Accidentally In Love 1 escrita por Juh__Felton


Capítulo 18
Perdendo o controle + BÔNUS


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Postando aqui, quase na reta final!!! COMENTEM!



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~> PERDER O CONTROLE

Gina estava muito nervosa. No fim da reunião, a diretora McGonagall a chamou e a Draco à parte e lhes dera permissão para visitar Taylor no hospital. Ambos aceitaram de imediato, mas as imagens do resto da noite estavam gravadas em sua mente.

Quando chegou exausta na sala comunal o que Gina mais desejava era uma cama. Aceitara o pedido de McGonagall de que na visita a Taylor faria perguntas sutis. Mas, quando ultrapassou o retrato, Rafael a esperava.

-E então?

-Então o que? – disse Gina, sentando-se ao lado dele e massageando as têmporas. Seu instinto feminino dizia que ela teria uma dor de cabeça logo.

-O que a McGonagall pediu?

-Ah... Ela pediu que... Na verdade ela nos deu permissão para...

-“Nos”? E os outros são...

-O outro é o Draco. Nós vamos visitar o Taylor, eles são grandes amigos, então podemos fazer perguntas.

-Taylor... Você me falou dele, não foi? Um... Ex-namorado seu...

-Esse mesmo. – Rafael suspirou.

-E você e o Draco vão ao St. Mungus... Sozinhos... Visitar um Comensal da Morte com o qual você está brigada?

-Rafa, a gente vai visitar um velho amigo que estava dominado pela Imperius... Ele não se lembra de muita coisa.

-O problema não é ele, Gina. O problema é...

-Já sei. – disse ela calmamente. Não queria brigar por isso. – O motivo dos seus ciúmes é o Draco. – ele fez menção de falar, mas Gina o calou com um gesto. – Por favor, a última vez que eu discuti esse assunto não deu muito certo... Você se lembra da história? Então, Rafa... Depois discutimos. Agora tem muita coisa acontecendo.


Draco olhou para ela e disse:

-Gina, você está se sentindo bem?

-Claro que estou, por que não estaria? – ela forçou um sorriso; Draco fez uma careta.

-Sua cara denuncia tudo.

-Escuta aqui, Malfoy, se você está incomodado com essa cara reclame com o criador do mundo, que me fez e que me deu essa aqui. – disse Gina sussurrando.

-Ah, é? E por que você não pede a ele uma cara nova? – perguntou Draco rindo. Gina sorriu sarcasticamente.

-Porque ele já está muito ocupado cuidando de seres que são inferiores em inteligência e precisam de babá... – disse ela. E completou: - Como você. – Draco gargalhou. Depois de um tempo enxugou as lágrimas e disse:

-Falando sério Ginevra... – Gina bufou ao ouvir o nome. - Sei lá... Você está meio...

-Pálida?

-Não. – disse ele sério. – Esverdeada. – Gina sorriu sarcástica e voltou a andar. Entraram no elevador e Gina apertou o botão do quarto andar com a mão trêmula. Draco olhou para ela, sorrindo, e disse: - Vamos, não deve ser tão ruim...

-É só que... É meio... Cedo, você me entende?

-Perfeitamente. – disse ele, lembrando do seu primeiro encontro com Hermione depois de sair do Ministério.

-Eu acho que ainda não estou preparada para olhar pro Taylor... – murmurou ela, quando o elevador parou no andar, e uma voz extremamente enjoada dizia “Quarto andar – danos causados por magia”. Os dois andaram até uma porta azul no meio de um corredor.

-É aqui. Você quer que eu entre agora ou... – disse Draco. Gina mordeu o lábio inferior e, por fim disse, apertando a mão do amigo.

-Por favor, vamos comigo... Eu acho que sozinha eu sairia correndo! – Draco sorriu a encorajando e entraram. Taylor estava em uma cama um pouco mais ao canto. Sorriu ao ver Draco e Gina. Estava com uma ótima aparência, exceto por alguns cortes e hematomas e o olhar meio fora de foco.

-E então, viveram bem sem mim? Nossa, eu não lembro de nada dos últimos meses, só alguns flashes vêm na minha mente de vez em quando... – Draco sorriu ao ver que o amigo estava bem.

-E aí cara? Pronto pra outra? Aposto que você agüenta! – disse Draco abraçando Taylor.

-Eh, cara... E você ta bem... Não sei... Acho que está a cara do Potter. – disse ele apontando para a feia cicatriz, e sorrindo com a careta de Draco. – E você, Ginny... Como vai? – ele tentou segurar a mão da garota, mas ela se esquivou.

-Eh... Muito bem... – disse ela, hesitante. - Eu acho. – completou. Um clima tenso pairou sobre eles, até que Draco quebrou o silêncio.

-Chega de formalidades!

-Concordo... E então, o que aconteceu no mundo bruxo durante a minha breve ausência? – Draco e Gina se entreolharam. Por fim o loiro disse hesitante:

-É que... Bem... Taylor, você não esteve realmente... Ausente.

-Bom, isso eu já percebi, já que um dia eu acordei acorrentado numa cama do St. Mungus, cheio de Aurores em volta, todos olhando para mim como se eu fosse um louco homicida... Mas ninguém me explicou exatamente o que aconteceu. – Gina ia saindo para Draco explicar toda a história, mas Taylor olhou para ela suplicante, e ela sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. – Gina, você pode me explicar tudo o que aconteceu? – Gina suspirou e respondeu:

-Acho melhor o Draco te contar, sabe... Desde que você foi embora, eu não tenho falado muito sobre isso... – Taylor suspirou e disse:

-Eu entendo... Se você quiser sair daqui tem toda a liberdade. - Agindo de novo como se fosse meu dono, Taylor, você não muda, pensou Gina, saindo da enfermaria. Assim que se sentou na porta puxou um fio cor de carne do bolso e enfiou-o no ouvido. Ouviu Draco dizer:

-... A Gina não vai querer ficar parada... A guerra vai explodir a qualquer momento.

-Isso eu já imaginei... Você acha que eu vou poder lutar? – Draco soltou um muxoxo.

-Duvido. Taylor, você esteve fora durante vários meses, e...

-E a Gina ta com outro cara, não é? – perguntou Taylor. Gina deduziu que Draco assentira, pois ouviu o som claro de alguém dando um murro na cama.

-Isso não vai adiantar cara... Tudo o que aconteceu deixou a Gina com receio.

-Mas o que é esse tudo? – exclamou Taylor se agitando. Draco baixou a cabeça e, de relance, viu a Orelha Extensível. – Draco, todo o mundo fala “tudo o que aconteceu não foi culpa sua”, mas ninguém me diz o que esse tudo representa! Droga, a Gina não me olha mais nos olhos, todo o mundo diz que eu sou um coitado...

-Taylor, me ouça. Depois que você brigou com a Gina e fugiu de Hogwarts, do que você se lembra?

-Eu fugi de Hogwarts? Eu e a Gina brigamos de novo? Draco, o que você está me...

-Qual a última coisa que você se lembra desde que perdeu a memória? – cortou Draco secamente, com uma suspeita em mente. Só espero que eu esteja errado...

-Bom, eu e a Gina tínhamos brigado... – ele fazia esforço para se lembrar de alguma coisa, mas Gina lembrava-se bem. Foi uma briga por besteira, mas eles não se falaram por dois dias. – Então eu bebi muito Whisky de Fogo na Torre de Astronomia... – ele deu uma risadinha débil. – Até que aquela garota chegou e... – ele fechou os olhos. – E...

-E... – incentivou Draco. Gina murmurou o mesmo do lado de fora da enfermaria. Esperava que ele não dissesse o que ela estava pensando que ele diria.

-E... Eu fiquei feliz. Muito feliz. A menina tinha uma voz doce, e... E estava assim até que me acordaram há algum tempo, quando eu me peguei no hospital. Não sabia que se passaram vários meses... Parecia que eu ainda estava lá, na mesma hora... – Gina balançou a cabeça. Sintomas da Maldição Imperius. Estudaram isso no início do ano. Draco disse calmamente, medindo as palavras.

-E você não teve nenhum flash?

-Alguns... A maior parte das vezes eu estava em uns lugares escuros... Mas vez ou outra eu me via com... Ah, eram só sonhos, não tinha importância.

-Acredite se quiser, qualquer sonho é importante. – Gina pensou, sua mente trabalhando a mil. Princípio da Maldição Imperius nº 3: não há sonhos, apenas realidades alternativas. Ela rira quando o professor explicou isso, mas agora fazia sentido. A pessoa dominada não tinha condições de sonhar, pois quando dorme sua mente fica mais aberta. Vulnerável à Legilimência, só que mais resistente à Imperius. E a maldição perde efeito com o tempo. Ao que parece a pessoa que lançara a maldição em Taylor não se preocupou muito com isso. Taylor disse:

-Eu estava com os Comensais. Em um deles eu até mantive uma garota em cativeiro... – o garoto deu uma risadinha. – Vê só, Draco, isso é totalmente impossível! Eu? Mantendo uma garota em cativeiro? Com os Comensais? Fala sério! – ele riu alto. Draco disse seriamente. O tom dele fez Taylor se calar.

-Taylor, eu só vou te fazer mais uma pergunta. Você sabe quem era a garota que te encontrou na Torre?

-Claro... Eu jogava quadribol, e ela era uma lenda. Uma ótima artilheira grifinória, Angelina Johnson. Ela já terminou Hogwarts, mas estava lá... - Suspeitas confirmadas, Draco... Mais um motivo para você matar a Johnson. Você já é um assassino mesmo, disse a consciência de Draco. Ele cerrou os punhos. Contou até cinqüenta em uma velocidade assustadora e disse mais calmo.

-Era isso o que eu imaginava... E ela te disse mais alguma coisa?

-Não... Draco, você ta me deixando nervoso... Você vai ou não me contar tudo?

-Taylor, agora eu vou tentar te explicar... – Gina retirou a Orelha Extensível, já sabia de todo o resto. Seu coração estava batendo descompassado. Angelina Johnson... Aquela garota era um perigo. Ela tomou uma decisão, e saiu andando até o quinto andar. Tinha duas coisas inadiáveis a fazer. Precisava urgentemente de um chocolate quente e de uma coruja.


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Mina pegou suas malas, que estavam dispostas lado a lado no dormitório e suspirou, sem conseguir conter uma lágrima. Em cima da cama de cada uma das meninas havia um bilhete, até na de Gina. Estavam todas na reunião da Ordem, ela resolvera não ir. Olhou no relógio; ainda faltavam cerca de vinte minutos para ir embora, então pousou as malas com delicadeza no chão e leu os bilhetes.

Mina, mesmo com tantas histórias ruins acontecendo, uma das melhores coisas que aconteceu esse ano foi que você e a Vianne surgiram na nossa vida. Espero que, indo embora, você encontre seu caminho. Hermione.

Mi, eu entendo perfeitamente por que você está indo embora, mas saiba que uma partezinha do meu coração está indo contigo... Se der, passe na biblioteca antes de ir. Vianne.

Mina, embora eu não te conheça muito bem, a sua ida vai deixar muitas saudades entre todas. Sophie.

Mina, a gente não se conhece, mas ao longo do tempo tenho gostado muito de você, e acho que fui com a sua cara. Cuidado com os Zonzóbulos. Luna.

Loira, se você decidiu ir... É a vida. Mas, mesmo estando brigadas, espero que você ache o que procura lá fora. Gina.


Mina sorriu. Surpreendera-se com o bilhete de Gina, mas se conteve. Saiu andando lentamente com as duas malas em mãos, e exibia um sorriso discreto no rosto, mas que não passou batido por Vianne.

-E então... Gostou da surpresa?

-Adorei! – disse ela, abraçando a amiga. Olhou o relógio da parede e disse:

-Ok, eu ainda tenho mais dez minutos, então... Por que me chamou aqui?

-Então vamos lá... – respondeu Vianne irônica, contando nos dedos. - A senhora briga com o Rony, explode com todo o mundo, está prestes a perder a ação da batalha e ainda sai com um sorrisinho? É impressão minha ou algum plano maquiavélico está passando na sua mente?

-Como você adivinhou?

-Intuição feminina... Mas fala aí, qual o esquema a partir de agora?

-Esquema? – Vianne suspirou.

-E eu tenho que explicar tudo... Ah, Merlin, dai-me paciência... Ok, Mina... Reformulando a pergunta: o que você pretende com isso?

-Voltar, Vianne. Eu vou voltar para o Centro. – deu um sorrisinho atrevido. – Mas acho que não será por muito tempo.

-Tem mesmo que ir? – perguntou Vianne. Estava decidida a ficar, mas não gostaria de se despedir da amiga.

-Tenho... – disse ela. – O Ronald me fez perceber uma coisa... Eu nunca daria certo como Aurora. Tenho que ir mais além. Mesmo assim vou voltar para o Centro.

-Mina... Você ta bem? – perguntou Vianne preocupada.

-Nunca estive melhor. – disse Mina. – Você vai querer viajar comigo?

-Estive pensando, Mi, e decidi ficar. – disse Vianne preparando-se para a explosão. Mina deu uma risadinha debochada e disse.

-Então tudo bem. Essa é uma empreitada arriscada, e eu prefiro segui-la sozinha. E prepare-se, queridinha... A gente ainda vai se ver, provavelmente daqui pouco tempo. Eu prometo. – disse ela, dando as costas e saindo. Vianne exclamou, percebendo as roupas extremamente negras de Mina, contrastando com seus cabelos loiros presos em uma trança.

-Mina!

-Sim?

-Você não vai... Virar Comensal? – Mina gargalhou.

-Será? – Vianne arregalou os olhos. Por fim Mina disse: - Eu ainda estou do lado de vocês, não viraria Comensal nem que minha vida dependesse disso. Só acho que, daqui a alguns anos, você verá que meu nome vai estar muito nos jornais.

-Mina! – disse Vianne quase gritando. Mina contou até cinco:

-Diga, Vianne. – disse Mina entediada. Queria ir logo para o Centro, fazer o que tinha de fazer e ir embora. Surpreendeu-se quando Vianne a abraçou chorosa.

-Mi, promete que nunca vai me abandonar?

-Vi, entenda... – disse Mina. – Eu posso estar longe, perto... Posso ser tudo, estar onde estiver, mas sempre estarei contigo. Lembra? Somos metamoformagas, mas a gente sempre se reconhece!

-Claro... – disse Vianne hesitante. Por fim suspirou e disse: - Então... Você vai agora?

-Tenho que ir, né?

-Então ficamos aqui! – disse Vianne sorrindo entre as lágrimas. – Boa viagem, Mi. Não esquece de escrever.

-Nem vou precisar queridinha... – disse Mina enigmática.

-E por que essa rebeldia toda?

-Você nem vai sentir a minha falta. – disse Mina e, com um sorrisinho e um aceno, pegou as malas e saiu andando.


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Rony não fora se despedir de Mina. A briga fora muito recente, e ambos estavam bastante abalados. Por incrível que parecesse a todos (e até a ele mesmo), Rony entendia Mina e todas as suas atitudes. Sempre gostara de andar pelo castelo e, como era um dos últimos dias que ele estaria tão vazio, resolveu andar um pouco. Depois de alguns minutos se viu em frente à Sala Precisa, e a porta da antiga Armada de Dumbledore estava materializada. Entrou sem fazer barulho e observou com atenção a Sala, que tinha algumas flores estranhas e algumas cestas de comida, provavelmente trazidas por algum elfo doméstico. Rony sorriu e olhou atentamente para a garota loira que tentava lançar um Feitiço Redutor em vários bonecos encapuzados. Antes que ele pudesse anunciar sua presença, Luna disse:

-Não vai se despedir da Mina, Rony? – o ruivo fechou a cara e sentou em uma das almofadas.

-O que você acha? – ela virou-se e sentou ao lado de Rony.

-Calma, eu só perguntei! Não precisava ser tão grosso! – Rony suspirou e baixou a cabeça.

-Desculpa, Luna, é que eu estou meio irritado...

-Meio? Acho que você está irritado com o mundo todo. – o ruivo sorriu tristemente.

-É, talvez eu esteja. – Luna suspirou.

-Ronald, você não precisa se culpar pelo que aconteceu... – Luna mordeu o lábio inferior buscando coragem. - Mesmo continuando a gostar da Mina, não foi sua culpa vocês terem terminado.

-Mas eu não gosto dela! – ele exclamou. – Ela só... Marcou-me.

-Só não foi como primeira namorada. – disse Luna sorrindo e deitando-se no chão. – Afinal, a Lilá está em conta. – Rony torceu o nariz ao lembrar do colar que Lilá lhe dera.

-Mas tanto a Lilá quanto a Mina deram errado... Você já analisou por esse ângulo?

-Já sim, mas a verdade é que... Você só namorou loiras, Ronald, será que é por aí mesmo que você quer procurar? Ou então, se é mesmo entre as loiras, será que você está procurando direito?

-Eu gosto de loiras, Luna... Só não sei o porquê disso.

-Sabe qual o seu erro, Ronald? Você é muito restrito.

-Sabe o que é, Luna? – disse Rony, deitando-se ao lado da loira [[OBS.: meio lerdinho o Ron, n eh??]]. – Eu sinto que ainda vou encontrar uma loira que me faça feliz.

-Ah é? – perguntou Luna, sarcástica. – E onde está essa “loira milagrosa”? Aqui na Sala Precisa só temos nós dois. Por que você ainda não a encontrou?

-Talvez porque eu ainda não tenha procurado direito... – Luna apoiou-se no cotovelo e olhou Rony com um brilho vitorioso nos olhos. – É, Luna, você tem razão...

-O que? Que você é um panaca?

-Não! – exclamou ele. – A partir de agora, e você é testemunha, eu só namorarei morenas!

-Não! – retrucou Luna irritada. – Ronald, você só tem que olhar pras loiras mais... Diferentes! Você só investiu naquelas que eram certas pra você!

-A Lilá era certa pra mim?

-Uma garota bonita da mesma casa que você... Legal, meio louca... Atrai qualquer homem. Mas você precisa lembrar das loiras incomuns.

-Sinceramente? Acho que não.

-E é? Então por que cargas d’água você namorou a Lilá?

-Não sei... Só foi!

-Ronald, esse é o seu problema!

-Isso não é ser restrito! – reclamou Rony. Luna passou a mão no cabelo dele e disse:

-Rony, queridinho... Você é um ótimo amigo e sei que não magoaria ninguém...

-Você acha Luna?

-Me deixa continuar! Ron, o que você precisa é de mais atitude! Você nunca sabe de nada, não toma nenhuma decisão...

-Poxa Luna...

-Vamos lá, vou tentar te salvar. Quais as loiras que você conhece?

-Não sei...

-Ronald, me poupe! Loiras em Hogwarts são como ratos perto de queijo!

-Mas as daqui são normais, Luna! Essa “loira milagrosa” tem que ser especial!

-Ótimo você já entendeu mais ou menos onde eu quero chegar. Rony, eu tenho várias amigas que...

-Aquelas três corvinais com quem você andava? Elas são estranhas!

-São incomuns, diferentes e loiras!

-Mas elas não estão em Hogwarts!

-Ok, nada delas... – disse Luna desapontada. – Mina, Lilá... Quais as outras?

-As três corvinais...

-Eu disse que você conhece!

-Ok, nada delas... – disse Rony. Eles se entreolharam e caíram na gargalhada.

-Eu disse exatamente isso! Seu ladrão de frases! – disse Luna, batendo no garoto.

-Ah, perdão, senhorita Lovegood... Agora se a senhorita parasse de me bater seria muito agradável!

-Ok, Rony... Vamos voltar. Mina, Lilá... – citou Luna, contando nos dedos.

-A Sophie... – Luna arregalou os olhos.

-Ela é namorada do Fred!

-Ela é loira e eu conheço!

-Isso não é motivo pra você sair agarrando suas cunhadas.

-Ok, então tudo bem... A Mione...

-Aaargh! – gritou Luna, batendo em Rony. – Garoto, você precisa de óculos! Em primeiro lugar a Mione não é, nunca foi e espero que nunca será loira. E em segundo a questão das cunhadas vale para todos, ok?

-Sempre considerei a Mione como loira.

-Ela tem o cabelo castanho, seu daltônico!

-Dalto... O quê?

-Doença de trouxa.

-Ok... Então me ajuda, Luna! Quais as loiras que eu conheço?

-E eu vou saber quem você conhece?

-Eu não consigo!

-Ronald Billius Weasley, você é um caso perdido. – Rony sentou-se triste.

-É, Luna, você tem razão... Você é realmente um gênio. – Luna sentiu-se culpada. Por fim, disse, abraçando o amigo.

-Não, Ron, você entendeu errado... Você não precisa provar nada pra mim, nem pra ninguém a não ser você mesmo. A única coisa que você não tem é...

-Um cérebro??

-Não, Ron... Sorte. – ela sorriu. – Mas um dia você vai achar a sua LM.

-LM?

-Loira Milagrosa! Será que você não prestou atenção em nada do que eu disse?

-Prestei, mas... LM é ridículo.

-Mas eu vou chamá-la de LM e pronto.

-Como você quiser Luna.

-Não precisa me chamar de Luna, Ron...

-Por quê? Ah é, vou te chamar de LL.

-Não! Isso é ridículo!

-Então ta... Vou te chamar de...

-Lu. – disse a loira displicente. Rony fez uma careta. - Afinal eu vou te ajudar a achar a sua LM, então é melhor que a gente seja mais íntimo que unha e carne.

-Ah é? Luna, por Merlin!

-O que foi Ron?

-Lu... A Gina e a Mione te chamam assim!

-E daí?

-E daí que é um apelido totalmente feminino!

-Ok, mas isso não vem ao caso.

-Sim! E... Lu? Não tem outro apelido melhor, não?

-Não! E, todas as vezes que você me chamar de Luna, Lovegood, Lunática ou qualquer outra coisa que não seja Lu você vai apanhar.

-Ok!

-Ok... – Rony olhou-a irritado. – Complete!

-Ok... Lu.

-Assim que eu gosto! – disse ela sorrindo abertamente. Rony inspirou fundo e disse:

-Lu, você é realmente divina!! Sem você meu mundo estaria deserto [[OBS.: frase adaptada de Cássia Eller]]... Você é uma ótima amiga, companheira... Eu não sei o que seria de mim sem você, Lu!!! Você é a melhor amiga que uma pessoa desejaria!

-Ah que bonitinho!!! – gritou Luna, dando um beijo estalado na bochecha de Rony. – Nunca ninguém me disse algo tão bonito!

-É porque ninguém percebeu o quanto você é especial! – Luna corou furiosamente ao ouvir o comentário e, para disfarçar, levantou-se e voltou para frente dos bonecos, os cabelos loiros dançando em suas costas. Rony sorriu ao ver o embaraço da garota e levantou para ir embora.

-Lunática... – sussurrou Rony enquanto saía. Sentiu uma dor aguda na mão esquerda.

-Repita isso mais uma vez, Ronald Weasley, e você vai ter algo pior que um arranhão! – Rony olhou a palma da mão e, delineada em uma bela caligrafia, estava escrito: Lu. O garoto sorriu e saiu andando.

Luna ficou realmente encabulada com os elogios de Rony. A loira sorriu para sua imagem corada no espelho, e arrepiou-se ao lembrar da ela voz de Ronald a chamando de divina... Seus devaneios foram interrompidos quando ela ouviu sua própria voz dizer: LIVRE. Pegou um sapo de chocolate em uma das cestas e, enquanto o comia, dirigiu-se a uma porta quase imperceptível no canto da Sala Precisa. Entrou e colocou a mão em um aquário fechado. Lançou um feitiço não-verbal e esperou pacientemente uma aranha vir voando até sua mão. Colocou-a em uma mesinha e sussurrou: Imperio. A aranha a obedeceu durante alguns segundos, mas logo saiu de controle e foi para o canto da mesa.

-Droga! – sussurrou ela para si mesma, arfando com o esforço de usar uma das Maldições. Sempre que podia usava o sensor que ela mesma criara para ver se ninguém estava passando por perto, e praticava um pouco. Não tinha coragem de usar as outras Maldições, mas estava começando a dominar a Imperius. – Se eu quiser realmente usar as Imperdoáveis tenho que ser mais forte... Imperio! – dessa vez a aranha ficou totalmente sob seu controle e Luna só parou de dominá-la quando se sentiu fraca demais, mas era um avanço. Sua mão tremia quando começou a comer uma maçã na sala maior, e sentia-se febril. Pelo menos eu consegui controla-la, pensou enquanto olhava para a porta por onde Rony saíra.


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A viagem corria tranquilamente, Gina e Draco não deram uma palavra. Depois que Draco terminou de conversar com Taylor ela esclareceu alguns pontos importantes ao loiro, antes de entrar e conversar com Taylor. Os ecos dos gritos ainda estavam em sua mente.

-O Draco me disse que você está namorando... – disse Taylor secamente.

-É...

-Gina, por que você me traiu? – perguntou o garoto sem rodeios.

-Taylor, eu acho que o Draco já te explicou tudo e...

-Não, ele não me explicou o essencial. Você não ia viajar com o Draco nem com aquele povinho... Você estava namorando comigo... Você mentiu pra mim!

-Não, Taylor, eu não menti...

-Não? Como então você e o Draco viajaram para uma mansão... Como você me explica isso?

-Escuta aqui, Taylor... – disse Gina falando entre dentes. – Você acha mesmo que eu ia fazer uma sacanagem dessas com você?

-Não sei...

-NÃO SABE?! – gritou ela. Arfando e em voz baixa continuou. – Cara, você ta dominado pela Imperius há séculos e eu nem percebi... Você brigou comigo no meio de um corredor! Quando nós soubemos que você tinha sido sabe-lá-o-quê pelos Comensais e que não havia chances de você estar vivo... Eu fui pra Mansão da Sophie por que estava correndo perigo! Quando houve aquele ataque a Hogsmeade...

-Não era eu, Gina, você esqueceu esse detalhe?

-Nunca, e é isso o que me ferra nesse exato momento... – resmungou ela mais para si mesma. – Como você acha que eu me sentiria vendo o cara que eu namorava me atacando, me deixando desacordada, levando a minha melhor amiga, quase matando o meu irmão? Como você acha que eu me senti... – ela não conseguiu continuar por causa de um nó enorme na garganta.

-Gina, eu só... Caraca, eu só quis...

-QUIS SE FAZER DE IDIOTA? – gritou Gina. – QUIS ESTRAGAR AINDA MAIS A PORCARIA DA MINHA VIDA?

-GINA, EU TO TENTANDO CONVERSAR CONTIGO, DÁ PRA ME OUVIR? – ela calou-se, mas soluçava sentada na cadeira. Viu o rosto de Draco no vidro, e fez sinal de que estava tudo bem. – Você acha que só pra você é difícil? Quase matar a garota que eu... Cara, que eu amo... – Gina surpreendeu-se. – Depois de meses quase dormindo você descobrir que agiu para os Comensais da Morte? Isso é repugnante!

-EU SEI COMO VOCÊ SE SENTE! TAVEZ ATÉ PIOR!

-Ninguém nunca vai saber Gina...

-O que você acha de ouvir que uma garotinha de 11 anos foi possuída por Tom Riddle? – perguntou ela, estremecendo, só em lembrar tal nome.

-Tom... Quem é esse? – perguntou Taylor.

-O próprio Voldemort! – exclamou ela. – Tom foi o primeiro amigo que eu tive, sabia? Ele quase me matou depois disso! Justo o Tom, que eu conheci, tão gentil...

-Espere Gina... Você conheceu Você-Sabe-Quem?

-Eu e Dumbledore, as únicas pessoas no mundo que o chamam de Tom... A Câmara Secreta, quando foi aberta... Eu a abri.

-Ginevra... – sussurrou Taylor, absorvendo as informações.

-E é por isso, Taylor, que eu não agüentei quando você me atacou na Casa dos Gritos... Porque eu já quase fui morta uma vez por uma pessoa que eu amava e... E não agüentaria aquilo de novo. – ela voltou a soluçar, e Taylor disse.

-Mas eu ainda te amo, Gina... E não era eu ali, eu estava controlado pela... – lembrou-se da recomendação de Draco de não citar nomes. – Por um Comensal.

-Cala a boca, você não sabe o que está dizendo. – falou Gina rispidamente.

-O que? O que está aconte... – foi interrompido por Gina, que estava furiosa.

-Você nunca prestou atenção nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, não é? – perguntou Gina. – A Maldição Imperius, apesar de ter controle sobre as ações de determinada pessoa, não controla a mente. O Harry consegue se sobrepor a uma maldição, e acho que eu e o Draco também... A Mione, claro, deve conseguir. Por que justo você seria tão fraco? – ela deixou o garoto sem resposta e saiu, batendo a porta.


Draco olhou preocupado para Gina. Ela não dissera nada no trajeto, e agora chorava lágrimas silenciosas. A garota não comentara nada desde que ele a encontrara na porta do pequeno corujal do hospital.

-Gina... – ele disse, pela trigésima vez tentando puxar conversa.

-Fala Draco. – respondeu ela numa voz vacilante.

-Gi, amore... – ele disse em uma voz calma. – O que aconteceu entre você e o Taylor? – ele disse isso calmamente, sem nenhum movimento brusco para não assustar a ruiva. Ela olhou-o e começou a chorar alto. Draco, sem saber o que estava acontecendo abraçou a amiga com força. Ela (em duas horas, vale ressaltar) explicou tudo, até mesmo seu plano, enquanto Draco a ouvia com atenção. Por fim ele disse:

-Ok... Mas onde eu entro nessa história?


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Gina saiu da Sala Precisa pensativa. Sua cabeça voava a mil por causa da conversa que tivera com Draco. Ele não pegara as Orelhas Extensíveis, então ela teve que repetir tudo o que aconteceu. Depois de contar toda a história, ele não tinha entendido a parte de ela ter aberto a Câmara Secreta, e ela ficou com essa história na cabeça, e nem percebeu que alguns alunos olhavam de um modo estranho para ela e Draco saindo da Sala Precisa.

-Oi Rafa... – disse ela, sentando-se na poltrona. 1... 2... 3... Já:

-Escuta aqui, Gina, se essa história que eu ouvi for verdade...

-História? – perguntou a ruiva estupefata. – Que história?

-Você e o Malfoy estavam na Sala Precisa? – perguntou ele.

-Estávamos sim. Por quê?

-Escuta aqui, Gina, o Taylor pode até ter, mas eu não tenho vocação pra corno!

-VOCÊ É LOUCO? – gritou Gina. Era noite, ela e Draco haviam passado a tarde toda na Sala Precisa arrumando alguns detalhes do plano. Estava muito cansada, só comeu porque o loiro a obrigou, pois estava desde o café da manhã sem comer. – VOCAÇÃO PRA CORNO?

-EXATAMENTE ISSO QUE VOCÊ OUVIU GINEVRA! – gritou o moreno. As varinhas dos dois lançavam fagulhas verdes e amarelas [[OBS.: Patriota hehe]] aprovando um possível duelo. – VOCAÇÃO PRA CORNO! EU NÃO ADMITO QUE VOCÊ...

-ESCUTA AQUI RAFAEL... SE VOCÊ ADMITE ALGUMA COISA OU NÃO É PROBLEMA SEU, ESTÁ BEM? ESTAMOS TODOS A MIL POR HORA, UMA GRANDE BATALHA ESTÁ A TRÊS DIAS DE ACONTECER E EU NÃO SEI SE VOU VIVER PRA VER O FINAL DISSO TUDO!

-MAS EU TAMBÉM NÃO SEI DROGA! – gritou Rafael. – MAS ESTOU VIVO E ENXERGANDO BEM O BASTANTE PRA VER QUE TEM UMA GALHADA IMENSA EM MINHA TESTA!

-GALHADA? – Gina começou a gargalhar. – Te enxerga garoto!

-Não dá pra conversar com você... Pode ir dormir, eu deixo, e depois nós...

-Você deixa? – exclamou Gina ainda rindo. – Rafael, em primeiro lugar: você, apesar de querer dar uma de ciumento pra cima de mim não precisa me dar permissão pra nada... Afinal eu não sou sua! Em segundo lugar: se tem uma... Como você disse? Ah sim, uma galhada imensa em sua testa, tenha certeza de que não foi minha muito menos com o Draco!

-Garota... – ele disse, mas foi interrompido pela garota.

-Em terceiro lugar, queridinho: você não é meu namorado para querer me dar ordens ou receber chifre meu, está bem? – ambos estavam tão entretidos na discussão que não perceberam quando Neville, que passava por ali, deixou um vaso de planta cair. Vários grifinórios do sexto e sétimo anos fizeram uuuuuh.

-NÃO? ÓTIMO QUE VOCÊ PENSE ASSIM, GINEVRA... QUEM SABE O MALFOY NÃO OUVE NOSSOS GRITOS E TE AGARRA DE UMA VEZ? – Gina pensou em mil e uma respostas que envolviam desde Hermione até Angelina Johnson, mas deu a mais calma que conseguiu encontrar.

-O Draco não me agarra porque ele é meu amigo, Rafael!

-O Harry também era seu amigo, e...

-E nós namoramos por alguns meses e terminamos. – disse Harry, entrando na sala comunal. – Mesmo assim continuamos amigos.

-Ninguém te chamou na conversa, Potter. – disse Rafael.

-Escuta aqui Rafael, eu já aturei demais... – disse Gina. – Você está me saindo quase igual ao...

-Igual ao Taylor? – perguntou Rafael irritado. Sua varinha tocou fogo em alguns pergaminhos, que Harry prontamente apagou. Gina parecia alheia a tudo isso.

-Não... – ela suspirou. – Por favor, me deixa pensar... – e saiu andando em direção ao dormitório feminino.

-Gina! GINA! – gritava Harry sem sucesso, até que Hermione entrou na sala comunal. O jeito com que todos a olharam fez com que ela subisse correndo até o dormitório. Chegou lá e encontrou uma Gina aérea, olhando para a bela lua crescente que banhava os terrenos de Hogwarts.

-Gi... Você ta bem?

-Claro Mione... – disse ela, franzindo a testa. – Estranho...

-O que?

-Você não percebeu? Faltam três dias para a batalha e a lua não vai estar no seu ápice... Quer dizer, não vai estar tão próxima da Terra, os lobisomens do Tom não vão ter tanto poder, a não ser que... Caraca! - Hermione assustou-se com a rapidez do pensamento da amiga.

-Gi, por Merlin, você ta bem?

-Estou ótima, é só que eu estava fazendo alguns cálculos mentalmente e...

-Fazendo alguns cálculos mentalmente? – perguntou Hermione assustada. - Daqui a três dias a lua vai encher e os Comensais terão lobisomens ao seu dispor, é isso!

-Mione... Por Merlin, Morgana e toda a cambada me diga que eu estou errada... Preciso de um pergaminho e uma pena, urgente... – murmurou Gina, pegando um pergaminho qualquer e riscando-o furiosamente. Hermione olhou por cima da cabeça de Gina, que fazia contas sem parar em uma tabela de Astronomia improvisada.

-Gi...

-Espere... Se eu considerasse que são quinhentos... Não, não dá...

-Ginevra Molly Weasley, você vai me escutar ou não?

-Droga! – exclamou a ruiva quando o pergaminho rasgou, devido à fúria com que o riscava. Hermione displicentemente puxou a varinha e murmurou Accio Pergaminho e o pergaminho veio. – Hermione, me dá isso!

-Só quando você me responder o que está acontecendo!

-Não dá, eu tenho que escrever pra Ranieri, ela tem que me dizer...

-Não, você não vai escrever para ninguém enquanto não me explicar tudo! – disse Hermione e, dando um toque com a varinha no pergaminho, o fez voltar a sua integridade.

-Ok... Vou te dar um resumo: a Homo Canis vai se coincidir com a lua cheia e, considerando se o Tom tiver quinhentos lobisomens ao seu controle ele terá mais ou menos quinze minutos para morder o maior número de pessoas possível... O que significa que serão quase duzentos e cinqüenta mil lobisomens totalmente fora de controle por aí nos terrenos de Hogsmeade em uma noite de lua cheia... E eu fiz algumas contas e, nem com a força-tarefa de Aurores e de todos os Ministérios da Magia de todos os países conseguiríamos a Poção Acônito para eles!

-Gina, você considerou que cada lobisomem morderia quinhentas pessoas!

-É, mas foi o primeiro...

-Gin, nós estamos em uma guerra! No máximo vinte pessoas serão mordidas e, se nós fizermos o que é certo, essas vinte pessoas serão Comensais!

-E... O que é o certo?

-Falar com a Minerva. Vamos! – exclamou Hermione, puxando Gina para a sala da diretora.

Minerva McGonagall dava instruções para alguns dos Aurores que se encarregariam da evacuação do vilarejo. Quando as garotas chegaram, ela os dispensou e disse:

-Espero que seja uma boa notícia que estejam trazendo, pois Hogwarts não funciona mais como escola, mas as regras sobre os alunos andarem...

-Mais ou menos, diretora. – respondeu Gina. – Eu e a Mione descobrimos uma coisa...

-Então se sentem, bebam um pouco de suco e falem. – disse McGonagall, acenando com a varinha e fazendo aparecer três copos de suco de abóbora. As duas garotas beberam tudo de um só gole e então a diretora disse serenamente. – Agora que estão mais calmas contem o que descobriram.

-Diretora... Descobrimos que os Comensais vão se valer do lobisomem...

-Do lobisomem Fenrir Greyback porque estará a lua cheia e a Homo Canis estará à mostra... – completou a diretora. – Sinceramente garotas, eu realmente me sinto ofendida por vocês terem achado que eu não perceberia isso!

-Não! – exclamou Gina. – Diretora, eu e a Mione descobrimos... Quer dizer, a Mione descobriu uma maneira de reverter o quadro.

-Professora, nós precisamos ir ao Largo Grimmauld. – disse Hermione, hesitante.

-Eu sinto muito, senhoritas, mas não posso permitir isso.

-O QUE? – gritou Gina.

-Gi, calma...

-CALMA NADA! A GENTE TA A FIM DE SALVAR ISSO AQUI, INCLUSIVE A SUA VIDA, DIRETORA, ENTÃO ACHO MELHOR NOS DAR LOGO ESSA CHAVE DO PORTAL OU SEI LÁ O QUE!

-SENHORITA, SE A SENHORITA NÃO SE ACALMAR EU SEREI OBRIGADA A TOMAR DECISÕES DRÁSTICAS A SEU RESPEITO! EU ESTOU NA MINHA SALA E NÃO SOU OBRIGADA A OUVIR GRITINHOS DE UMA ADOLESCENTE MIMADA! – McGonagall retrucou no mesmo tom de voz. Gina assustou-se e disse:

-Desculpe diretora...

-Entendo perfeitamente que os ânimos de todos estão exaltados, mas espero que entendam a minha posição... – disse a diretora, se recompondo. – Não posso me arriscar a perder um de vocês na euforia do momento.

-Entendo perfeitamente... – disse Hermione, antes que Gina pudesse dizer qualquer coisa. Puxou a ruiva porta afora e, quando a distância não permitia mais que fossem ouvidas, a castanha gritou:

-VELHA ANTIPÁTICA, RIDÍCULA, NOJENTA, FILHA DA... – não pôde completar a frase porque a mão de Gina tapou sua boca.

-Mione! Você vai ser professora! Não pode dar vacilo!

-Eu sei! Só que... – Hermione deu um pulo de repente e começou a correr para um corredor não muito longe dali.

-Ok, senhorita Eu Faço Tudo Sozinha, o que você vai fazer?

-Sala da Umbridge, é claro!

-Não, eu imaginei isso... O que você vai fazer no Largo Grimmauld?

-Visitar um velho amigo. – e sem dizer mais nenhuma palavra (ignorando totalmente as perguntas de Gina) Hermione entrou na antiga sala de Umbridge. Riu sozinha com a negligência da diretora, de não proteger a sala com feitiços. Pegou um pouco de Pó de Flu em um jarrinho ao lado da lareira e disse: “Largo Grimmauld, 12”. Depois de sentir um pequeno enjôo da viagem, Hermione viu a já tão conhecida cozinha. Enquanto analisava o lugar, Gina apareceu ao seu lado, limpando a fuligem do corpo.

-E então... E agora?

-Venha comigo. – andaram tranquilamente até a sala, onde um grupo de homens estava reunido. Todos as olharam, todos abismados. – Sirius, Lupin, senhor Weasley... Como vão vocês?

-Hermione? – disse o senhor Weasley. – Gina? O que vocês estão fazendo aqui?

-Oi, papai... – disse Gina. – Onde está a mamãe?

-Na casa do Gui... Eu também estou hospedado lá, mas vim fazer uma visitinha.

-Senhor Weasley, Sirius... Eu queria conversar com o Lupin um segundinho...

-Gina, venha comigo. Quero ter uma conversa sobre suas saídas de Hogwarts. – disse Arthur. Gina fez uma careta para Hermione e saiu andando, acompanhada do pai e de Sirius.

-E então, Hermione? – disse Lupin, servindo um pouco de chá que estava na mesinha de centro para ele e Hermione. – Acho que você não abandonou seus livros, fugiu de Hogwarts e outras coisas mais para tomar um chá. E, modéstia à parte, você sempre procurou os meus conselhos nas horas mais difíceis. Então o que houve?

-Professor... Eu acho que o senhor não vai lutar daqui a... A três dias, não é?

-Imagino que você saiba exatamente o porquê. – disse ele sorrindo e bebericando o chá.

-Exato... Mas eu vim pedir para que o senhor... Revogasse sua decisão.

-Hermione, você sabe realmente o que isso implicaria...

-Eu sei! Mas eu tenho lido muito a respeito da Poção do Acônito, e ela lhe dá liberdade de controle sobre o seu corpo na... Na lua cheia.

-Isso mesmo. Mas mesmo assim eu ajo mais por instinto do que pela razão... Ainda assim seria um perigo imenso para todos. Além disso, eu tenho conseguido vários estoques da Poção para tais períodos, mas ela infelizmente acabou, e eu não pude preparar... Ou seja, um lobisomem descontrolado estará na Casa dos Gritos durante a batalha.

-Mas não tem um jeito? – perguntou Hermione aflita. Ela tinha uma solução, mas não queria dar essa carta na manga tão cedo.

-Se tivesse um jeito, minha querida... – disse Lupin sorrindo. – Se esse jeito existisse, eu estaria lá, com toda a certeza, ao lado de vocês e da Tonks.

-Ok... – ela rendeu-se. – Eu acho que pode haver um jeito.

-Impossível, Hermione, a Poção é preparada em um mês e...

-Pois é. – Hermione disse, levantando e andando de um lado para o outro. – Há algum tempo atrás eu tentei produzir a Poção do Acônito... – ela torceu as mãos. – Com a ajuda do livro do Príncipe Mestiço.

-Príncipe Mestiço? Hermione, do que é que...

-É o livro que o Snape usou quando estudou em Hogwarts... Ele tem muitas dicas, sabe, e eu... Tentei. Acho que a aparência ficou bem parecida. – ela tirou um frasquinho do bolso e mostrou. – Faltam dois dias para que fique pronta.

-Está... Perfeita! – disse Lupin, analisando-a. Sacudiu um pouco o frasco, virou em todos os ângulos... Por fim, disse: - Ao que parece não há nenhum erro...

-Eu comecei a fazer por partes... O livro do Snape tinha uma idéia de congelamento sem congelar... Era mais ou menos como parar a poção em determinado estado. Acho que funcionou. Eu comecei antes de ir para a casa da Sophie, mas depois de tudo o que aconteceu quase não dava pra cuidar dela...

-E onde, que mal lhe pergunte, você fazia a poção?

-No banheiro de uma grande amiga minha.

-No... Banheiro? – perguntou Lupin fazendo uma careta.

-No banheiro da Murta. – Lupin abriu a boca para responder, mas não encontrou palavras. – É, Lupin, eu sei que quebrei muitas regras da escola, mas...

-Não é isso, é só que... – ele deu uma pausa medindo as palavras. – A sua conduta tem sido totalmente a favor dos seus amigos... Eu realmente te admiro, Hermione. – disse Lupin, sorrindo. Hermione corou; não esperava um elogio, e sim uma reprimenda.

-Obrigada...

-Agora... Quanto ao seu pedido... – disse Lupin, pousando a xícara na mesinha. – Acho que você já me deu provas suficientes de que eu te devo uma. – antes que Hermione protestasse, ele continuou. – Claro que eu te devo uma! Você guardou o meu... Segredinho durante vários meses no terceiro ano... Você é simplesmente a melhor aluna de Hogwarts, e não posso negar esse favorzinho a você. Só espero que você saiba realmente o que está fazendo.

-Acredite Lupin... Eu sei o que estou fazendo. – disse Hermione, enquanto andava em direção à cozinha. Chegando lá, o lugar estava mergulhado em um silêncio constrangedor. Gina estava sentada com a cara emburrada ao lado do pai, que exibia uma expressão de descrença. Sirius estava na outra ponta da mesa, e brincava distraidamente com uma faca.

-Vamos, Mione... Vamos embora. – disse Gina se levantando. – Tchau Sirius, e pai... – o senhor Weasley olhou para ela. – Espero que você tenha certeza disso. Porque eu realmente acho que o senhor não tem esse direito. – e jogou um pouco de Pó de Flu na lareira e, dizendo “Sala de Dolores Umbridge, Hogwarts” sumiu de vista. Antes que Hermione pudesse segui-la, Sirius disse.

-Hermione... Pelo menos tente fazer a Gina enxergar o nosso ponto de vista... Eu sei que você é boa nisso. – Ela sorriu concordando e saiu em um rodopio por entre lareiras. Gina espanava a fuligem da roupa quando ela chegou.

-Você não acredita no que... AAAAAAAARGH!!!! – gritou ela assustando Hermione.

-Gi, queridinha, amor da minha vida, razão do meu viver... Me conta o que houve?

-Quer saber mesmo? Ano que vem Hogwarts pode não abrir... Você sabia disso?

-Bem... Se a escola não é mais escola esse ano...

-Mas o pior não é isso, Mione... Meu pai quer me mandar para Beauxbatons!

-Beauxbatons é uma das maiores academias de magia, Gina... É natural que...

-Não, você não entende! Eu quero ir para Raphindonn! Se eu for para Beauxbatons vou acabar ficando parecida com a Fleuma ou com a Gabrrrrrriêêêlle! – ela disse o nome de Gabrielle Delacour imitando o sotaque francês da cunhada. – Quero ir para Raphindonn, quem sabe eu não fico que nem a Sophie!

-Ok... – disse Hermione rindo. As duas estavam andando pelo corredor quando viram Harry e Vianne andando de mãos dadas na direção das duas.

-Oi Harry! Oi Vi!

-Qual a piada, garotas? – perguntou Vianne.

-Ah, você nem imagina... – disse Gina. – Mas e aí, estão fazendo o que por aí?

-A Mina acabou de pegar o trem. – disse Harry. – Estamos procurando o Rony para... Ver como ele está se posso dizer assim.

-Eu não o vi hoje... Ele sumiu do mapa. – disse Hermione. – Ei! O Mapa do Maroto!

-Você acha que eu não tentei? – perguntou Harry. – Ele não está em Hogwarts.

-Bom, nós podemos resolver o caso “Onde Está O Rony” em mais ou menos... Vinte segundos. – disse Vianne.

-Como você vai fazer isso?

-Simples... Olha ele ali com cara de quem viu passarinho verde. – apontou a morena para o fim do corredor, de onde vinha Rony com uma cara pensativa.

-Rony! – chamou Harry. O ruivo continuou a andar como se não os tivesse visto. – Ronald Billius Weasley, pare agora!

-Hã? Ah, oi Harry... Vianne... Gina... Mione…

-Ta no mundo da Lua é? – perguntou Gina zombeteira.

-Engraçadinha... – retrucou o garoto. – Não, eu só estava pensando...

-E precisa desse esforço todo?

-Não! Eu só... Sei lá, tem alguma coisa tentando martelar em minha cabeça, mas... Eu não sei o que significa.

-Ok, deixa pra lá. – disse Hermione. – Eu queria mesmo falar com vocês. – e saíram em direção ao salão comunal da Grifinória.

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BÔNUS: PONTOS DE AUTORIDADE

Os Comensais estavam todos ansiosos; todos os “generais” (como eram chamados os mais próximos do Mestre) foram convocados a jantar na tenda do Lorde. Isso realmente não significava algo bom, e até os próprios generais sabiam disso.
O Lorde nunca se atrasava, mas naquela noite ele estava quase quinze minutos além do tempo. Alguns se atreviam a cochichar alguma coisa, suposições a respeito da razão do jantar. As ordens foram claras: todos deveriam estar em suas melhores roupas de gala, e não comparecer com as varinhas. Realmente, eram exigências bastante excêntricas até mesmo para um homem como Lorde Voldemort. Após alguns minutos silenciosos e extremamente constrangedores, o Lorde entrou na sala de jantar. Vestia roupas negras por baixo de uma capa vermelha. Ele sorriu ao ver que todos os Comensais que convidara compareceram. Parou atrás da cadeira vazia na cabeceira, onde sentaria. Severo Snape estava sentado à sua direita, e Rabicho à sua esquerda.

-Boa noite a todos! – exclamou ele, abrindo os braços. Os Comensais levantaram, em sinal de respeito. Ou seria medo? Afinal, todos estavam desarmados. – Sejam bem vindos a minha humilde tenda. – tirou a varinha do bolso e ficou girando-a entre os dedos. Os Comensais prenderam a respiração, hesitando em fazer qualquer som. – Podem se sentar. Espero que queiram realmente saber por que os chamei aqui. – como ninguém respondeu, ele completou. – Imagino que queiram, mas o medo é maior... – sorriu e começou andar por trás dos Comensais. – Mas não devem temer o seu Lorde!

-Não é temor, Mestre... – sussurrou Belatriz. – É respeito.

-Você chama de respeito, Belatriz. – disse ele e, com um giro encostou a varinha no pescoço da mulher. Rodolfo, sentado ao seu lado, abafou uma exclamação. – Mas eu, sinceramente, prefiro que vocês me temam. – ele gargalhou. – Então, se têm uma pergunta a me fazer... Façam agora! – de novo Belatriz tomou a dianteira.

-Estamos muito curiosos, senhor, para saber o motivo desse jantar...

-Não se preocupe, eu não pretendo matá-los... – ele sorriu abertamente. – Ainda. Como teremos uma vitória daqui a dois dias, chamei-os aqui para que pudessem... Se divertir!

-Divertir? – perguntou Snape, incrédulo. – Senhor, eu realmente devo...

-Divertir sim, Severo, meu caro. – disse Voldemort. – Avery, me diga quando foi a última vez que você ficou bêbado.

-Bom... – respondeu o homem, visivelmente desconcertado. – Acho que foi há uma semana, mais ou menos...

-Oh sim, eu me lembro! – disse Voldemort gargalhando. – Você chegou a tropeçar em Nagini, foi um custo muito grande faze-la não te engolir na hora... Essa foi a razão de termos destruído aquela cidadezinha... Nagini queria sangue bruxo, mas não pude da-lo a ela ainda. – Voldemort voltou a sorrir. – Bem, então vamos comer! – ele bateu palmas e a mesa se encheu com um banquete imenso, e várias opções de vinhos, Whisky de Fogo, vodkas e outras bebidas. Belatriz, depois de jantar começou a beber vinho, mas percebeu que Voldemort não bebia nada.

-Lorde... Por que o senhor não bebe? – ela perguntou. Todos os olhares se voltaram para a única mulher da mesa. Voldemort sorriu maldosamente.

-E... O que eu faço ou deixo de fazer é da sua conta, Belatriz?

-Eu sinto muito por ter agido de forma impertinente... – respondeu ela, sem descer do salto.

-Agido de forma impertinente? – repetiu Voldemort, arrancando risadas de Rabicho, Snape e Avery. – Belatriz Lestrange... Você é impertinente por natureza!

-Peço perdão se as minhas atitudes...

-Não! Não peça perdão! Afinal, você é parente de Régulo, cuja característica sempre foi a obediência cega... Pelo menos até certo ponto. – mais risadas gerais. Rodolfo Lestrange parecia totalmente encolhido de vergonha ao lado da mulher. – Te chamei aqui, Belatriz, para lhe dizer que você não lutará na batalha. Eu soube que a Ordem da Fênix está se preparando, ou seja... Apesar de ser uma boa duelista, você não acompanha os passos dos seus companheiros, e seria um risco muito grande se você fosse pega.

Desista do jogo
Antes que outra pessoa
Te tire da armação
Coloque seu nome na vergonha
Cubra seu rosto
Você não pode participar da corrida
O passo é rápido demais
Você não sobrará


-Milorde, eu realmente devo protestar! – exclamou ela, com a voz aguda. Seu rosto estava muito vermelho. – Exijo que, depois de vários dias de treinamento o senhor me dê uma chance de acabar com toda a raça que vem poluindo a família Black!

-Você deve protestar? – sussurrou Voldemort. Rabicho e Avery, devido à imensa quantidade de bebida que ingeriram, estavam às gargalhadas. Snape, que bebera menos, estava controlado e observava apreensivo a cena que se desenrolava. – Você exige? Belatriz, isso é uma ordem e, como tal, deve ser cumprida!

-Mas o senhor não me deu moti... – ela tentou dizer, mas Voldemort a calou com um gesto. Ele andou lentamente até ela.

-Então tudo bem, você quer motivos? Eu lhe darei motivos! Você é desprezível, Belatriz, uma das poucas que consegue manchar o nome dos Comensais da Morte várias vezes e continuar viva! Você nunca consegue cumprir as ordens que eu lhe passo, e só a mantenho viva por causa do seu passado! Derramar sangue puro é um pouco contra os meus princípios, se você não percebeu ainda. – todos gargalharam ao ver a humilhação de Belatriz. Ela pensou em mil e um insultos para dizer a Voldemort, mas se conteve. A única varinha na sala era a de Voldemort, e ela não teria a mínima chance em um duelo, com ou sem varinha.

Você adora o jeito
Como olho para você
Enquanto você aproveita
Nas coisas horríveis em que me coloca
Você continua se eu deixar
Minha vida, meu orgulho estão quebrados


Olhando para o lado, Belatriz percebeu que Rodolfo ria abertamente. Sentiu ódio de todos ali dentro, e não conseguiu usar a Oclumência a tempo de esconder seus sentimentos.

-Ódio? Bela, isso é um sentimento digno dos tolos que amam... Oh, perdão! Você é uma tola!

-Eu estava certa o tempo todo! – exclamou ela. – A Ordem da Fênix está se consolidando, os membros estão aumentando consideravelmente...

-E você perdeu dois duelos contra adolescentes! – exclamou Rabicho entre risadas.

-CALE-SE, SEU VERME!

-Não o mande se calar na minha tenda, Belatriz... Só eu tenho esse direito!

Você gosta de pensar que nunca está errada
[Você vive o que aprende]
Você quer agir como se fosse alguém
[Você vive o que aprende]
Você quer alguém para sofrer com você
[Você vive o que aprende]
Você quer dividir o que tem passado
[Você vive o que aprende]


Belatriz lutava incessantemente contra as lágrimas que queriam cair. Voltou a pegar sua taça de vinho, sem ouvir as gozações dos outros.

Você adora as coisas
Que digo que farei
O jeito como irei me machucar novamente
Apenas por voltar para você
Você continua se eu deixar
Minha vida, meu orgulho estão quebrados


-Então, se conformou? Você não vai lutar. – disse Voldemort sério.

-Não vou me conformar com essa palhaçada. – disse Belatriz, saindo. – Com licença.

Desista do jogo
Antes que outra pessoa
Te tire da armação
Coloque seu nome na vergonha
Cubra seu rosto
Você não pode participar da corrida
O passo é rápido demais
Você não sobrará


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