O Lago dos Cisnes escrita por Vanna_Twilight, Ursinha


Capítulo 11
Cap. 10: Planos


Notas iniciais do capítulo

Olha desculpa a demora, mas eu acho q o capítulo tá bom!!!

Uma coisa q eu já devia ter feito: Agradecer a Ursinha e a Debora por recomendarem a história... Valeu gente!!!

Quero tambem agradecer ao pessoal que tem comentado e dizer q eu adoro vocês!!!

Bem, tamos aí:



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   PDV Bella

   -Mas que borra!

   Revirei os olhos. Não falar palavrões era a única promessa de ano novo que Alice mantinha intacta. Mas só porque ela achava borra engraçado.

   Depois que Liza e eu contamos a ela e a Mett sobre as transformações, eles se sentiram culpados por me culparem daquilo. Mas quando minha irmã se tocou da parte “A mais bela moça nascerá” e “Seu sobrenome Seu fardo será”, tudo o que ela disse foi borra, por não ser a mais bonita.

   -Não que eu quisesse passar por isso... – murmurei

   -É o que? – ela perguntou

   -Nada! – me apressei em dizer – Mas... se o seu papel fosse o de ser a mais bonita – “O que não seria difícil” pensei -, você seria quem mais sofre nisso tudo, não acha?

   -É pensando por esse lado... – refletiu

   Suspirei aliviada. Uma briga com Alie antes do sol se por era a última coisa que eu queria.

   -Mas, mudando de assunto... – a voz dela era baixa, quase um sussurro – Você é mesmo quem mais sofre com a transformação?

   Ela não havia mudado de assunto, não mesmo. Pensei um pouco e respondi.

   -Sim, só que... Bom, ao pé da letra. Eu sofro mais porque, bem, ao que descobrimos tudo dói mais em mim, já que a maldição foi jogada com o intuito de me ferir, mas... – quando dei por mim, estava começando a chorar – Mas, eu estava convencida do contrario, mais ou menos, mas vocês tinham razão, a culpa é minha! Se não fosse por mim vocês não estariam passando por isso... Sentindo tanta... dor. Nenhum de vocês. – olhei para todos eles e parei em meus irmãos – Principalmente vocês dois...! Se eu não tivesse acordado te acordado, Alie... ou tivesse conseguido despistar vocês... Vocês não estariam nessa confusão toda! – parei e reparei que gritava

   -Nós te procuraríamos de qualquer modo – ela deu de ombros, “calma como uma raposa sábia!” pensei – Bella ouça bem; se você não tivesse ido lá em casa ou se tivesse ido e nós não a víssemos, viríamos aqui te procurar. Eu já sei muito bem o que é carma, e esse é o meu por não ter te impedido de vir aqui na mata. Simples assim!

   Carma, bah! Como se ela realmente soubesse o que é carma!” Pensei

   Acalmei-me um pouco, mesmo sabendo que estava com a razão. “Se for preso por roubar, que seja por ter roubado muito”. Esse era o ditado. Seguindo mais ou menos o que ele falava, olhei para o leste. Tínhamos mais ou menos meia hora até virarmos gente. Dava tempo de fazer uma coisa...

    -Hmmm... Liza? – chamei – Temos um tempinho ainda... Pode me fazer um favor?

   -O que foi Bella? – perguntou com doçura

   Cheguei mais perto dela, de modo que meu bico roçou em sua orelha, e disse o que queria.

   -Bom, eu acho uma boa idéia – concordou se levantando da grama e se afastando.

   Quando ficou a dois metros de distância, começou a brilhar e ficou na sua forma de pássaro. Deu uma chacoalhada nas penas para se livrar de um pouco de grama e me olhou.

   -Muito bem, muito bem... Vou começar. Me olhe bem, preste atenção, memorize os movimentos e tente copiá-los, entendeu?

   Assenti, na expectativa. Quando era pequena, sempre queria poder ser uma fadinha, pra poder voar, sabe? Não era isso que eu tinha em mente na época, mas, pelo menos, eu tinha asas.

   Liza tomou um pouco de impulso em deu dois passos apresados pra frente. Observei enquanto ela, graciosamente, estendia as asas. Refleti por um instante. Ela não precisava tomar impulso para voar, precisava? Mas me lembrei que eu sim.

   Depois de dois segundos batendo as asas, ela começou a levantar vôo, indo sempre para frente. Quando ficou a alguns centímetros do chão, encolheu as pernas junto ao corpo, ao que parecia, automaticamente

   Reparei que o movimento de suas asas aumentava de velocidade conforme ela subia. Uma vez bem acima de nossas cabeças, ela alternava entre planar, sem precisar bater as asas, e batê-las, para ganhar impulso, imagino, pois percebi que isso era pra não se cansar demais.

   Eu estava tão maravilhada, que havia me esquecido do porque dela estar fazendo aquilo até que ela virou a cabeça, me olhou e piscou. Era a minha vez. Um tremor percorreu minha espinha e as penas de minha nuca se eriçaram quando me imaginei fazendo aquilo. Hesitei e olhei para meus irmãos.

   -Vai lá – encorajou Mett – Eu devia te dissuadir a fazer o contrario, mas não estou em posição de te contradizer nesse momento – piscou para mim

   Sorri e me entusiasmei. Tomei distância deles, chegando perto do lago e abri as asas. A ponta de uma delas chegou a tocar na água, e comecei a reparar bem nelas. Cada uma delas tinha o comprimento de meu corpo animal inteiro. Algumas penas tinham leves tons de azul, enquanto outras tinham tons de rosa, só que os de rosa eram imperceptíveis a humanos.

   Suspirei e dei três passos corridos para frente, batendo freneticamente as asas a partir do segundo passo. O esperado era que eu não conseguisse e caísse no chão.

   Isso não aconteceu.

   Bati mais rapidamente. Meus pés começaram a deixar o chão. Incentivada por isso, bati o mais rápido que podia e me apontei para cima. Quando finalmente subi de verdade, encolhi meus pés de encontro ao corpo e voei pra cima. A sensação era indiscutível e completamente sem palavras.

   Subi e subi cada vez mais alto, e quando cheguei ao topo das árvores – ok, muito acima disso -, fiz como Liza e me revezei em bater e planar, tentando não ficar cansada. Sem um pingo de credulidade, olhei para baixo. Notei que Alice acenava para mim como louca, estando sobre duas patas – e nas costas de Emmett. Eu estava maravilhada. Lá em baixo, todos estavam iguais a mim: deslumbrados.

   Comecei a rir, tentando fazer algumas manobras, de vôo, mas sem muito sucesso; teria de trabalhar nisso. Quando o habitual friozinho na barriga me atingiu, decidi que era melhor pousar.

   Espera aí!

   Pousar?

   -Ai... – gemi – Liza! Como eu faço pra descer? – gritei

   -Primeiro não se apavore – ela já estava ao meu lado. Depois de me dar as instruções, se afastou e me mandou fazer como instruíra. Preparei-me e comecei a descer.

   Ao invés de fazer “exatamente” como ela dissera, fui em direção ao lago, pensando que a água devia machucar menos os meus pés do que a grama. Depois de sobrevoá-lo, comecei a descer. Diminuindo o batimento das asas – que a essa altura não era rápido – inclinei meu corpo para baixo até me aproximar da água, quando o inclinei para cima e usei as penas da cauda como um leque para amortecer a queda. Depois de esticar as pernas e pousar na água – graças a Deus sem danos -, usei as patas como nadadeiras e fui para a margem.

   -Ai, Bellita, que inveja! – disse Alie vindo para meu lado.

   -Concordo com a raposa! – esbravejou Emmett. Confesso. Naquela forma de animal, fiquei até com medo dele – Aposto que nem o bicudinho aqui faria melhor – apontou para Diego

   -Ele é um pardal, Emmett – expliquei – P-a-r-d-a-l. Entendeu? Ah, desisto.

   -Ah, meu Deus – olhei para Liza, que fitava o leste e segui seu olhar. O sol nascera.

   Eu já estava fora do lago, o que não era mais um problema eu m,e afogar e esperei a dor começar.

   E começou.

   Começamos a gritar. Enquanto o sangue ardia, os ossos quebravam e a carne queimava, eu só conseguia pensar em como encontrar o colar. Não com o propósito de cesar a minha dor, mas a dos outros, principalmente a de meus irmãos.

   Quando a dor cesou, uma preocupação me veio à cabeça: o que aconteceria se jamais encontrássemos colar?

   PDV Aro

   Alegria de pobre pode durar pouco, mas a minha é infinita! Ou quase...

   Eu já havia cumprido o básico da missão; transformar a menina Swan. E ainda tinha um bônus: transformei seus irmãos também.

   Mais ainda havia um problema. Eu tinha que matá-la, mas não sabia como.

   Enquanto voava para minha fortaleza, pensava nisso tudo. Minha filha Jane já estava a minha espera na sacada de meus aposentos, na expectativa.

   Depois de assumir minha forma humana, entrei e comecei a pensar em um jeito de matar aquela humana. Jane reparou meu olhar distraído.

   -Eu conheço bem esse olhar. No que está pensando, papai?

   -Num bom jeito de matar aquela garota humana. Alguma sugestão?

   Ela pensou um pouco

   -Devia vigiá-la. Saber seus passos e esperar por um momento oportuno, quando ela estiver sozinha, por exemplo. Será mais fácil matá-la assim

   -Não é uma má idéia, Jane. Traga um de nossos criados, sim querida?

   Ela foi até a porta e chamou por um de nossos empregados, que eram todos pássaros carnívoros. Um deles, um corvo, entrou. Jane o pegou e o trouxe até mim, e retirei uma pena sua.

   -Acho melhor se afastar, meu bem.

   Ela me obedeceu. Então joguei apena na lareira do quarto, que estava apagada, e ela se ascendeu em chamas verdes e azuis. No meio do fogo, apareceu, sob meu comando, a imagem da clareira onde Elizabeth e seus seguidores estavam já como humanos.

   Observei enquanto Elizabeth fazia aparecer novas roupas para todos, que estavam vestidos com trapilhos. Prestei atenção enquanto Isabella ia até Liza e lhe falava alguma coisa, enquanto Liza parecia refletir sobre o que ela dizia.

   Depois, Liza sorriu e fez com que aparecesse uma pulseira feita de prata com um coração de diamante, que Isabella pegou e, pois no pulso. Reforcei o feitiço para ouvir a conversa.

   -É tudo o que posso fazer por enquanto, mas não ajuda em muita coisa – disse Elizabeth – Aro e qualquer ser que utilize magia não poderá fazer nada de mal a você enquanto estiver com a pulseira

   -Ah, mais essa agora! – gritei

   -O que houve – Jane estava assustada

   -Elizabeth acabou de invocar um feitiço de proteção para Isabella. Pulseira de Prata.

   -Você não poderá atingi-la agora, certo?

   -Não, e nem ninguém que use magia

   -Que use magia... Espere, ninguém poderá atingi-la, mas magicamente, certo?

   -Certo. O que está planejando?

   -E se trouxéssemos um humano para a floresta para matá-la? Podemos fazer isso enquanto ela estiver na forma de animal!

   Essa menina é diabólica. Puxou ao pai!

   -Por certo. É deveras uma ótima idéia – concordei

   -E para melhorar, e se o homem que matá-la fosse aquele que podia salva-la?

   -Do que está falando? – fiquei curioso

   -Eu... – ela hesitou – Eu estive espionando o vilarejo humano e encontrei um em especial, e descobri que foi ele quem encontrou o colar de Isabella. Ele é um caçador

   -Excelente – bati as mãos – Bom trabalho. Mas agradeça por eu não puni-la por ir a cidade humana

   -Obrigada – ela fez uma reverência e saiu apressada

   Comecei a fazer meus planos. Eu poderia dar um jeito de trazer o humano pra floresta e fazê-lo ver a Swan durante o dia, afinal, ela agora era uma criatura da floresta, e nem a pulseira poderia protegê-la de um humano. Ele podia matá-la depois que eu a assustasse e a fizesse voar. O plano perfeito.

   Peguei um pouco de vinho e me deitei em meu leito, saboreando o gostinho da vitória...


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Notas finais do capítulo

Olha, se a parte narrada pelo Aro ficou ruim, peço desculpas, mas para escrevê-lo eu tive que me colocar no lugar dele, tipo reencarnar um monstro, o q não é muito fácil.

Próximo capítulo, nosso principe encantado de plantão chega para salvar o dia!!! ;)