Wilson ligara, na noite anterior para o D’Ângelo’s, um restaurante muito chique e badalado de Princeton.

Não havia conseguido a melhor mesa da casa, mas conseguiu uma das segundas-melhores.

Eles estavam no carro em direção ao restaurante conversando sobre o caso das mesas.

“Não entendo...”

“James, por que você está tão preocupado? É só uma mesa”.

Disse Amber já impaciente das reclamações do namorado sobre não ter conseguido a tal mesa.

“Já faz dez anos...”

“O quê?”

“Segundo a recepcionista, são 10 anos que esse mesmo casal reserva essa mesa toda quinta-feira. Eles devem se amar muito.”

“São casados?”

“Segundo a recepcionista, provavelmente nem namorados, sempre que entra alguém que eles conhecem eles se escondem.”

“Então eles têm um caso, ele deve ser casado e ela deve ser a amante.”

“É sempre ela que paga!”

Com isso a loira olhou para o namorado intrigada.

“Por que uma mulher pagaria o jantar dela e seu, sabe-se lá o que, toda quinta-feira por dez anos?”

“Eu me fiz a mesma pergunta”.

Eles adentram o restaurante.

“Pois não?” Perguntou a recepcionista.

“Mesa para dois, reservada por J. Wilson”.

“Por favor, acompanhem-me”.

Eles podem ver o casal que lhes parecem duas pessoas muito familiares.

Ao passarem pela lendária mesa, Wilson fica estarrecido, não acredita no que seus olhos estrábicos vêem.

Eram eles: Lisa Cuddy e Gregory House.

Cuddy encolhe-se na cadeira de encosto alto, de madeira maciça e entalhada.

Os olhos de House cresceram ao mesmo tempo em que um sorriso vitorioso surgiu em seus lábios, não foi ele quem teve a idéia de esconder tudo durante todos esses anos.

Wilson então é levado até sua mesa por Amber, puxado à força pelo braço.

“Você não sabia dos dois?”

Ele nem ao menos sabia o que dizer ou se ali existia algo a ser dito, como ele foi idiota.

Em sua mente então se formavam cenas que juntas chegaram a esse quebra-cabeça montado, como ele não conseguiu ver?

“O que nós vamos fazer Greg?”

“Pensei que os primeiros nomes eram apenas para quando ninguém nos conhecia no lugar, O WILSON ESTÁ ALI!”

“Não me confunda, essa é a nossa noite, à noite de quinta-feira, como ele não te contou que vinha ao D’Ângelo’s?”

O garçom chega com o pedido deles.

De longe Wilson não consegue prestar atenção no que sua namorada dizia, está furioso pelo seu melhor amigo não ter contado.

Ele então observa o modo no qual o casal interagia e não pode deixar de perceber que eles não estavam diferentes de como eram no Hospital.

“Greg, PÁRA!” Disse Cuddy tentando conter a gargalhada alta que formava em sua garganta.

“Que culpa eu tenho que você me obriga a vir aqui toda quinta? O que importa é o depois e é claro, que você sempre paga!”

Falou seguido por uma piscadela, ela deu um leve tapa em seu braço em repreensão.