Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 4
Confirmação


Notas iniciais do capítulo

De verdade, me perdoem pelo atraso, minha mãe tava meia dodói e eu fiquei no hospital com ela...
Sobre o capítulo, eu acho ele muito fofinho *-* ~
Eu acho q a partir de agora as coisas vão ficando muito previsíveis, então vocês poderiam ir me contando oq vcs forem pensando?
Boa leitura!



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– Hey, acorda, já chegamos. – Jost nos cutucava, devia estar tentando nos acordar há um bom tempo. – Levanta.



– Tá bom, eu já entendi! – Bill praticamente berrou ao meu lado. Tirei os meus braços que o enlaçavam e sentei, me espreguiçando lentamente tentando afastar o sono de uma vez enquanto meu namorado resmungava na cama. Levantei e prendi meu cabelo num rabo de cavalo, senti uma coisa no meu ombro. Tom tinha apoiado sua cabeça em mim, com todo o peso. Logo em seguida se espreguiçou e foi se vestir. Se ficasse ali por mais algum tempo com certeza pegaria no sono, eu conhecia o cunhado que tinha.



Senti de novo uma coisa em minhas costas, agora o mais novo se apoiava em mim. Gêmeos. Mas, diferentemente de seu irmão ele não saiu logo. Senti suas mãos frias percorrerem meu abdômen, por dentro da blusa, o suficiente para que o tremor em mim se iniciasse. Levantou um pouco a cabeça e esfregou lentamente o nariz do meu ombro até a base do pescoço. Pronto, eu já quase não conseguia me sustentar. Era incrível como depois de todo esse tempo bastava ele encostar em mim para que eu entrasse num estado de torpor. Depositou um beijo lento e molhado em meu pescoço, com uma sucção suficiente para que depois ficassem marcas por ali. Eu podia ouvir meu coração batendo no ritmo de um funk, e um riso sacana se sustentava em meu rosto, por mais que eu tentasse impedir.


– Dá pra vocês terminarem isso lá em cima? Eu estou querendo passar. – a voz do Tom nos atingiu cheia de cinismo. Eu não me lembro de haver no mundo pessoa mais inconveniente do que ele em toda a história da humanidade. Uma vontade de que ele não existisse me invadiu subitamente. – Deixa eu ver – ele disse nos fazendo olhar para ele, aliás, apenas eu. Bill continuava sugando meu pescoço me deixando completamente arrepiada. Tom observou o relógio e continuou – Ainda dá tempo de dar uma rapidinha lá em cima, agora saiam daqui de uma vez. – eu nem precisava me ver para saber que eu estava completamente vermelha, podia sentir o calor em minhas bochechas. E involuntariamente eu sorria, percebi que o calor em meu pescoço não se fazia mais presente. Olhei ara trás e vi Bill e Tom se comunicando com sorrisos maliciosos. E meu namorado nem para me defender, pelo contrário, compactuava com o inimigo. Sem saber mais onde enfiar minha cara, peguei minha bolsa e o casaco e saí daquele antro de impureza.



Parei diante da porta aberta do ônibus, ouvindo os gritos das fãs que esperavam do lado de fora. Fiz menção de vestir meu casaco (e o óculos, e o chapéu), mas achei que isso não fosse mais necessário, afinal Bill já havia dito aos quatro ventos quem era sua namorada misteriosa. Desisti da idéia de me camuflar, mas ainda assim continuei parada em frente às escadas, receosa. Eu sei bem o que uma adolescente completamente inflamada por uma paixão platônica pode fazer, eu já passei por isso. Recostei-me na parede e assim que fiz isso Tom passou por mim rasgando o vento e logo em seguida senti minha mão sendo segurada por uma mão fria. Olhei para o rosto do dono da mão, mesmo estando cansada de saber quem era. Bill sorriu para mim numa tentativa bem eficaz de me passar confiança e então começou a descer as escadas fazendo com que eu o seguisse.


Os gritos só aumentavam ao passo que íamos aparecendo. Torci para que a emoção dominasse aquelas garotas para que elas não percebessem a minha existência. E isso aconteceu, exceto pelos rostos confusos e boquiabertos de algumas fãs mais controladas. Mas eu fingi não notar, para o bem da minha saúde mental, se eu me colocasse no lugar delas provavelmente iria me sentir muito mal por estar do lado de quem elas morreriam para estar. Finalmente chegamos dentro do hall do hotel, os G’s e o resto da equipe técnica já estavam lá pegando as chaves de seus quartos.


– Não se esqueça da nossa aposta. – Gustav me lembrou, sorrindo triunfantemente.


– Eu não esqueci. – disse fingindo rispidez. Eu não sei por que eu fui inventar de apostar com ele enquanto assistíamos a uma partida de futebol da nona divisão na Alemanha. Agora eu fazia programas desse tipo. Eles (Gustav, Georg, Tom e Andréas) se compadeceram de mim e meio que me adotaram, na tentativa de substituir meus irmãos, ou ao menos suprir um pouco a falta deles, e eu era totalmente agradecida a isto.


– Você falou com eles de novo? – Georg me perguntou, enquanto subíamos aos nossos quartos, continuando nossa última conversa.


– Sim, mas dessa vez ainda foi pior do que a última, tipo o fim. – sorri fracamente. Por que ele tinha que me lembrar disso? Eu senti toda a dor em minha cabeça voltar, ainda mais forte. A pressão dentro dela era tão grande que eu parecia pender com o peso. Estava tendo muita dificuldade em respirar, e a falta de oxigenação fazia parecer que meu sangue se esvaía de meu corpo. Parei sacudindo os braços inutilmente, tentando achar algo para me segurar. Senti os olhos de Georg em mim.


– Bill eu acho q... – ele falava baixo enquanto eu ia perdendo minhas forças. – Bill! – Georg gritou e a última coisa que eu pude sentir foram seus braços impedindo meu iminente choque com o chão.





– Acorda, vai. – uma voz agoniada soava em meus ouvidos misturada as pulsações que latejavam em meu cérebro. Abri meus olhos lentamente, temerosos de que a pouca luz no local piorasse ainda mais minha dor. – Finalmente. – senti um alívio enorme, tanto na voz quanto dentro de mim. Terminei de abrir meus olhos vendo o rosto do Bill parcialmente iluminado sorrindo para mim e eu não pude evitar sorrir de volta. – Como você tá? – falou esfregando o polegar pela minha bochecha.

- Ótima. – me sentei na cama, apoiando-me nas mãos.

– Eu não sei o porquê, mas eu não acredito nisso.

– Pode acreditar. – Observei o quarto a minha volta. – Quanto tempo eu fiquei desacordada?

– Hum, quatro dias.

– O QUÊ? – gritei e uma pontada aguda invadiu minha cabeça fazendo com que eu levasse minha mão até ela. Ouvi o riso abafado dele e uma cara de 'desculpa'.

– Nem dez minutos. – cínico, dei um tapa no ombro dele. – Au! É, você realmente já deve estar bem. Mas mesmo assim tem que ir ao médico.

– Não precisa, eu já disse que estou bem. Foi só uma indisposição.

– Olha aqui. Você não está comendo direito, anda ensaiando que nem uma louca e trabalhando exaustivamente. Isso não está certo, e uma prova disso é que ao mínimo sinal de stress você desmaia. Senhorita Carol Louise Ford - disse num forte tom de autoridade - você não pode me dar um susto desses e ainda fingir que está ótima. Se você não prometer que vai se consultar neste exato momento eu vou cancelar o show só pra ir te levar.

Ele sabia que eu jamais aceitaria isso. – Okay, eu vou. Mas não agora. Eu já me sinto muito melhor. – coloquei o dedo em seus lábios antes que ele começasse a protestar. – Sem falar que eu não conheço os médicos por aqui. Quando eu voltar para casa eu vou ao meu médico. Assunto resolvido.

– Nesse caso é melhor você voltar agora. – Revirei meus olhos e me deitei novamente. – Eu vou pedir para o Frietz te levar.

– Não – me sentei de novo – eu vou sozinha.

– Pára de ser tão teimosa, você não tem condições de dirigir e pronto.

– Mas é tão perto...

– Não importa, você não vai sozinha. Agora você tem que tomar um banho. – ficou em pé e me esticou a mão. – Anda, levanta.

Cruzei os braços emburrada. – Agora você acha que manda em mim?

– Por quê? Você ainda tem alguma dúvida disso? – Riu superior, e como eu continuei parada com cara de tacho ele me colocou por cima do ombro e me levou até o banheiro me colocando rapidamente no chão me provando que aquele corpo franzino era só de fachada.

Continuei emburrada com os braços cruzados. Ele veio com a intenção de tirar minha blusa ao que eu respondi com tapas em seu braço. – Sai daqui, eu posso tomar banho sozinha. Vai, sai de uma vez. – Bill se deu por vencido e saiu bufando do banheiro.

Tranquei a porta para evitar que ele voltasse. Liguei o chuveiro enquanto tirava a roupa e me enfiei embaixo da água quente. Parecia que a água levava consigo a dor e a preocupação, ou talvez fosse a paz que eu estava sentindo por saber que Bill estava ali comigo, sorri encostada na parede com a cena de agora a pouco. Entre mortos e feridos meu dia tinha acabado bem. Era incrível como apenas o sorriso dele tinha o poder de transformar meu estado de espírito. Mais uma vez eu confirmo, sou uma boba apaixonada, blergh.




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Notas finais do capítulo

Ah e me desculpem os outros da banda não estarem aparecendo tanto, é que eu não tenho tanta criatividade para desenvolver enredos para os outros personagens, infelizmente eu sou muito limitada.Obrigada à quem aguenta tudo isso.Hasta La Vista babies!