CAPITULO 5

 

No dia seguinte prestei o teste para, e Miss Brandon disse que poderia ficar com o papel.Nahuel não ficou nada aborrecido, na verdade ate ficou aliviado por não ter de prestar o papel.

 

Quando a perguntei se poderia fazer o Tom, ela ficou totalmente desconcertada, ficou ainda mais serelepe, se isto fosse possível, concordou quase de imediato gaguejando.

 

Senhorita Brandon, foi extremamente generosa com ele,dando-lhe o papel de vagabundo, pois o personagem não tinha falas, mas o anjo sabia o que ele pensava.

 

E o anjo era o que lhe falava que Deus olhava, por todos principalmente pelos pobres e oprimidos. E este era um dos sinais para que ele havia sido enviado por Deus.

 

Os ensaios começaram na semana seguinte, tínhamos que ensaiar nas salas de aula, pois o teatro não abria as postas ate que os erros fossem reparados.

 

Já que haviam cometido esse erro no passado, e ele sempre bebia cerveja enquanto trabalhava, e por isto estava sempre bêbado.

 

E por isso Edward, o reverendo, não permitia que entrássemos na Playhouse ate que tivéssemos tudo acertado, e nossas pequenas falhas, concertadas.

 

Para meu alivio Edward não se envolvia na produção da peça, já que tinha seus deveres de pastor, apenas Miss Brandon ficava encarregada disto.

 

E a primeira coisa que nos disse, foi para que decorássemos as falas o mais rápido possível, não havia tanto tempo como de costume. Já que o pastor não queria que ficasse muito pero do Natal. ‘’Para não perder seu verdadeiro significado’’.

 

E isso só nos deixava com três semanas, uma semana a menos que o habitual.

 

Os ensaios começavam as três, e Nessie já sabia seu texto de cor, logo no primeiro dia, o que não era surpreendente. O surpreendente é que ela sabia o meu também e de todos os outros de cor.

 

Quando estávamos ensaiando, ela não olhava para o guia em suas mãos, enquanto eu tinha que olhar pilhas de folhas, tentando descobrir minha próxima fala.

 

Sempre que a olhava Nessie, parecia verdadeiramente radiante, como se o brilho de uma chama a iluminasse. E as únicas falas que sabia naquele dia eram as do vagabundo, já que era mudo.

 

Foi a primeira vez que realmente senti inveja dele.

 

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Os sentimentos bons, já tinham passado, a minha participação na peça, já não havia mais prioridade fazer parte daquele ninho. Embora soubesse que estava fazendo a ‘’coisa certa’’, meus amigos não compreendiam minhas escolhas.

 

-     Vai fazer o que!? – perguntou Seth, quando soube. – Vai entrar na peça com Renesmee Cullen? É louco, ou simplesmente estúpido? .

 

Respondi havia uma boa razão, mas é claro que ninguém me compreendeu.E disse a todos que tinha uma queda por ela. Neguei é claro, mas só fazia que acreditassem ao contrario.

 

As historias ficavam cada vez pior, na hora do almoço já especulavam que estava pensando em ficar noivo. Com essa historia que a própria Jéssica havia contado, sentia ciúmes, pois sempre teve uma quedinha por mim, desde pequenos, mas talvez se não fosse não fofoqueira, poderia ter tido uma chance.

 

Suponho que foi ai que comecei a sentir rancor de Nessie. Sabia que a culpa não era dela, mas era por ela que estava cometendo estas loucuras, e por seu pai, mesmo que não gostando de mim.

 

Comecei a encalhar nas falas durante os ensaios dos dias seguintes, na verdade saiam sem querer, e sempre soltava uma piada ou duas, todos riam menos senhorita Brandon e Nessie.

 

Depois de terminar os ensaios ia para casa, nem me dava o trabalho de pegar o texto para decorar. Em vez disso gozava com meus amigos, sobre as coisas estranhas que Nessie fazia e contava mentiras que havia sido mandado a entrar na peça.

 

Porem Nessie, não me deixaria em paz, não iria livrar tão facilmente. Em vez disso atingiu-me em cheio meu Ego.

 

Cerca de uma semana após o começo dos ensaios sai com Seth, para assistir um jogo da temporada, do campeonato estadual de Beaufort. Após o jogo estávamos a beira mar, comendo e bebendo, quando vi Nessie descer do carro , em nossa direção.

 

Deveria ser umas nove horas, o que era tarde para andar sozinha na rua , e ainda mais estranho ver ela andar por aquela zona da cidade.

 

Tentei me esconder, puxando a gola da jaqueta, mas ate Leah que tinha, banana no lugar do cérebro sabia do que ela estava atrás.

 

 

-     Jake sua namorada vem vindo – disse Seth.

 

-     Ela não é minha namora – disse – Não tenho namoradas.

 

-     A sua noiva, então.

 

-     Não estou noivo, parem já com isso – disse já irritado.

 

Olhei por cima do ombro , para ver se ela havia me visto, imagino que sim, já que não tenho sorte o bastante.Fingi  não reparar.

 

-     Ai vem ela – disse Leah.

 

-     Continua vindo.

 

-     Eu sei Leah não sou cego. – já havia lhes dito que não era muito perspicaz.

 

Olhei de novo em volta,mas desta vez tive certeza que olhou pra mim, já que havia sorrido em minha direção. Então se pôs a nossa frente.

 

-     Ola Jake – disse sem reparar meu desdém – Ola Seth, Leah – cumprimento a todos do grupo, enquanto tentávamos não olhar sua bíblia.

 

Seth tinha cerveja em suas mãos , e tentou esconder atrás das costas. Ate Seth se sentia culpado perto de Nessie. Seth já havia sido seu vizinho, por um curto tempo , e a chamava de a ‘’Senhora da Salvação’’ ,pelas costas.

 

Na mente de Seth, mesmo a zoando por trás, queria estar nas suas boas graças, não queria fugir das graças de Deus.

 

-     Como esta Seth, não tenho o visto ultimamente – disse como se conversasse com ele todos os dias.

 

-     Bem não tenho ido a Igreja ultimamente – disse ele.

 

-     Bem, não faz mal, desde que não se torne um habito. – disse ela com aquele sorriso brilhante.

 

-     Não.

 

-     Quer uma cerveja – disse Leah, tentando ser engraçada, mas ninguém riu.

 

-     Oh não... mas obrigada, de qualquer maneira.

 

Olhou para mim com um sorriso muito carinhoso e um brilho nos olhos, e sabia que estava metido numa encrenca. Pensei que queria que conversássemos a sos, mas estava enganado.

 

-     Esta realmente muito bem esta semana nos ensaios – disse-me – sei que há muito a decorar, mas tenho certeza que ira conseguir. Só queria agradecer por ter feito o teste.

 

-     Obrigado – disse com um pequeno no estomago. Todos olhavam para mim, para saber se havia tido a verdade sobre a senhorita Brandon.

 

-      Seus amigos devem estar orgulhosos de você – acrescentou Nessie.

 

-     Claro que estamos – disse Seth – Muito orgulhosos. Jake é um rapaz muito bom, oferecendo-se como voluntário.

 

-     Também queria vir prestar minha ajuda para o que precisar, estarei a sua disposição – disse sorrindo, sempre com o olhar brilhante.

 

-     Podemos nos sentar na varanda de minha casa , como fizemos antes e ensaiar suas falas – disse.

 

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Vi Seth pronunciar as palavras ‘’ como fizemos antes’’ a Leah. As coisas estavam piorando cada vez mais com o tempo, o buraco em meio estomago já estava gigante.

 

-     Não é preciso – murmurei , tentado escapar daquela situação – eu decoro em casa.

 

-     As vezes há necessidade de ajuda Jake , e alguém para ler contigo , seria muito útil – disse Seth.

 

-     Não, serio não preciso – disse querendo enforcar Seth, com suas piadas.

 

-     Se der podem ensaiar para os órfãos , tenho certeza que iram adorar, como um ensaio geral, eles iram amar.

 

-     Você acha que poderá ser feito isso? – disse ela, com o rosto reluzente , todos sabiam seu ponto fraco.

 

-     Oh tenho certeza, foi Jake que pensou primeiro – disse ele – se ele fosse órfão não pensaria duas vezes em fazer a representação, mesmo que fosse fora do palco.

 

-     A idéia foi de Jake? – disse ele desconfiada, franzindo as sobrancelhas. E pude ver que estava com duvidas.

 

Seth ia me pagar caro, por suas brincadeiras, já havia me estripado no chão.

 

-     Gosta de ajudar os órfãos não é Jake? – perguntou

 

-     Suponho que sim – não podendo dizer a verdade, dizendo baixinho , olhando furioso pro meu melhor amigo

 

-     Ótimo então esta tudo combinado não é Nessie? – disse Seth , me irritando ainda mais.

 

-     Bem suponho que sim, só preciso falar com a senhorita Brandon, mas eu acho uma ótima idéia – disse ela com um sorriso inigualável no rosto.

 

E a verdade é que você consegui ver a verdadeira felicidade de Nessie. Xeque-Mate.

 

No dia seguinte passei catorze horas ensaiando minhas falas e memorizando-as, amaldiçoando todos meus amigos, e me perguntando como minha vida havia chegado naquele ponto. O meu ultimo ano no colégio, estava acabando, e não era como imaginava,mas se tinha uma coisa que não planeja , era representar para um bando de órfãos, e certamente fazer figura de idiota.