Revolution I escrita por comeonkiller


Capítulo 62
New Year Sweeheart


Notas iniciais do capítulo

povo comentou e tia rocks se animou pra postar um novo :3 e se vcs acharam o ultimo cap fofo, acreditem, esse é MUITO nenis *-* pelo menos na minha opinião HUDSUHUDHS



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    -- Dez...
    -- Nove...
    -- Oito...
    -- Sete...
    -- Seis...
    -- Cinco...
    -- Quatro...
    -- Três...
    -- Dois...
    -- Um! -- pronunciaram os dois juntos e logo a garota terminou de passar o papel filme nas costas de seu "namorado" e melhor amigo.
                 Tinham acabado, finalmente, as seções para a tatuagem de SaintChrist, exatamente à meia noite, virada de ano, início de 2009. Depois de tantos anos se desgraçando, iria ser diferente dessa vez, tinham um ao outro para tornar aquilo incrível. E é claro, SaintChrist havia ganhado uma nova tatuagem, finalizada exatamente no último minuto do ano.
                 Se abraçaram e se beijaram intensamente. O loiro queria mais, mas Lee o proibiu já que a tatuagem era muito recente e ele não podia ficar todo nesse fogo se quisesse que ela cicatrizasse logo. Sorriam e se beijavam, eram os únicos no estúdio naquela noite, talvez fossem uns dos poucos que ficaram na cidade durante o ano novo. Sorriram mais uma vez e logo pegaram as taças de champagne que levaram consigo para aquele momento, já haviam planejado que passariam o ano novo no estúdio.
    -- Um brinde? -- a ruiva perguntou sorrindo com a taça levemente erguida
    -- Um brinde. -- o loiro confirmou -- À nós dois e a sua futura carreira de tatuadora.
    -- À nós dois.
                 Tilintaram as taças e beberam, trocando outro beijo após isso e indo até a janela observar os fogos de artifício que explodiam em diversas cores no céu. O estúdio ficava na avenida principal de L.A. e Hardson, dono do estúdio e amigo de Lee, já sabia que ela usaria durante alguns dias em que o mesmo estivesse fechado. O loiro ligou o rádio, estava tocando Last Kiss do Pearl Jam. Abraçou por trás a garota que estava consigo e logo ficaram ali, dançando lentamente enquanto bebiam várias taças de champagne. Lee virou para o melhor amigo e o abraçou, tangenciando seus lábios nos dele vez sim e vez não, criando a atmosfera perfeita entre eles...

                                 X---------X---------X


                 Em Nashville, uma garota ruiva estava apoiada na enorme bancada da cozinha da casa de seus pais no interior e encarava um facão, que se encontrava entre suas mãos, sobre a bancada. Queria apagar todas as lembranças que ocorreram nos últimos dias do que ocorrera dentro daquela casa, mas estava difícil, estava impossível de fazer isso. Dissera que dali iria com algumas amigas para a praia, mas não era verdade, ela apenas não queria mais saber do que aconteceria. Tinha nojo de si, mais uma vez e não aguentava mais isso.
    -- É isso mesmo Jessica. Você enfia essa faca na sua jugular e morre, e todas suas lembranças se apagam. Toda a sua dor vai sumir e você vai voltar a ser feliz, mesmo que você seja enviada para o inferno. Por isso suicídio é uma alternativa tão boa. Mas mesmo que você tenha conquistado alguém incrível, você ainda é uma vagabunda que transou com o pegador da escola e é o objeto de tara de seu tio pervertido de 50 anos. Eu deveria ter fingido estar dormindo, mas não, eu tinha que tentar gritar para aquele... Aquele... Maníaco vir me atacar. Eu teria sido muito mais inteligente se tivesse ficado quieta, porque agora além de vagabunda, você também é burra... Porra, por que eu não consigo me matar logo ao invés de ficar conversando comigo mesma? É a hora é essa, é agora ou nunca
                 A garota logo ergueu a faca e a empunhou acima de sua cabeça, na direção de seu pescoço e quando se aproximava de seu pescoço, que a faca começou a tangenciar sua pele, reconheceu a voz grossa que soou com o inglês carregado de sotaque alemão...
    -- Talvez não tenha se matado ainda porque você não devesse fazer isso? Vai se matar? E ai? O que acontece depois? Vai ficar apodrecendo no inferno e finalmente parar para pensar que você não deveria fazer isso?
    -- Como chegou aqui?
    -- Me responda, por que vai se matar? Só porque se considera uma vagabunda porque seu tio abusou de você e você não consegue esquecer isso? Por que você cometeu um erro e acabou dormindo com os pegadores da escola? Porque pra mim, apesar de você ter cometido os mesmos erros que muitas naquela escola, você não é igual a elas.
    -- Gustav, começamos há nos falar há seis dias, não comece a bancar meu analista.
    -- Por que eu deveria parar? É o que você mais precisa agora.
    -- Não preciso de um analista.
    -- Talvez, mas o que você precisa mesmo é de alguém que não faça você se sentir assim, que faça você querer mais, que faça você não ser mais uma. -- o loiro fez uma rápida pausa e começou a encarar a garota seriamente, mas esta foi para o outro lado da bancada -- Não fuja de mim Jessica.
    -- Como chegou aqui?
    -- Peguei seu endereço com a Lexie.
    -- E por que veio?
    -- Porque eu acho que eu te amo Jessie.
                 A garota soltou miraculosamente a faca, que foi ao chão, e Gustav foi até ela rapidamente, prendendo seus braços atrás de seu corpo e colando seus lábios vorazmente. Prensou a garota contra a bancada, a beijando com extrema vontade e logo a ajudou a sentar-se na bancada de granito, encaixando-se entre as pernas da mesma. Desceu os beijos pelo pescoço e pelo colo da garota, explorando todas as áreas que estavam expostas. Tirou sua própria camisa branca e ajudou a ruiva a tirar a baby look do AC/DC enquanto se beijavam e cada vez mais os toques e os carinhos ficaram cada vez mais ousados...
                 Ou seja, o possível trauma que ela conseguiria com a traumatizante medonhamente grotesca situação que protagonizou dias antes, estava se apagando e a ruiva por fim estava se conformando de que ela não deveria ter tentado acabar com a própria vida porque ela havia encontrado algo a que se prender, havia encontrado alguém que fazia ela querer mais e que a fazia não ser mais uma como tantas outras.

                                X---------X---------X

                 De volta ao internato, Janie tentava reencontrar seu Lord Byron americano e novamente perdeu-se ao tentar encontrar o antigo auditório por saber que Brendon estaria lá. Respirou fundo e logo notou que nem seu celular tinha sinal naquela parte da escola. Era o subsolo, o auditório era inutilizado há mais ou menos 28 anos por ser ao lado de um salão onde os nazistas se acumulavam. Ouviu passos e logo se escondeu em uma porta, ouvindo atentamente a conversa em alemão entre um dos nazistas e uma moça que ela ainda não sabia quem era.
    -- Nietschitz como você pode falar que não vai fazer nada agora? Que vai tramar essa vingança só depois que eles voltarem?! Quando eles voltarem já saberão que estão aqui e que você fica me fodendo!                    
    -- Vamos colocar as coisas da seguinte maneira: eu te fodo na hora que eu quiser e do modo que eu quiser e eu que decidirei quando essa vingança vai acontecer porque você não passa de um fantoche na minha mão. Ou seja, nada de ficar toda irritadinha querendo mandar em algo porque você não passa da minha vadiazinha, pode ser? E saiba que se me contrariar, eu posso muito bem fazer da sua vida um inferno com alguns segredinhos sobre a sua família que eu tenho guardados Compton. -- Janie tapou a própria boca ao ouvir isso devido ao susto. Scout-Taylor Compton estava transando com um nazista e planejava uma vingança? Ela precisava sair dali o mais rápido que pudesse
    -- Ah é? Tipo o quê?
    -- Sua mamãe é uma covarde. Porque teve um filho, largou ele aqui e foi ter uma outra vida longe desse internato com você e o marido dela.
    -- O que minha mãe tem a ver com isso?! -- Scout perguntou irritada e o homem logo abriu a camisa da garota, revelando um pequeno sinal de nascença, puxou a própria camisa e havia o mesmo sinal de nascença, no mesmo lugar -- O que quer dizer com isso?
    -- Você, minha putinha, é minha meia irmã. -- o homem pronunciou lentamente próximo aos lábios da terceiranista que sentia o sangue borbulhar de raiva e Janie comprimiu os lábios para reter um grito quando sentiu uma mão tocar sua cintura
                 A secundanista virou lentamente e sua respiração se estabilizou ao ver que era Brendon que estava ali. Abriu a boca para dizer algo e o garoto fez um gesto para que ela se silenciasse e logo a conduziu para uma portinha próxima, em passos muito lentos e silenciosos e logo depois que ultrapassaram a tal portinha e entraram no que parecia um camarim teatral e o garoto logo a jogou contra a parede, segurando-a com seu próprio corpo e com certa força em seus braços.
    -- Sua louca desvairada! O que diabos você estava fazendo aqui?! Quer morrer e não sabe como é? Que se esses caras te verem eles acabam com a sua existência!
    -- Eu queria falar com você. É importante.
    -- Diga
    -- Você não vai acreditar no que direi agora, eu sei, você não me ama deste modo, eu sei, mas eu preciso confessar Brendon -- Janie segurava as mãos do garoto à sua frente com delicadeza e este tinha uma expressão confusa que parecia pedir para que ela continuasse -- Eu te amo Brendon Urie. Você é mais que um amigo boêmio que quase nunca consigo ver andando pelos corredores da escola mesmo sabendo que você está na mesma série que eu e tem 18 anos, eu te amo e eu morreria se acontecesse alguma coisa com você.
    -- Oh, Janie, eu...
    -- Brendon eu entendo perfeitamente o fato de você talvez nem gostar de mim e tudo mais, mas eu realmente precisava confessar isso, não aguentava mais.
    -- Olha Janie, você é extremamente encantadora e é uma garota que todo cara sonha em ter a sorte de conhecer. Você muda as pessoas e isso é incrível. Mas meu lugar não é ao seu lado, sou boêmio, meu lugar é em em tavernas, cabarés e bares. Mesmo que eu ache que sou extremamente sortudo por uma garota incrível como você se apaixonar por um cara como eu, avisei, não me ame. Não sei ser constante em um relacionamento.
    -- Mas não importa, eu quero saber. Quero que você me diga o que eu sou para você.
    -- Por quê? Pra se magoar? Janie, por todo amor próprio que eu tenho, e que você também tem por si própria, não faça isso. Não insista em mim.
    -- Se eu não tentar vou me arrepender, porque daqui a alguns anos eu vou virar para trás para observar tudo o que vivi e vou me corroer internamente pela possibilidade de que havia um boêmio que me amava e que eu ouvi ao dizer que não valia a pena. Brendon você vale a pena, pra mim você vale a pena. Pra mim, só conseguir fazer com que você pelo menos se importe comigo, já vale a pena
    -- Você vai se arrepender Janie, você vai se arrepender muito disso -- ao dizer isso a morena já tinha duas lágrimas solitárias por seu rosto e Brendon murmurava estas palavras enquanto secava as lágrimas do rosto dela com o polegar -- Vou te avisar outra vez e avisarei quantas vezes forem necessárias. Eu não te amo na mesma medida, mas não sei o quanto te amo. Mas vai se ferir se tentar...
    -- E se eu quiser me ferir?
                 A garota perguntou com um tom levemente sacana e a face do garoto de 17 anos tomou uma feição que misturava interesse e confusão. Ele não entendia como que Janie dizia que queria tentar, que prosseguiria tentando com esse "romance" mesmo que ele a avisasse milhares de vezes que iria se ferir. Que ela iria se magoar...
                 Encararam-se por alguns rápidos instantes e logo Brendon usou a mão que estava secando as lágrimas dela para puxá-la mais para perto e selaram os lábios intensamente. Logo ele dirigiu uma mão à cintura de Janie e a puxou contra seu corpo, intensificando mais e mais o beijo. A morena vinha brincando com o cabelo do mais velho enquanto este se deliciava intensamente com os lábios da morena, imaginando como seria uma noite com ela. Era a primeira vez que eles se beijavam desde que se conheceram e estava sendo o melhor beijo de suas vidas até então. O ar lhes faltou e separaram-se em curtos selinhos, logo vendo que o mais velho levara a morena à sentar-se em uma das penteadeiras do camarim e que a camisa de Janie já estava aberta até o centro e que a de Brendon estava completamente aberta.
                 Era muito cedo para isso, mas era algo involuntário e mesmo que inconscientemente o garoto não soubesse o quanto amava Janie sabia que apesar de ela ser sua amiga, ele ansiava loucamente por ela, por seu corpo.
    -- Não quero te magoar Janie, eu me importo de mais pra isso.
    -- Não vai Brendon. Você não saberia me magoar...
    -- Não posso -- o moreno deu um último selinho longo na garota e levantou-se do corpo dela, recompondo-se e ajudando-a a se levantar -- Passe por essa porta e chegará no palco, passe pela cortina e encontrará uma porta de ferro, abra essa porta e estará em um túnel reto. Ao fim do túnel há duas saidas, a da esquerda leva para a Floresta de Clareiras Lunares e a da direita, a levará para aquela saída que a conduzi no Natal ao lado do salão principal.
    -- Mas Brendon...
    -- Vá Janie. Deixe este prédio o mais rápido o possível. Estão atrás de você.
                 Janie puxou o amigo pela gola da camisa e lhe selou os lábios fortemente, sentindo o mesmo apertar os dedos em sua cintura com força, soltando-se simultaneamente milésimos de segundos mais tarde e seguindo o caminho que Brendon lhe indicara, mas errando na saída e indo parar na floresta de Clareiras, ainda com a cena do beijo rolando em sua mente. Tão doce e intenso...


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Notas finais do capítulo

enfim, prossigo amrs? :3



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