Roleta Russa escrita por Razi


Capítulo 22
Desfecho II


Notas iniciais do capítulo

Sou muito pessima para finais, mas acho que gostei de fazer o final da fic do jeitinho como vcs lerão.
Sei lá não achei lá essas coca-cola, porque já fiz final melhor, eu acho.
Só que vamos ao que interessa que é a boa.



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Eder acabava de entrar no complexo acompanhada de Jaidan e Heliel que deram uma olhada geral no lugar antes de se entreolharem.

-Teremos que nos separar – sugeri Heliel – Eder verifique se as jóias já chegaram, Jaidan dê uma olhada no sistema de segurança.

-E você? – indaga ele a olhando desconfiada

-Darei algumas palavrinhas com as modelos – diz ela seca – Não temos tempo.

O casal assenti e tomam as direções que os levariam aos seus objetivos. Heliel já avançava para os bastidores quando dois seguranças barram sua entrada. Ela mostra seu distintivo.

-Preciso que cooperem rapazes – diz a parda mulher antes de seguir seu caminho – Se virem alguém estranho demais digamos no sentindo de... deixa pra lá. Não ajudarão muito.

Os dois seguranças entreolham-se e sorriem.

Apareciam cada louco.

Mey encontrava-se andando de um lado para outro esfregando as duas mãos. Seu nervosismo era mais do que claro em seu rosto.

Não sabia como Heliel tinha convencido o pessoal a deixar que uma novata usasse as jóias que com certeza iria pesar em seu corpo.

Queria que Katherine estivesse ali, para pegar aquela responsabilidade que lhe parecia grande demais.

Ao pensar na morena seu coração pesa mais ainda.

Como ela deveria estar nos braços daquele crápula?

Sua mente pesava nas inúmeras hipóteses que fossem possíveis para todos que estavam envolvidos na tentativa de se evitar aquele crime.

Mais como poderia pegar um criminoso que não se podia ver, não se tinha quase nenhuma pista?

Ela leva as mãos à cabeça e a comprimi.

Isso se não a deixassem a beira de um ataque cardíaco, a deixariam louca.

-Mey – diz Karl se aproximando dela – Está na hora de se aprontar.

A ruiva olha em seus olhos azulados com se procurasse neles algo em que pudesse lhe dar confiança e é o que acaba encontrando.

-Tudo bem – concorda ela quase sussurrando – Vamos para o ato final.

Karl ri sem humor enquanto a conduz para a sala onde as jóias estavam a sua espera.

Enquanto isso, Eder também se encaminhava para a sala, que se informara antes com Mercedes se tratar de uma que ficava quase perto da passarela.

Sentia que suava frio contraste de sua ansiedade em querer terminar aquilo o mais rápido possível.

Ela apressa mais o passo, tinha pressa agora, mais do que nunca.

Passa por uma serie de corredores que até parecia que nunca iam ter fim, que nunca chegaria até a bendita sala onde se encontravam os objetos cobiçados dessa noite.

Quando enfim avista a sala onde detinha o numero 45 exprimi um sorriso de alivio, ao segundo que o perdi ao notar dois seguranças guardando a porta.

O que iria fazer agora?

-Eder – chama a voz mais do que conhecida de Lionel por suas costas

Ela gira em seus próprios calcanhares para encará-lo.

-O que está fazendo por aqui? – pergunta ele se aproximando mais ainda dela

-Vim ver as jóias – respondi ela tentando parecer o mais natural possível – Queria fotografá-las antes de estar no pescoço da modelo.

O loiro dá um meio sorriso.

-Então podemos ir juntos – refleti ele – Também estava indo averiguar as jóias.

-É mesmo? – indaga ela surpresa – Impressionante.

-Morgan me pediu que cuidasse de tudo – esclareceu ele

-Morgan? – sibila Eder o olhando curiosa

-A coordenadora do desfile – diz ele – Ela me pediu uma força nisso aqui.

A loira sorri aliviada.

-Então vamos? – indaga ela o olhando ansiosa

-Claro – concorda o loiro oferecendo passagem a ela.

Eder caminhava ao seu lado mal acreditando que estava á poucos passos de ver as jóias.

Mal sabia que isso a selaria de vez.

Ambos passam sem problemas pelos dois seguranças que logo destravam o sistema de segurança que povoava completamente a sala que detinha um ar lúgubre e bolorento.

As paredes brancas refletiam a luz amarelada que dominava o recinto. No centro em uma caixa de acrílico havia as jóias depositadas sobre uma almofada de veludo azul-escuro.

Eder revira os olhos.

Como poderiam deixá-las dessa maneira se não seriam expostas dentro da caixa.

Lionel aproxima-se da caixa com ela em seus calcanhares. Volta-se completamente para ela que o olha um pouco surpresa com o movimento.

-Desculpe, Eder – diz ele aproximando-se dela e a beijando.

Ela o olha surpresa ao tempo que senti algo atravessando seu estomago.

E então veio a aguda dor e a sensação de ser perfurada por uma faca aquecida.

-O que? – pergunta Eder antes de tombar no chão e vertê-lo de seu sangue.

Lionel esconde novamente sua pequena pistola dentro de seu paletó e abaixa-se para vê-la agonizante.

-Você foi muito útil, sabia? – indaga ele enquanto ela o olhava confusa – Acabou por me ajudar a cuidar de Vladimir. Ele era um estorvo. Acredite estou grato que tenha conseguido dar pistas para as Operações Especiais.

-Você... está... trabalhando pro Carter? – sugeri ela fazendo um imenso esforço para falar

-Vamos dizer que sim – diz ele a olhando – Se bem que sou mais por mim mesmo do que por ele.

-Como assim? – pergunta ela levando a mão a ferimento onde seu sangue escorria como se fosse uma fonte de água.

-Essas jóias não vão para as mãos do Carter – respondi ele – Do mesmo jeito como foi daquela vez em Samantha teve a infeliz sorte de se intrometer.

-Foi você naquela vez também?

-Mais ou menos – diz o loiro – Na verdade, Carter fizera o trabalho todo, mas acabou que ela teve que se envolver, então tive que dar um sumiço nela.

Eder o olhava horrorizada.

O que mais poderia vir dele?

Lionel ergue-se vendo que a ponta de seu paletó ficou manchada.

-Ah, Eder – suspira ele – Em outro momento, as coisas poderiam não ter sido assim.

Ela tenta se levantar, mas não consegui. Sentia-se zonza.

Lionel volta sua mão esquerda para ela.

-Se eu fosse você não me mexeria muito – opina ele – Curta um pouco mais seu tempo de vida.

O loiro então se volta para caixa. Eder tenta encontrar sua voz novamente, mas parecia que uma mão tampava sua boca a impedindo de falar. Sua visão estava turva.

Então os segundos passaram mais rápidos do que o previsto. Lionel pode ouvir que alguém conversava lá fora com os guardas. Trinca os dentes.

Não tivera terminado seu trabalho ainda e nem podia ficar mais tempo. Volta-se para um pequeno armário que havia do lado esquerdo e abri-o deparando-se com a porta que lhe tinham avisado que havia.

Olha mais uma vez para Eder que respirava com dificuldade e logo depois mergulha na passagem que sabia que daria para a galeria á poucos metros dali onde seu carro estava estacionado.

Segundos depois, Karl e Mey entram na sala vendo Eder ferida e as poucas jóias que restaram.

-Uma ambulância! – vociferou Karl enquanto pegava Eder nos braços

Logo ele já corria por todo o complexo em direção ao seu carro. Eder estava ficando cada vez mais pálida e conseqüentemente perdia mais sangue. Jaidan e Heliel se juntaram á eles quando alcançaram a saída.

Há poucos metros se via a ambulância chegando.

Karl olha para Eder que estava com os olhos fechados e respirava cada vez com mais dificuldade.

-Lionel – sussurrou ela quase sem força – Ele...

Karl colou seus lábios aos delas a silenciando.

-Chega – diz ele – Pare, por favor.

-Karl – chamou Heliel pondo uma mão em seu braço e indicando com o olhar a ambulância que acabara de estacionar.

Ele avança para o veiculo depositando Eder na maca enquanto os paramedicos já a estabilizavam e estancavam o sangramento.

-Karl – chama ela quase suplicando

-Tudo bem – diz ele com seus lábios colados a testa dela – Tudo bem, agora durma.

Ela ergue seu olhar para ele, depois adormeci.


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Notas finais do capítulo

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