Apocalipse escrita por Razi


Capítulo 4
Deuses


Notas iniciais do capítulo

Mais uma dupla.



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Tratava-se do quinto vestido preto que Destiny experimentava.

Ela se encontrava numa loja no centro de Los Angeles.

Destiny olha-se no espelho procurando verificar se o vestido ficara bom mesmo.

A garota suspira e tira o vestido, repondo o seu também preto de detalhes rendados.

-Vou levá-los – diz ela a vendedora ao tempo que lhe entregava o ultimo vestido.

-Claro – concorda a mulher com um rápido sorriso

Destiny a olha por um segundo.

Algo nela lhe dava nos nervos.

Talvez porque seus problemas e tudo mais povoava sua mente.

-Você está fantástica – elogia Anke se aproximando dela

Ela volta-se pra ele com uma expressão opaca.

-Anke – diz Destiny caminhando até uma pilha de blusas

-Que cumprimento mais hostil – queixa-se ele fazendo um beicinho.

A loira vira-se pra ele com uma expressão um pouco mais seria.

-Vamos ser mais diretos aqui – diz ela – Por que viera azucrinar minha paciência?

-Não é algo que se deva dizer assim desse jeito – respondi ele dando uma olhada pela loja inteira.

Destiny segue seu olhar encontrando a maioria das pessoas os olhando, mas precisamente Anke.

-Destino...

-Destiny – ela o corrige severa e ríspida.

-Desculpe – desculpa-se ele delicadamente – Podemos almoçar, para que eu te explique sobre isso?

Destiny olha para a vendedora que vinha ao seu encontro.

-Obrigada – agradeci ela enquanto pega suas sacolas.

Não olha para Anke que sorri depois a segue.

-Não sei o que pretende – diz ela quando ele ficava ao seu lado – Só que duvido que vá me agradar.

-Não diga uma barbaridade dessas – replica ele caminhando mais rapidamente, não fazia idéia que ela caminhasse tão depressa.

-Ah muito bem – diz Destiny com escárnio – Como se eu não soubesse das suas artimanhas, das suas intenções...

Ela vira-se pra ele fazendo seu cabelo ficar em um único ombro.

-Sou uma deusa, Anke – continua a garota solene e pausadamente – Não me subestime.

Anke a olha nos olhos chocolates, depois deixa escapar um rápido sorriso.

-Sua hipocrisia o levara a morte – sentencia a loira caminhando rumo á um restaurante.

-Mesmo? – indaga Anke desinteressado – Viu isso no meu futuro?

-Desde quando você tem futuro? – replica ela – Você precisa saber que sua índole já é fichinha pra mim.

-Uau – diz o loiro surpreso – Você me surpreende cada vez que eu te vejo.

Ela o olha sugestiva.

-Ainda bem que não preciso ficar vendo sua cara todos os dias – diz Destiny com rispidez – Você é desprezível demais.

-Você diz isso pra mim, por qual motivo? – pergunta ele cruzando os braços.

-Quer que eu faça um relato de tudo que você já fez e o que pretende fazer? – pergunta ela retórica – Acho que não.

Anke a olha calado.

-Como disse antes, sou uma deusa – diz ela entrando em um restaurante – E sei do encontro no parque, além do que seja lá o que aquele homem quer não me infere de forma alguma.

Destiny troca um olhar frio com Anke depois entra de vez no restaurante deixando-o pensativo.

 

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A musica saia retumbante da flauta que Ethel maneja.

Encontrava-se a beira do lago onde já fora seu lar.

O lar que agora está submerso.

As notas saiam de maneira lenta e cálida.

Ele abre os olhos deixando a flauta sair de seus lábios sem pressão.

Poderia fazer um favor á si mesmo e esquecer o que fizera, mas não agüentaria ficar sem se lembrar que destruirá tudo á sangue frio.

-Nobre? – indaga Anke se aproximando dele comendo uma maçã – Seu nome é belíssimo, Ethel.

-O significado dele é realmente o que diz – concorda Ethel voltando-se para ir embora.

-Poderia esperar um segundo?

-Você não é alguém com quem eu quero conversar – diz o moreno frio

-Ainda está chateado comigo por que fiquei com aquela humana? – indaga Anke num tom cansado.

-Não imaginei que matar tinha outro nome agora – satiriza Ethel

-Eu apenas fiz  o desejo dela – diz o loiro como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Não me culpe por seu deslize.

-Um deslize que você fez questão de tirar proveito – ressalta ele ficando irritado.

-Lembre-se que ela pediu pra morrer – relembra Anke sereno – Por culpa sua.

Ethel o olha com os olhos marejados.

-Você poderia ter contado à verdade pra ela, Nobre – diz o loiro – Poderia ter feito isso em vez de simular sua própria morte.

O moreno engoli o choro que se formara em sua garganta, fazendo seu rosto retomar a expressão serena de antes.

-Ela poderia estar viva agora – murmura ele – Mais você escolheu se aproveitar do momento e satisfazer seu desejo.

-Não sei do que você está falando – diz Anke serio

Ethel o olha ríspido.

-Você acha que eu não sei como você queria sentir o sangue dela por entre seus lábios? – indaga ele unindo as sobrancelhas – Não se esqueça que você tem um resquício de vampirismo em sua alma, Anke. Não se esqueça que isso uma hora vai te levar a morte. Não se esqueça principalmente que sou um deus.

Anke o encara gélido.

Como os deuses são prepotentes e cheios de si.

-Talvez em algum ponto do que você disse esteja certo – replica Anke passando a mão rapidamente por seu cabelo.

Ethel trinca os dentes enquanto se afasta.

-Não se preocupe que estarei em West amanhã – diz ele entrando no lago.

Anke olha para o lago depois pro céu.

Será que os demais convidados também sabiam de tudo?

Provavelmente não.

Ele ajeita seu casaco e toma o caminho rumo á Vancouver.

 


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Notas finais do capítulo

Como bem notaram algumas coisas á mais sobre o Anke são informadas, tal como se sabe que cada um tem seu resquicio de desavença com ele.
Bom acaba-se as duplas e entra as especies individuais.
Assim sendo para que se saiba.
São: elfa, dragão e bruxa.
Apresento eles na quarta pra vcs.
Enfim até lá.
Abraços e queijos.



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