Apocalipse escrita por Razi


Capítulo 28
Fim


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoal,
Trazendo para vocês o final de Apocalipse, não sei se devo dizer que está de arromba, sou pessima para finais, os escrevo de maneira rotineira o que acaba por quebrar muita coisa.
No caso espero que fique ao gosto de todos.
AVISO: mudei uma coisa que é de conhecimento de todos, o Anticristo trata-se de algum ser qualquer que não me lembro o nome agora de jeito maneira, por isso troquei uma coisa sobre isso.
Além do que quem sabe quem é a casca de Lucifer?
Leiam e irão descobrir.



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O estado em que Oz se encontrava era difícil de explicar era mistura de tudo que sentia, isso fora um fato já declarado, mas sua mente assimilava as coisas que via em câmera lenta como se quisesse se lembrar de cada detalhe daquela tortura ritualística ou mesmo das expressões do trio que olhava para eles atônitos, mas durara apenas meros segundos até que soubessem, lembrassem na verdade o que os príncipes do inferno estavam fazendo ali.

Baalberith, Asmodeus, Belzebu e ele próprio.

O rei do inferno, ainda tratado como príncipe do inferno ao lado de seus velhos companheiros. Suas 80 legiões logo estariam por terra, mas antes tinha que trazer de volta um grande amigo seu e com quem tem uma grande divida que nunca será paga.

O príncipe deixa seu olhar recair sobre o trio que se mantinha rígido enquanto os via se aproximando. Não faziam o estilo sorrateiro, se queriam causar estrondo iam pela porta da frente sem temer o inimigo.

Com aquele pequeno e frágil trio não seria diferente.

Baalberith olha para Destiny primeiramente, antes de olhar Abel e por fim Egil que acabava de tirar seu casaco branco o jogando para longe.

O ex-querubim deixa um sorriso inundar seus lábios antes de ter o demônio já de contra si e o bloqueando com sua espada. Observa os olhos negros e assassinos dele, deixa mais um sorriso escapar, mas era de prazer.

Não era sempre que o demônio se voltava para seus senhores.

Enquanto Egil afastava Baalberith dali, Destiny já levantava os braços tornando o céu nublado e os raios já desciam a terra atingindo tudo que estava ao seu alcance.

Asmodeus assobia enquanto seu cabelo esvoaçava cobrindo por um segundo sua visão. Ao ajeitá-lo Victorine encontrava-se a sua frente, com olhos fechados, as tatuagens amostra e murmurando coisas que ele logo compreendeu.

O demônio da luxuria sorri antes de se aproximar da bruxa. Ela não iria tão longe. A puxa de contra si pela cintura. Como previra ela não se movia continuava a murmurar seu cântico. Asmodeus gargalha prazerosamente.

Quem ela achava que bloquearia com aquele cântico?

A casca de Lúcifer?

Ah se soubessem em que ponto as coisas estavam saberiam que era tarde demais para tentar fazer qualquer coisa.

O demônio então a silencia com seus lábios colados aos dela, nesse instante senti um frenesi passar por todo sua casca. Seus músculos estavam endurecendo, sua mente estava começando a ficar desfocada.

Então compreendeu o truque que a bruxa tinha usado, mas já era tarde demais para si.

O que ela murmurou não era algo de bloqueio, era uma maneira de deixá-lo imóvel, deixá-lo fora de combate por horas!

Enquanto isso Belzebu já atacava Abel que se defendia como podia, não fora treinado para lutar com príncipe. A diferença de habilidade era iminente e ele não parecia querer mudar a possibilidade, o demônio parecia exercer uma autoridade que era pior do que a do Pai.

O príncipe consegui feri-lo na base do ombro tomando também parte do tórax do anjo que solta um grito diante da dor, mas que logo cala-se, pois como se fosse um passe de mágica a dor tinha se tornado um prazer imenso que nunca tivera experimentado antes, seu olhar retorna para o demônio havia nele algo que lhe dava segurança ou seus olhos e poder que estavam fazendo aquilo consigo?

Não sabia, mas sabia que não adiantava correr, não adiantava confrontar aquele demônio de olhar hipnotizador. Suas forças tinham sido tomadas no instante que o olhara, no instante que decidira atacá-lo.

Agora basta aceitar as conseqüências disso.

Belzebu olha para cima, precisamente para um prédio atrás de Abel que mantinha sua mão de contra o peito rasgado com o sangue descendo do ferimento que começava a cicatrizar lentamente. Avista Anke no parapeito com a capa negra esvoaçando a favor do vento. O mensageiro assenti com a cabeça.

Enfim tudo estava pronto.

O demônio retorna seu olhar para Abel que mantinha seus olhos sobre eles, bastou apenas um movimento básico e o anjo já estava a caminho de Anke que certamente terminara a preparação do ritual para trazer de volta seu velho amigo de destruição e iluminação.

Abel chega à área de pouso do prédio deixando suas asas esticadas, mostrando o quão longas e belas elas eram se comparadas aos demais anjos. Anke sorri antes de depositar sua mão de maneira afetuosa no ombro do anjo, logo depois o guiando para o circulo de sangue que havia no centro da área, o circulo do meio. O segundo circulo dos três que ali havia.

Não tratava-se de um ritual simples, havia uma preparação antecipada, entoação de uma prece aos reis do inferno e das demais áreas existentes no universo, depois tinha que criar os três círculos perfeitos simetricamente com seu próprio sangue. Era sua oferenda para trazer Lúcifer á vida, mas não bastava apenas um pouco de sangue, tinha que haver mais muito mais.

Isso se fosse usado apenas anjo e demônio comuns ou outra espécie parecida, mas o próprio Belzebu estaria dando-se aquele sacrifício de corpo e poder, ele deveria fornecer um pouco mais de seu sangue, apenas isso, um pouco mais.

Viu a jugular do anjo, sentia-se tentando de saborear sangue de anjo.

Qual a ultima vez que provara do sangue angelical?

Na verdade qual foi a ultima vez que provou sangue?

Muito, muito tempo.

Suas forças vinham provenientes de Oz que o deixara vivo, deixara-o viver para que se tornasse seu mais fiel escravo.

Sim, era e sempre seria o escravo obediente de Belial, seria sempre o cachorro que á tudo obedecia sem nada pedir em troca, não dele, mas o resto fazia o que bem entendia.

Kari sabia disso muito bem.

Anke posiciona Abel no centro do circulo enquanto sussurra instruções á ele para que ficasse sentado em forma de lótus. Logo em seguia via Belzebu já no telhado. Quando o demônio abri a boca para falar, atrás de si ergue-se majestoso o dragão que lança sua cauda na direção deles, mas é impedido por Belial que a para com apenas o indicador.

O príncipe inclina a cabeça para trás levemente.

-Sejam breves – pedi ele solene mais demonstrando toda a sua autoridade.

Killian já cuspia fogo na direção deles novamente, precisava distraí-los, retardá-los até que Kane e Kari tenham terminado o ritual de trancamento de Lúcifer.

Só não sabia quanto tempo isso ia durar, não sabia se alguém sairia vivo dali.

Novamente cospe fogo na direção do príncipe que se desvia sem demonstrar uma única preocupação com ele, parecia até se divertir com isso, mas aprendera que não devia confiar cedo demais na posição em que estava.

Um raio acompanhado de um trovão toma conta do céu, antes de cair na terra causando um tremendo estrondo e lançando para cima uma nuvem de poeira que lhe parece indesejada.

O dragão lança sua cauda para Belial que a repeli sem fazer o mínimo esforço.

Não entendia porque ele seria tão superior, porque não tinha forças suficientes para acabar com sua raça.

Não entendia e isso o deixava irritado.

Em um outro ponto Victorine segue ao encontro dos elfos que tinham ficado encarregados de preparar o ritual para que pudesse trancafiar Lúcifer de uma vez por todas. Sua decisão era arriscada, não pretendia contar os riscos aos elfos, mas tão pouco sabia que tudo tinha tomado uma direção obscura até para si.

Quando se aproxima do local onde tivera deixado os elfos trabalhando encontra tudo destruído, varias manchas de sangue por todo o chão e logo em seguida aparecia o trio de guardiões da qual for informada.

Armen, Kael e Turiel que vinham ao seu encontro com Ethel na companhia deles.

Victorine cruza os braços sentindo-se pela primeira vez depois de muito tempo preocupada.

-Victorine – cumprimenta Turiel com um aceno de cabeça

-Onde estão Kari e Kane? – pergunta ela ríspida enquanto outro trovão causa um ruído estrondoso. Destiny não estava de brincadeira ali.

-Eles estão bem, Victorine – respondi Ethel dando um passo na direção dela, mas recua após ver o olhar gélido que ela lhe lança – Pensa que estão mortos não é?

-O obvio – diz ela dando de ombros – Ivor também está com vocês nessa?

-Do que está falando? – pergunta Kael tremendamente confuso

-Estão querendo impedir que paremos o ritual de destruição de Lúcifer não é?

Armen gargalha.

-Acha mesmo que entraríamos nisso para impedir que traga Lúcifer de volta? – indaga ele retórico – Deixe-me esclarecer uma coisa, Victorine. Nós anjos deixamos que isso aconteça, deixamos que façam o que desse na telha.

A bruxa o olha confusa por um segundo, depois compreende o que ele lhe dissera.

Eles queriam que isso acontecesse, por isso que não intervieram nenhuma vez. Não ousaram ajudar ninguém até agora.

-Por que? – pergunta ela quase sussurrando

-Porque é assim que tem que ser – respondi Turiel solene – O anticristo precisa reinar e deixar o mundo conhecer as piores coisas durante seus sete anos de governo para que depois o filho maior de nosso Pai desça para lhes dá conforto.

A bruxa os olha opaca antes de si voltar para o céu nublado que começa a deixar gotas de chuvas caírem.

-Não está mais nas minhas mãos algo do tipo – conclui ela solene enquanto ficava encharcada.

Destiny deixa seu corpo arqueado enquanto Baalberith tenta um novo golpe quando a chuva começa a cair. A deusa não sabia o que fazer para apenas mobilizá-lo.

Seu poder era bem especifico.

Servia apenas para matar.

Baalberith gira sua espada na mão antes de descê-la de contra o peito da deusa que recua sentindo-se infeliz com aquela situação. Vêem de relance o dragão caindo em queda livre em direção ao chão que o esperava.

Um novo trovão cria-se no céu enquanto um grito agudo ouve-se em um raio de dois quilômetros.

Destiny retorna seu olhar para o lugar original do grito e arregala os olhos espantada com o que vê.

De pé no parapeito do prédio um anjo deixava suas asas amostra enquanto puxa o ar para seus pulmões.

Nele havia algo de sobre qualquer coisa que podia ter-se conhecimento. Nele havia a bondade nas feições, suavidade nos lábios e frieza, maldade e orgulho no olhar sempre era mantido como indecifrável.

Aquele homem que tomara o corpo de Abel, era o mesmo que caiu milênios atrás por amar demais seu próprio Pai, o mesmo homem que foi julgado pelos homens como impuro, como o ser mais maligno que existira. O puro egoísmo.

O querubim mais valente, feroz, sábio que tiveram, mas que agora se tornara um dos príncipes do inferno, a personificação de tudo que era mal.

Enfim Lúcifer estava de volta a terra absorvendo as velhas coisas humanas de sempre.

Nota Ivor caminhando cauteloso na sua direção.

-É um prazer conhecê-lo, demônio Ivor – diz ele solene numa voz baixa e cantável.

-Seja bem-vindo, Lúcifer – diz Belial ficando na sua linha de visão.

Ele fecha os olhos, antes de assenti.

Em seguida ergue seu braço esquerdo, e após um segundo de silencio estala seus dedos.

Segundos depois o céu torna-se um mar negro como a escuridão e o chão começa a se rachar.

E com isso, o governo de Anticristo tinha-se dado inicio.


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Notas finais do capítulo

Que acharam que eles iriam impedir isso?
Duvidava que fosse possivel, muito pouco provavel.
Segundo agradeço a Nanda e a Sunshine por terem tido a paciência de mandar reviews em todos os cap. expressando suas opiniões sobre cada um deles.
Valeu mesmo de coração.
Seguinte, Apocalipse acabou certo, mas de consolo tem novas fics chegando, pelo menos uma é fato.
Artificial está vindo no fim de semana para que desfrutem de uma mistura de genética, no que se diz respeito a criação de um ser humano e uma eletrizante perseguição por metade dos Estados Unidos, lugares conhecidos como bases militares, tal como lugares desconhecidos.
Enfim acreditem que fiz essa fic de coração mesmo e espero que tenha ficado de acordo com o gosto de vcs.
Assim sendo até a proxima se possivel.
o/



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