Tom abriu a porta do carro, fazendo Jullie dar uns passos assustados pra trás, ele saiu e se apoiou na porta.
— O que você está fazendo, matando aula desse jeito? - Perguntou, sem olhá-la.
— Não é da sua conta.
— Hã? - A olhou.
— Você também não está matando aula? - Falou o encarando.
— Eu vou assistir aula agora. - Voltando a olhar pra frente.
— Ah é? Então, vou embora. - Disse Jullie pouco interessada, virou e começou a andar.
— Ei ei ei! - Gritou ele fazendo-a aparar - Aquela vez... Quando você me beijou, você não se apaixonou por mim, né?
— O que? - virou rápido e o encarou da cabeça aos pés. - Você é tonto? Eu não entendo.
— Entre. - Tom apontou o carro com a cabeça.
— O que?
— Vou te dar uma carona até aquele colégio infernal, então, entre! - Ele foi até ela e a segurou pelo braço a puxando pro carro.
— Esp... Espera! PARE COM ISSO! - balançou o braço e se livrou do aperto dele. - Você é inacreditável. - E saiu correndo.
— Que foi, desgraçada? - correu atrás dela.
Jullie corria pela rua gritando desesperada enquanto Tom corria atrás dela gritando pra ela parar.
Eles correram por uma longa calçada, gritando e olhando pra trás, Jullie percebeu um conversível correndo em alta velocidade virando a esquina, ah o que importava o conversível? Estava preocupada em ser pega por aquele tarado, olhou pra trás de novo e viu que Tom não desistia de persegui-la, dobrou a esquina gritando, poucos passos depois pode ouvir:
— Não seja tão convencido! - Era uma voz de mulher.

Jullie olhou pra trás e viu Tom caído no chão e uma mulher com o punho direito fechado como se desse um soco. Tom apanhou dela?
— Mentira! - exclamou espantada
Tom olhou a mulher, ia se levantar quando ela lhe deu um chute que fez ele cair de novo.Tom  gemeu de dor, a mulher virou pra Jullie e foi se aproximando dela, Jullie foi recuando.
— O que é? - A mulher ia se aproximando ainda mais e Jullie só fazia recuar, quando parou, impedida pelo carro ali parado, levantou os punhos pronta pra lutar.
— Ei! - Chamou Tom zangado, passando a mão na boca - Isso dói mana!
Jullie arregalou os olhos.
— Mana?
A mulher tirou os óculos escuros e Jullie a reconheceu, era a mulher dos porta-retratos que tinha visto quando foi na casa de Tom. (http://beijotchau.files.wordpress.com/2007/08/jessica-alba-teen-choice-awards-2007-02.jpg )
— Muito prazer! - Ela sorria, e agia como se nada tivesse acontecido.

Todos corriam junto com o conversível que entrava pelos portões da escola.
— Meu deus! Jéssica Kaulitz. - Murmuravam enquanto corriam.
— Por que a Jullie está no carro da Jéssica? - Hannah olhava pasma pra dentro do carro de Jéssica que entrava pelos terrenos da escola.

— Você sempre poderá me contatar nesse endereço. - Jéssica entregava um cartão a Jullie, logo que elas pararam á porta da escola e saíram do carro.
— Ah! - Jullie deu um pequeno sorriso e pegou o cartão - Los Angeles? - Se espantou.
— Se você me chamar, eu vôo pra cá, imediatamente. - Jéssica já entrava no carro de novo e sorria pra Jullie.
— Voar... - Disse Jullie levando pro lado figurativo da coisa.
— Sim, no meu jato particular.
— Realmente vai voar.
— Eu vou ficar um tempo no Japão. - Jéssica arrumava-se no carro, puxando o cinto de segurança e ajeitando o casaco - Você não quer ir almoçar em casa?
— É... Por que você está sendo tão gentil comigo? - Jullie nem deu atenção ao convite dela.
— Aquele idiota do meu irmão parece ter te incomodado muito, além disso, parece que o nosso “cheiro” é parecido.
— Como?
— Você e eu...
Jullie começou a cheirar, levantou o braço e o cheirou, cheirou tudo que conseguiu alcançar de seu corpo, Jéssica inclinou a cabeça pra trás numa gargalhada.
— Credo... Você é tão inocente quanto o Tom. Talvez ele esteja realmente apaixonado por você.
— Hein?
— Bom até mais. - tirou os óculos escuros da cabeça e os colocou - Me procure quando quiser.
— Ah, sim! - Jéssica acelerou - Muito obrigada - Gritou

Jéssica atravessou o portão da escola com todos os alunos gritando por ela.
— Que legal! - Vanessa olhava perdidamente pro carro de Jéssica que sumia de vista quando foi brutalmente empurrada, quase caindo no chão.
— Ah! Que legal! - Disseram Hannah, Belinda e Hilary juntas, olhando na mesma direção que Vanessa olhava antes delas a empurrarem.

—

"Grupo Kaulitz aumenta seus lucros em 25% nesse trimestre.
Especialistas apontam para violações de leis anti-cartéis”
Jéssica lia um jornal quando ouviu a porta batendo.
— Ela não muda, sempre fazendo o que quer. - Resmungou vendo a foto da mãe no jornal ao lado da reportagem.
Tom estava se sentando mas logo levantou quando ouviu a voz da irmã.
— Que foi? - Disse zangado gritando pra ela do outro lado de seu quarto. - Não entre a hora que quiser.
Jéssica baixou o jornal e olhou o irmão.
— Minhas desculpas sobre agora a pouco. - sorrindo.
Tom se sentou mal humorado no sofá, Jéssica se levantou, foi até onde o irmão estava, se sentou no sofá ao lado do que ele estava e abriu uma revista que tinha ali.
— Por que você voltou? - Perguntou Tom olhando a irmã.
— Meu marido pediu pra eu vir. - Jéssica nem o olhava apenas virava as folhas da revista.
— Aquele velho fez alguma coisa ruim? - Tom abriu os braços e se acomodou mais no sofá.
— Ninguém chama seu cunhado de “velho” - Jéssica falou com ar cansado e olhou o irmão.
— Pra que se importa com alguém que você nem gosta? - Se apoiou nas pernas a encarando.
O casamento de sua irmã tinha sido arranjado, sua mãe o arranjou pelo homem com quem Jéssica casara ser muito rico e de bons “costumes” e Jéssica o aceitou o que deixava Tom inconformado.

— Eu estou muito feliz agora que já me acostumei. - Disse Jéssica simplesmente, com um pequeno sorriso nos lábios.
— Estava claro que você não queria se casar - Tom ainda lembrava, com raiva, ela não estava feliz e mesmo assim fez a vontade da mãe.
— Ah? É mesmo? - e sorriu. - E por falar nisso, você quer que eu me divorcie venha pra cá? - Ela fechou a revista e repousou em seu colo - Você quer ficar junto com a sua irmã? - tirando sarro.
— Não diga coisas ridículas.
Ela riu e abriu a revista de novo, Tom apoiou as costas no sofá.
— Alias, até quando vai ficar. - Ele parecia inquieto quando cruzou os braços;
— Hum... Por volta de uma semana. - disse sem olhá-lo.
Tom ficou decepcionado e deixou isso transparecer o que fez Jéssica sorrir quando olhou pra ele.
— Na fique com essa cara solitária, eu voltarei em breve. - Ela se sentou ao lado do irmão no mesmo sofá, passando o braço pelo ombro dele.
— Não precisa voltar. - Tirou o braço dela tentando parecer indiferente.
— Sabe Tom... - Jéssica já era acostumada com esse comportamento dele, então nem se importou - Você gosta daquela garota?
— Hã?
— Aquela garota que você estava perseguindo, a Jullie.
— Por que essa pergunta de repente? Não tem como gostar dela.
Jéssica deu uma risadinha, zoando com Tom.
— O que foi?
— Se você não for mais gentil com ela, com certeza vai te deixar. - Largou o tom brincalhão e olhou o Tom, séria.
— Eu não entendo. Aliás isso não tem nada a ver.
— Se você tiver problemas amorosos, pode sempre me procurar. - e voltou a folhear a revista.
Eles ficaram em silencio um instante, enquanto Tom pensava, inquieto.
— Sabe, mana...
— Ei, olhe pra isso, é a Adrienne. - Jéssica nem lhe deu ouvidos e mostrou a revista a ele - Nossa Adrienne, quando ela começou a estudar no exterior?
Tom viu que a irmã estava muito entretida na revista e desistiu de falar.