Hated escrita por Juliana133


Capítulo 39
Capítulo 38




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- Mesmo naquela idade você já era um completo arrogante! - Choramingou Monique - E mesmo depois de eu me tornar tão bonita, você nem liga... - fez-se uma pausa - Eu usei toda a herança dos meus pais e ainda fiquei fora da escola por um ano inteiro - Ela passou a mão no rosto de costas a Tom e Jullie - Tudo, eu transformei! Por que não eu? - Ela o olhou chorando.
Enquanto Monique estava distraída Jullie fazia de tudo pra tirar as cordas pra prendiam seus braços, achou o canivete de Monique, ela tinha esquecido dele e só segurava a arma, conseguiu pega-lo e tentou cortar as cordas.
- Se ajoelhe pra mim. Diga que sou bonita e se apaixone perdidamente por mim. Como se não pudesse viver sem mim. - Monique continuava falando.
- Jullie... - Tom gemeu seu nome, tentando se aproximar dela, nem ligava pra o que Monique dizia
- POR QUE VOCÊ NÃO OLHA PRA MIM??!!
Jullie tentava desesperadamente cortar as cordas mas na posição em que estava era difícil, numa tentativa mais desesperada acabou sentindo que cortou o pulso junto, ela viu Monique apontar a arma pro Tom que nem se movia mais, se desesperou, com uma força que não sabia da onde tinha tirado arrancou as cordas já um pouco cortadas com a própria força e correu pra alcançar Tom.

Monique berrou quando apontou a arma, ouviu um grito junto com o dela e de repente Jullie estava ali, na frente dela seu peito subia e descia com rapidez enquanto tentava cobrir Tom com seu próprio corpo.
- Monique, não faça nada que possa se arrepender depois.
Ela olhou o modo como Jullie tentava cobrir Tom pra não ser atingido e isso só alimentou sua raiva.
- SAIA DA FRENTE! - berrou alucinada.
- Monique não faça nada por favor! - Jullie suplicava, lagrimas escorriam por seu rosto.
- JULLIE SAIA! - Ela fez um gesto mais brusco, Jullie berrou e virou de costas pra ela abraçando Tom pra protegê-lo, no mesmo instante ouviu o disparo.
Monique ficou nervosa e acabou apertando o gatilho sem realmente perceber.
O tiro, por sorte passou raspando pelo braço da Jullie fazendo um machucado profundo, ela gemeu de dor e apertou ainda mais seu abraço em Tom pra protegê-lo.
Monique arregalou os olhos pro que tinha feito, ofegante, largou a arma e saiu, sendo seguida pelos três homens que estavam com ela.
Ao ouvir os passos mais distantes, Jullie tentou se levantar sentindo uma dor insuportável no braço esquerdo, ela olhou pro Tom que estava com olhos fechado e nem se mexia.
- Tom... Tom você está bem? TOM! - berrou nervosa.
Depois de um tempo viu seus lábios tremerem e ele dizer quase num fio de voz.
- É claro que eu não estou bem. - reclamou.
Jullie respirou aliviada, continuava sendo o mesmo idiota de sempre, então estava bem.
Com esforço ele tentou se sentar, Jullie tentou ajudá-lo mas seu braço doía absurdamente.
- Por que você não fez nada? Podia ter batido neles... Por que não fez nada? Você é um idiota! - Reclamou chorando.
- Se eu revidasse não seria capaz de te proteger... Não queria que nada de ruim acontecesse com você. - Ele finalmente se sentou, estava ofegante, tamanho o esforço que tinha feito e reparou pela primeira fez no braço da morena. - O que aconteceu?

- Não é nada, não importa...
- O que aquela desgraçada pensa que estava fazendo... - Ele tentou se levantar mas Jullie o segurou.
- Tom deixa... Eu não ligo, posso ir num pronto socorro e eles cuidam de mim ok? Você está bem?
- Estou ótimo! - Resmungou aborrecido - Desde o começo eu sabia que você era o alvo dessa maluca. - comentou
- Se sabia então por que veio? - Disse ela aborrecida.

- Não é óbvio? É porque eu gosto de você...
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- Gosto de você, não suportei a imagem de vê-la correndo perigo por minha causa, tinha que te proteger.
Ela apenas o olhava, seu coração deu uma disparada, suas mãos começaram a suar, suas lagrimas pararam de cair repentinamente.
Tom levantou uma mão e limpou o rosto dela com o dedo, fazendo ela sentir os pelos da nuca levantarem, ela fechou os olhos sentindo aquele toque quente em seu rosto depois de experimentar a frieza de Monique.
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”Tudo o que eu vejo é o seu rosto
Tudo o que preciso é o seu toque
Acorde-me com os seus lábios
Chegue até mim por cima
Yeah
Eu preciso de você”

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Devagar ela abriu os olhos e viu o rosto ensangüentado de Tom em sua frente, sentiu vontade de chorar de novo, por causa dela ele estava naquele estado.
- Não queria que isso acontecesse... - ela disse tão baixo que quase não deu pra ouvir - Está doendo muito?
Ela levantou o braço que não estava ferido e encostou no rosto de Tom, ele fechou os olhos por um segundo, não sabia se era pela dor ou pelo toque dela.
- Não dói nada, sei o que fiz e faria de novo por você. - Declarou ele a olhando nos olhos.
Jullie o encarou também e se perdeu em seu olhar infinitamente lindo.
Aos poucos ele a puxou pra si, Jullie nem percebia o que estava fazendo, se deixava ser levada por ele.
Lentamente seus lábios sentiram um ao outro, Jullie sentiu seu coração bater milhões de vezes mais rápido, assim como Tom que lentamente foi abrindo a boca pra dar espaço a um beijo calmo, cheio de carinho.
.
”Oh baby
Eu preciso que você me veja do jeito que eu te vejo
Ame-me bem acordado no meio dos meus sonhos”

Jullie passou a mão do rosto dele pra nuca, acariciando seus cabelos.
Tom a segurava no rosto e a outra mão segurou a cintura da morena a trazendo um pouco mais pra perto de si.
Após o beijo se olharam nos olhos e se abraçaram, Jullie se acomodou nos braços de Tom sentindo segurança em estar perto dele, sabia que podia estar perto e estar protegida, ainda mais depois do que aconteceu essa noite.
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Uma semana depois
Simone ficou sabendo que Tom apanhou e passou no médico pra se tratar.
- Tom foi hospitalizado? - Disse surpresa.
- Sim, ele estava com Jullie, que também foi tratada a mando do senhor Tom. - Disse Níshida fazendo uma pequena reverencia.
Simone se levantou da cadeira de couro em que estava sentada, visivelmente irritada
- Aquela menina ainda está se encontrando com o Tom?
- Bem... Isso mesmo.
Simone espremeu os lábios irritada.

Tom e Jullie não foram pra escola nos últimos dias da semana, como ele não precisava dar satisfações a ninguém no colégio não teve problema e ele mesmo deu licença a Jullie pra poder faltar.
Quando voltaram na segunda seguinte,Tom ainda tinha uns curativos no rosto e apareceu com o braço ainda na tipóia, Jullie achou estranho mas não disse nada, ela ainda tinha uma faixa envolta do braço, pelo raspão da bala, tinha uma pequena cicatriz no rosto pelo corte que Monique tinha feito e seu pulso tinha um curativo também.
Na hora do almoço, Tom pediu sua bandeja de comida enquanto Jullie abria sua “marmita” pra comer, ele empurrou um pouco a bandeja pra perto de Jullie.
Ela pegou o garfo e furou um pedaço de carne que tinha no prato de Tom, ele sorriu satisfeito e se inclinou pra ela abrindo a boca, quando viu que ela trazia a comida e comeu ela mesma sorrindo pelo sabor maravilhoso que não era acostumada a experimentar.
- Ei, me alimente! - Reclamou ele olhando Jullie mastigar a carne.
- Por que? Você pode segurar seus próprios talheres não pode? Aliás, por que ainda está usando a tipóia? Já faz uma semana, é muito tempo, você não toma cálcio o bastante... - Reclamou voltando a furar a carne e comer.
- Está curado, só que ainda dói! - Reclamou.
Gustav e Georg olhavam os dois sorrindo.
- Que bonitinho, “o solo se fortalece depois da chuva” - Disse Georg olhando os dois que não paravam de discutir.
- Como dizem, para o chá e o amor, quanto mais doce melhor. - Completou Gustav.
- De qualquer forma Tom, o que vai fazer?
- Sobre o que? - Disse ainda mal humorado com Jullie que não parava de sorrir ao comer a comida dele.
- Sobre Monique Colleman.
Jullie parou de mastigar e olhou pra Tom que a olhou de volta, ficaram em silencio por uns minutos até ouvirem gritaria da parte debaixo do refeitório.


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