Hated escrita por Juliana133


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Eu havia deletado a fic porque eu esses dias ia ficar sem tempo por causa de um projeto que eu estou participando mas percebi que tinha um compromisso com minhas leitoras mas a partir de segunda feira eu vou entrar bem pouco ok gente?
E esse cap. é grande pra poder recompensar esse susto ok?
Beijos e não me matem rs
Boa leitura fiéis ♥



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Tinha começado a chover muito forte, Jullie corria com a mochila na cabeça até encontrar um lugar coberto e se esconder, já estava tudo fechado, parou na frente de uma pequena loja, meio escondida e quem vinha no poderia enxergá-la.
— Ah! Já era, vou chegar tarde pro jantar.
Ela passava a mão na roupa tentando amenizar o estrago quando ouviu...
— Bill espere... BILL!
Ela reconheceu a voz, era Adrienne.
Não pode conter a curiosidade, enfiou a cabeça pra frente e viu Bill correndo e Adrienne logo atrás, se escondeu de novo tentando não prestar atenção em nada.
— Eu... - Adrienne gritava enquanto corria já sem fôlego - Eu decidi voltar pra França!
Bill parou de correr, Adrienne parou também um pouco distante dele, ele continuava de costas pra ela, esperando por uma explicação.
Jullie se assustou também, virou o rosto mais não podia vê-los.
— Quero viver com meus próprios pés, com minha própria força. É por isso que decidi voltar para a França. - Bill virou e a olhou - Para realizar o meu sonho de me tornar uma advogada internacional. Eu vou desistir do nome “Baillon“. - A cada palavra Bill a olhava com mais perplexidade e curiosidade - Eu não serei a herdeira do império Baillon, serei uma pessoa comum e assim quero partir pra França.
Os dois se olhavam, com dificuldade por causa da intensidade da chuva que caia sobre eles, mas era perfeitamente perceptível o olhar que Bill lançava a Adrienne.
Jullie inclinou um pouco a cabeça e pode ver Bill, mesmo de costas pôde ver que estava deprimido com a revelação repentina de Adrienne.

 

 

— O próximo é... “Senzai Ichiguu” (se lê: Senzái Itigú- Um encontro a cada mil anos) - Gina lia um pequeno livro pra toda a família sentados a mesa na hora da janta.
— “Senzai Ichiguu“?? - Dylan falou, a mãe afirmou com a cabeça e ele pensou um pouco - Eu sei! Quando você vai lavar roupas, “senzai ichi” é um “copo cheio” e “guu” é bom, não é?
— Isso! - disse o pai - “Um copo”(Senzai)... “cheio”(ichi)... “bom”(guu)! - Greg e Dylan riram, achando que estavam certos mas Gina logo veio corrigir.
— Errado!
— Não? Então qual é a resposta certa? - Disse Dylan.
— Uma oportunidade que aparece a cada mil anos. - recitou Gina.
Jullie, até agora muito calada, prestava atenção na conversa dos três e se interessou pelo que a mãe disse.
— Por exemplo - continuou Gina - Uma situação em que você está muito, muito apaixonada, de repente ele termina com a namorada e fica disponível. Isso seria um “senzai ichiguu”, é assim que é usado!
Jullie colocou o grafo em cima do prato e se levantou.
— Estou satisfeita.
— Jullie, não vai repetir? - Greg lhe perguntou estranhando a falta de apetite da filha que sempre come bastante.
— Bem... - parou a porta da cozinha - Meu peito está cheio.
— Então, eu também já estou satisfeito. - Disse Dylan.
— Por que até você, Dylan? - Dylan afirmou.
— Meu peito está “seio” - Ele e o pai caíram na gargalhada.
— Boa Dylan, você fez uma piada, igual a mim, seu nível está crescendo. - os dois riam juntos.

Jullie passou por eles quieta e entrou no quarto, enquanto os homens ainda riam, Gina pulou pra cadeira que Jullie estava sentada.
— Será que é paixão? - Disse quase num sussurro.
— O que? - Disseram os dois juntos.
— Desde aquele dia, desde aquela festa ela tem agido estranho.
— Talvez... Será que ele se apaixonou por um daqueles herdeiros? - Disse Dylan olhando do pai pra mãe e da mãe pro pai vendo a expressão de ambos, ele e a mãe levaram a mão a boca.
— Então ela estaria sofrendo por que somos diferente deles? - Greg também parecia chocado.
— É verdade, ela está realmente apaixonada por um herdeiro. - Gina estava empolgada.
— Então uma chance “senzai ichiguu” foi dada a Jullie. - Dylan disse empolgado
— Vamos ficar ricos! - disseram os três juntos com os olhos brilhando se segurando pra não gritarem por toda a casa.

Jullie deitada em sua cama levantou o pano de Bill até a altura de sua cabeça.
— “Senzai ichiggu” é?
Abaixou o pano e pensou em Bill.
E se ele fosse mesmo sua chance “senzai ichiguu”? Por que não? Adrienne estava indo embora, o que o fazia disponível não é? Afinal ele a ajudou e tudo na festa, a elogiou quando a viu bonita daquele jeito, talvez lá no fundo ele gostasse dela, mesmo que ele ainda não soubesse disso.
Talvez com o tempo ele poderia enxergar o infinito amor que sente por ela, ver que sempre foi perdidamente apaixonado por ela, era só esperar, lhe dar a chance dele descobrir isso.
Sorriu, poderia fazer isso, lhe dar espaço pra enxergar que era loucamente apaixonado por ela, assim eles poderiam ficar juntos e serem felizes pra sempre.
Ok exagerei, talvez muito felizes, era só esperá-lo.
Ela levantou da cama, foi até o banheiro, pegou uma pequena bacia e a encheu com água morna e um pouco de sabão, pra poder lavar o lencinho do Bill.
Depois de secá-lo na secadora, Jullie passou-o no ferro com muito cuidado e carinho pra devolver no dia seguinte.


Atravessou a porta da escada de incêndio quase que correndo, sorria radiante apertando lenço contra o próprio peito, desceu as escadas pronta pra vê-lo ali sentado nos últimos degraus com um livro em seu rosto ou então o lendo, mas quando olhou pra dentro das escadas não o viu, sentiu seu sorriso se desfazer em seu rosto e olhou o lenço em sua mão.
Onde será que ele está? pensou.
Desceu pro refeitório chateada, segurando o lenço em uma mão e um copo de suco na outra, se sentou na mesa de sempre e não parava de olhar o lenço perfeitamente liso e limpo em sua mão.
Soltou um longo suspiro e pegou o copo.
— Dizem que a Monique Colleman não vem mais ao colégio.
Hilary, seguida e Hannah, Belinda e mais um bando da alunos cercaram a mesa em que Jullie estava.
— Você realmente não tem medo de nada não é? - Disse Hilary
— Hã?
— Parece que ela vai parar o colégio. - Belinda mexia seu chá com uma colher fazendo movimentos extremamente exagerado com os braços.
— Hã? - Vanessa a olhava preocupada, se lembrou do dia em que Monique foi maltratada pelos alunos.
— Bem, na verdade a culpa é sua! - Hilary a acusou - E você ainda se atreve a vir pro colégio como se não tivesse acontecido nada.
Jullie segurou firme o lenço de Bill, empurrou a cadeira e deu espaço entre os alunos que a cercavam, em poucos minutos ela já atravessava a porta da escola em direção a casa da amiga.

 

Era uma casa enorme, como todas as casas de gente rica.
Quando entrou, logo uma empregada levou Jullie ao imenso quarto de Monique, ela estava sentada na cama, usava umas roupas muito simples pra quantia de dinheiro que ela tinha e Jullie até sorriu quando a viu ali, por que Monique não era uma patricinha que só se importava com a imagem, ela era tão normal quanto Jullie, só que com um pouco mais de dinheiro no banco e tudo mais. 
— Hey Momô! - Jullie sorriu ao chamá-la assim, Monique sorriu também.
— Olá Jullie! - Ela apontava pra uma cadeira ao lado dela, em frente a uma pequena mesa onde repousava uma bandeja com xícaras e um bule de chá quente.
— O que houve com você? - Se sentou - ouvi boatos...
— É verdade, eu não quero ir ao colégio.
Fez-se uma pausa, Monique pediu com as mãos uma xícara de chá e Jullie lhe deu.
— Me desculpe, é tudo culpa minha.
— Não se preocupe. - Fez-se uma pausa, um tanto constrangedora antes de Monique decidir falar -Jullie, é verdade que você beijou o Tom na festa?
Jullie se sentiu incomodada com a pergunta.
— Que beijo? Aquilo foi um acidente. - Ela pegou uma xícara na mesinha no mesmo instante em que Monique se enfiava embaixo das cobertas até desaparecer.
— Mas está tudo bem. - Disse depois de recolocar a xícara na mesinha. - Os maus-tratos não pioraram. - Ela esperou, mas Monique não surgiu de debaixo das cobertas. - Sabe Monique, eu sempre serei sua aliada. Conte comigo sempre que se sentir sozinha ta?!
Esperou, mas Monique estava irredutível, Jullie sorriu de leve e se levantou da cadeira.
— Até mais então.
E foi saindo... Quando Monique ouviu seus passos mais baixos se sentiu segura pra sair de debaixo das cobertas e acompanhou Jullie com os olhos até ela sumir.

 

Jullie olhou o relógio e começou a correr.
— Ah não! Se eu não voltar logo... - Como se voltasse ao passado, um carro preto parou de repente na rua impedindo Jullie de seguir seu caminho.
Ela parou e olhou o carro, apreensiva, mas ao invés de sair homens vestidos de preto, o vidro do carro baixou e surgiu Tom Kaulitz dali de dentro, ele olhava pra frente como se não tivesse a visto ali.
— Que droga. - Jullie reclamou e Tom a finalmente a olhou.
— Ah! É você! - Disse Tom numa tentativa ridícula de tentar fingir que não tinha a visto. - que coincidência.
— Se você parar o carro aqui vai atrapalhar passagem dos pedestres.


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