Renata Volturi escrita por Morgana


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Blue, blue, blue, waves they crash as time goes by, so
hard to catch. Too, too smooth, ain't all that, why
don't you ride on my side of the tracks.

—Gabriela Climi - Sweet About Me


Ondas azuis, azuis, azuis quebram com o passar do
tempo, tão difícil de entender. Muito, muito suave,
não é tudo isso, porque você não segue o meu caminho?



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Cap.I

As frias paredes escuras do castelo dos Volturi eram iluminadas por belíssimos arcoches antigos, ainda dos primeiros anos da existência do prédio.

Dentro de um dos vários quartos, Aro andava de um lado a outro, nervoso. À sua frente, sua guarda-costas Renata.

“Depois de tudo pelo que passamos. Depois do que eu fiz por ti...”

A voz do vampiro era desapontada. Ela suspirou.

“Mestre, o senhor disse que sempre me apoiaria em minhas decisões...”

“Não nesta.”

“Mas viver aqui está me sufocando, Mestre!” Renata precipitou-se para Aro, seus olhos vermelhos tornaram-se líquidos. “O senhor não me ama o suficiente para me deixar ir, Mestre?”

A boca do macho abriu-se em surpresa e ele a segurou pelos braços, puxando a cabeça dela para seu peito.

“Como ousas pensar isso de mim, Renata? Pensar que...hmmm.” ele suspirou e afastou-a de si, olhando-a nos olhos.Então franziu o cenho. ”Seus olhos estão com uma cor diferente. Parece um vinho escuro, como se o sangue estivesse coagulado. Mas não está com sede. Saiu ontem.” Aro encostou sua mão levemente na palma de Renata e ela soltou um guincho alto de dor.

“RENATA!” a voz repreensiva do vampiro mestre foi demais para a mulher, que se encolheu como se sentisse uma dor física. “Burlou nossas ordens, Renata! Eu disse que não deveria caçar dentro da cidade!”

“Ele me provocou! Ele me desafiou, Mestre!O senhor sabe como os humanos são. Fracos e desesperados por provar que são os melhores! E eu não resisti...” ela soltou um grunhido baixo, mostrando estar submissa.

“Atacou um humano na cidade...”

“Do mesmo jeito que Demetri e Felix fizeram há tanto tempo comigo.” Ela murmurou. Os olhos opacos de Aro pararam nela. Renata respirou forte.

“E qual foi a repreensão que receberam por nos atacar, Mestre?”

“Eu não vou falar sobre isso...”

“Se dói no senhor, imagine em mim.” Ela respondeu, audaciosa.

“VOCÊ NÃOVAI!!!” Aro gritou.Seu corpo se retesou e a mulher deu dois passos para trás.

“Sim, Mestre” ela murmurou, fez uma breve reverência e retirou-se do aposento onde Aro debruçava-se sobra o parapeito da janela e mirava a floresta para além da cidade.

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Novamente nas ruas.

Seu capuz ondulava com a lentidão com a qual se movia. Ao seu lado,a única pessoa que teria cabeça para talvez compreendê-la.

“Ir embora seria desencadear a fúria deles novamente em cima dos Cullen.” Alec murmurou.

“Eu sei.Mas seria mais...tolerável para mim."

“Por quê?” os olhos do garotinho brilharam de curiosidade.

“É só...”

“Tem algo haver com o dia em que te salvamos?”

“De quê, Alec? De quê vocês me salvaram?” a voz dela era dolorida.

“Sabe que faço a mesma pergunta para mim mesmo desde aquele dia.”

“Felix e Demetri mataram um homem inocente. E em troca eu vim para sua família.”

“Quando encontrei você naquele beco...” a voz de Alec era dura. “Veja bem, Renata, não é todo mundo que se joga na frente de outras pessoas sem saber pelo que esperar.”

“Fernando era meu marido, Alec!” ela parou de andar.Um grupo de turistas bêbados olhava para os dois de forma curiosa enquanto descia a viela pela qual a dupla subia. A conversa deles era baixa e rápida demais para os humanos ouvirem.

“E mesmo assim fizeste uma ação digna de segunda chance. Foi louvável.”

“Deixou que Demetri e Felix o matassem mesmo assim.”

“Mas impedi que você morresse naquele beco. Até hoje estou impressionado em como o veneno de Felix fez esse milagre, Rennie. Deixou-te inteira depois do impacto que os corpos de vocês tiveram.” Alec voltou a andar, deixando a mulher para trás, cabisbaixa.

“Eu deveria ter morrido só da dor que deve ter sido a transformação, Alec.”

“Não a achei digna de morte, querida. Ainda mais depois de entender o que você dizia! ‘ Não vou morrer! Não vou morrer!’ Memorável, cara Renata, memorável! Até Marcus achou você algo interessante.”

“Como se já não bastasse Aro” ela retrucou com raiva. Alec soltou uma risadinha.

“Tens razão!”

E ela correu para alcançá-lo, enquanto a manhã começava a despontar no céu.


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Notas finais do capítulo

Na primeira vez que postei esse capítulo (em outro site) cometi alguns erros que hoje, por mais que eu tente, não consigo corrigir. Então fiz isso aqui. O capítulo foi todo revisado!

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo! Se quiserem mais, comentem! ;9

Beijos!



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