Too Close escrita por Kirara-sama


Capítulo 5
Rendição ou Farsa?




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Por mais que empurrasse e fizesse força, a Katar não feria o corpo da sacerdotisa. Uma espécie de escudo verde esmeralda cobria a moça. Desferiu mais um, dois, três golpes. O mesmo escudo continuava em pé. Foi obrigada a pular para trás quando o cavaleiro tentou cortar sua cabeça com a Claymore em um golpe na horizontal. Saíra quase ilesa. Apenas recebera um pequeno corte no lado direito de seu rosto e sua capa fora completamente arrancada com o ataque.


  

- V-Você... – Aukyner balbuciou, embasbacado com as palavras ao fitar a mercenária de cabelos róseos. – O que está faz...


  

- Quem?! Quem rasgou a minha batina?! – Catherine, milagrosamente de pé, arremessou as adagas. Os dois Stilletos passaram ao lado da cabeça do cavaleiro de raspão e fincaram na árvore à sua frente, perto do rosto de Lynne, que estava estática com a atitude da jovem sacerdotisa.


  

Se tinha uma coisa que a loira detestava mais do que rasgar sua roupa em tombos era que rasgassem por ela. Com a cabeça baixa, a moça avançava em Lynne a passos lentos. Em mãos, seu fiel Atordoador. E seu corpo parecia emanar uma aura horripilante que causaria medo até no cruel Baphomet.


  

- C-Cath... Calma... – O cavaleiro falou baixo, tentando aplacar a fúria que se abatera sobre a colega.


  

- Não me mande... – A sacerdotisa sibilou perigosa, partindo para cima da mercenária estática agora mais velozmente. Seu corpo recebera um Aumentar Agilidade instantâneo. – Ficar calmaaAAAAAARGH! – E novamente, o rosto da jovem se encontrava com o chão. Seriam saudades?


  

- Cath? Está... Tudo bem? – Aukyner se aproximou, com sua espada em mãos e em posição de defesa. Aparentemente o rapaz estava com mais medo da loira do que de Lynne no momento.


  

- Por que sempre comigo?!?! – A sacerdotisa esperneou que nem uma criança pequena, levantando o rosto todo sujo de terra. Ao encarar a moça de cabelos róseos, um enorme sorriso brotou em seus lábios. – Lynne! – Catherine levantara do chão e rapidamente abraçou a garota, afundando o rosto da coitada entre seus seios.


  

Era a chance da mercenária! Mas ela não conseguia ferir a sacerdotisa de maneira alguma, pois ela ficava balançando-a enquanto soltava gritinhos felizes. Até que foram separadas brutalmente.


  

- Ela tentou te matar! – Aukyner tomava a frente de Catherine, agora em posição de ataque e com um olhar decidido. Iria proteger a jovem até o fim.


  

A loira acreditava piamente em seu amigo, mas também não queria crer em suas palavras. Tudo bem que Lynne era uma mercenária e a garota viu e ouviu coisas que não deveria. Mas seria motivo suficiente para a jovem ser enganada daquele jeito? Grossas lágrimas brotaram dos olhos da sacerdotisa e a mesma saiu correndo. Mas não foi muito longe. Caíra novamente e o rosto afundara no solo. Porém, por culpa de uma Mandrágora que agarrara suas pernas e agora quase a enforcava.


  

- Cath! – Aukyner correu para socorrer a loira, mas antes de chegar mais perto, a Mandrágora havia caído aos seus pés, completamente cortada.


  

E o que aconteceu a seguir foi inesperado. Lynne ajudara a sacerdotisa a levantar do chão. Com cuidado, a mercenária limpou o rosto da jovem com um lenço e encarou-a. Guardou as Katares e se dirigiu para os Stilletos. Tirou ambos da árvore com um pouco de dificuldade e guardou no cinto.


  

- O que... Exatamente irão fazer? – A jovem de cabelos róseos indagou, de costas para ambos.


  

O casal se entreolhou. Perguntavam-se se a garota era confiável ou não depois do que havia feito. Mas antes de Aukyner dizer que não era da conta dela, Catherine foi contando.


  

- Iremos procurar uma cidade que a muito dizem que desapareceu. Encontramos algumas instruções de como chegar lá na parte antiga da biblioteca da catedral. E quando acharmos ela, iremos até um lugar que nenhum outro guerreiro foi... O lendário Santuário de Odin! – Os olhos da jovem brilharam ao falar a última frase.


  

- Posso... Ir com vocês? – Lynne perguntou timidamente, se virando para ambos com um pequeno sorriso.


  

Antes de Aukyner poder discordar, uma cegante luz partiu das mãos da sacerdotisa e foi parar no chão. A jovem havia aberto um Portal e, sem a permissão do cavaleiro, empurrou ele e a mercenária para dentro do mesmo.


  

Ao abrir os olhos, o rapaz não gostou nada do que viu. Aquela imponente torre e os inúmeros canais não deixavam dúvidas sobre que cidade era aquela.


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