shikamaru.- Naruto pareceu gostar da idéia, pois ele parecia feliz.

— Certo! É bem simples, mas acho que é um bom plano Hinata, assim você vai agradar a grande maioria, no máximo alguns caras que não gostam de doces e algumas patricinhas fazendo regime não vão querer comer, além disso, você ainda vai afetar os gordinhos, gordinhas e comilões.- Não sei como Naruto enxergava o mundo, mas eu ri, diante dos estereótipos ditos por ele.

— Eu acho que sim. O que acha? Devemos ligar para o Sasuke e contar a minha idéia?- Ele fez um sinal de positivo com o polegar, e pegou o celular, discando o número de Sasuke. Naruto colocou o celular no viva voz, e o deixou em cima da mesinha do computador.

— Alô?- A voz de Sasuke, pode ser ouvida do outro lado da linha.

— Hey, nos tivemos uma idéia!- Naruto gritou.

— Não precisa gritar, eu não to surdo, besta.- Naruto deu língua, apesar de que Sasuke não podia o ver naquele momento. - Que idéia?

— Vamos levar sobremesa para todos na escola, e dar a idéia de que foi o Shikamaru que fez o pedido.- Eu fiquei calada, observando, pois geralmente, era mais fácil para mim agir assim. Mas uma das minha metas este ano é vencer a minha timidez.

— Bem... Quem teve a idéia?- Ele perguntou, a voz dele parecia um pouco receosa.

— Eu tive.- Falei.

— Acho que só isso não é o bastante para dar certo. Tá faltando algo sabe?- Eu me senti mal, e um pouco irritada. Será que ele estava dizendo isso só porque a idéia era minha? Será que estava me subestimando? - Existem alunos que não vão deixar de pegar no pé do Shikamaru, vão ser poucos, mas com certeza irá sobrar alguém.

— Então o que devemos fazer?- Perguntei.

— Vamos manter esse plano, por enquanto. Foi uma boa idéia, Hinata. Deixe os que sobrarem para mim, eu vou pensar em algo.- Me surpreendi com o elogio feito por Sasuke. Pensei que ele me achava incapaz, mas talvez não fosse assim como eu pensava.

— Certo.- Eu e Naruto dissemos juntos, trocamos olhares cúmplices, e seguramos um riso infantil. E Sasuke disse algo, quase como se ele estivesse ali conosco, vendo aquela cena.

— Vocês parecem estar em sintonia hein? Foi tão bom assim pra vocês?- Eu fiquei paralisada diante da pergunta. E Naruto apenas ficou vermelho e gritou.

— Não seja idiota! Nos não fizemos nada assim!- A risada de Sasuke era audível, embora parecesse que ele tivesse se afastado um pouco do celular. Naruto olhou para mim, e deu de ombros. Bem, pelo menos minha vida estava mais agitada agora, já era um grande passo.


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