Sacrifício aos Deuses escrita por Jacih, estherly


Capítulo 21
Egito, escaravelhos e enigmas...


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oiii! Sei que demoramos, mas já expliquei que fiquei voltada para o vídeo da fic! Espero que tenham gostado! XD
Postamos um capítulo longo, mas não podiamos separá-lo em dois, e o próximo já está sendo arquitetado. Notem que acontecimentos importantes estão acontecendo...Obrigaaada!
Jacih, em nome da Estherly também!



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POV Autoras


– Olá pessoal. – disse a professora Dóris andando de um lado para o outro enfrente a sua mesa de mogno vermelha. – Bem vindos à primeira aula de DAC, Defesa e Ataque em Combate. Como vocês já me conhecem e eu conheço vocês, não precisamos de tais apresentações. Enfim... – começou ela pensando o que falar. Oras... Já tinha feito aquilo uma vez, é mais fácil na segunda. – Quero que se reúnam em grupos. – mandou a professora sentando na ponta da mesa

– Grupo de quantas pessoas? – perguntou Nicoly, uma aluna da Sonserina.

– Quantos acharem melhor. – disse Dóris vendo o quinteto de amigos se agrupar. – Se quiser fazer com metade da sala, podem. Se quiserem fazer sozinhos, à vontade. – disse Dóris andando pela sala. – Sim, Srta. Weasley? – perguntou Dóris vendo a mão de Rose estendida.

– Por que está deixando a gente escolher o número de integrantes? – perguntou ela.

Dóris se aproximou do grupo e em seguida de Rose.

– Para o bem de vocês. – disse ela baixinho.

– Mas... – começou Rose querendo saber mais.

– Prontos? – perguntou a professora. Todos assentiram com a cabeça. – A aula de hoje é como um caça tesouro. – disse ela fazendo um tom de suspense. – Eu quero que levante a mão quem sabe o que é um escaravelho. – pediu ela. A maioria dos alunos levantou a mão. – Agora, quero que levante a mão, quem sabe de qual mitologia é o escaravelho. – pediu ela. Agora, a minoria dos alunos levantou a mão. – Ótimo. – murmurou ela irônica. – Vocês serão transportados para uma época onde terão que achar o escaravelho. – disse ela pegando a varinha. – Escaravelho digno de um faraó. – disse ela misteriosamente olhando para Rose. – E quem pegar o escaravelho certo, voltará para cá. E acumulará... Digamos que pontos. – terminou Dóris vendo a reação dos alunos. – Boa sorte. – disse ela fazendo cada grupo sumir


– Essa professora devia fazer um exame psicológico. – disse Luke olhando em volta

– Egito Antigo? – perguntou Scorpius com uma careta de desgosto

– Não é fascinante? – perguntou Isabelle fascinada

– De fato. Mas temos que achar o escaravelho. – disse Rose olhando em volta.

– O que é um escaravelho? – perguntou Alvo

– Isto é um escaravelho. – disse Rose levitando um besouro que rolava em uma bola de esterco

– Como vamos saber qual é digno de um rei? – perguntou Alvo cutucando o animal que se mexia impaciente.

– Eles colocavam... – começou Rose

– Protego! – exclamou Scorpius rápido, apontando a varinha para trás dele

– O que foi isso? – perguntou Isabelle nervosa olhando para os lados

– Um feitiço. Vinha dali. – disse Scorpius apontando para um comércio

– Vamos sair daqui. – disse Rose puxando Scorpius que ainda olhava para trás. – Respondendo sua pergunta Alvo... Eles colocavam um escaravelho junto com os... – dizia Rose diminuindo o tom de voz, como se uma ideia e a solução dos problemas tivesse surgido

– Protego! – exclamou Scorpius novamente. – Querem andar ou preferem que eu desista dos protegos? – perguntou Scorpius irritado.

– Um escaravelho digno de um faraó... Só pode estar com um faraó, certo? – perguntou Rose como se fosse óbvio e estranho ao mesmo tempo

– Em qual das três? – perguntou Alvo mostrando as três pirâmides

– E agora? – perguntou Rose mordendo o lábio inferior

– Procuram a resposta? – perguntou um homem de tecidos branco em volta

– Quem é o senhor? – perguntou Luke desconfiado

– A resposta para a sua pergunta. – disse o homem misterioso. – Querem a resposta, não?

– Sim. – disse Isabelle firme

– Façam-na. – disse o homem abrindo um sorriso de satisfação e encorajamento

– Onde se encontra o escaravelho digno do faraó? – perguntou Scorpius

– Onde o faraó é digno de estar. – disse o homem

– Uma pirâmide. – concluiu Rose. O homem assentiu com a cabeça calmamente. – Mas qual delas? – perguntou ela

– Aquela que está sendo protegida. – disse o homem continuando com o ar de mistério

– A de Quéfren. – disse Rose olhando para os amigos

– Exato. – disse o homem. – Mas atenção! – disse o homem puxando a atenção dos amigos para ele – Seu nome é Rose não? – perguntou o homem. Rose arregalou os olhos assustada, já Scorpius se postou na frente da namorada com a varinha apontada para o homem

– Como sabe o nome dela? – perguntou ele vermelho

– Não tem porque de fazer isso. – disse o homem abaixando a varinha de Scorpius – Mas para a segurança de vocês... Deverão encontrar a pedra com o nome da ruiva. – disse o homem indicando Rose com a cabeça. – Lá...tem que tipo de perigo os aguarda. Mas se quiserem cortar tempo... – disse o homem dando os ombros

– Que pedra? – perguntou Scorpius

– A Pedra da Roseta. – disse ele

– E onde ela está? – perguntou Rose

Decifra-me ou devoro-te. Mas só a que possui seu nome pode decifrá-la. – disse ele enigmático saindo dali

– Vamos. – chamou Rose se dirigindo para a esfinge

Eles caminhavam calmamente, todos pensando na tal Pedra da Roseta. Quando sentiram um punhado de areia se levantar perto deles. Algo tinha sido lançado ali. Voltaram-se assustados e viram as pessoas recolher suas mercadorias e correrem para longe. Um vulto.

– Vamos. – disse Alvo se virando para correr para a esfinge. – Bosta de dragão. – murmurou ele quando se viu cercado por vultos brancos

– Quem são vocês? – perguntou Scorpius apontando a varinha para eles

– Um único obstáculo. – disse o homem

– Um único... – murmurou Rose. – Expelliarmus! – exclamou ela apontando para o homem que se encontrava a frente de Isabelle

Assim que a varinha do homem caiu e ele se desequilibrou, os homens que os rodeavam sumiram.

– Vamos! – exclamou Alvo novamente e rapidamente correram para a esfinge

– Cuidado! – exclamou Scorpius se virando rapidamente. – Protego! – e um escudo os protegeu de um feitiço repentino.

– Aqui. – disse Luke se escondendo entre as patas da esfinge. – Será que ele já foi? – perguntou ele para os amigos que estavam agachados

– Vamos ver... – murmurou Isabelle se ajeitando para se levantar e espiar

– Cuidado. – pediu Alvo e Luke. Isabelle sorriu para o namorado e para o irmão e espiou no começo da pata. Outro feitiço. Mas não foi para Isabelle. – Belle! – exclamou Alvo puxando a namorada e abraçando-a, fazendo seu corpo ficar por cima do dela, protegendo-a

Um estrondo. Seguido de fumaça. Todos os amigos se olharam preocupados.

– Estão todos bem? – perguntou Rose olhando para os amigos e parando por mais tempo no namorado, todos assentiram a cabeça

– O que caiu? – perguntou Isabelle olhando para cima

– O nariz. – disse Rose se levantando e sacudindo a roupa

– Agora sabemos o que fez o nariz cair. – disse Alvo tirando o clima tenso

– A Pedra da Roseta. – murmurou Isabelle. Os cinco amigos se agruparam em volta da pedra e a analisaram. – O que está escrito? – perguntou Isabelle passando a mão nos fios loiros e sujos

– Vejamos... – começou Rose. – No decorrer do reinado que sucedeu... Blá blá blá... O Decreto não... Irrelevante... – começou Rose analisando a pedra. Os quatro se entreolharam assustados e em seguida voltaram a sua atenção à Rose – Com fortuna propícia... ACHEI! – gritou ela assustando mais ainda os amigos – Aqui. – disse ela colocando o dedo sobre uns hieróglifos esculpidos na pedra

– Rose... – chamou Scorpius preocupado

E para que ele possa ser facilmente reconhecido agora e para todo o sempre, deverão ser colocadas sobre o santuário dez coroas reais de ouro, às quais será acrescida uma naja, à semelhança de todas as coroas ornadas com najas que estão sobre os demais santuários, no centro da coroa dupla que ele usava quando adentrou o templo de Mênfis... O resto é irrelevante. Fala de festas, comemorações, datas e sacrifícios. E depois repete mais duas vezes o texto todo. - disse ela terminando e olhando os amigos – Não sei por que se repete... – começou ela, mas parou com os olhares confusos e assustados dos amigos – O que foi?

– Rose... Desde quando sabe esses símbolos? – perguntou Luke apontando para os hieróglifos

– Eu... – começou Rose pensando. – Eu... Eu não sei. – disse ela espantada olhando para Scorpius – Eu li isso...?

– Sim. – confirmou Alvo, Rose engoliu em seco e abraçou Scorpius

– Agora sabemos que o perigo de lá são najas. – disse Isabelle olhando em volta - Vamos?

– Devemos saber que não é só najas o perigo. – disse Rose pensativa – Tem armadilhas que os construtores faziam, como alçapões. E entradas secretas. – disse Rose em frente à pirâmide

– Onde entramos? – perguntou Luke olhando em volta dela

– 15ª pedra, a direita de quem olha. – disse Rose automaticamente – Ou seja. Desse lado...

– Ela está me assustando. – comentou Alvo à Scorpius que assentiu

– Aqui. Temos que subir os 15 degraus. – disse Rose olhando os blocos empilhados – Cada um mede 2,5 metros. Agora se são 15 degraus...

– 37,5 metros. – disse Alvo olhando a pirâmide

– Talvez seja no 16º degrau. – disse Rose

– 40 metros. – disse ele rápido

– Eu já falei que te amo? – perguntou Isabelle olhando abismada para Alvo. Ele sorriu e deu um beijo na bochecha dela

– Como vamos subir? – perguntou ela

– Não sei, alguma sugestão? – perguntou Scorpius olhando para os amigos e em seguida para Rose que escalava com um pouco de dificuldade o primeiro bloco. – Rose! Vai escalar 38 ou 40 metros?

– Vou sim. – disse ela de pé no topo do primeiro bloco – Não vou voar pirâmide acima.

– Voar! – exclamou Luke pegando a varinha. – Accio vassouras. – disse ele.

Segundos passaram em silêncio, sendo cortado apenas pelos pés de Rose que subiam os blocos. Cinco vassouras apareceram. Alvo, Isabelle, Scorpius e Luke subiram na vassoura e voaram até o terceiro bloco que estava Rose.

– Vamos Rose. – chamou Luke apontando a vassoura no chão

– Não. – disse ela decidida – Não gosto de voar. Prefiro escalar 40 metros. – disse ela firme continuando a escalada pelos blocos de 2,5 metros.

Luke olhou para Scorpius. Ele fez um sinal para irem. Os três subiram os 13 degraus restantes.

– Amor. – chamou Scorpius perto de Rose. A ruiva se virou e deu de cara com Scorpius voando na sua frente – Venha. – chamou ele calmamente estendendo a mão

– Você sabe que eu morro de medo de voar. – disse ela se virando para a escada da pirâmide

– E você sabe que eu morro de medo de te perder. – disse Scorpius

– Scorpius... – começou Rose suplicando

– Confie em mim. – pediu ele ainda com a mão estendida

– Eu tenho medo. – disse ela se aproximando dele

– Eu vou te proteger. – disse ele confiante, ela respirou fundo

– Eu vou te matar se a gente cair. – disse ela por fim

– Confie em mim. – disse ele novamente

Ela se postou atrás dele e abraçou rapidamente a cintura dele e cruzou as pernas em volta da vassoura, apertou os olhos com força. Sentia o vento passar no seu rosto.

– Rose...

– O que?

– Chegamos. – disse ele, ela abriu os olhos e viu os amigos voando ao lado

– Deixe-me pensar. – pediu ela. Ela analisou a pedra – É esta. Um Bombarda Maxima ajuda.

– Bombarda Máxima. – disse Luke para a pedra que explodiu em mil pedacinhos

– Seu louco! – exclamou Isabelle vendo os machucados que as pedrinhas causaram

– Estão vivos? – perguntou Luke. Todos assentiram – Então está tudo bem. – disse ele. Isabelle revirou os olhos e mostrou a língua a ele

– Ok irmãos. – disse Scorpius colocando um ponto na briguinha dos dois. – Alguém é claustrofóbico? – perguntou ele, todos negaram com a cabeça – Vamos!


– Tem uma passagem que sobe. – disse Rose se esgueirando das pedras

– Aonde? – perguntou Alvo iluminando em volta, havia apenas uma passagem e ela descia

– Eu vi num documentário. – disse Rose olhando em volta. Ela iluminava os lados e passava a mão, como se fosse sentir uma saliência. Lisa – Não é nos lados, nem no chão. – disse ela olhando para os lados e em seguida para cima – Vejamos. – disse ela iluminando o teto. Era tudo liso, a pedra cinza não mostrava marcas – Aqui. – disse ela percebendo uma linha finíssima que contornava um bloco – Precisamos erguer esta pedra e... – ela ia continuar quando viu a pedra se erguer. Olhou para trás. Luke levitava a pedra – Vamos. – chamou ela pegando impulso e subindo para o teto

Os cinco conseguiram subir para a passagem de cima, o túnel que levava para cima da pirâmide.

– Estamos subindo. – comentou Isabelle.

– Estamos no caminho certo. – disse Rose – Se pegássemos aquele túnel que descia, iríamos para um poço subterrâneo. Enfim. Aqui é a câmara da rainha. Ela fica abaixo da do rei. – disse Rose dobrando o corredor – Espere. – disse ela analisando as duas passagens que tinha – Se viemos dali, essa passagem – disse ela apontando para a da esquerda - é a primeira, ou seja, armadilha. E esta é a Câmara da Rainha. – disse ela se aproximando cuidadosamente

– Onde vamos? – perguntou Alvo

– Nessa. – disse ela apontando para a da direita. – Eu só quero ver que tipo de armadilha é

– Rose... – chamou Scorpius temeroso

– Espere. – pediu ela ansiosa.

Ela iluminou a câmara escura e apontou para o chão, escuro. Olhou ao redor, nas pedras cinzas e viu uma pequena. Jogou ela. Segundos depois, o baque. Satisfeita, voltou sua atenção para os amigos.

– É um precipício. Eu vi no documentário que é de 16,5 metros. – disse ela

– Vamos lá. – chamou Luke indo para a Câmara da Rainha – Não tem nada aqui. – disse ele iluminando um cubículo com um sarcófago no meio

– Que estranho... – murmurou Rose, afastando-se da entrada e analisando

– MERLIN! – exclamou Luke com a voz um pouco mais afinada

– Que foi? – perguntou Isabelle assustada

– Najas. – exclamou ele apontando para o sarcófago de onde saia najas

Rose e Isabelle se postaram na frente de Luke que respirava ofegante e começaram a matar as serpentes.

– Cara... – chamou Alvo vendo Luke se apoiar na parede e respirar, ou tentar pelo menos. Luke ergueu a cabeça e viu Alvo com um sorriso de gozação no rosto e Scorpius vermelho – Você gritou como uma mulher? – perguntou ele, Luke ficou vermelho

– Cala boca Potter. – murmurou ele bravo

Alvo e Scorpius não aguentaram e começaram a rir.

– O que foi? – perguntou Isabelle se aproximando dos três

– Luke gritou como uma mulher. – disse Alvo ainda rindo dele

– Alvo! Ele é meu irmão, melhor não zoar dele. – disse Isabelle brava, Alvo parou de rir e bufou

– Não tem nada. Essa era a armadilha. – disse Rose – Se seguirmos este corredor iremos parar na Câmara do Rei. – disse Rose, todos assentiram e subiram o corredor – Temos que passar pela Grande Galeria. – disse Rose

– Acho que chegamos. – disse Isabelle olhando em volta

Nas paredes haviamcinzas, pinturas, hieróglifos, nomes de deuses. Oferendas para que o faraó seja bem recebido pelos deuses. Cerâmicas, jóias, ossos de sacrifícios e barras de ouro. Tudo para o bem estar do faraó.

– Que cerâmicas são essas? – perguntou Luke olhando para três cerâmicas

– Eles guardavam os membros do faraó em nome desses deuses. – disse Rose olhando o sarcófago – Aqui está o escaravelho. – disse ela levitando a tampa

– Merlin! Eu vou vomitar. – disse Isabelle se afastando dali, Alvo foi até a namorada

– Eu achava que a máscara ia estar junto. – disse Rose analisando a múmia, pedaços brancos em decomposição em volta dela e no peito, o escaravelho

– Finalmente. – disse Scorpius pegando o escaravelho de ouro

E como se eles estivessem aparatando, eles voltaram para a sala.

– Parabéns. Foram os últimos a voltarem e os únicos a conseguirem. – disse a professora sentada atrás da mesa de mogno vermelha, eles olharam em volta, a sala vazia

– Cadê todos? – perguntou Rose

– Foram embora. – disse a professora se levantando – Espero que tenham aprendido na aula.

– Qual o objetivo disso? – perguntou Rose

– Preparar vocês. – disse ela – Tenham uma boa tarde. – disse a professora se afastando deles. Ela parou e se virou para eles – Melhor irem na enfermaria cuidar desses arranhões. – disse ela por fim saindo da sala

***


POV Draco


Os Weasley e os Potter tocaram a campainha exatamente às três horas da tarde, já Candice Becker e Blaise Zabine chegaram atrasados. Os dois chegaram separados e nem ao menos se olharam direito. Astória e eu nos reunimos com eles na sala e os observamos todos curiosos pelo que havia acontecido.

Sentei em uma poltrona e Astória sentou no braço da mesma. O silêncio chegava a ser constrangedor.

– Meu filho me contou algo que anda acontecendo com eles na escola! – eu fui direto e claro – Algo como acontecia conosco quando frequentávamos Hogwarts!

– Do quê está falando? – Blaise já havia entendido, o temor pelos filhos era maior

– Estou falando dos Sacrifícios! – eu o encarei – Estão a procura deles!

– Pensei que havíamos feito tudo para que isso não ocorresse! – Candice se levantou – Tudo o que fizemos, não adiantou de nada?

– Espera aí! Do que estão falando? – Harry se empertigou no sofá, eu o encarei de forma séria

– Há quinze anos Candice e Blaise eram casados, tiveram dois filhos...

– Luke e Isabelle? – foi Hermione quem perguntou, estava surpresa demais

– Sim! – Candice confirmou – Mas eles não sabem de nada!

– Na minha família há gerações ocorreram sacrifícios feitos com rituais e seres de mitologia! – Blaise comentou – Sempre alguém que era muito inteligente, ou que não iniciara a vida sexual! Os rituais eram macabros e nunca alguém sobrevivia! Nunca foi descoberto porque disso, só se sabe que os Zabine haviam se envolvido com esses rituais na mitologia antiga!

– Quando Luke e Isabelle nasceram, ficamos com medo que isso pudesse acontecer com eles e decidimos fazer alguma coisa, nos separamos e Isabelle ficou comigo e Luke com ele! – Candice limpou uma lágrima – Ele prometeu proteger o Luke a qualquer custo, enquanto ninguém saberia que Isabelle era sua filha! Foi através da família Malfoy que os criamos juntos para que não se separassem totalmente!

– Vocês dividiram seus filhos? – Gina parecia agoniada – Isso deve ter sido horrível!

– É claro que foi! – Blaise se empertigou – Nós os amamos e sempre vimos eles crescerem juntos, mas eu daria qualquer coisa para ouvir Isabelle me chamar de pai! – ele respirou fundo – E o pior é que nos amávamos quando nos separamos! – agora ele olhava Candice pelo canto dos olhos

– Diga isso a sua falecida esposa! – Candice sussurrou baixinho

Blaise havia se casado de novo, não tivera filhos, mas seguira em frente. Candice não.

– E esses sacrifícios, estão dizendo que nossos filhos estão envolvidos? – Rony segurou a mão de Hermione e a apertou

– No início eu pensei que era somente porque eles andavam com Luke e Isabelle, mas depois Astória me lembrou de algo! – eu comentei passando a mão no joelho de minha mulher – Scorpius e Rose!

– O que têm eles? – Hermione franziu o cenho

– Você já os viu junto? – Astória sorriu apesar de tudo – São os adolescentes mais inteligentes que já vi, sinceramente não sei como descobrir qual dos dois tem o maior QI!

– Inteligência! É isso que procuram! – Harry suspirou – Ou virgindade, por isso tem os amigos por perto, tem reservas!

– Foi o que pensei! – eu abaixei a cabeça – O ataque no lago foi para o Scorpius, segundo ele, a Rose foi uma distração! E ele ainda me contou que sonham com isso o tempo todo e tentam ficar mudando o que acontece nos sonhos!

– E pelo que conheço deles, serão como nós, irão atrás do perigo! – Rony bufou - O que podemos fazer?

– Contar a eles o que sabemos! – Blaise respirou fundo – Inclusive o que nós fizemos, Candice!

– Mas não conseguiremos proteger eles de tudo! – Gina argumentou – É melhor que passem por isso sozinhos, do que nos metermos e acabarmos com a vida de cada um deles, um por vez!

Eu concordei em silêncio. Ela estava certa, assim como Blaise. O melhor seria ir a Hogwarts contar tudo e então ajudá-lo como pudermos, mas sem os separarmos.

***


POV Isabelle


Eu não consegui acreditar naquilo que a escola inteira comentava, não podia ser simplesmente verdade, afinal que rumo aquilo tomaria? Por que ele resolvera fazer isso? Justo ele e com ela! Não fazia sentido. Pelo menos eu não conseguia ver um.

Por esse motivo eu fui procurá-lo e o encontrei deixando-a na porta da sala de Transfiguração, ele lhe beijou a testa e em seguida os lábios, a garota sorriu radiante e se afastou um pouco corada. Ele apenas sorriu e se voltou na minha direção. Eu já vi aquela mesma cena alguns anos atrás, na verdade eu presenciei e vivi aquela cena durante várias vezes ao ano.

– O que foi Bells? – ele parou na minha frente me encarando de forma zombeteira, seu sorriso me deixava nervosa e seus olhos pareciam querer ler minha mente

– O que está fazendo Erick? – perguntei cruzando os braços em frente ao corpo – Ela é apenas uma garota nova demais para você!

– Olha quem fala, ou não se lembra que eu também já namorei você? – ele rolou os olhos e começou a andar

Eu me apressei para ficar ao lado dele e caminhamos juntos pelo corredor.

– E eu sei onde aquele namoro parou! – segurei seu braço e o fiz se voltar para mim – O que veio fazer em Hogwarts? Por que está com ela?

– Posso acreditar que isso é ciúme sabia? Ou melhor, o seu namoradinho pode acreditar nisso! – ele piscou e sorriu

– Não meta o Alvo nisso! Ele não tem nada a ver com essa conversa! – eu cerrei os punhos ao lado do meu corpo

– Na verdade tem sim, afinal foi a Alícia que tirou o Alvo de você, não foi? Pelo que entendi, ela foi enfeitiçada e o seu namoradinho perdeu a memória! Isso? – ele ergueu as sobrancelhas de forma curiosa – O que torna ainda mais estranha essa sua reação a me ver com ela! Por que se importa comigo? Ou com a Alícia? Nenhum de nós provocou algum bem a você!

– Você mesmo disse! Ela foi enfeitiçada! Antes disso não provocou nada de brigas nessa escola! E agora do nada, ela aparece com você! Sendo que nem sabemos o que você veio fazer aqui! Isso é uma situação estranha! Não acha? – nossa conversa estava ficando deveras interessante, para alguma coisa serviria

– Por que quer saber? Diga a verdade e então lhe responderei! – ele respirou profundamente antes de falar e se acalmou

– O que pretende com a Alícia? – olhei o chão – Eu só não quero que outra garota passe pelo que eu passei, por mais que eu ainda não goste da morena!

– Alícia é diferente! – ele deu de ombros

– Eu também era diferente! E você lembra muito bem tudo o que fez comigo! – acusei-o, mesmo sem querer

– Não! Você não era diferente! Você era apenas mais uma garotinha apaixonada por mim, bonita e popular, tinha status e dinheiro! Foi muito bom para a situação da minha família na época! O mundo bruxo aprovava o meu namoro com a herdeira da família Becker, apesar de você ter apenas treze anos!

Aquelas palavras doeram. Senti meus olhos marejarem, mas eu não derrubei lágrima nenhuma. Pelo menos agora eu sabia a verdade.

– E não se preocupe, eu gosto da Alícia e não me importo nem um pouco com quem ela é, sendo a minha Alícia já está ótimo! – ele suspirou e voltou às costas

Segurei seu braço mais uma vez e ele me encarou novamente.

– O que veio fazer em Hogwarts? – pedi simplesmente

Os olhos dele saíram de foco um pouco e ele se lembrou de algo, não sei o quê, mas sei que o perturbava.

– Eu fui expulso! Simples assim! – ele se largou e me deixou ali sozinha

***


POV Autoras


Ele está vindo. – disse uma voz rouca no meio da escuridão, uma voz grossa, masculina, mas ao mesmo tempo baixa

Eu sei. – disse uma segunda voz, mais fina e igualmente baixa

Sabe o que fazer Ágatha. – disse a primeira voz

Não precisa ficar me dizendo o que eu devo fazer. Eu sei muito bem. – disse Ágatha nervosa

Olha como fala comigo! – disse a primeira voz igualmente estressada

Cale a boca e deixe-me pensar como farei isso. – disse ela pensativa

Só vai lá. – disse a primeira voz.

Ágatha respirou fundo, arrumou a blusa, abriu e fechou a porta.

– Oi Luke. – disse Ágatha empurrando Luke até a parede

– Você... – começou ele

– Não fale. Aproveite. – disse ela prensando Luke com o corpo e beijando-o furiosamente

Ágatha mexia a boca sensualmente, mexia o quadril perigosamente, querendo mais. Luke apertava as costas quase nuas dela. Ele sentiu os dedos dela abrirem sua camisa e arranharem seu peitoral. Um gemido.

– Isso... Geme vai. – sussurrava Ágatha sensualmente no ouvido dele, mordendo o lóbulo

Como se uma lufada de bom senso tivesse batido nele, Luke afastou Ágatha de si, olhou para a loira que estava com um sorriso malicioso nos lábios vermelhos e nos olhos segundas e terceiras intenções. Olhou para si mesmo. A camisa aberta e alguns arranhões, o cabelo devia estar despenteado e a boca vermelha também. Sentiu nojo de si mesmo. Ele tinha uma namorada que amava mais do que tudo, como teve coragem de fazer isso?

– O que houve? – perguntou ela inocentemente se aproximando como uma víbora dele

– Eu tenho namorada. – disse ele ainda processando a ideia de que traiu Lylian

– Aquela freira? Ela não precisa saber. – disse Ágatha beijando o pescoço dele

– Pare! – exclamou Luke afastando Ágatha pelos ombros e se afastando dela

– Gato... – chamou Ágatha segurando Luke pelo braço e virando-o – Eu sei que você quer continuar... – disse ela passando a mão perigosamente no membro de Luke

– Olha aqui sua anencéfala... – começou Luke apontando a varinha para o pescoço de Ágatha que respirava rapidamente e nervosa, não esperava isso dele – Eu tenho namorada. E eu a amo mais do que tudo nesse mundo. Se quiser continuar com esta putaria, vai procurar um cara solteiro e sem nada para fazer. E se eu quiser continuar isso, não vai nem ser com você. Então, me deixe em paz. – disse Luke segurando a varinha firmemente no pescoço dela, os olhos dela fixos nos dele

– Ou o quê? – perguntou ela desafiando a paciência dele

– Eu sou um Zabine, não vai querer saber o que eu faria se você me irritasse. – disse ele respirando fundo para não atacar ela

– Não faria isso. – continuou ela desafiando-o

– Quer tentar? – perguntou ele, ela engoliu em seco.

– Espere. – disse ela antes de se virar e sair daquele corredor

***


POV Alícia


Eu gostava dele. Pelo menos ele me tratava bem e parecia gostar da minha companhia. Talvez eu estivesse errada sobre tudo e ele estaria só me usando, ou então ele realmente gostara de uma garota mais nova que se deixara enfeitiçar por alguém e havia matado um colega. Eu devo ser muito fraca para alguém me fazer matar outra pessoa contra a minha vontade.

– Oi! – ele sentou ao meu lado e puxou minha mão para que ficasse entre as suas sobre seu colo – Procurei você pela escola inteira!

– Eu gosto de ver o pôr do sol daqui! – eu sorri e indiquei o céu logo acima de nós, ele já estava alaranjado – A Torre de Astronomia tem suas utilidades!

Ele sorriu e ficou me olhando de forma estranha. Eu franzi o cenho para ele.

– O que foi?

– Isabelle veio falar comigo! – ele deu de ombros

– Ela foi dizer coisas ruins a meu respeito, não foi? – eu suspirei pesadamente – Ela me odeia e eu nem sei o que eu fiz direito!

– Você roubou o namorado dela e agora namora o ex dela! – ele ficou sério, esperando minha reação

– Você é ex dela? – eu fiquei chocada – Agora sim que ela vai me odiar mais ainda! Por que não me contou?

– Achei que não tinha importância! – ele deu de ombros – Mas ela não veio falar de você, na verdade ela estava preocupada com o que aconteceria com você em minhas mãos!

– Do que está falando?

– Digamos que eu a machuquei... – ele não desviava o olhar do meu – Eu não gostava dela, então não me importava muito...

– O que fez para ela? – eu não estava com medo dele por mais incrível que isso possa parecer

– Isso importa? Não é uma coisa legal de contar! – ele deu de ombros – Mas não vou machucar você!

– Como posso ter certeza? Você é imprevisível! – eu sorri e deitei minha cabeça em seu ombro

– Acho que você já tem certeza disso, ou já teria saído correndo! – ele riu e acariciou meus cabelos – Eu gosto de você morena, ainda não sei porquê, mas eu gosto!

***


POV Autoras


– Sério que ele fez isso? – perguntou Lylian olhando o namorado

– Sim. Ele segurou uma pedra de... O que? Uma tonelada? – perguntou Rose querendo confirmar a sua fala, Alvo assentiu com a cabeça

– Meu namorado é forte. Que lindo. – disse Lylian sorrindo e beijando Luke

Luke apertou as costas de Lylian e sentiu seu coração pesar. Devia contar para ela.

– Ei! Ela é minha irmã. – disse Alvo tacando um graveto nele

Os seis amigos riram. Eles aproveitavam o dia lindo e estavam no jardim.

– Tudo bem Rose? – perguntou Scorpius vendo que a namorada estava absorta em seus pensamentos sobre pernas dele

– O que? – perguntou ela sacudindo a cabeça e olhando o namorado acima dela

– Está tudo bem? – repetiu ele

– Sim, sim. – confirmou ela, Scorpius ergueu a sobrancelha, desacreditando tal afirmação

– Sabe que pode confiar em mim. – disse ele, Rose engoliu em seco

– Estou... Pensativa. – disse ela sentindo os dedos dele mexerem nos fios ruivos dela – Com o que houve na esfinge. Aquela pedra... Estava escrita em três línguas e uma delas é morta. Hieróglifo, grego e demótico egípcio. Eu fico pensando... Como eu sabia? – perguntava ela olhando fixamente para ele.

Scorpius suspirou.

– Iremos descobrir. – disse ele convicto, Rose sorriu e sentiu ser beijada por ele

– Eu te amo. – disse ela se acomodando novamente sobre as coxas dele

– Também te amo. – disse ele beijando a têmpora dela e voltando a fazer carinho

– Esperamos não interromper nada. – disse uma voz atrás deles

Os seis se viraram assustados. Estavam diante dos pais de cada um.

– O que fazem aqui? – perguntou Luke olhando para o pai e para a mais nova mãe

– Precisamos conversar. – disse Draco olhando para todos – Agora.


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Notas finais do capítulo

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