Only That escrita por branstark


Capítulo 3
Capítulo 3 - Down To Earth, Compondo uma Música


Notas iniciais do capítulo

Finjam que a música "Down To Earth" ainda não existe, ook ? (: espero que gostem pq esse lance de letras de músicas me deixaram meio que complexada.



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P. O. V Justin

É, eu já estava arrumado para a droga do jantar. Minha mãe usava um vestido preto tomara-que-caia e eu estava de terno. Mas calcei um tênis.

-Vamos, Justin! – ela me chamou. Saí do quarto de hotel. Pegamos o elevador e descemos para o lobby. Uma limusine estava à nossa espera. Scooter e Usher estavam lá dentro também.

-Oi. – falei me acomodando no banco do carro.

-Okay... – Scooter começou a falar. - O produtor vai estar lá e quero que você se comporte, Bieber.

-Arrã. – respondi olhando para a janela.

-O Max vai levar a filha, pelo menos é o que me disseram. – Scooter riu consigo mesmo. – Com certeza ela é sua fã e jogue tooodo seu charme em cima dela. Se agradar a filha do produtor, agradamos o produtor. – ele fazia gestos com as mãos enquanto falava.

-Tá, pode deixar. Ninguém resiste a isso. – joguei meu cabelo pro lado. Minha mãe permaneceu calada, e eu sabia bem o por quê.

Scooter passou o caminho inteiro até o restaurante me dando instruções. E eu só imaginava se a tal garota era bonita como aquela que havia caído no dia da minha tarde de autógrafos.

O restaurante para onde estávamos indo era cinco estrelas e toda a produção do meu filme estaria lá. Quando chegamos, um porteiro abriu a porta e nós entramos no restaurante.

Seria uma longa noite.

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P. O. V. Melanie

Meu pai conversava com os colegas de trabalho, eles riam todo tempo. Foi quando alguém entrou e sentou-se a mesa. As conversas cessaram e Justin Bieber sentou-se ao meu lado.

Ahh, fala sério! Se Deus existe, ele me odeia!, pensei.

-Oi. – ele sorriu para mim. Virei-me para lançar ao meu pai um olhar mortal.

-Oi. – falei emburrada.

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P. O. V. Justin

“É a filha do produtor.” dissera Scooter no meu ouvido.

Não acreditei que aquela menina ao meu lado era a filha do produtor, e, ao mesmo tempo, a garota que eu havia visto levar um tombo à dois dias atrás.

A filha do diretor também estava lá, a Anne. Eu a odiava e ela também não ia muito com a minha cara. Estávamos quites.

Max começou a falar comigo.

-Então, Justin, esta é a minha filha. – disse Max, o produtor.

-Ah, sim. – fingi estar animado. – Prazer, Justin. – a garota me olhou com desprezo e apenas disse:

-Melanie. – ela não sorriu. Recolhi minha mão lentamente. O que havia de errado com ela? Estava fingindo que não dava a mínima para mim?

Eu não sabia exatamente o porquê, mas me senti obrigado a tornar-me próximo daquela garota, não apenas pelo meu filme, mas por algo muito maior que isso. E eu não sabia o que era.

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P. O. V. Melanie

Bah! Se ele pensa que vou me tornar “próxima” dele, está por demais enganado! Esse moleque não se enxerga! E com toda a certeza ele sabia que eu era a mesma garota da tarde de autógrafos. Um garota de cabelos pretos e roupas bastantes góticas sentou-se ao meu lado, ela sorriu.

-Oi, sou a Annie. – eu sorri para ela.

-Oi, Melanie. – nos cumprimentamos.

-Sou filha do diretor. – ela falou.

-Eu, a do produtor. – eu não sabia por que mais rimos. – Ahn... E quem seria o diretor? – levantei uma sobrancelha.

-Kenny Ortega. – ela me olhou como se isso fosse obvio.

-Sério? Kenny Ortega? OMG! Aquele que trabalhou com o Michael Jackson e foi diretor de High School Musical um, dois e três?!

-Sim. (; - ela piscou para mim. – Meu nome é Annie Ortega.

Eu estava pirando por dentro. AAAH! Kenny Ortega? Caraleo, ninguém sabia o quanto eu admirava aquele cara.

-Eu sou fã do seu pai. – é, isso foi estranho. É o mesmo que dizer: ”ei, eu asho sua mãe uma gostosa!”

-E meu pai está honrado de ter o prazer de trabalhar com o seu. – ela pareceu pensar o mesmo que eu. Annie tinha cabelos negros repicados que batiam na parede das costas. A pele era bastante branca e os olhos eram azuis. Ela usava uma blusa do Tókio Hotel, uma jeans preta e uma bota preta por cima da jeans. Acho que ela não precisava de muito para ficar bonita.

-Pelo visto o Bieber tentou jogar o charme dele pra cima de você. – ela revirou os olhos e depois riu. – Coi coi dele.

-Por quê? Ele faz isso com todas?

-Bom, se você for filha de alguém importante, sim. – ela riu de novo.

-Afêr. Então já deu em cima de você também.

-Pois é. A gravadora está pensando em demiti-lo. – meu queixo caiu com essa. – Ele aje como se fosse o rei do mundo. Não agüentam mais ele.

CA-RA-LHO! Queriam demitir Justin Bieber? Nooossa! Ah, não que eu seja fã dele, mas... Cara, o garoto tem talento, devo admitir! E imagine todas as garotas da Terra chorando por que o ídolo de R&B foi demitido.. Raxeii.

-Meu pai comentou do comportamento dele... Está sendo muito compreensivo, é o que parece. – dei de ombros. Annie soltou uma gargalhada novamente.

-Claaro que seu pai está sendo compreensivo! Ainda não viu aquilo? – ela apontou para um lugar na mesa. *O* Isso é demais para mim... Vou ter uma parada cardíaca! Aquela cena deveria ser proibida para menores de 120 anos! Meu pai, conversando, com Pattie Vallete, mãe do Justin Bieber, rindo, como uma hiena! Que sacanagem era aquela?! – Todos acham que rola um clima. – Annie continuou. PQP! ;@

-Ahn... Dá licença. – levantei-me da mesa e fui para o único lugar que me parecia distante de tudo. Uma ‘varanda’ que havia ali. Eu não sabia por que, mas senti vontade de chorar. Encostei-me na parede e coloquei o rosto entre as mãos. Falei uma coisa que nunca pensei falar:

-Quero ir pra casa. – e deixei uma lágrima cair. Meus olhos estavam fechados. Então uma voz bem a minha frente falou:

-Já não está em casa? – meu Deus, que voz linda. Será que algum deus grego aparecera para me dar conselho? Mas quando abri os olhos vi algo que não me agradou muito: Justin Bieber.

-Ah, é só você. – resmunguei.

-Como assim “é só você”? Só “eu” não basta? – ele perguntou como se ele fosse a coisa mais importante do mundo. Dei uma risada seca.

-É incrível como você não se enxerga, garoto. – eu disse.

-Não preciso me enxergar, milhares de garotas fazem isso por mim.

Ahah! Ele não se achava não, os outros que procuravam por ele. Quero escutar Missing You do Black Eyed Peas, pensei. Por que eu tô pensando isso?

-É, elas enxergam por que nem isso você sabe fazer sozinho, lezado. – fiz um “L” com os dedos.

-Devia me tratar melhor. – ele sorriu. – Por que até onde eu sei, somos quase irmãos.

-Haha.

-É sério. Seu pai está namorando minha mãe.

-Você não me engana, Bieber. – falei.

-Se não acredita... Mas olhe para a outra varanda. – eu estava confusa, mas olhei. Aquela puta de Pattie Mallete estava beijando meu pai.

-Sai daqui! – expulsei Justin.

-Tá, tudo bem. – ele me olhou que nem um pervertido. – Você está linda. – e saiu.

Ah, vá vá, Justin Bieber!

Esperei cinco minutos e voltei para o salão principal.

-Onde esteve? – Annie perguntou aos sussurros.

-Pensando. – respondi. Percebi que Annie ia protestar mais logo falei: - Você é gótica?

-Não, nada a ver. Sou emo.

Cara, emos são tão fodas!

-Emos muito legais, e profundos. – falei.

-Que bom que você acha isso. Tem gente que odeia emos.

-Eu não, pelo contrário. Blusa legal. – elogiei.

-Curte Tókio Hotel? – assenti. – Ah, que cool! A gente vai se dar muito bem.

Depois disso trocamos números, MSN e tudo que se possa imaginar. Quando o jantar acabou (e eu não havia comido quase nada) a tal da Pattie acompanhou meu pai até lá fora, e o Justin Eca foi também.

-Ahn... Pai? – chamei-o baixinho para que ninguém ouvisse.

-Sim?

-Por que a Pattie e o Justin estão aqui?

-Ah, eu vou... Bem, vou sair com a Pattie e o Justin vai lá para casa com você.

Engoli a seco.

-Pai, fale a verdade, você tá namorando ela? – meu pai pareceu que iria ter uma combução ali mesmo.

 -Sim – ele abaixou a cabeça. -, você... Não está brava está?

-Não... Quer dizer, eu estou ótima. – sorri. Meu pai me deu um beijo na testa.

-Oi, você deve ser a Melanie. – a tal da Pattie falou. – Seu pai me falou tudo sobre você.

Aah, não me venha com papo clichê! É isso que todas as madrastas dumal falam!

-Ooi, sim, sou Melanie, e você é Pattie Mallete, estou certa? – como eu sou fingida!

-Sim. Muito prazer. – apertei a mão dela.

-Oooi! – Justin levantou os braços para cima. – Quem é que tem dois polegares, é famoso, e quer ir embora daqui? EU! – ele apontou os polegares para si mesmo. Bufei.

-Vai, pai. Eu e o Marcus levamos o astrozinho ali. – sorri. Pattie me abraçou (que intimidade é essa, baby?) e meu pai também eles entraram em outro carro. Quando ficamos apenas eu, o astro de R&B e o meu motorista Marcus, eu olhei para o metido e disse:

-É melhor se comportar muito bem, ouviu? Agora você está entrando na minha área.

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Nem preciso dizer que o caminho para casa foi um INFERNO! Justin fez o escândalo quando eu liguei meu Ipod e ele viu que só havia duas músicas dele lá – eu havia apagado o resto.

-COMO VOCÊ PODE TER APENAS DUAS MÚSICAS MINHAS AÍ? – ele disse, ou melhor, gritou.

-Ah, cale-se, quero ouvir Humanoid do Tókio Hotel! – reclamei.

-APENAS A NEVER SAY NEVER E COMMON DENOMINATOR! – ele gritou consigo mesmo.

-EEI! – berrei a plenos pulmões. – DÁ PRA PARAR? EU ATÉ GOSTO DA SUA MÚSICA, MAS O QUE TE ESTRAGA É ESSE SEU JEITO MESQUINHO E IDIOTA!

Ele ficou em silêncio.

-E QUER SABER MAIS? – continuei. – A SUA GRAVADORA QUER TE DEMITIR! – ele me olhou espantado. – SIM! É ISSO QUE VOCÊ OUVIU! QUEREM TE DE-MI-TIR! – eu suspirei. – E eu já fui sua fã, ok? Mas depois que você negou aquele autógrafo para uma garotinha... – eu quis chorar, pois sempre me colocara no lugar daquela criança.

-Eu não sabia... – Justin parecia engasgado. – Eu...

Depois disso ninguém falou mais nada.

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Quando chegamos em casa o Justin ficou de boca aberta. É, mano, minha casa deixou até Justin Bieber surpreso. Eu sou foda. Fiquei ao pé da escada e falei para o atrozinho que se jogara no sofá:

-Vou pro meu quarto. – Justin me olhou fingindo estar triste.

-Vai deixar um convidado aqui? Sozinho? – ele fez um beiçinho.

Como dizer não a aquilo?

-Táá! ¬’ Só vou me trocar. – Só então percebi que ele tinha uma mochila. Subi as escadas correndo. Tirei a maquiagem e coloquei um moletom rosinha e uma calça bem frouxa. De repente fiquei meio ansiosa para descer e ver a perfeição que me esperava no sofá lá embaixo.

Peraí? O que eu acabei de pensar?

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P. O. V. Justin

Isso era demais para mim, minha gravadora quer me demitir? ME DEMITIR? Eu nem sabia como havia conseguido falar. Sentia repulsa de mim mesmo, pois, apesar de tudo, eu sabia que Melanie tinha razão. Eu era um idiota. Mas, cara, eu queria apenas respeito, apenas isso. Mas acho que essa não era a melhor maneira de conseguir era? Não, presumo que não. Eu queria me trocar, tirar aquela droga de terno. Levantei-me e peguei minha mochila. Certo, isso ia demorar a achar um banheiro. Aquela casa era muito grande.

Andei tanto que minhas pernas doeram. Eu achei um escritório, uma sala vazia, a cozinha, uma biblioteca, e um salão cheio de decorações para festas. Resolvi subir para o segundo andar. Graças aos céus eu achei um banheiro em um corredor com várias portas. Coloquei uma t-shirt e uma calça jeans que estava na mochila, mas continuei com o tênis Supra preto de antes. Joguei meu cabelo pro lado e saí do banheiro. Desci e encontrei Melanie no meio do caminho, fazendo pipoca de microondas na cozinha (N/A: não, na garagem!).

-Gosta de pipoca? – ela perguntou com a voz seca.

-Sim. – respondi.

Fui até a sala e joguei minha mochila no sofá.

-Tem algum filme pra assistir? – gritei para ela.

-Sei lá! Eu me mudei pra cá hoje! Vou ver no escritório do papai. – e eu ouvi os passos dela se distanciando.

Liguei a tevê. Melanie apareceu de repente com uma pilha de DVDs na mão direita e uma tigela de pipoca na esquerda.

-Deixa que eu ajudo. – falei. Eu estava decidido, eu iria mudar. Peguei a pilha de DVDs da suas mãos e comecei a ver os bons e os ruins. Caraca, quanto DVD. Ah, tinha um que eu queria ver.

-Vamos assistir O Diário de Uma Paixão. – anunciei. Melanie cuspiu toda a pipoca que tinha na boca.

-O QUÊ? – ela quase gritou. – POR QUÊ?

-Eu curto esse filme.

-AHAHAHAHAHAHA! – ela começou a dar gargalhadas e a rolar no sofá. – COMO É? VOCÊ? UM GAROTO?

-Qual o problema?

-Nenhum... – ela mordeu o lábio inferior reprimindo uma risada.

-Fala logo! – insisti.

-É que... Tipo, se você não sabe, no Brasil, teu apelido é Justin Biba.

-WTF?! JUSTIN BIBA É O CARALHO! – gritei.

-É, eu sei. E você fica reforçando mais ainda gostando desse filme de mulherzinha.

-Não é de mulherzinha... Até meus melhores amigos gostam! – intervim.

-Ah, é. – ela semicerrou os lábios de novo. – Por isso que te chamam de gay. – ela murmurou.

-Eu ouvi isso!

-Era pra ouvir mesmo! – ela começou a rir.

-Ah, você quer rir, é? – fiz cara de malvado e Melanie fingiu estar com medo. – VOCÊ VAI VER O QUE É RIR! – atirei-me no sofá e comecei a fazer cócegas na barriga dela.

-NÃO! – ela estava vermelha de tanto rir. – JUSTIN... PELO AMOR... AHAHAHAHAHA... PÁRA! POR FAVOR!

Nós dois ríamos feito loucos até eu perceber o que estava fazendo. Eu perdi o juízo? Corei e parei de fazer cócegas em Melanie. Ela também estava corada, mas eu não sabia se era por causa das cócegas, ou por que eu havia feito cócegas nela. Debrucei-me no sofá e liguei o aparelho de DVD e o filme começou.

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P. O. V. Melanie

Tá, eu disse que falo português? É, eu falo português. E sim, eu vi aquela porrinha de entrevista que esse lezo do Justin deu pro Pânico na Tv, e sem comentários, por que só de pensar nisso eu tenho vontade de quebrar a cara do ser perfeito que está ao meu lado no sofá (N/A: pra quem não viu tá aí o link: http://www.youtube.com/watch?v=CFYSsgsJzxU&feature=related). Eu tenho sorte de ser americana, por que se eu fosse brasileira iria me sentir desrespeitada por um garoto de 16 anos ter ficado olhando as pernonas da Sabrina Sato, sacanagem. E por que eu tô falando isso? Eu sei lá, quando eu descobrir eu te falo. Me senti totalmente envergonhada, fala sério, não fazia nem vinte minutos eu havia brigado com ele e agora.. Ah, que droga. Eu sou tão fácil assim?

Justin estava muito distraído com a tevê, então tomei a liberdade de analisar seu rosto... Ele tinha realmente feições perfeitas... Os olhos... Epa! Por que os olhos do Justin estavam meio vermelhos?! Não, não pode ser... Por favor, que eu esteja enganada!

-Ahn... Justin? – chamei-o e ele me olhou. – Pode ir pegar um pouco de refrigerante pra mim?

-Tá. – ele pausou o filme e foi para a cozinha. Abri sua bolsa e lá encontrei uns cinco baseados. Não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não! Isso não estava acontecendo! Eu estava louca... Justin não usava drogas! NÃO USAVA! Era mentira. Lágrimas escorreram pelos meus olhos até o canto da boca. Justin então apareceu e me viu com os cinco baseados nas mãos e os olhos molhados.

-Justin... – falei engasgada. – Você... Como pôde? – choraminguei.

-Eu... Isso... Não é meu!

-CLARO QUE É SEU! – comecei a gritar. – JUSTIN SEUS OLHOS ESTÃO CHAPADOS! VOCÊ... – eu chorava cada vez mais. – COMO PODE ESTRAGAR SUA VIDA ASSIM?

-Eu... Olha, Melanie... – ele abaixou o olhar e começou a fitar os próprios pés.

-“OLHA, MELANIE”?! CARA, EU NÃO TENHO NADA O QUE OUVIR DE VOCÊ! VOCÊ... JUSTIN! – eu comecei a gritar mais. Queria sair quebrando tudo que via pela frente. Então eu vi uma fileira de vasos pequeninos e pensei: por que não? Chutei a mesinha e tudo caiu no chão se espatifando e fazendo um barulho horrível. Justin pareceu horrorizado. Eu chutei e empurrei mais coisas e gritando o tempo todo:

-JUSTIN! POR QUE? POR QUE VOCÊ... ARGH! – e era aí que eu quebrava algo. Metade da decoração já estava quebrada quando Justin agarrou meus punhos e me puxou para um abraço apertado.

-J-Justin... – eu solucei. Minhas lágrimas estavam deixando sua t-shirt branca molhada.

-Shhhh. Não precisa falar nada, eu que sou o errado aqui. Sinto muito, muito mesmo. – ele disse.

-P-prometa nunca mais usar isso! Por favor!

-Eu...

-PROMETA! Quer que eu quebre a TV de tela plana do papai? – ameacei.

-Não. Eu prometo! – ele beijou o topo da minha cabeça. Nesse momento percebi que eu havia desenvolvido um afeto muito grande por Justin apenas naquela noite.

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P. O. V. Justin

Eu a amava, era essa a verdade. Claro, que como uma irmã, ou uma melhor amiga, nada mais, mas estava obvio que eu a amava. Por que, apesar das brigas, em uma só noite eu consegui encontrar uma pessoa maravilhosa na qual eu sabia que poderia confiar. Eu havia encontrado minha irmãzinha.

Foi quando avistei algo ao lado de Home Theater que me agradou muito. O jogo Guitar Hero III.

-Caraca, aqui tem o Guitar Hero III? – perguntei. – Posso jogar?

-Só se eu for jogar junto. – Melanie sorriu.

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Nós arrumamos a sala que a Melanie destruiu toda. Depois começamos a jogar Guitar Hero e eu fiquei muito puto por que a Melanie ganhou de mim DUAS vezes seguidas!

-Cara, onde aprendeu a tocar bem assim? – perguntei.

-Eu toco violão. – essa é nova. – Só não sei tocar guitarra... É, eu sei que é o mesmo.

-Toca pra mim? – perguntei.

-Não! Cê tá louco?! De jeito nenhum! – eu ri e não toquei mais no assunto.

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Faltando dez minutos para a meia noite minha mãe e o pai de Melanie chegaram rindo e abraçados. Eu estava assistindo um filme de terror enquanto Melanie estava adormecida com a cabeça deitada no meu colo.

-Acho que vocês se deram bem. – disse minha mãe feliz.

-Fala baixo, mãe. Ela tá dormindo! – alertei. Minha mãe levantou os braços pra cima em um gesto de rendição.

-Tá, tuudo bem! Filho? Vamos dormir aqui hoje, tem algum problema? – perguntou.

-Não, tá tudo bem. – sorri.

-Vou acordar a Mel... – disse o Max.

-Não, deixa que eu levo ela pro quarto. – fiquei de pé e passei os braços por baixo de Melanie e levantei-a nos braços. Subi as escadas e abri a porta do seu quarto e deitei-a na sua cama. Cobri-a com o cobertor e virei-me em direção a porta quando uma voz sonolenta disse:

-Obrigada, Justin. – sorri com isso e fui para o quarto de hospedes.

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P. O. V. Pattie

Como eu iria dar a notícia ao Justin? Como eu faria isso? Sinceramente, eu não queria contar, não agora.

-Precisamos contar. – disse Max sentando ao meu lado na cama de casal. – Pros dois.

-Max, eu não sei como ele vai reagir... E se ele... Não gostar?

Só de pensar na ideia senti-me arrasada.

-Hey, ele vai entender. – Max se aproximou e envolveu-me em um beijo intenso. Ele passou as mãos pelas minhas costas, desabotoando meu vestido.

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Acordei na manhã seguinte ao lado de Max. Eu estava feliz, mas ainda assim, preocupada. Preocupada com Justin. Olhei no relógio e era seis e meia da manhã. Não acreditei que havia acordado tão cedo. Pensei em dormir, mas estava inquieta de mais para isso. Levantei-me e desci para a cozinha. Encontrei Melanie sentada à bancada comendo um bolo de chocolate e tomando leite.

-Oi, Melanie. – sorri para ela. Ela sorriu para mim também.

-Oi, Pattie.

-Por que acordada tão cedo?

-Ah, sem sono. – ela franziu a testa. – Não sei por que, tô tendo a impressão de que algo vai acontecer, mas não sei o quê.

Eu fiquei estática parada na frente da geladeira. Fiz-me de desentendida.

-Sabe-se lá, não é?

-Uhun. – ela disse com a boca cheia. Peguei um copo de suco.

-Então, você e Justin se deram bem? – perguntei sentando-me a sua frente na bancada.

-Descobri coisas dele que eu não sabia que existiam. – ele falou.

Automaticamente respondi:

-Ele usa drogas.

Melanie pareceu surpresa.

-V-você sabe?

-Sim, claro que sei. Mas o que eu posso fazer se é isso que ele quer?

-Bom, eu fiz ele prometer que nunca mais vai usar.

-Como conseguiu isso? Eu nunca consegui fazê-lo nem me ouvir.

-Tente quebrar toda a decoração cara da casa de um produtor. – não entendi o que ela quis dizer, mas achei melhor nem perguntar.

-Bem, acho que vou tentar dormir. – eu disse.

-Tá, tudo bem. – ela sorriu.

Subi para o quarto de Max no segundo andar.

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P. O. V. Melanie

É, eu estava sem sono algum. E sentia que Pattie escondia algo de mim. Subi para o meu quarto e troquei de roupa. Coloquei uma calça jeans skinny preta, um tênis Converse preto e uma blusa bege. Estava com preguiça de pegar um casaco no meu closet então lembrei que na sala em cima do sofá Justin havia deixado o terno, espero que ele não se importe. Atrás da casa havia um longo caminho revestido de pedras e alguns bancos... E foi para lá que eu fui. Caminhei lentamente pelo caminho de pedras, sempre fitando meus pés. O silêncio estava completo, só ouvia os pássaros e a brisa do vento batendo no meu cabelo. Então eu ouvi uma música... Tocada por um violão. Segui o som da música e encontrei Justin de costas para mim tocando uma música...

-...No one has a solid answer. But just walking in the dark, and you can see the look on my face, it just tells me apart

-Bela música. – comentei. Ele se sobressaltou, mas sorriu.

-Ainda não esta completa, ainda estou compondo e preciso de um próximo verso. – resmungou. Pensei por um minuto.

-Toque desde o início para mim. – falei sentando ao seu lado. Justin começou a tocar.

-I never thought that it be easy, cause we both so distant now, and the walls are closing in on us, and we're wondering how. No one has a solid answer, but just walking in the dark, and you can see the look on my face, it just tells me apart (Eu nunca pensei que fosse fácil, porque nós dois tão distante agora, e as paredes estão se fechando sobre nós, e nós estamos querendo saber como.Ninguém tem uma resposta sólida, mas apenas andando no escuro, e você pode ver o olhar no meu rosto. Isso só me diz...) E aí eu não tenho mais ideias.

Eu não sabia muito bem sobre o que aquela música falava exatamente, mas queria ajudar.

-Sobre o que fala? – perguntei.

-Sobre a separação dos meus pais... – ele disse melancólico.

-Ah, sim... – senti-me sem jeito, a separação dos pais fora algo que eu também havia passado, mas muito pior. Então uma letra veio como um jato na minha cabeça. – Que tal... – comecei a cantar e Justin preparou-se com o violão. – So we fight, through the hurt. And we cry, and cry, and cry, and cry... And we live, and we learn... And we try, and try, and try, and try... – Justin acompanhava a música com o violão. - So its up to you, and its up to me. That we meet in the middle. On our way back down to earth. Down to earth, down to earth...

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P. O. V. Justin

Cara, a voz dela era linda! Nunca havia escutado voz mais pura do que a dela.

-Você canta bem. – elogiei. Ela sorriu e encostou a cabeça no meu ombro, e começou a cantar como um sussurro no meu ouvido:

- On our way back down to earth

(Back down to earth) [8x]

Mommy, you'll always and somewhere

And daddy, I live out of town

So tell me how could I ever be normal

Somehow

You tell me: this is for the best

So tell me why am I in tears

So far away, and now

I just need you here

So we fight, through the hurt

And we cry, and cry, and cry, and cry

Then we live, and we learn

And we try, and try, and try, and try

So its up to you, and its up to me

That we meet in the middle

On our way back down to earth

Down to earth, down to earth

On our way back down to earth

(Back down to earth) [8x]

Fells so far away

From where we used to be

Now were standing

And where we go?

When there's no road

To get to your heart

Let's start over again

So its up to you, and its up to me

That we meet in the middle

On our way back down to earth

Down to earth, down to earth

On our way back down to earth

I never thought that it be easy

Cause we both so distant now

And the walls are closing in on us

And Im wondering how.

Ela cantou aquilo tudo, cantou para mim. Ela havia acabado de escrever uma música para mim, sobre a separação dos meus pais. E eu estava emocionado. Ela cantara tudo que eu sentia, tudo que eu havia passado, literalmente tudo.

-Como você sabe tanto de mim? – perguntei. Ela riu, e reparei que estava chorando.

-Eu não estava cantando sobre você, estava cantando sobre mim.

Ficamos em silêncio durante muito tempo. Até eu ouvir minha mãe gritando meu nome, e eu sabia que havíamos passado muito tempo, muito tempo lá, sentados. Segurei a mão da Melanie e peguei meu violão, voltamos em silêncio para o interior da casa. Minha mãe e Max estavam com expressões sérias e preocupadas nos esperando sentados no sofá da sala.

-Sentem-se. – minha mãe fez menção para que sentássemos. – Precisamos contar uma coisas para vocês.


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Notas finais do capítulo

Noviidades para vocês minhas seduções (eh, manolo, eu já tô intima OIEAIEAO), no próx. capítulo o Usher vai dar um alô na fic e a irmãzinha mais nova do JB vai aparecer também :]

PS: O que acharam do capítulo? merece reviews ? (: