Sacrifício aos Deuses escrita por Jacih, estherly


Capítulo 13
Namoro descoberto!


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores. Queremos pedir desculpas pela demora. É meio complicado nós duas falarmos uma com a outra, além de ser tarde. E tem vezes que a imaginação não bate na porta e não podemos fazer nada. Mas, esperamos que gostem deste capítulo. Particularmente, adorei ele. Beijos e boa leitura.



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POV Autoras

- Vem.  – chamou Rose puxando Scorpius pela mão. Os dois riam enquanto iam para a cozinha.

- Os elfos vão matar a gente. – murmurou Scorpius enquanto fazia cócegas na pêra. Rose riu e beijou a bochecha do namorado.

- Eles são bonzinhos. – disse Rose abrindo a porta. Sem terem tempo de se lembrar o que faziam, os dois foram presos por cordas. – O que está acontecendo aqui?

- Quem está aí? – perguntou um elfo se aproximando.

- Dobby conhece eles. – disse Dobby correndo. Afastou o primeiro elfo e ficou encarando Rose e Scorpius. – Filha da Hermione, amiga de Harry Potter. – disse Dobby soltando as cordas. – Dobby pede desculpas. – pediu Dobby vendo Scorpius ajudar Rose que tinha caído no chão.

- Tudo bem. – murmurou Rose massageando o braço marcado pelas cordas. – Mas o que houve?

- A cozinha foi atacada por um ser. – disse Dobby silenciosamente, como se contasse um segredo. Rose olhava a cozinha, procurando um sinal. – Não era bruxo. Era um ser, Dobby não sabia que ser era.

- Como assim Dobby? – perguntou Rose pegando um bolinho de chocolate.

- Dobby viu um vulto entrar na cozinha. – disse Dobby.

- Não viu o que era? – perguntou Scorpius arrancando o bolinho da mão da namorada que fez uma careta.

- Não senhor. – disse Dobby. Rose olhou preocupada para Scorpius e tudo voltou na mente deles. O animal dos sonhos, do machucado de Lílian...

- Dobby, leve um lanche para a Sala Precisa sim? – pediu Scorpius puxando Rose pela mão.

***

POV Alvo

   Eu não sabia onde estava. Não estava mais no meu quarto, estava num lugar amplo e bonito, devo confessar. Havia várias pessoas agrupadas, como se estivessem vendo um show de alguma banda. Elas vestiam-se de forma estranha. Os homens vestiam... Oh Merlin amado! De novo não! Grécia de novo? Que diabos está acontecendo? Na minha frente as pessoas, atrás os templos intactos. Estou num ano antes de cristo? Afinal, por que estou aqui?

- NÃO! – gritou alguém. Não era alguém. Era ela. Conhecia aquela voz de longe.

- BELLE! – gritei.  Tentava empurrar as pessoas, mas pareciam que elas estavam fixas no chão. Esticava o pescoço para saber onde ela estava. – BELLE! – gritei novamente.

- AL! – gritou ela. Ela me viu! Isso me deixava feliz e ao mesmo tempo acabado. Estiquei o pescoço, tentava empurrar as pessoas, mas parece que elas não cooperavam. E não cooperavam. Continuavam paradas. Por um momento, desisti de tentar alcançá-la. Mas o grito dela me chamando, me fez tirar essa idéia da cabeça.

   Tentava tirar aquelas pessoas da minha frente, mas elas pareciam muito entretidas no sacrifício forçado na sua frente. Alguém puxava Belle. Erick, o trasgo de gente, puxava Belle. Ele empurrou ela num altar de pedra e por um momento, num flash rápido, eu vi ele tirando a roupa dela e forçando ela, como no passado. Sacudi a minha cabeça e quando abri os olhos, ela estava deitada. Tentava se soltar com o simples ato de se debater, olhava para mim suplicante.

   Eu ainda tentava empurrar as pessoas, mas elas não se moviam. Não falava nada, nem ela. Engoli em seco. Poderia fazer algo para impedir aquilo? Vi o trasgo levantar os braços e começar a fazer uma espécie de oração e meu sangue ferveu numa velocidade incrível. Na minha visão tudo escurecera. Não havia pássaros cantando, pessoas com roupas estranhas, céu azul e templos intactos. Apenas duas pessoas. Belle e o trasgo.

   Tentava empurrar as pessoas, mas era a mesma coisa que empurrar um edifício. Vi algo erguer-se no meio da multidão, uma faca. Prata e reluzente como uma moeda novinha. Um sangue gelou depois de ter esquentado, senti um arrepio na espinha. Não podia deixar ele matá-la, ou não me chamo Alvo Potter!

   Com uma força sobrenatural, comecei a empurrar as pessoas suplicando para que elas resolvessem se mexer e que não fosse tarde demais. Pela primeira vez, desde que cheguei ali, fui atendido. Como se Merlin tivesse jogado um feitiço, o pessoal começou a cair para os lados. Aproximava-me deles e senti algo dentro de mim.

   Dor, medo, incerteza, tudo ao mesmo tempo e numa fração de segundo, atingiu-me com uma força parecida com a de um furacão. Forte, sem dó nem piedade e certeira. Uma lágrima solitária escorria daqueles olhos azuis que me encaravam fixamente. Por um momento pensei que ela tivesse tentando se comunicar comigo. Queria passar tudo o que eu sentia em relação a ela, a nós. Mas não deu. Os lábios vermelhos dela sibilaram um “eu te amo”.

   A população gritava eufórica, os pássaros assobiavam alegres, as ondas do mar batiam nas rochas com vontade, meu coração batia forte e ao mesmo tempo devagar. Erick gritava aos deuses com pressa e a única coisa que eu conseguia ouvir eram as palavras “eu te amo” dela entrarem nos meus ouvidos.

   Lágrimas escorriam dos meus olhos, suplicando para que aquilo acabasse, que as pessoas começassem a rir gritando “primeiro de abril!”, Erick batesse na mão dela e que ela viesse caminhando até mim, como se tudo isso fosse uma encenação de uma peça de Shakespeare. Não era, era vida real. Era a minha Belle que estava sendo sacrificada.

   Erick segurava com as duas mãos a faca de prata que reluzia aos raios fortes do sol que parecia animado com a cena. Talvez fossem os deuses animados com um sacrifício, mas eu iria acabar com a alegria deles. Ninguém iria ser sacrificado hoje. Corri na direção dele.       

   A faca abaixou a linha da minha visão e por um momento tudo se silenciou. Estava de olhos fechados, rezando que estivesse de volta no meu dormitório da Sonserina. Sonho em vão. Ainda estava na Grécia. Erick olhava para mim. Eu para ele, estava sério. Belle tinha ou não morrido?

- Al... – murmurou ela. Voltei-me e choquei. As lágrimas vieram em dobro e como se os deuses já estivessem satisfeitos, o sol sumiu dando lugar as nuvens escuras e cinzentas. O vento passava por nós, como se dançasse ao som da vitória e as pessoas comemoravam. Eu ainda estava parado.

   Meus olhos focados no azul vivo dela, minha boca ainda aberta em total espanto, meus pés fixos no chão, querendo me fazer vivenciar mais ainda aquele momento, meu coração batendo como louco e minhas mãos segurando a faca que penetrara no coração de Isabelle. Larguei a faca, ainda presa no coração dela e olhei para minhas mãos.

   Vermelhas, sangue. Sangue de Isabelle, meu amor. Queria gritar, mas não conseguia. Queria correr, mas minhas pernas não me obedeciam. Queria parar de olhar para minhas mãos, mas não dava. A única coisa que conseguia funcionar, era a minha mente. Repetindo a frase “O sangue de Belle está em minhas mãos, eu matei Isabelle”.

   E como se tudo tivesse acontecido numa fração de segundos, eu consigo gritar, no meu dormitório da Sonserina.

   Sentei na cama. Merlin amado, diga que eu sonhei. Olhei para a minha mão. Limpa. Uma onda de alívio passou por mim, eu não havia matado Belle. Mas como ela está? Como se minhas emoções fossem as ondas do mar, a onda de preocupação puxou a de alívio para o fundo e me invadiu.

   Joguei as cobertas para o lado e disparei. Precisava encontrá-la. Parei no lugar. Onde a encontraria? Olhei para a janela. Ela estava no lago e ao lado dela... NÃO!             Eu descia correndo, desesperado. Meu coração batia como louco, não podia perdê-la. Não depois de tudo. Não deixaria ele se aproximar dela, não deixaria ele machucar ela como antes, nem transportá-la para um mundo sei lá onde e muito menos deixar ela ser sacrificada.

   Colocava a mão no corrimão da escada, os quadros falavam de mim, percebia. Não ligava, devido à velocidade que eu corria e pulava de degrau a degrau eu não conseguia associar as palavras. Não ligava, pouco me importava o que eles falavam. Olhei para o lado, para ver se a escada estava ali, ou precisaria pular, como fiz com essa, ou iria caminhando, e vi algo. Parei no lugar. Merlin, será que havia acontecido mesmo? Meu ombro estava sujo. Sangue.

   Merlin, como ela estaria? Continuei correndo os degraus, a escada seguinte já se movia, saltei e continuei a descer. Diabos de tantas escadas! Tenho que chegar nela antes que ele a leve para o fim do mundo. Aleluia irmãos! Vamos Alvo, corre meu filho! Ótimo, cheguei ao jardim. Onde... Achei!

   Corria até eles e meu coração deu uma falhada. O trasgo humano beijava o pescoço dela. Ela estava presa. Não conseguia dizer nada, não precisava também. Seus olhos me diziam tudo. Meu sangue começou a ferver. Filho da mãe! Apontei a varinha para ele, pronto para lançar um Avada quando ele beijou Belle na boca. Aproximei-me deles. Puxei o trasgo pelo colarinho, joguei-o no chão e, prendido embaixo de mim, comecei a socar ele.

- Isso é por ter prejudicado ela no passado. – eu disse dando um soco no nariz e na boca ao mesmo tempo. Ele gemia de dor e o vermelho que escorria no rosto dele me encorajava a continuar. – Isso é por ter dado em cima dela, quando eu sou o namorado dela. – eu disse. Dei um soco na boca. Ouvi um barulho rápido e pequeno. Acho que quebrei um dente dele. Maravilha. – Isso é por eu ter sonhado com você sacrificando ela. – eu disse acertando um soco no maxilar dele. Mais sangue. Olhei para Belle pensando em mais motivos para socar aquele filho da mãe e vi que ela suplicava pelo olhar para que eu parasse. Lembrei. – Isso é por ter feito ela chorar! – eu disse acertando no queixo dele.

   Gemidos de dor. Que sinta dor! Muita dor! Lancei um feitiço nela, ela voltou a falar e eu me levantei. Belle me abraçou e eu a apertei num outro abraço. Olhei para o hominídeo (ameeeei essa do hominídeo! Estherly ficou demaaaais! Kkkkkkkkkkkkkk!) no chão.

- Ora seu filho de um mestiço imundo e uma traidora... – começou ele. Chutei-o nas costas.

- Não ouse falar da minha família, seu merda. – disse puxando Belle para sair dali.

- Isso não acaba aqui Potter. – disse ele baixinho. Idiota, ouvi tudo.

- É claro que não. – eu disse como se fosse óbvio.

- O que estava fazendo com ele? – perguntei para ela assim que achei uma sala vazia

   Andamos até ali sem nos falarmos. Eu praticamente corria com ela segura pela mão, tanto que agora ela arfava e me olhava assustada.

   Isabelle não respondeu nada. Simplesmente continuou me encarando e seus olhos marejaram. A minha raiva passou quase instantaneamente e eu comecei a analisá-la. Seus cabelos geralmente cacheados estavam bagunçados e despenteados, seja o que tivesse acontecido ela tinha apenas levantado da cama. Ela tremia nervosa e apertava as mãos uma na outra e eu seu pescoço estava a marca do desgraçado. Um leve hematoma roxo provocado por uma mordida ou um chupão.

- Por que foi falar com ele? – perguntei novamente, agora de forma mais branda

- Eu...ele me mandou um bilhete me chamando! – ela abaixou a cabeça

   A raiva me veio à cabeça de novo. Como ela fora se encontrar com ele? Por quê? A minha Isabelle não teria uma recaída, teria? Ela não ficaria com ele? Ou ficaria? Será que ela ainda gostava dele, por pouco que fosse?

   E o que me invadiu agora não foi raiva, mas sim decepção. Minha Isabelle podia não gostar de mim tanto quanto eu gosto dela. Ela podia simplesmente se sentir bem comigo ou segura, nada mais.

- Al? – eu ouvi sua voz me chamar, mas estava longe

- O que foi? – voltei à realidade, mas os pensamentos continuaram rondando minha mente

- Você ficou estranho! – ela me encarava preocupada

- Por que foi ao encontro dele? – a decepção sobrepujou a raiva

- Eu nunca dependi de ninguém Alvo! – ela se aproximou de mim agora, eu a encarava fixamente, preciso saber a resposta – E quando ele chegou, você ficou furioso pela ligação dele comigo!

- Até você me contar a história! – eu desviei o olhar, quando me lembro do que ela passou, eu não entendo como posso pensar que ela ainda vá querer ele

- Mesmo assim Al! – ela tocou meu rosto agora, eu voltei a olhar seus olhos – Você acabou de pensar que eu me encontrei com ele porque ainda sinto algo por ele!

   Eu não respondi. Ela sabia melhor do que ninguém decifrar o que eu pensava.

- E você continuaria a pensar...eu só queria fazer com que ele parasse! Não queria que ele fizesse algo que nos separasse! Tive medo que você me deixasse! Fui falar com ele para que nos deixasse em paz!

   Eu abaixei a cabeça. O que ela me dissera fazia sentido, mas o meu receio era maior do que isso. Por que eu estava com tanto medo que ela não gostasse de mim?

- Desculpa! – ela se afastou – Não vou mais fazer isso!

- Você pode fazer o que você quiser! – eu a encarei, já tomara minha decisão – Não tomo decisões por você e gosto de você por ser a garota com mais atitude que eu já conheci! Mas quero te pedir uma coisa!

- Qualquer coisa! – ela sorriu um pouco, eu me aproximei dela, minhas mãos pararam em sua cintura

- Não se aproxime dele! – meus olhos imploravam por isso, e não era só por ciúmes, era pelo sonho também – Por favor, se for fazer alguma coisa ou ele te incomodar quero que me conte! Não estou te protegendo demais, estou é preocupado! Não gosto dele!

- Tudo bem! – ela sorriu para mim e relaxou em meus braços, ter o sorriso dela era perfeito e eu sabia que aquele sorriso era só meu – Al?

- O que foi? – eu sorri também

- Eu sou completamente apaixonada por você! Não duvide disso! – ela piscou

- Não vou duvidar! – eu beijei seus lábios em um selinho demorado – Desde que esteja sempre comigo!

- Sempre! – ela riu e me beijou novamente

***

POV Luke

   O Sr. Potter e a mulher dele haviam acabado de sair da enfermaria e estava indo ao Salão Principal comer alguma coisa. Ninguém havia me deixado dormir na enfermaria porque eu tenho jogo agora pela manhã, mas eu não podia deixar de vê-la antes.

   Entrei na enfermaria silenciosa e rodei a cama dela, Lylian ainda dormia, como um anjo. Passei a mão em seus cabelos de leve, mas ela se remexeu me encarando ainda sonolenta e sorriu.

- Bom dia! – eu sorri

- Bom dia! – ela sorriu ainda mais e se sentou na cama

- Dormiu bem aqui? – olhei o local, eu não conseguiria dormir em um local tão calmo, prefiro muito mais o meu dormitório

- Mais ou menos, tive um pouco de febre à noite, mas meus pais estavam aqui! E você? – ela segurou minha mão assim que eu me sentei na beirada da cama

- Fiquei preocupado com você! – confessei – Acho que nenhum lugar é seguro depois do que aconteceu! Mas eu consegui dormir sim!

- É bom mesmo, porque pela primeira vez eu posso torcer pela Sonserina! – ela riu

- Vai mesmo? – arregalei os olhos

- É claro que não! Você supera a derrota que a Sonserina vai ter hoje! A Grifinória sempre será a melhor! – ela me lançou um olhar maroto

- Para ver como é a minha namorada! – eu ri junto com ela e lhe beijei de leve os lábios – Vai assistir?

- Vou, já que não posso jogar! – ela sorriu – Mas vamos ver se você não cai lá de cima, não é?

- Não é ele que vai cair Lylian! – Rose passou pela porta, Scorpius, Alvo e Belle atrás dela

- Por quê? – eu franzi as sobrancelhas

- Sonhei que o Scorpius caía! – ela puxou uma cadeira e encarou a prima – Como está?

- Melhor, estou sem dor! – Lylian sorriu

   Alvo se aproximou e beijou a testa da irmã e depois abraçou Isabelle pela cintura, os dois estavam tensos.

- Querem nos contar o que aconteceu? – indaguei sério – Estão nos deixando nervosos!

- Sonhei que o Scorpius morria quando caía da vassoura no jogo! O balaço estava enfeitiçado e o derrubou! – Rose abaixou a cabeça – Não foi um sonho normal! Foi como o da Lylian e do Scorpius, uma premonição!

- É só ele não jogar! – Lylian sorriu cínica, já sabia a resposta do loiro

- E deixar a Grifinória fazer gols? Nunca! – o loiro sorriu – Eu sei me cuidar e vai ter o Alvo e o Luke lá em cima! Não vai acontecer nada comigo!

- Mas e se acontecer? – Rose se exasperou – E se for verdade? E se você cair?

- Se ele cair eu aparo a queda! – Al disse sério confortando a prima

- E eu vou ajudar também! – sorri para ela – Não se preocupe, Scorpius só vai morrer quando estiver velhinho e ao seu lado!

   A ruiva deu um leve sorriso e segurou a mão do namorado. Então Alvo se remexeu inquieto.

- Não me diga que tem mais! – suspirei cansado de tanta confusão

- Sonhei que a Isabelle era sacrificada! – ele disse rápido, Isabelle arregalou os olhos, nem ela sabia ainda – Eu a matava!

- Tá brincando? – arregalei os olhos surpreso demais, esse sim deveria ser um sonho horrível

- Eu não sei exatamente o que aconteceu! – ele disse sincero – Mas primeiro ela estava com o Erick...

- Quem é esse? – Lylian franziu as sobrancelhas

- Um idiota! – Isabelle respondeu e se agarrou mais aos braços do namorado, eu conto mais tarde a você

- Enfim, estávamos na Grécia e era um sacrifício comum lá! Todos estavam aceitando como se fosse algo extremamente normal! – Alvo passou a mão nos cabelos, ele estava nervoso – Quando fui procurá-la, meu ombro estava sujo! – ele tirou a jaqueta e mostrou o ombro da camiseta, era vermelho, sangue

- Esse sangue pode ser da Isabelle! – Rose foi até o primo

- Mas eu não me machuquei! – Isabelle disse abraçando ainda mais forte o namorado

- Podemos testar! – eu disse sério, por mais que eu quisesse saber da verdade, preferia que tudo acabasse de uma vez – Depois do jogo, podemos testar na sala de poções!

- Espere... – pediu Luke pegando a jaqueta do amigo. Analisou o sangue e, após concluir, começou a rir.

- Do que está rindo seu louco? – perguntou Alvo.

- Não é sangue de alguém. – disse ele. Todos continuaram quietos esperando que ele continuasse. – É um mosquito que foi morto! – disse Luke mostrando um ponto preto, quase invisível na jaqueta, esmagado. Todos suspiraram mais aliviados.

- E será que a Grécia tem realmente algo a ver? – Lylian me encarou séria – Porque se tiver, podemos pesquisar na biblioteca!

   Eu acenei com a cabeça confirmando.

- Isso tem que acabar! – Scorpius parecia bravo – Esses seres, sonhos e todos esses acidentes têm que acabar! Vamos acabar saindo machucados!

   E então como saindo de um esconderijo a professora Oceanus entrou na enfermaria. Nós nos entreolhamos preocupados, ela estaria escutando tudo? E se tivesse algo a ver com tudo isso?

- Professora? – indaguei erguendo as sobrancelhas

- Estão atrasados para o jogo! – ela parecia severa – Andem! – começou a nos apressar

   Scorpius balançou a cabeça negando qualquer outra informação que pudéssemos dizer e puxou Rose para fora da enfermaria. Logo depois todos nós fomos.

   Voltei-me para o campo pela primeira vez aquela manhã e encarei o loiro. Scorpius olhava a namorada na arquibancada. Estava tão apreensivo quanto eu. Ele se aproximou devagar de mim, a cabeça baixa.

- Vou cuidar de você lá em cima! – eu disse simplesmente

- Não se meta na frente de nenhum balaço! – ele avisou – Só amorteça a queda!

   Eu concordei com a cabeça e montamos as vassouras subindo no ar. O jogo estava tranqüilo demais para uma guerra que era Sonserina contra Grifinória. Nenhuma falta na primeira meia hora e sem sinal de balaços errantes. Alvo estava reclamando do sol, dizendo que não podia se enxergar o pomo.

   Scorpius defendeu todas, mas o jogo continuava zero a zero. Nada de anormal, mas nada de normal também. E foi quando tudo aconteceu. O balaço bateu em meu bastão, mas eu não o impulsionei. O vento foi tão forte que quase derrubou todo mundo da vassoura e então eu vi.

   O balaço atingiu o lado esquerdo do pescoço dele e ele despencou. Eu impulsionei minha vassoura na direção dele e vi Alvo fazendo o mesmo. Consegui ficar ao seu lado e Alvo abaixo de nós, mas eu não conseguiria pará-lo simplesmente em queda livre. Então quando estávamos próximos ao chão me joguei contra ele, de vassoura e tudo, fazendo-o bater contra o Alvo e nos derrubar os três no chão, mas de forma mais branda.

POV Scorpius

   Senti meu corpo chocar contra o chão de forma mais leve, mas ainda assim dolorida. Fechei os olhos com força levando a mão ao pescoço onde eu sabia que deveria estar roxo. Senti duas pessoas se aproximando e vi Luke e Alvo abaixados ao meu lado.

- Você está bem cara? – Luke pediu, estava preocupado

- Acho que sim! – eu sussurrei

- Merlin! – senti alguém praticamente se chocar contra meu corpo e lágrimas e beijos se misturarem em meu rosto – Eu sabia, eu sabia! Sabia que algo iria acontecer! Me diga que está bem! Vamos fale comigo!

- Rose! – eu sussurrei sorrindo – Adoro vê-la desesperada por minha causa!

- Nunca mais jogue quadribol, eu nunca mais vou deixar você subir numa vassoura ouviu bem? – ela começou a falar rápido demais, eu sentei ainda com dificuldades e fiquei a encarando e rindo da situação – Droga! Eu estava tão preocupada, eu te amo tanto!

- Eu te amo também! – eu a segurei pela cintura e a puxei para mim beijando-a, Rose correspondeu é claro

- Droga! Weasley e Malfoy vão se matar agora! – Alvo exclamou

   Eu me separei de Rose e olhei as arquibancadas, meu pai e o pai de Rose se encaravam furiosos e Harry Potter estava metido entre os dois, enquanto nossas mães sorriam e se abraçavam. Estava ferrado agora.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?Comentem e nos vemos no próximo!