Too Close escrita por Kirara-sama


Capítulo 2
Confusão




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Ao chegar mais perto da sacerdotisa, o estranho pode reparar melhor nela. Cabelos dourados e olhos de um azul céu tão límpido que por um segundo pôde confundi-la com uma Valquíria. O corpo da jovem era bem dotado, dando-lhe um ar certamente sensual. A pele era bem clara e de aparência macia. Mas o sorriso tão infantil no rosto quebrava qualquer pensamento depravado que se tivesse sobre a jovem.

  

- Makoto! Devolva já o meu Atordoador!

Foi tirado de seus devaneios quando viu a sacerdotisa correr atrás de um garoto perto dos nove anos, cabelos castanhos e olhos verdes. Logo, a criança corria em volta do seu corpo com uma bela maça em mãos, bem cuidada e de aparência nova, sendo seguido pela loira, que corria desengonçada.

- Haha! Você não me pega! – O menino foi interrompido pelo estranho, que pegara a arma da mão do garoto.

Viu com certo prazer toda a alegria do garoto murchar em segundos. Porém, um grito feminino chamou-lhe a atenção. No chão se encontrava a sacerdotisa, com uma parte da batina rasgada e o rosto afundado no solo. As crianças correram para socorrê-la e limpá-la.

- Tome... – O estranho se aproximou e estendeu a arma furtada de seu alvo.

- Muito obrigada! – A sacerdotisa, já recuperada do tombo, quase pulou em seu pescoço, mas parou antes para analisá-lo.

  

Cabelos róseos, curtos e chamativos contrastavam com olhos cor de rubi. O rosto era fino e as bochechas estavam, no momento, muito rosadas de constrangimento. A pele era morena, graças ao sol constante do deserto. Não se podia ver muito do corpo, já que ainda estava coberto pela grossa capa escura.

- Nossaaaaa! Você é uma menina muito bonita! Qual seu nome? Quantos anos você tem? O que faz aqui? – Os olhos azulados da sacerdotisa brilharam só de encarar os cabelos exóticos de sua algoz e já a bombardeara com perguntas. Quanta ingenuidade.

  

- Podemos... Conversar a sós? – A face da jovem assassina foi tomada por um rubor mais forte, fingindo vergonha.

- Claro claro, vamos dar uma volta! E crianças, melhor voltarem antes que seus pais venham reclamar comigo... De novo. – A loirinha se despediu dos pequenos e saiu arrastando a moça de olhos vermelhos para a praça. – O que queria falar comigo? A propósito, meu nome é Catherine, Catherine Shiba, e o seu?

- Se importa se andarmos em um lugar com menos pessoas? Aqui tá muito quente... – Antes mesmo da jovem de capa preta terminar de falar, Catherine a puxou para umas ruelas mais afastadas do centro.

- Sem problemas mocinha! O que veio falar comigo? Estou encrencada de novo? A Madre Superiora sabe que eu durmo durante as cerimônias? – A sacerdotisa quase se descabelava, mas a assassina achava aquilo certamente cômico.

- Não! Eu só tenho um recado para você... – A moça já preparava suas fiéis Katares quando foi derrubada.

A loira novamente tropeçara nos restos da bainha de sua batina e caíra por cima de sua acompanhante. Por um instante, ambas se encararam longamente, olho no olho. Ambos os narizes se tocavam e podiam sentir a respiração uma da outra. Até que...

- AAAAAAAAHH!! – Catherine levantou-se em um pulo, mas acabou batendo com as costas em um barril, que servia de apoio para muitas caixas velhas e sujas, algumas vazias, outras cheias de lixo. A jovem sacerdotisa foi soterrada pelas caixas.

“É agora!” A assassina retirou a capa e se levantou rapidamente, quase retirando as Katares para golpear seu alvo, mas parou abruptamente ao ouvir uma voz firme, porém doce, chamar pela loira.

- Cath?


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