Samantha Simon

–Essa história ta ficando cada vez mais complexa – diz Nick

Estamos novamente na sala de reuniões.

Todos nós ficamos atônicos com o depoimento de Jennifer Hudson.

Com tantas suposições sobre o segredo do médico, nunca imaginávamos que seria algo tão sujo.

– Esse assassino, quer dizer o “Monstro” – diz Greg fazendo aspas com as mãos – pensou em absolutamente tudo. O que eu fico pensando é como, ele conseguiu essas informações sobre as vítimas.

– É, concordo com você Greg – disse Warrick se sentando na cadeira em frente a ele – se nós descobríssemos a fonte dele, já estaríamos um passo para encontrá-lo.

Fico ali, pensando os meios que o assassino usa, quando Catherine, Sara e Grissom entram na sala.

– Temos novidades. – diz Cath jogando uma pilha de papeis na mesa de vidro.

– A gota de sangue na lâmina, não deu nome de nenhuma pessoa no banco de dados – diz Cath tomando uma xícara de café – Mas tem alelos em comum com um ex-investigador daqui.

– Então quer dizer, que o filho, ou um parente próximo a esse ex-policial, é a próxima vitima do assassino? – pergunto

– Isso mesmo – Diz Sara freneticamente- esse ex-investigador trabalhou aqui por anos, pelo que consta na ficha dele, ele morreu á cinco anos atrás, porem deixou mulher e um filho. Temos que descobrir onde esses dois estão, e quem sabe assim estaremos mais perto do Monstro.

Todos ficamos animados. A esperança de finalmente encontrar esse assassino era muito animadora.

Finalmente estávamos entendendo as pistas do serial killer.

– Mas, - diz Grissom em tom de alerta – alguma coisa ainda continua errada nessa história. O assassino está planejando alguma armadilha, e nós temos que tomar muito cuidado. Ele é um serial killer e este presente, não vai sair barato.

Nós concordamos automaticamente.

Guil se levantou da sua cadeira. Aquilo era um sinal clássico que a reunião havia acabado.

Todos nós estávamos cansados, ficamos esperando qualquer sinal de Monstro e agora que nossas preces foram atendidas, ficávamos mais a vontade para sairmos dali e irmos para nossas casas descansar um pouco.

– Vocês estão com o fim de semana livre. – disse ele abrindo a porta – mas fiquem alertos, qualquer coisa que acontecer iremos ser chamados. Sempre tenham o bip ao alcance.

Todos começaram a se despedir e sair um a um da sala. Quando estava prestes a ir, Grissom me chamou ao canto.

–Samantha – disse meu supervisor – Está tudo bem?

–Sim claro. - respondo com entusiasmo – Porque não estaria? – brinco com ele.

Ele me dá um pequeno sorriso.

–É que esse é o seu primeiro caso, e pode ser meio desanimador tantas duvidas no ar.

– Grissom, eu estou adorando isso daqui. – digo sinceramente – Todos vocês estão sendo maravilhosos comigo, e eu sei que este caso esta sendo difícil alem de cansativo, mas é essa carreira que eu quero seguir. Estou muito feliz aqui.

E é verdade. 3 semanas se passaram mas apesar de todas as complicações, eu estou adorando estar participando disso. Nunca pensei que a minha vida fosse fazer essa reviravolta tão surpreendente.

– Fico feliz por você – diz ele – Precisamos descobrir a quem pertence àquela gota de sangue, e o que isso tem a ver com os assassinatos.

Você gostaria de ir atrás dessa evidência? Pode ser meio difícil, mas como você sabe para você passar de novata para CSI de primeiro nível, você precisa ter um caso complexo resolvido. E essa é uma ótima oportunidade.

– É claro que adoraria que fosse esse meu primeiro caso concluído. – eu dou um sorriso a Guil – vou fazer o impossível para conseguir a quem pertence à gota de sangue.

– Ótimo. Qualquer coisa me procure – diz ele saindo e me deixando sozinha ali.

Vou ao vestiário alegremente, pego minhas coisas e ando em direção a estacionamento, quando vejo alguém próximo ao meu carro.

– Greg Sanders. – digo em voz alta chamando sua atenção.

– Ah! Oi. – ele me diz meio surpreso – Belo carro. – ele aponta para meu Porshe preto.

– Obrigada – respondo a ele envergonhada. Às vezes eu esqueço que ninguém sabe que eu herdei uma rede de hotéis e cassinos de Vegas. – Sabe, acho que tenho sorte em sorteios.

Ele ri.

– É quem dera eu ter essa sorte. – comenta ele olhando diretamente aos meus olhos.

–Eu estava pensando – continuou ele olhando distraidamente para meu carro. – Que tal se a gente sair para conversar, comer alguma coisa?

Ai meu deus. Eu não acredito que ele está me convidando.

– Claro- respondo calmamente, mais por dentro estou uma pilha de nervos – Adoraria.

– Ótimo – diz ele meio surpreso e animado – Que tal sexta? Eu conheço um restaurante bem legal.

– Ás oito? – pergunto enquanto escrevo meu endereço num pedaço achado de papel.

– Ás oito. – concorda ele saindo de perto do carro. – Bom, eu preciso ir. – ele diz saindo de fininho andando de costas sem olhar para trás. – Até sexta.

Ele acena e vira em direção ao seu carro.

– Até sexta Greg- digo para mim mesma enquanto entro no carro.

Tudo estava saindo tão bem. As pessoas, o lugar, até os crimes me encantavam. Finalmente eu tinha achado o meu lugar ao mundo.

Ligo o rádio. Está tocando uma velha musica que eu adoro. Fico ali prestando atenção á letra e analisando essas longas semanas.

Mais ainda eu tinha 3 coisas a resolver:

Contar a verdade a todos sobre mim. Quem realmente sou.

Meu encontro e o que esta acontecendo entre eu e Greg

E achar a quem pertence àquela gota de sangue.

Saio do estacionamento cantando minha musica preferida que descreve muito bem essa cidade.

"Casino Royale money to the hills

drugs and many murders

all this could only be

the city of pleasure.

Las Vegas"

No final tudo daria certo.