One In a Million escrita por Neline


Capítulo 4
How bad my first university day could be?


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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Oh Meu Deus! Como está frio! Eu sinto cada músculo meu congelando. E está nevando. Um clima ótimo para meu primeiro dia na faculdade. Como são poucas faculdades que aceitam alunos intercambistas, tive a maravilhosa sorte de cair em Harvard. Harvard, você tem uma ideia o quanto isso vai ser valioso no meu currículo? 

- Blair querida, não quer que Chuck lhe dê uma carona até a faculdade? - Eu sorri, enquanto Ewelin me passava alguns pães.

- Não se preocupe Ewy, não faça Chuck desviar seu caminho, eu pego um táxi. - Falei calmamente. Chuck não se manifestava.

- Ele não desviará caminho! Não mencionei que Chuck também frequenta a Harvard? - Eu engasguei, literalmente. Comecei a tossir como uma idiota. -  Você não é uma garota de sorte? - Ela falou, não ligando para o fato de eu estar completamente pasma e de Chuck rir como um idiota.

- É. Sorte. - Eu falei quando finalmente consegui me recuperar.  

Terminei meu café e subi as escadas correndo, de dois em dois degraus, e milagrosamente não cai. De qualquer maneira, peguei meus materiais e desci novamente, já vestida. Estava torcendo para que Chuck já tivesse ido, assim eu apenas faria minha melhor cara de anjo e diria "Não se preocupem, eu posso chamar um táxi e chegarei a tempo".

- Está pronta, B.? Chuck está lhe esperando no carro. - Me controlei para não bufar audivelmente.

- Ah, muito obrigado. - Falei irônicamente, mas ela não pareceu perceber. Abri a porta. Lá estava um lindo Mercedes Benz Brabus, negro. Ótimo, por que até o carro dele tinha que ser perfeito? Abri a porta, com calma e me sentei no banco do passageiro.

- Então... - Chuck quebrou o silêncio. - Em que ano você está? - Eu olhei para a janela.

- Primeiro. Comecei fazendo moda, mas então tranquei. Minha mãe trabalha com moda e eu definitivamente não quero viver a sombra dela. - Eu respondi. Meu celular tocou. Era o Joe, meu namorado. Sorri para o visor e atendi. - Alô.

- Oi amor, como vai a viagem? - Ele pediu com a voz doce de sempre. AGORA QUE EU LEMBREI: EU O TRAI! AAAAAH. E dai? 

- Vai muito bem amor, e as coisas por ai? - Falei com toda a calma do mundo.

- Bem. Está fazendo o que agora? - Eu suspirei.

- Indo para a faculdade. - Escutei a voz da Angela, minha sogra, no fundo, gritando algo.

- Ah, mamãe pediu como é a familia nova. - Mordi o lábio inferior.

- Um doce. Eu tenho até uma irmã mais nova... e uma irmão mais velho. - Falei a última frase quase em um sussurro.

- Ah que ótimo B. Tenho que desligar. Se cuide, te amo. - Sorri.

- Você também. - desliguei o celular e vi que Chuck me olhava com uma sobrancelha arqueada. - O que foi?

- Você tem namorado? - Ele perguntou.

- Sim. - Respondi dando de ombros. Ele começou a rir loucamente. - está rindo do que, idiota?

- Você tem namorado e é virgem. Ah, e ainda disse que ele não vale a pena. Meu Deus, que cara mais babaca! - Ele riu mais um pouco.

- E dai? Para você namoro consiste básicamente em sexo? - Ele parou para pensar.

- É. - Revirei os olhos. Ele parou em um sinaleiro. - Por que você não contou mais detalhes do seu "irmão mais velho" para o seu "namorado"? - Ele falou, desenhando as aspas com os dedos.

- Por que irmão mais velho entre aspas? - Pedi meio confusa.

- Não se beija irmãos mais velhos. Ah, menos em caso de incesto, é claro. - Revirei os olhos.

- Eu não te beijei. Você me beijou e foi nojento. - Ele olhou para mim com um sorriso presunçoso.

- Você pareceu bem satisfeita na hora. - Ele foi se aproximando, e me deixou completamente paralisada. - E eu ainda lhe deixo tonta. - Falou se afastando. A raiva tomou conta de mim.

- Idiota! - Eu sai do carro. Isso mesmo, abri a porta e sai. Comecei a andar na avenida, debaixo da neve, enquanto uma caminhonete preta do tamanho de um tanque de guerra me seguia com a janela aberta e um cara falando comigo.

- Anda Blair, entra no carro. - Ele falava, me acompanhando em velocidade bem lenta, o que não estava deixando os outros motoristas muito felizes. - Deixa de ser teimosa garota, entra logo. Você vai acabar ficando doente. - Ignorei os flocos de neve que caiam no meu cabelo. Seguia a indicação das placas para encontrar a faculdade. O carro não parava de me seguir. - Dá pra entrar aqui logo garota? Deixa de ser maluca? 

- ME DEIXA EM PAZ, ME DEIXA EM PAZ! - Eu falei tapando os ouvidos e andando mais rápido. Cheguei a faculdade, recenbendo todos os olhares curiosos (e aparentemente raivosos) das garotas. Logo depois que Chuck estacionou e saiu do carro e todas o atacaram, como ursos em cima do mel. Blargh.

A aula acabou. Foi tudo normal. Tirando que uma chuva torrencial havia começado. Suspirei. Esqueci minha carteira em casa, o que significa que eu teria que ir a pé até lá. Sai da sala. Uma mão circulou meu pulso e eu me virei. Chuck estava parado, com um meio sorriso.

- Você vai comigo para casa. - Ele afirmou e eu revirei os olhos.

- Eu tenho pernas, não preciso de você. - Respondi, tentando me soltar. Não consegui.

- Minha mãe me mata se você chegar totalmente molhadas em casa. Está decidido, você vai comigo. - Eu bufei.

- Você não manda em mim e se sua mãe lhe matar fará um bem para a humanidade. - comecei a bater nele com a mão que estava livre. - ME SOLTA! - Eu gritei, recebendo alguns olhares.

- Você realmente não vai ir por bem? - Ele perguntou em um tom ameaçador.

- Não! - Pausa. - Espere, o que você quer dizer por ir por bem... - Antes que eu pudesse terminar de falar ele me jogou sobre seu ombro, com uma cabeça em suas costas e minhas pernas batendo no seu peitoral, e saiu me carregando, no meio da universidade, enquanto todos nos olhavam como se eu fosse maluca e ele um ser completamente normal. Enfim, saiamos e ele me jogou no banco do passageiro, sem chances de escapar. Bufei e amaldiçoei ele mentalmente, me emburrando no canto do banco.

Mal eu sabia que a viagem seria mais surpreendente do que eu imaginava.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?

O próximo cap vai ser divertido (66' hahahaha

Deixem reviews!

XOXO. Neli ;*