Chirteen escrita por mari_p


Capítulo 1
Im With You


Notas iniciais do capítulo

"I'm With You"- Avril Lavigne - "I don't know who you are but I, I'm with you"



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Tudo voltou ao normal após o acidente com o guindaste, que finalmente fez House e Cuddy ficarem juntos, mas quando a equipe do doutor ranzinza voltou ao trabalho, faltava uma pessoa. Chase foi o primeiro a perguntar:

- Cadê a Treze?

- Ela pediu umas "férias" - respondeu Taub.

- Mas ainda assim podemos trabalhar, certo? - perguntou House.

Foi mais um dia comum, tirando o fato do humor de House estar bem melhor, ele estava amando, claro! Na hora do almoço, Chase se sentou com Taub.

- O que aconteceu com a Treze?

- Acho que é a doença dela, ela não está se sentindo bem. Uma pena, né?

- É - respondeu o médico pensativo.

- Você parece mais preocupado do que o Foreman.

- Eu? Ah, curiosidade, só isso.

Não parecia só curiosidade, ele parecia preocupado mesmo. Naquela noite, ele teve que fazer plantão no hospital, e resolveu usar um pouco o computador. Achou uma coisa que o deixou curioso, imprimiu e guardou. Aproveitou o fato de que o hospital estava mais quieto e vazio, foi até a sala de documentos e fichas, e pegou a ficha da Treze. Ele queria o endereço dela. De manhã, voltou para casa, ia ser o seu dia de folga, após uma noite de plantão. Passou o dia todo pensativo, tinha algo em mente, mas não tinha coragem de fazer o que queria. Aquilo o estava incomodando, se trocou e resolveu sair. Viu uma chocolateria e parou para comprar uma caixa de trufas. A mais cara, mais bonita e mais gostosa, foi isso que ele disse a atendente.  Parou em frente a um prédio, era o endereço da Treze. Ficou alguns minutos no carro, pensando se deveria ou não fazer aquilo, respirou fundo e saiu. Dentro do elevador, se olhou no espelho para ver se estava bem, e quando a porta abriu, andou pelo corredor e foi até a porta com o número 61. Mais um vez respirou fundo, tomou coragem e tocou a campainha.  Poucos segundos depois, ouviu a porta abrir. Treze vestia uma calça moletom preta e uma regata branca.

- Chase? - ela nunca que ia esperar a visita dele.

- Oi! Tudo bem? - perguntou ele meio sem graça.

- Tudo! Que surpresa! Algum problema no hospital?

- Não, nenhum! - respondeu ele olhando as mãos dela, que estava tentando disfarçar a tremedeira.

- Ah, entre, por favor!

Ele entrou e ficou parado em pé na sala, observando-a enquanto trancava a porta.

- Senta! - disse ela se sentando no sofá.

Timidamente ele se sentou com uma certa distância. Viu que estava passando "O Mágico de Oz" na televisão.

- É um classico! - comentou ele.

- Ah sim! Me traz boas lembranças - disse ela olhando a tela da TV. - Mas então, o que te traz a minha casa?

- Ah, eu queria te mostrar uma coisa que eu achei na internet. Eu trouxe essa caixa de trufas, só para ser legal, sei lá.

- Ah! Obrigada! - disse ela sorrindo e pegando a caixa.

- Então, eu estava pesquisando na internet, e achei um médico em Dallas que está fazendo um tratamento experimental de Huntington , e que os resultados estão saindo muito bem! - logo depois abriu uma pasta com os papéis.

Treze ficou em silêncio. 

- O que foi? Pode ler! - insistiu ele.

- Nada disso vai dar certo, Chase! Minha doença não tem cura! - disse ela quase chorando e levando as mãos trêmulas ao rosto.

- Ei, você é jovem, bonita, boa médica, não pode desistir! - disse ele pegando as mãos dela.

- Eu vi a minha mãe! Ela morreu aos 40 e poucos anos! É isso que vai acontecer comigo!

- Mas na época da sua mãe, não existia esse tratamento! Pelo menos leia os papéis! - e colocou a pasta na mesa de centro.

- Eu não sei, não quero me iludir!

- Pelo menos tente! Olha, o House e a Cuddy estão namorando, sabia? Tudo é possível! - brincou ele.

- Sério? Por essa eu não esperava! Ou esperava? Não sei! Acho que os dois até combinam!

Ambos riram.

- Me promete que vai pelo menos pensar na possibilidade?

- Tudo bem, Chase! Deixa aí que eu vou ler!

- Era isso! Eu vou indo então.

Os dois se levantaram e foram até a porta. Já com a porta aberta, Chase foi se despedir.

- Não desista! Faça isso pela sua mãe! Tchau! - e logo depois deu um beijo na testa dela.

- Tchau! E obrigada!

Aquele gesto dele, mexeu muito com ela, que voltou para a sala, se sentou no sofá, abriu a caixa de trufas e começou a ler os papéis. O tratamento estava realmente funcionando, os pacientes haviam melhorado as condições de vida e aumentado a expectativa de vida. Aquelas palavras aqueceram o coração de Treze e a encheu de esperança, talvez Chase tivesse razão. O tratamento consistia na utilização de remédios psiquiátricos junto com remédios para doenças sangüíneas, para proteger as células cerebrais, retardando a doença. E células tronco também poderiam ser usadas, mas era um tratamento mais caro. A médica passou a noite toda pensando naquilo.

No outro dia, Chase recebeu um telefonema.

- Alô?

- Chase? Sou eu, a Treze!

- Oi! Tudo bem?

- Tudo! Eu só queria dizer que eu vou tentar o tratamento!

- Sério? Que bom! Vai quando pra Dallas?

- Daqui dois dias! Estou bem ansiosa e animada! 

- Que bom que você resolveu tentar! Sério mesmo!

- Só queria avisar e agradecer!

- Magina!

- Obrigada mesmo! Vou indo então! Tchau!

- Tchau! Boa sorte!

Chase não percebeu, mas House ouviu a conversa dele e ficou curioso para saber com quem ele estava falando. Dois dias depois, Treze chegou ao hospital e se inscreveu no tratamento. Primeiro ela ia tomar uma combinação de remédios na veia, e conforme fosse a evolução, ela iria tentar as células tronco. Sozinha no quarto do hotel, sentiu vontade de falar com Chase, mas ficou com medo de atrapalhar o médico. Resolveu dormir, os remédios davam náuseas, estava sem fome e só queria dormir. Já tinha apagado as luzes quando o celular tocou, era uma mensagem de Chase: "E aí, está tudo bem? Espero que sim! Precisamos de você aqui!". Após ler a mensagem, deu um leve sorriso e respondeu, "por enquanto tudo bem, só um pouco de náuseas! Espero voltar logo! Sinto falta de você". Assim que apertou "enviar", percebeu que havia esquecido do "s", era para ter sido "vocês", não "você".

- Ai droga! E agora? Não dá pra deletar?

Enquanto tentava arrumar o que havia feito, Chase respondeu de volta, "eu sinto falta de você também!". Na hora ela se surpreendeu.

- Ele sente falta de mim? - e sorriu. 

Mandou outra mensagem de volta, " agora eu preciso dormir! Boa noite!", e ele respondeu, "bom sono!". Treze passou quinze dias em Dallas, no Texas. Fazendo exames, tomando os remédios, aprendendo a se alimentar com comidas para ajudar na doença, tendo consultas com fisioterapeutas, psiquiatras,  ela começou a se sentir melhor e suas mãos estavam mais firmes. Após os quinze dias, ela resolveu voltar, ia receber os remédios em casa e continuar a nova vida que aprendeu em Dallas. Apareceu de surpresa no hospital, viu Chase apoiado no balcão vendo o histórico de um paciente.

- Oi?! - disse ela sorridente.

- Oi! Treze, você voltou?!

- Voltei! Vim falar com a Cuddy! Estou pronta para voltar!

- Você realmente parece melhor! Como está o tratamento?

- Está indo bem! Tive que mudar a minha vida completamente, mas eu estou me sentindo tão bem, que eu não ligo!

- Legal mesmo!

- Vou falar com a Cuddy então! Depois eu te ligo!

- Tá!

Treze foi falar com Cuddy e combinar a sua volta. Era sexta feira e ela ia voltar a trabalhar na segunda. Na sala de diagnósticos, Chase comentou:

- A Treze vai voltar.

- Ah é? - disse Foreman tentando fingir que não estava interessado.

- Onde ela estava, afinal? - perguntou Taub.

- Em Dallas, foi começar um tratamento para a doença dela - contou o médico australiano.

- Como voce sabia isso? - estranhou Foreman.

- Eu que falei pra ela do médico e ela foi! Hoje quando veio falar comigo, estava muito bem!

Foreman estranhou aquela situação, mas como  não tinha mais nenhuma relação com Treze, resolveu ficar quieto, não se manifestar muito. Naquela noite, a médica ligou para Chase e contou tudo. Os dois ficaram 2 horas no telefone conversando e sem perceber, estavam construindo uma relação diferente, mas especial. 

Era domingo a tarde, era a folga de Chase, ele estava assistindo "Watchmen", quando o telefone tocou:

- Alô?

- Chase? 

- Sim! Quem é?

- A Treze!

- Oi, tudo bem?

- Tudo! E você?

- Tudo, o que foi?

- Você vai fazer alguma coisa hoje a noite?

- Hum, na verdade não! Por que?

- Eu estava pensando se você quer sair comigo?

- Ah… tá, tudo bem! - aquele convite o pegou de surpresa.

- Onde você gosta de jantar?

- Eu vou muito ao Outback,  comida australiana, você sabe né, saudades de casa!

- Nunca fui! 

- Quer ir então?

- Sim! 8 horas, tá bom pra você?

- Tá! Eu passo no seu apartamento?

- Isso!  Combinado então, né?

- Claro! Até mais então!

- Até! 

Assim que desligou o telefone, parou o filme e ficou pensativo. Resolveu ir para o quarto escolher a roupa que ia vestir, não tinha quer ser nada muito formal, já que o Outback é um restaurante popular, mas ele queria estar bem arrumado. Acabou escolhendo uma calça jeans preta, all star de cano baixo preto, camiseta branca e uma blusa de lã cinza com um zíper na frente. Estava um pouco frio. Separou as peças e as colocou na cama, ficou olhando por alguns segundos e resolveu que ia daquele jeito mesmo. Treze estava fazendo a mesma coisa. Abriu o armário e começou a olhar as peças no espelho, ela não queria parecer muito séria nem muito sexy. Escolheu um vestido cinza que contornava bem o seu corpo, um sapato meia pata de salto alto nude e uma jaqueta perfecto de couro. Já era 7 horas quando Treze resolveu se arrumar, mulher sempre demora um pouco mais. Chase esperou até as 7:30 para ir tomar banho. Quando terminou, a médica parou em frente ao espelho e ficou se olhando e pensou, "será que estou muito sexy  nesse vestido?", não deu tempo nem pra pensar em se trocar, a campainha tocou.

- Ai, droga! Vou assim mesmo!

Antes de abrir a porta, arrumou os cabelos e a roupa. Chase segurava uma rosa vermelha na mão.

- Oi! - disse ele.

- Oi!

- É para você! Eu ia trazer um buquê, mas achei exagero, então trouxe…

- Tudo bem! Adorei! - interrompeu ela pegando a flor.

- Tudo bem, então! - ele estava meio nervoso.

- Entra, eu vou colocar essa rosa na água e vou pegar minha bolsa.

Ele se sentou no sofá e disfarçadamente admirou as formas da Treze enquanto ela ia a cozinha. Ela estava linda.

- Pronto! Vou deixar nesse copo mesmo, pelo menos não vai morrer! - disse ela colocando o copo com a rosa na mesa de centro da sala. - Vamos então?

- Ah sim! Vamos!

E os dois saíram. No carro, pouco conversaram, ela perguntou sobre o hospital, ele sobre o tratamento dela,mas era nítido que havia uma tensão entre os dois. No Outback, os dois escolheram uma mesa.

- O que você me sugere? - perguntou ela.

- Ah, você não tem que seguir uma dieta?

- Hoje não, vai! Então, o que tem de bom na cozinha australiana?

Ambos começaram comendo uma Chicken Ceaser Salad, dividiram uma Bloomin Onion , ele pediu Ribes on the barbie, ela pediu Steakhouse Pasta e dividiram a sobremesa que foi Chocolate Thunder from Down Under. 

- Nossa! Muito bom tudo isso! - disse ela lambendo a colher.

- É muito bom mesmo!

- Posso te chamar de Robert?

- Claro!

- E você poderia me chamar de Remy?

- Claro, Remy! Mas por que?

- Ah, não quero me sentir no trabalho!  

- Por mim tudo bem! Mesmo! Vamos embora?

- Ah, é cedo ainda! Já sei, vamos dançar!

- Tem certeza? Não vai ficar cansada?

- Claro! Vamos! Eu conheço um lugar! Pode deixar, não é de lésbicas!

Os dois chegaram a uma boate, estava tocando "Alejandro" da Lady Gaga. Chase ficou morrendo de vergonha.

- Vai Robert, dança! - brincava ela pegando nas mãos dele tentado fazê-lo dançar.

- Eu não sei, não é meu tipo de música! - disse ele no ouvido dela.

- Não é o meu também, mas vamos rir um pouco!

Ele até tentou uns movimentos, mas a vergonha foi maior.

- Vamos para o bar! - pediu ele.

- Tá! - respondeu ela puxando ele pela mão.

- Vão beber o que? - perguntou o barman.

- Eu vou tomar água - pediu ela.

- Eu quero um energético, sem álcool. Já viu né, imagina a ressaca amanhã! - comentou ele.

Já com as bebidas, conversaram.

- Não posso beber álcool agora com o tratamento.

- Ah sim! É melhor mesmo!

Começou a tocar "Futuristic Lover" da Katy Perry.

- Ai, vamos dançar Robert!

- Nem terminei de beber!

- Tudo bem! Vamos! - ela o puxou para o meio da pista.

A letra da música  começou a "afetar" os dois, " kiss me, ki-ki-kiss me infect me with your love, and fill me with your poison", que começaram a se olhar de maneira diferente. Eles começaram a se aproximar, ela rebolava mais perto do corpo dele, ele pegava timidamente no corpo dela. Num certo momento da música, ela ficou se costas pra ele, pegou as mãos dele e colocou-as em volta do seu corpo e os dois começaram a dançar no mesmo ritmo. No fim da música, ela se virou e os dois ficaram de olhando, começou outra música mas nem perceberam, enquanto os outros dançavam, os dois estavam parados. A mão dele pegou na cintura dela, as mãos dela chegou nas costas dele e os dois ficaram mais perto ainda. Seus rosto estavam quase se tocando. Os olhos verdes dela encontraram os olhos azuis dele, quando estavam quase se beijando, ela o puxou pela mão e os dois saíram do lugar.

- O que foi? Eu pensei que… - perguntou ele.

- Eu só queria sair daquele lugar. Vamos para o seu carro.

Os dois foram, entraram e de novo ficaram se olhando.

- E agora? - perguntou ele de novo.

- Me leva pra casa.

Chase não entendeu muito bem aquilo. O caminho todo foi feito em silêncio, o ar estava pesado. No elevador, ele foi surpreendido quando ela o agarrou dando um beijo cheio de desejo. Na hora ele se assustou um pouco, mas ele queria aquilo. Ela abriu a porta com pressa enquanto ele a segurava pela cintura. Chase fechou a porta com o pé e ela foi jogando as chaves e a bolsa pela casa. Treze o puxou para o sofá e ele ficou em cima dela.

- Tira essa blusa! - disse ela abrindo o zíper da blusa dele.

Rapidamente ele se livrou da blusa e jogou no chão e ela da jaqueta que usava. Usando os pés, ela tirou os sapatos. Eles continuaram se beijando e ele logo tirou a camiseta branca, os olhos dela brilharam ao ver o torso nu do médico. 

- Tem camisinha? - perguntou ele.

- Hum, deixa eu ver!

Treze se levantou e foi procurar no banheiro, no quarto, enquanto isso, Chase ficou sentado no sofá, deu uma olhada na carteira, mas estava sem camisinha. Ela voltou lá de dentro, sem nada nas mãos.

- Ai, não tenho! Mas eu posso ir comprar!

- Remy, tudo  bem! Melhor assim, a gente não se precipita! 

- Ah mas…

- E a gente tem que trabalhar amanhã!

- Você não quer? Não me quer? - perguntou ela abraçando-o

- Não é isso! Eu quero, mas é a primeira vez que a gente sai, vamos sair outras vezes antes de transar.

- Mas vamos ter que sair mais quantas vezes pra transar? - brincou ela.

- Hum… mais uma vez! - riu ele.

- Bom saber!

- Vou indo então! Eu gostei muito de passar essa noite com você!

- Eu também gostei!

Mais uma vez se beijaram.

- Amanhã a gente se vê, no trabalho!

- Ai, é mesmo! 

- Boa noite!

- Boa noite pra você também!

E ele foi embora. Treze deu um suspiro, começou a pegar as coisas que tinha jogado no chão e foi para o quarto. Lá se trocou e deitou na cama.

- Ai que droga! Como assim, não ter camisinha?! Grr! Mas ele não me escapa! - depois deu um sorriso malicioso.



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