Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 6
Novos Medos


Notas iniciais do capítulo

Apesar de todo mundo ter me abandonado e eu estar MUITO triste com isso... mais um capítulo!
Espero que gostem.



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— Lewis? – arregalei os olhos expressando totalmente a minha surpresa. Ele se virou e sorriu. – Afinal, o que você faz aqui?


 - Eu vim ter ver ué, aliás, obrigado pela ótima recepção.


 - Me desculpa – falei abraçando-o imediatamente. – Você há de concordar que não é uma coisa bem normal eu sair de casa e dar de cara com você.


 - Hum, é... o que você vai fazer agora? Não quer vir tomar um café comigo?


 - Eu até quero, mas eu tenho que ir ao médico antes. Só que eu estou sem a merda do meu carro.


 - Então faremos assim, eu te levo e depois você toma café comigo, feito?


 - Não precisa, eu me viro. Vá conhecer a cidade.


 - Deixa de ser chata, eu não tenho o que fazer mesmo.


 - Okay, mas é só porque você insiste tá. Agora me diz, qual o outro motivo de você ter vindo para cá? – perguntei desconfiada.


 - Você não pode só aceitar o 'vim te ver'? – olhou para mim e eu arqueei as sobrancelhas mostrando que eu realmente não aceitaria apenas este motivo. – Humpf, bom, – puxou minha mão levando-me até o carro alugado que estava estacionado. – Você sabe que eu estou morando com a Julienne né?


 - Uhum – falei enquanto entrávamos no carro.


 - Pois é, ela viajou e eu estou de férias. Estava quase surtando naquela casa sozinho. E já que eu não tenho outro lugar para ir, – Lewis também tinha brigado com a sua família por causa da Julienne. Parece que nós dois sempre tínhamos os mesmos tipos de problemas. – e aproveitando que daqui a um dia é o seu Grand Prix eu vim para cá. – por que ele tinha que falar disso, eu tinha arrepios só de lembrar. – Satisfeita agora?


 Fiz que sim e fui guiando ele até chegarmos ao consultório do Dr. Newman. Eu nem precisei perguntar como ele conseguiu meu endereço, eu sabia que tinha dedinho da minha família nisso. Eles deviam estar completamente felizes com essa visita. Deixa eles.



 Chegamos, eu disse à recepcionista que era emergência e em poucos minutos já fui chamada. Lewis quis entrar comigo para se livrar do incômodo que era ficar esperando em meio a uns poucos enfermos.


 - O que há de errado com a senhorita? – Dr. Newman sorria gentilmente. Aquelas outras perguntas de praxe forma dispensadas, visto que ele já era meu médico há um tempo.


 - Nada demais, eu só desmaiei ontem.


 - Você tinha se alimentado há muito tempo?


 - Não muito.


 - E andou sentindo alguma coisa incomum fora o desmaio?


 - Só dor de cabeça. Estou sentindo muita dor de cabeça ultimamente.


 - Certo – ele anotava tudo com a caligrafia totalmente ilegível. Não seria mais fácil digitar e salvar tudo numa coisa mais tecnológica como um computador? – A senhorita anda muito preocupada?


 - Muito. E muito estressada também. Estão colocando muita pressão sobre mim, principalmente eu.


 Dessa vez sua anotação foi sublinhada. Já sei, calmante. Isso que ele iria me receitar. – Você é o namorado dela?


 - Não. – Lewis respondeu meio surpreso.


 Em seguida, o médico se voltou para mim. – Você tem uma vida sexual ativa? – O quê? Por que ele estava perguntado isso? Será que ele estava sendo pago pelo Sr. Ford?


 - Eu – fui cortada pelo riso abafado do meu querido amigo, mais essa. – tenho, por quê?


 - Você já é bem grandinha para saber que isso implica em algumas consequências não é mesmo? 


 - Mas as consequências de uma vida sexual ativa a que o senhor se refere não costumam ter estes sintomas. - Por que não falávamos tudo direto e objetivo de uma vez?


 - Não costumam, mas os corpos são diferentes e reagem diferentemente a certos tipos de coisas. – o Doutor fez uma pausa observando  suas anotações. – Sente-se ali, por favor. – ele me apontou a maca e eu me sentei sobre ela. 


 Newman aferiu minha pressão, auscultou meus batimentos cardíacos e respiração em silêncio. – Você está de jejum? – perguntou dando tapinhas em minha barriga e analisando o som que isso fazia.


 - Sim.


 - Então você pode fazer um exame de sangue aqui mesmo, e também uma tomografia para sabermos o por quê dessa dor de cabeça toda. – sorriu despreocupado e se sentou em sua mesa fazendo os pedidos de exame e em seguida me entregando. – Assim que os resultados estiverem prontos eu quero te ver de novo, certo? E nada de ficar se preocupando ainda mais com isso, ok?


 - Tudo bem, até depois. – me despedi do médico e saí daquela sala mil vezes mais preocupada do que havia chegado, contrariando suas ordens.


 - Acho que você está com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. – Lewis zombou de mim rindo descontroladamente. – Te espero lá fora aidética.


 Fiz uma careta pra ele e fui para a sala de coleta, entregando os pedidos para a enfermeira que lá se encontrava.


 - Pode sentar aqui querida. – Me indicou a poltrona, e eu sentei colocando meu braço sobre o apoio. Eu já estava bem habituada a tudo isso. Digamos que meu pai sempre foi super protetor. 


 A enfermeira passou uma fita elástica em volta do meu braço e um algodão com álcool na dobra do meu braço direito. Em seguida enfiou a agulha no mesmo lugar. Fiz uma careta horrível de dor. Apesar de estar acostumada eu odiava ter corpos estranhos dentro de mim, pelo menos não uma agulha.


 


 Depois de ter enchido dois pequenos recipientes com o meu sangue escuro, a enfermeira me acompanhou até a primeira sala do corredor ao lado, a sala da tomografia. Ela me deu as instruções para que eu ficasse completamente imóvel deitada dentro daquele arco, saiu da sala e ligou a máquina. Eu fiquei ali por uns minutos apenas observando a máquina funcionar. 


 - Pronto, você está dispensada senhorita. Dentro de dois dias os resultados estarão prontos, você já pode marcar a revisão com a recepcionista.


 Fiz o que ela disse e saí daquele prédio o mais rápido possível.


 Lewis estava me esperando encostado no carro. – Como foi?


 - Horrível. – eu apertava a dobra do meu braço com os dedos como se o sangue fosse jorrar dali a qualquer momento. – Vamos comer logo.


 Fomos para um café bem perto dali. Eu comi algo saudável, sentindo inveja de Lewis que se fartava com todos aqueles pães e


 

— Eu me ofereceria para lhe mostrar a cidade, mas eu tenho que ensaiar até meus dedinhos sangrarem e minhas pernas distenderem. E ainda me sentir tonta pela falta de alimento.


 - Mesmo que você pudesse, eu recusaria, ter você como guia não seria uma coisa muito aconselhável, eu ficaria mais perdido do que se estivesse sozinho. – Meu querido amigo Lewis disse com uma enorme cara de deboche.


 - Idiota. Então bom passeio. – Disse com desdém, dei um soco em seu ombro e saí, rindo daquela idiotice dele. Se bem que eu não era a melhor escolha para esse tipo de coisa, fato.


 Fui para mais um dia exaustivo de ensaio torcendo para que não houvesse mais nenhum contratempo. 


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Notas finais do capítulo

Sem graça esse neh, mas o próximo vai ser melhor: Véspera.