Sacrifício aos Deuses escrita por Jacih, estherly


Capítulo 15
Quebrando


Notas iniciais do capítulo

Olá. Gostaríamos de pedir desculpas pela demora! Nos matamos agora e agradecer você que está lendo isso, quer dizer que vai ler o capítulo e não desistiu da fic. Aviso: Não nos responsabilizamos no palavrão aqui dito.Aviso²: Não se preocupem! Os próximos capítulos já foram pensados!Beijos



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POV Autoras

- Você tem que arrumar um jeito de se infiltrar mais. – ordenou a mulher com o corpo na água.

- O que quer que eu faça? – perguntou a pessoa ríspida, não queria ficar muito tempo ali, poderiam suspeitar.

- Não sei. – disse a mulher dando ombros. – Dê um presente de natal, se vire!

                A pessoa assentiu com a cabeça, deu meia volta e foi correndo para o castelo. A mulher submersa na água olhou para o céu e viu os astros. O sol raiando sobre ela, a lua do outro lado, esperado anoitecer e nuvens se formando. Engoliu em seco, os deuses estavam se irritando. Sem pensar duas vezes mergulhou para dentro do lago.

- Desculpa professora. – pediu uma menina que passava por um corredor próximo a entrada do castelo se preparando para ouvir uma detenção.

- Eu que peço querida. – disse Dóris olhando para o tempo se formando no jardim.

                A menina deu um sorriso amarelo e saiu dali. Estranhou a professora estar no começo do castelo, ela nunca saia da sala dela, e a professora ser educada com ela. Querendo sair do castelo, ela bateu num rapaz que a fez cair no chão. Estava com o xingamento pronto para sair, quando viu quem era.

- Erick! – ela aceitou a mão que ele estendia a ela

- Alícia! – ele sorriu – Por que estava correndo?

- Eu...não sei, só queria sair do castelo! – ela sorriu de forma branda

- Por que não entra de volta comigo? Podemos ir a cozinha comer alguma coisa, estou morrendo de fome! – ele a puxou pelo braço

   Ela estranhou essa atitude, mas o seguiu. Adentraram a cozinha silenciosamente, mas vários elfos vieram servi-los, ele pegou inúmeros pãezinhos, tortas e suco e então a puxou de volta até a Torre de Astronomia.

- Por que aqui? – Alícia perguntou calmamente se sentando ao lado dele e aceitando uma torta

- Gosto de ver o tempo mudar! – ele indicou o céu

- Como sabe que o tempo irá mudar? – ela sorriu descrente

- O vento está ficando gelado e está chegando o natal, sempre neva no natal! – ele deu de ombros

- Onde irá passar o natal? – ela tomou o copo da mão dele para tomar um gole de suco

- Em casa! – ele respondeu simplesmente, mas seu rosto se fechou, ele não queria falar sobre isso

- Por que eu?

   Ele a encarou sem compreender, viu a dúvida em seus olhos, o medo. Ele se lembrou de Isabelle anos atrás. Foi a mesma coisa, a loira também tinha a mesma dúvida, mas gostava de ser popular por isso aceitou tudo o que ele queria. E essa garota o que tinha demais? Ela ficou mais popular por ter sido enfeitiçada e matar uma pessoa, mas fora isso, era com uma completa ninguém. Ninguém se interessava por ela.

- Eu não sei! – ele confessou – Mas gosto de ter você ao meu lado! – e então ele voltou a olhar o céu

   Alícia não espera outra resposta dele, mas gostou do que ouviu. Deitou a cabeça em seu ombro e ficou ali em silêncio com ele, apenas olhando o tempo mudar

***

POV Luke

- Gente, eu queria falar com você sobre... – comecei. Todos já estavam presentes na sala assustadora da professora Oceanus. Quando todos os olhares dos amigos se focaram em mim, a professora aparece, diabo de professora.

- Sente-se Zabine, ou será 10 pontos a menos. – disse ela passando reto entre nós. Bufei e me sentei na cadeira. Precisava falar com eles.

                Estava de olho na professora. Me mato por ter escolhido esse bendito lugar, muito longe. A professora havia se virado para mexer numa prateleira e eu achei aquele momento perfeito. Balancei a mão na esperança de alguém ver. Nada. Scorpius e Rose estavam com os rostos nos pergaminhos. Devem estar passando bilhetinhos.Olhou para Alvo e Isabelle e bufei, o casal trocava carinhos, mas, como sou amaldiçoado, a professora querida ouviu.

- Algum problema Zabine? – perguntou a professora entregando uma caixa para cada dupla. Sim, tem casais de namorico professora. Se for assim, eu quero a minha.

- Não professora. – disse tentando descobrir o que seria aquela caixinha.

- Não se preocupe. – disse a professora pegando a caixinha dele de volta e remexendo nas outras. – Eles não vão ficar de namorico. – disse ela entregando outra caixinha para mim. – Não tente chamar mais a atenção deles Zabine. – ordenou a professora. Revirei os olhos. Nunca obedeci um professor, agora não seria diferente.

                Aproveitando que a professora estava de costas para si, Me debrucei sobre a mesa, ergui os braços e os sacodi rapidamente, chamando a atenção de Rose e Scorpius que recebiam a caixinha misteriosa da professora. Rose conversava com a professora enquanto Scorpius encarava o loco que chamava sua atenção. Ergui o livro e apontei para o mesmo, numa tentativa de falar o assunto da possível conversa. Scorpius assentiu com a cabeça e vimos a professora se afastar.

- Cada um irá receber uma caixinha. Acho que já perceberam isso. O nome do que temos aí é Fiskur í myrkri. Alguém já ouviu esse nome e pode me dizer o que é? – pediu a professora entregando uma caixinha para outra dupla. Um silêncio se estalou na sala. – Srta. Weasley? Você acredito que sabe, sabe de tudo. – disse a professora estranhando Rose não falar.

- Não sei professora. – disse Rose baixinho, constrangida. Todos prenderam o ar. Rose? Não saber de nada? Ouvi um muxoxo vindo da professora. Scorpius virou a cabeça e começou a cochichar com ela.

- Fiskur í myrkri é um peixe. – disse ela esperando a onda de “ohhh” passar.

                Ela colocava a caixinha na mesa de Alvo e Belle e eu fiz sinal para eles. Debrucei na mesa e ergui os braços. Alvo notou a minha tentativa de chamar a atenção e me olhou, mas o corpo da professora estava na frente. Ele levou a cabeça mais para o lado e eu fui mais para a ponta. Mais, ia cada vez mais para a ponta mexendo meus braços e o livro, quando ouvi.

                Ouvi a caixinha se quebrando, ouvi a avalanche de “ohhhh” novamente, ouvi o sangue da professora borbulhar, ouvi a coruja mandando uma carta para meus pais, ouvi meu coração dar uma batida em falso, ouvi o som da madeira abrindo sobre meus pés e eu sendo pendurado na corda, ouvi muitas respirações sendo trancadas, ouvi eu mesmo no tumulo e ouvi a velha frase, mas dessa vez foi um pouco diferente que o normal.

- Zabine! Potter, Becker, Weasley e Malfoy! Castigo! – disse a professora. - Saiam da minha sala! – ordenou a professora. Agradeci aos céus, recolhi meu material e saí dali. Abri a porta, estava feliz por que ia sair dali, quando ouvi. – Quero um texto de um metro sobre o peixe. Cada. – disse ela. Me virei com os olhos esbugalhados e vi ela nos olhar com um sorriso de lado e a sobrancelha erguida, feliz por nos fazer essa tortura. Bufei e fechei a porta. Abri a boca para falar, quando a porta foi aberta. Apenas a cabeça da professora para fora. – Você Weasley, quero sobre o Kelipe, um e meio. – ordenou ela piscando para Rose.

- Vamos sair daqui antes que ela mude de idéia. – aconselhou Luke.

- Não exagera. – pediu Alvo. Luke bufou, mas o bufo foi interrompido pela porta balançando, assustando todos. – Corre! – exclamou Alvo correndo dali e sendo imitado por todos.

***

POV Autoras

- Luke o que tem esse livro? – perguntou ela colocando um livro sobre animais na mesa e abrindo-o.

- Começa assim. “Deuses: Os deuses olímpicos moravam em um imenso palácio...”

- Pula para a parte dos seres. – pediu Rose cortando-o. Todos começaram a escrever o pergaminho sobre o estranho peixe enquanto Rose fazia sobre Kelipe e ouvia Luke ao mesmo tempo. – Pode ler.

- Ok. Vejamos... “Seres: Na mitologia grega, há vários tipos e nomes de seres mitológicos. Entre eles: Centauros, ciclopes, ctónicos, dragões, erínias, gigantes, górgonas, harpia, lâmias, ménades, moiras, musas, ninfas, nereidas, oceânides, sátiros entre outros. Alguns são bons, outros ruins. Centauro...”

- Luke! – exclamou Rose.

- Que foi Ruiva? – perguntou Luke. – To lendo a parte que me pediu!

- O que Lílian tem na perna é uma mordida? – perguntou Rose.

- Até onde sei, sim. – respondeu ele.

- Como foram parar na banheira? – perguntou Rose analisando os pergaminhos. – O único buraco que tinha era... – falou ela esperando que Luke completasse sua fala.

- O ralo. – terminou ele vendo Rose escrever o nome de todos os deuses antes citados por Luke num pergaminho.

- Centauro não pode. – disse ela riscando o nome. – Ciclopes, dragões, erínias, gigantes, górgonas, harpia, lâmias, ménades, moiras, musas, ninfas incluindo nereidas e aceanideas, satiros...

- Resumindo, tudo. – disse Luke. Rose suspirou.

- Não foi um ser mitológico que atacou a Lílian. – concluiu Rose olhando todos. – Pensem comigo. Nenhum ser desses, conseguiria entrar pelo ralo! Tem que ser um ser bem pequeno ou...

- Um que se transformasse. – disse Scorpius. Rose assentiu. – Então, se não foi um ser mitológico grego foi o que? – perguntou Scorpius. Todos ficaram quietos analisando. Rose percorria os olhos pela biblioteca, passou pelos pergaminhos e quase pulou da cadeira.

- Foi um Kelipe! – exclamou ela sorrindo, os dedos começaram a folhear o livro vermelho e a levantar folhas atrás das anotações. – Ouçam... Kelipe :Monstro demoníaco encontrado na Grã-Bretanha e Irlanda, assume diversas formas, principalmente a de um cavalo. Depois de atrair os incautos para montá-los, ele mergulha direto ao fundo do rio ou lago e devora o cavaleiro...

- Que seria a Lílian. – concluiu Luke. Todos assentiram a cabeça.  – Mas o que um Kelipe faria na banheira?

***

Dia seguinte

POV Rose

   Scorpius me esperava a beira das escadas. Eu sorri quando o vi frustrado pela minha demora. Ele ficava lindo de qualquer maneira.

- Oi! – sussurrei em seu ouvido e beijei seu pescoço sentindo ele se arrepiar

- Até que enfim ruiva! – ele sorriu se voltando para mim e me abraçando pela cintura

- Todos já foram, Isabelle e Lylian disseram que te esperam na Floreios e Borrões! – ele me beijou os lábios

- Tudo bem! – eu sorri – E não me culpe, a culpa foi sua de eu chegar tão tarde ao dormitório ontem!

- Ah não te culpo mesmo, não culpo nem a mim! Que noite! – ele pareceu sonhador

   Eu vermelhei na hora e dei um tapa na barriga dele.

- Que é isso ruiva! – ele gemeu – Se quiser selvagem é só me falar!

   Eu arregalei meus olhos e fiquei da cor dos meus cabelos. Então queimando por dentro eu girei nos calcanhares e saí do castelo.

- Ei me espera! – ele segurou meu braço – Eu só estou brincando! Desculpa!

   Eu rolei os olhos e tentei andar novamente, mas ele continuou me segurando pelo braço.

- Me perdoa Rosa! Por favor! – ele sorria feito um anjo e piscava aqueles olhos de bulicas

- Tudo bem vai! Eu só fiquei constrangida! – eu me soltei e comecei a andar, ele logo se aproximou e enlaçou minha mão

- Acho que não vamos poder passear juntos hoje! – ele disse rapidamente

- Por quê? – entramos na estrada que levava a Hogsmeade

- Porque eu queria comprar seu presente de Natal! – ele foi sincero – Queria que fosse surpresa!

- Jura? – meus olhos brilharam – Não vai me contar nada?

- Não! – ele sorriu – Mas você vai gostar, mas é que ele vai demorar um pouco para ficar pronto e acho que não vai dar tempo de passearmos!

- Tudo bem amor, eu também vou comprar seu presente e pretendo voltar antes que você para Hogwarts para que não veja o embrulho! – eu sorri maliciosa

   Ele parou e me virou para ele. Seus olhos tinham um brilho intenso azulado.

- Eu te amo Rose! – ele encostou a testa dele na minha, eu me emocionei com tal declaração

   Ele já havia me dito inúmeras vezes, mas é que ali foi tão calmo e repentino que me pareceu a frase mais sincera que ele já disse.

- Eu também te amo! – eu sussurrei e me deixei levar pelo beijo

***

POV Isabelle

   Eu já batia o pé impaciente na calçada. Lylian havia sentado em um banco ali ao lado e Alvo e Luke já desapareceram pelas ruas de Hogsmeade, só Rose e Scorpius que não apareceram ainda. Aquela ruiva estava demorando demais. Também, pela hora que ela chegou de madrugada não era de se esperar que acordasse cedo hoje.

- Ei Lylian, o que vai dar de presente de Natal para o Luke? – perguntei de repente, se íamos esperar que pelo menos conversássemos

- Não sei ainda, pensei que essas vitrines me dariam uma inspiração, mas ainda não surgiu nada em minha mente! E o Al vai ganhar o quê de você? – ela apoiou a cabeça nas mãos e suspirou

- Eu queria dar algo especial sabe! – suspirei desolada – Algo que o fizesse se lembrar da gente, mas eu queria algo mais que uma foto, mas que um momento! Eu queria algo que lembrasse sempre a gente!

- Você é complicada não é? – Lylian ergueu as sobrancelhas – Sério, não podia ser uma foto não?

- Não! – eu sorri – Quero mais Ly! O Al merece mais!

- Nossa, você realmente o ama! – ela riu – Mas eu te entendo! Gostaria que o Luke fosse alguém mais fácil de se impressionar! E ainda tem o problema dele sem meu melhor amigo!

- E o que tem isso? Seria mais fácil escolher um presente para alguém que você conhece tão bem! – eu franzi o cenho

- Pelo contrário, eu quero que ele realmente goste do meu presente, se impressione! E eu o conheço tão bem que ainda desconheço algo que o impressione! – ela respirou fundo, resignada e levantou e então indicou a frente

   Eu vi Rose e Scorpius se aproximarem de mãos dadas, mas minha visão se turvou um pouco e eu visualizei a loja nova.  Alquimia – Boticário. Deveria ter algo legal ali. Quem sabe dar uma olhada.

***

POV Luke

   Eu já tinha em mente o meu presente para a Lylian desde antes de nós namorarmos. Na verdade desde o momento em que me toquei que realmente gostava dela. Sempre a imaginei usando isso e agora eu sei que é a melhor hora.

   Desde o acidente ela anda cabisbaixa e fica resignada o tempo todo por causa da cicatriz, eu demonstrei meu amor de todas as formas para ela e fiquei cuidando dela o tempo todo. Ela sabe que a amo e não duvida disso, mas está na hora de eu firmar esse compromisso de vez. E nada melhor do que esse presente.

- O que tanto pensa? – Alvo estava ao meu lado

   Aquela filial do banco de Gringotes em Hogsmeade era muito luxuosa e o moreno olhava para todos os lados procurando os detalhes.

- Meu pai assaltou o Gringotes uma vez! – ele sorriu – Gostaria de fazer o mesmo!

- Vamos pegar uma coisa valiosa aqui, mas não roubar! – eu ri dele – Quero que veja o presente da Lylian e me diga se ela vai gostar!

- Tudo bem! – ele ainda olhava para todos os lados, então parou olhando uma lâmpada redonda e branca no alto

- O que foi? – comecei a olhar a lâmpada

- Será que aqui em Hogsmeade tem alguma oficina de magia? Um lugar onde eu possa pedir o feitiço que eu quero e eles façam? – ele indagou sério, sem tirar os olhos da lâmpada

- Acho que sim! Podemos nos informar! – eu o olhei intrigado – Por quê?

- Porque acabei de achar o presente da Isabelle! – ele ainda olhava a lâmpada

   Sério, às vezes eu achava que ele poderia ser louco.

***

POV Erick

   Eu andei sozinho pelas ruas por um tempo. Vi Isabelle e duas ruivas passearem e se afastarem quando me viram. Eu achava aquela loira gostosa e já tive ela inúmeras vezes, mas agora aquele namoradinho dela interferia demais. Como ele soubera que eu estava com ela no lago? Ele me pagaria caro por isso!

   Entrei em uma loja qualquer e comecei a vasculhar as estantes. Nada para fazer, nada importante em que pensar. Então peguei uma caixa vermelha e comecei a jogá-la na mão enquanto li as instruções. Era um feitiço legal e um presente interessante.

   Ela me veio à mente imediatamente. Será? Não, ela nem vai se lembrar de mim. Não vai mesmo! Espera aí, não vai doer vai? Suspirei pesadamente e levei a caixa até o balcão pagando o presente. Eu vou me arrepender disso mais tarde, sei que vou.

***

POV Alvo

   Eu estava me remexendo inquieto na cadeira, o garfo estava preso na minha mão quase em posição de ataque e eu já nem conseguia mais comer o que havia no prato. Por que ela não estava lá? Por que Isabelle não havia chegado com Rose e Lylian para jantar? Só as duas estavam na mesa da Grifinória e nada da minha loira.

- O que aconteceu Al? – Luke perguntou se servindo de mais um pedaço de costela

   Mas agora meus olhos percorriam o salão a procura daquele maldito aluno novo. Porém ele estava quieto no canto da mesa da Sonserina. Bom, pelo menos Isabelle estava segura. Eu acho.

- Alguém sabe onde tá a Bell? – perguntei encarando os dois. Os dois se entreolharam e negaram com a cabeça.

- Ela deve estar no dormitório Al! – Luke respondeu sem me dar muita atenção

- Ela desapareceu desde o passeio em Hogsmeade! Nós vamos para casa amanhã e ela nem veio falar comigo! – resmunguei baixinho

- Calma moreno chato! – Scorpius riu – Ela deve estar por aí! Quem sabe na Sala Precisa!

- Na Sala Precisa? – eu encarei o loiro franzindo o cenho – O que ela faria lá?

- Por que não vai lá ver? – Luke ergueu as sobrancelhas

   Eu cerrei os olhos para os dois, eles sabiam de algo, ou talvez me pregassem uma peça. Eu não sei. Só sei é que eu iria mesmo atrás da Bell.

   Andei apressado pelos corredores e parei em frente à Sala Precisa. Mas o que eu pensaria? Não tinha a mínima idéia do que ela fazia ali. Será que estava mal? Será que acontecera algo em Hogsmeade? Merlin! Eu preciso vê-la.

   E como realizando meus pensamentos senti duas mãos delicadas tamparem meus olhos, senti um perfume exalando de seus pulsos. E quando sua voz atingiu meus ouvidos eu me senti aliviado por ela estar ali.

- Quero que entre e não abra os olhos! Promete? – ela sussurrou e mordeu o lóbulo da minha orelha

- Claro! – eu sorri

   Andei com ela ainda tampando meus olhos e senti ela fechar a sala atrás de nós. Então ela se afastou, mas eu permaneci de olhos fechados.

- Decidi lhe dar seu presente de natal hoje! – pude sentir que ela sorria – Quero que abra os olhos agora!

   Eu abri meus olhos devagar e ofeguei. Merlin. Ela estava linda.

   Os cachos loiros estavam soltos pendendo pelos seus ombros nus. Ela vestia uma camisola tomara-que-caia rosa completamente transparente e por baixo uma lingerie de renda branca. Eu arfei.

- Bell, você me enlouquece cada dia mais. – disse me aproximando dela. A minha loirinha sorriu e se aproximou. Suas curvas realçando naquele traje tão transparente.

- Essa é a minha intenção. – disse ela beijando meu pescoço.

                Senti suas unhas tirarem minha camisa de dentro da calça e me arranharem. Gemi e senti um sorriso brotar nos seus lábios que subiam no meu pescoço. Ela mordeu meu lóbulo da orelha e beijou minha boca. Isabelle pegou na minha nuca e me puxou para mais perto de si, segurei ela pela cintura e fomos andando, sem perceber, caímos em cima de uma cama. Vi pétalas de rosas vermelhas pularem em volta de nós e um riso de surpresa sair da boca linda dela. Tirei a camisola provocante dela e vi ela de lingerie.

- Eu te amo. – disse. Ela sorriu e abriu o fecho do sutiã que era na frente. Sorri e abaixei meu rosto.

                Lambia e chupava os seios dela. Seus gemidos soavam como musica para mim e me incentivavam a continuar. Mordi os bicos rígidos dela e ela ergueu o corpo, entregue a mim. Abaixei os beijos. Passei pela barriga e cheguei em sua intimidade. Olhei para ela e vi que ela estava nervosa.

- Relaxe. – eu pedi dando um selinho nela.

- Você é o primeiro Al. – disse ela mordendo o lábio inferior. Mais linda ainda.

- Irá ser mais inesquecível ainda. – prometi a ela beijando a boca dela e sentindo meu lábio ser mordido pelos dentes dela. Tirei sua calcinha e joguei ela longe. Bell riu do que eu fiz. Sorri e me posicionei. – Promete que irá pedir?

- Prometo. – disse ela querendo isso tanto quanto eu.

                Posicionei-me, mas não penetrei. Olhava nos olhos azuis dela. Tinha medo de machucá-la. E se eu não fosse como o cara que ela sonhou para a sua primeira vez? E se eu a machucasse muito? E se ela pedisse para parar e eu não conseguisse? E se eu...

- Al? – chamou ela. Pisquei várias vezes e olhei para ela. – Vai doer eu sei. Mas eu confio em você.

- Minha loirinha. – disse beijando sua boca e entrando devagar.

                Entrei todo nela, sentia ela se contorcer, seu lindo rosto fazer uma careta de dor e meu coração se quebrar. Ela gemeu de dor e eu não sabia o que fazer.

- Bell...

- Não pare. – pediu ela. Engoli em seco com medo de machucá-la mais. Continuei me movimentando, calmamente. Os gemidos dela entravam no meu ouvido e faziam eu aumentar. O gemido de dor foi trocado por gemidos de prazer.

                Eu aumentava as estocadas, gemia junto com ela, sentia as unhas dela cravarem nas minhas costas enquanto eu estocava. Nossos ofegos aumentando, nossos gemidos mais altos, nosso suor se misturando. E então... Um grito de prazer. Havíamos gozado juntos. Sai de dentro dela e puxei as cobertas nos tapando. Nos deitamos e nos olhamos.

- Foi perfeito. – disse ela sorrindo para mim. Sorri em resposta. – Foi perfeito por que foi com você Al. – disse ela.

                 Sorri e dei um selinho nela. Puxei seu corpo para mais perto do meu. Ela estava cansada, eu sentia e eu também estava. Ela se virou ficando de costas para mim e eu puxei ela, me encaixando no seu corpo nu. Tirei o cabelo do pescoço e dei um beijo ali. Ela se arrepiou e puxou meu braço e entrelaçou nossas pernas.

- Te amo Bell. – disse dando mais um beijo no seu pescoço e descansando a cabeça no travesseiro, misturado com os cabelos loiros dela.

***

POV Scorpius

   Entrei no dormitório junto com Luke, Alvo ainda não voltara e pelo pedido da Belle de mandá-lo para a Sala Precisa, eu acho que ele não voltaria hoje. Safados os dois!

- Ótimo presente da Belle para o Alvo! – Luke riu entrando no banheiro para escovar os dentes

- Nem me fale! – eu ri buscando um pijama – E você e a Lylian?

- O que tem? – ele franziu as sobrancelhas

- Espera aí! Você e ela nunca fizeram nada? – ele negou com a cabeça – E aquela cena do banheiro dos monitores? Ficou implícito que vocês tinham...

- Não! – ele me cortou – Foi só um amasso digamos! – ele sorriu

- Nossa, o Alvo ficou puto quando soube da história, mas achou melhor deixar de lado porque você salvou ela! – eu me joguei na cama e só então vi que tinha uma carta ali

   Peguei o envelope e o virei para ver de quem era. Meu pai. O que ele tinha para falar para mim?

- Meu pai me mandou uma carta! – eu disse confuso

- Ele é seu pai, tem direito de te mandar cartas! – Luke voltou do banheiro

- Eu sei, mas é difícil ele me mandar cartas quando estou voltando para casa! – eu abri o envelope e retirei o papel

“Scorpius,

   Espero que esteja tudo bem por aí e que aquele cabeça de cenoura não tenha ido aí para incomodar vocês novamente. Melhorou da queda da vassoura? Sua mãe está muito preocupada ainda, falou que te levará a um médico nessas férias.

   Enfim, não era sobre isso que eu queria falar. Acho errado a Rose ficar brigada com o pai por sua causa. Não falei isso antes porque poderia piorar a situação, mas ela merece ter a família dela por perto, espero que eu tenha te dado decência suficiente para perceber isso. E não invente de me responder, porque você sabe que estou certo.

   Já pensou como seria se eu não aceitasse essa relação? Como nós dois ficaríamos? A Rose é muito mais apegada a família dela do que nós dois, todos os Weasley são assim! Espero que entenda que não estou dizendo para acabar o namoro com ela, mas que opte pelo melhor para ela.

   Diante disso, sua mãe e eu resolvemos fazer uma festa de natal. Iremos convidar todos do Ministério e o cabeça de cenoura não terá como recusar, o Potter está de acordo e vai nos ajudar também. Prepare sua namorada e espero que dê certo e ela se reaproxime do pai. Caso aconteça tudo errado, já que deve ter prometido ficar ao lado dela, apóie ela o máximo que puder. Eu não te ensinei a ser um cavalheiro, mas te ensinei a respeitar e ajudar, cuide dela.

   Se cuide e te espero em casa.

   Draco”

- O que foi cara? – Luke perguntou vendo minha cara

- Meu pai me deu uma lição de moral agora! – me joguei para trás deitando na cama – Disse que eu tenho que pensar no melhor para a Rose e que ela não pode ficar brigada com o pai!

- Você não vai terminar com ela, vai? – ele deitou na cama dele, estava preocupado

- Não! – eu voltei a sentar – O mundo inteiro pode ficar contra nós, mas eu não vou me separar daquela ruiva! Só que meu pai tem razão! Ela não pode ficar brigada com o pai!

- Isso é verdade! Dá de perceber que ela o ama muito! – ele sorriu enviesado

- Vai ter festa de natal lá em casa! O pai dela vai...eu só preciso pensar no que irei fazer! – suspirei – Vou precisar de ajuda!

- Claro! – ele sorriu

   Eu guardei a carta no malão e entrei no banheiro, a cabeça fervilhando de pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!Beijos



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