Chirteen escrita por mari_p


Capítulo 2
I Am


Notas iniciais do capítulo

"I am" - Bon Jovi - "I am, when you think that no one needs you, sees you or believes you"



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No outro dia, Treze foi a primeira a chegar no hospital. Ficava olhando em qualquer coisa que refletisse, para ver se estava bonita. Primeiro chegou Foreman.

- Bom dia.

- Bom dia - respondeu ela.

- Fiquei sabendo que você está fazendo um tratamento novo?

- Ah sim! Estou gostando bastante - a médica ficava olhando para o corredor.

- Estou muito feliz por você.

- Obrigada.

Na hora, Chase chegou. Timidamente os dois se olharam e se deram bom dia. Foreman estava distraído e não percebeu a troca de olhares. Chase foi pegar uma xícara de café e Treze foi atrás.

- Sabe o que eu comprei hoje? - perguntou ela bem baixo.

- Não, o que?

- Camisinhas.

Os dois sorriram e seguraram o riso. Taub chegou e logo depois House. O médico chefe, como um bom observador, reparou que o casal estava cochichando perto do café.

- Finalmente a minha equipe está completa, não é, Treze?

- Oi? Ah, sim, voltei!

- Ótimo, já tenho um caso para vocês!

Chase e Treze foram encarregados de ir pesquisar a casa do paciente, claro que eles adoraram. Chegaram na casa tipicamente americana, arrombando a porta como sempre usando o "método House de ser", e começaram a procurar provas pela casa.

- Ontem foi muito legal - comentou ela olhando os armários da cozinha.

- Eu também gostei - respondeu ele da sala.

- Olha, achei chumbinho  debaixo da pia da cozinha - disse ela segurando um saquinho do veneno.

- Ótimo, vamos levar. Mais alguma coisa? Eu não achei nada, a casa é nova e limpa.

- Não, só isso.

- Vamos embora, então?

- Só uma coisa… - na hora, Treze o empurrou contra a parede que dividia a sala da cozinha e o beijou.

Os dois começaram a se beijar, a passar a mão no outro, já não tinha mais como negar o desejo mútuo. Ele a empurrou contra a parede da frente e puxou as pernas dela e os dois sorriram. O médico começou a beijar e morder o pescoço dela que gemia. 

- Vamos fazer aqui, agora? Eu estou pegando fogo! - perguntou ela.

- Mas aqui? Sério?

- É! Não tem ninguém!

- Tá!!! - e colocou Treze de pé. - Eu também passei na farmácia hoje, sabe - disse o médico pegando um preservativo na carteira.

Quando ele se virou, ela o puxou e começou a abrir o cinto da calça dele e ele os botões da calça dela. De repente ouviram vozes.

- O que aconteceu aqui? A porta está aberta?

- Para, para! Tem alguém chegando! - disse ele assustado e arrumando a roupa.

Os dois ficaram parados sem saber o que fazer, quando a mulher do paciente viu os dois.

- Eu conheço vocês!

- Sim, nós somos do hospital - disse Treze.

- O que vocês estão fazendo na minha casa?

- Viemos pegar algumas amostras da sua casa, talvez o motivo dos sintomas dele esteja aqui - completou Chase.

- Por que não me pediram?

- Sabe como é o doutor House, ele acha que os pacientes mentem e escondem coisas dele - justificou Treze.

- Não gostei disso! Mas pelo menos acharam alguma coisa? 

- Veneno de rato - respondeu a médica.

- Sim. Agora vocês poderiam me dar licença?

Os dois saíram envergonhados da casa da mulher. No carro, acabaram achando graça.

- Meu Deus, imagina se aquela mulher tivesse chegado um pouco depois? - riu ela

- Eu não quero nem imaginar! - riu ele também.

De volta ao hospital, era complicado ficar sério. Sempre que os dois se olhavam, sentiam vontade de rir. Na hora do almoço, Chase estava sentado sozinho quando Treze chegou:

- Posso me sentar? - perguntou ela com um sorriso.

- Claro! - respondeu ele com um sorriso também.

De longe, House viu a cena e ficou intrigado. O médico percebeu os sorrisos, as trocas de olhares e um toque discreto entre as mãos do casal.

- Wilson? Olha só! - disse House para o amigo que estava pagando a comida.

- O que?

- O Chase e a Treze!

- Sim, qual o problema?

- Ali tem coisa! E isso me interessa muito!

A semana foi passando, Chase e Treze não conseguiam passar mais tempo juntos. Sempre um tinha que ficar de plantão, mas finalmente os dois teriam o Domingo livre. No vestiário, os dois esperaram todo mundo sair:

- Vamos sair amanhã? - perguntou ele.

- Claro! Vamos onde?

- Eu estava pensando num restaurante mais chique. O que você acha?

- Não estou muito acostumada com restaurantes chiques, mas tudo bem, eu acredito no seu bom gosto! - disse ela abraçando-o

- E aí quando a gente voltar do restaurante, você sabe né…

- Hum-hum, sei sim!

Os dois sorriram e se beijaram. Eles mal sabiam que Taub tinha ouvido tudo! Ele tinha esquecido o cachecol e quando voltou para pegar, ouviu a conversa toda e até viu o beijo! Na hora de ir embora, Taub viu Foreman lendo uns papéis na sala dos médicos.

- Foreman?

- Sim?

- Só uma coisa, por curiosidade, você ainda gosta da Treze?

- Por que você quer saber disso?

- Como disse, curiosidade.

- Ah… isso é muito íntimo - Foreman não gostava de falar de sua vida pessoal.

- Tá certo. Boa noite!

- Boa noite.

No domingo, Chase passou o dia todo tentando fazer reserva para dois em algum restaurante chique. Após insistir muito, conseguiu uma reserva no Solo Bella, um restaurante de comida italiana. Estava anoitecendo quando Treze ligou para ele:

- Robert? - perguntou ela com a voz estranha.

- Remy? O que foi? - perguntou ele assustado.

- Eu não estou me sentindo bem.

- O que voce está sentindo?

- Lembra que os remédios me dão náuseas?

- Sim!

- Dessa vez está pior! Eu estou me sentindo muito mal! Não consigo comer nada! Desculpa, estraguei tudo!

- Fica calma! Esquece do jantar, acontece.

- Eu estou com medo, eu nunca me senti tão mal assim, será que não está mais fazendo efeito?

- Espera um pouco que eu vou aí.

- Tá!

Em menos de 15 minutos, ele chegou. Assim que ela abriu a porta, o abraçou e começou a chorar.

- Remy, tenha calma. Vamos sentar no sofá.

- E se o tratamento estiver dando errado? Eu estou fazendo tudo certo, você é prova disso!

- Calma, o médico não falou que você poderia ter essas reações?

- Sim, eu tive, mas não tão forte assim. Não consegui comer nada!

- Você está pálida, visivelmente fraca, vamos para a cozinha, eu faço algo para você.

Na cozinha, Chase abriu a geladeira, pegou uns morangos, leite e mel.

- Onde está o liqüidificador?

- Ali no armário.

Ele bateu tudo e fez dois copos.

- Pronto! Vamos beber?

- Ai, não sei.

- Vai! Tá doce, gostoso, você tem que beber algo!

- Tudo bem, vou tentar.

Ele tomou uns goles, já ela saiu correndo para o banheiro no segundo gole. Chase foi atrás e segurou os cabelos e a testa dela enquanto ela vomitava no vaso sanitário. No meio de tudo, ela chorava, estava com medo, nunca tinha se sentido tão mal após o começo do tratamento. Ele a ajudou a lavar o rosto na pia.

- Desculpa mesmo, Robert. Era pra gente estar num restaurante e você está aqui lavando o meu rosto.

- Não é culpa sua, fica tranqüila. Vamos para o seu quarto.

No quarto, ela deitou na cama e ele ficou sentado ao lado dela.

- Você tomou algum remédio?

- Não, fiquei com medo de piorar as coisas.

- Cadê o telefone do médico de Dallas?

- Num caderninho ao lado do telefone na sala.

Chase ligou para o médico e passou um bom tempo conversando. De volta ao quarto:

- Ele disse que é normal acontecer essas crises, é só tomar Dramin. Você tem em casa?

- Tenho, está no banheiro.

- Pronto, pode tomar.

- Obrigada - agradeceu ela após tomar o remédio.

- Daqui a pouco você vai sentir sono, então é melhor ficar deitada - disse ele arrumando os travesseiros.

- Robert?

- Hum?

- Fica aqui comigo?

- Claro que fico. Hoje você é minha paciente!

Ele tirou os sapatos e se deitou na cama. Ela colocou a cabeça no peito dele e fechou os olhos.

- Você é mais especial do que eu pensava - disse ela.

Chase não disse nada, ficou passando as mãos nos cabelos dela até a médica dormir. Durante a madrugada ela acordou algumas vezes se sentindo mal, mas foi alarme falso, não vomitou mais naquela noite. Ele não dormiu direito, sempre que ela se mexia, ele acordava. De manhã, Treze acordou com a luz do sol passando pelas cortinas. Estava deitada de lado, não viu Chase na sua frente, se virou para o outro lado, nada dele também. Levantou, ainda estava um pouco fraca, e foi para o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Enquanto penteava o cabelo, ouviu barulhos e sentiu um cheiro bom vindo da cozinha. Quando chegou lá, viu Chase preparando o café da manhã. Ficou parada olhando aquela cena, ele tinha prática com as coisas.

- Você não para de me surpreender mesmo, hein? - disse ela.

- Ahn? Oi! Bom dia! 

- Nunca que eu ia imaginar que o Dr. Robert Chase, tinha jeito na cozinha! - brincou ela chegando mais perto.

- Pois é! Eu tenho que me virar, certo?

- Claro! Está certo! O que você fez para mim?

- Vitamina, fiz umas torradas com o pão integral que tinha na geladeira, achei uma geléia escondida e peguei todas as frutas possíveis! Você vai ter que fazer as compras de novo!

- Percebi! - os dois riram.

- Sente-se, vou te servir.

Treze já estava melhor e conseguiu comer bem, foi tudo muito agradável. No fim do café da manhã, ele pegou os pratos, os copos, os talheres e levou para a pia, ela continuou sentada.

- Você não vai me ajudar a lavar a louça? - brincou ele.

- Não gosto muito de lavar a louça, sabe - disse ela se aproximando dele.

- Ah, mas você vai ter que me ajudar.

- Eu estava pensando em fazer outra coisa.

- O que?

Ela o ficou olhando por alguns segundos e o beijou levemente. Após o beijo, os dois se olharam e sorriram com os lábios fechados. Chase largou as luvas de lavar louça e a abraçou para beijar melhor. Os beijos foram ficando mais intensos e ele a pegou no colo e a colocou sentada na mesa. Ela o puxou para mais perto e tirou a camiseta azul escuro que ele usava, depois tirou a regata cinza que usava e voltaram a se beijar. Quando ela estava abrindo a calça dele, o celular dos dois tocou.

- Deixa tocar! - disse ela.

- Deve ser do hospital, melhor atender - ele pegou a camiseta jogada no chão e foi atender o celular.

- Eu não acredito, viu!

Chase estava certo, era o House procurando os dois.

- Eu vou para casa me trocar e vou pra lá. Melhor você atender o seu celular!

- Tá bom, tá bom!

- Vou indo então! Te vejo no hospital!

- Tudo bem. - disse ela revirando os olhos.

Quando Chase foi embora, ela atendeu o celular, realmente, era o House.

 


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