27 setembro de 2026 * domingo

Ilhas de Capri, Itália. – 08:30 da manhã

- Merlin! JAKE! – gritou Lílian fazendo a volta no barco. – JAKE! – com lágrimas nos olhos ela entrou para dentro do barco. Segundos depois, o barco de um solavanco.

- O que aconteceu? – perguntou Isabelle se desequilibrando e caindo no chão de madeira.

- JAKE! – eles puderam ouvir a voz desesperada de Lílian.

- Lí! – gritou Rose correndo até a prima que estava pronta para se atirar no mar. Rose segurou Lílian a tempo. – Pelo amor de Merlin, você ficou louca?

- O Jake! – gritou Lílian tentando se soltar dos braços de Rose. – Ele caiu!

- Ruiva! – gritou Jake. Lílian começou a procurar-lo, não temia esconder as lágrimas.

- JAKE! Pelo amor de Deus, onde você está? – perguntou Lílian desesperada se apoiando na grade.

- Aqui Ruiva. – disse Jake no mar perto do barco. Ele estava sentado em animais estranhos. Metade cavalo, metade peixes. Isabelle ficou encarando aqueles animais, como se eles fossem dar a resposta para os problemas.

- Pelo amor de Merlin, suba logo. – suplicou a ruiva entrando novamente no barco. Marcelo e Eros ajudavam Jake a subir, enquanto Rose se aproximava de Isabelle.

- Belle, está tudo bem? – perguntou ela colocando a mão no ombro dela.

- Eu já vi estes animais antes. – comentou Isabelle com o olhar fixo nos animais estranhos. – Numa visão. O traidor usava um anel. – relatava Isabelle com os olhos fixos. – Ele entregava uma carta para nereidas, sereias, sei lá. E elas montavam nesses animais. Qual é o nome deste animal? – perguntou ela vendo o cavalo bater sua cauda.

- Hipocampo. – respondeu Rose. - O hipocampo serve de companhia e montaria às nereidas e de animal de tração ao carro de Poseidon.

- Jake! – exclamou Lílian voltando para o piso com uma toalha, ela foi correndo para o marido estendido no chão. – Pelo amor de Merlin, você está bem? – perguntou ela o secando com a toalha. As mãos tentavam secar todas as partes do corpo ao mesmo tempo.

- Estou ruiva. – disse ele sendo puxado para um abraço.

- Deus, você tem certeza que não bateu a cabeça, quebrou alguma osso? – perguntou Lilian olhando todas as partes do corpo de Jake que revirava os olhos. Ele segurou o rosto de Lílian e o puxou de encontro com o seu, selando um beijo.

- Oi gente. – cumprimentou uma pessoa. Todos viraram para ver quem era.

\t\t  O homem estranho era alto e tinha cabelos escuros e grandes, amarrados por um laço. Estava todo molhado.

- Olá Marcelo. – cumprimentou ele. Marcelo ficou vermelho.

- Er... Oi? – cumprimentou meio indeciso. O homem abriu um sorriso um tanto satisfatório.

- Onde está minha filhinha? – perguntou ele procurando com os olhos. Marcelo ficou pensativo e em seguida empalideceu.

- Poseidon? – perguntou Marcelo cuidadosamente. O homem ergueu a cabeça.

- Sim? – confirmou ele. Poseidon foi até Marcelo e deu um aperto de mão. – Onde está Dallas? – perguntou ele vasculhando o barco com os olhos. Marcelo engoliu em seco.

- Com a Medusa. – disse Marcelo. Poseidon ficou sério, analisava as informações. Quando as mesmas pareciam ter sido processadas por completa, uma onde enorme bateu no barco fazendo o barco inclinar. As ondas altas batiam no barco fazendo água invadir o piso de madeira. – PARE! – gritou Marcelo desesperado assim que uma onda de 20 metros apareceu diante deles. Poseidon voltou a realidade e o mar voltou a ficar calmo.

- Como ela pegou a minha filha? – perguntou ele furioso. Marcelo puxou o deus para um lugar mais afastado.

- Temos um traidor entre nós. Ele junto com Perséfone entraram na casa de um amigo e seqüestraram Rafaela e Dallas. – relatou Marcelo. Poseidon ficou vermelho novamente.

- Perséfone? – perguntou ele com o cenho franzido.

- Sim.

- Ela não seria capaz disso! – disse Poseidon como se aquilo fosse um absurdo.

- Ela foi. – disse Marcelo dando ombros.

- Tenho que conversar com ela. – murmurou ele. Poseidon ergueu o olhar e encarou Marcelo. – Me mantenha informado. Estarei todo dia com vocês. – disse ele correndo para o mar, pulando a grade e indo de encontro com o Hipocampo que o esperava. 

- Vocês estão bem? – perguntou Marcelo se virando para o restante do pessoal. Eles afirmaram com a cabeça. – Vamos lá dentro. – pediu ele indicando o interior do barco. Todos seguiram para lá enquanto ele pegava um papel, deixado pelo águia.

“O mocho negro tem a resposta”. Suspirou.

- De novo não. – pediu ele. Pegou o papel e foi para dentro do barco. Teria que falar com Scorpius, Rose, Lílian e Jake em particular. O traidor não podia suspeitar.

POV Traidor

“Cara mestra.

Ouvi a conversa que o Scarpari teve com o Malfoy, Weasley e Stone. Tive que disfarçar. Eles não podem suspeitar de mim. Em todo caso, vamos para a Grécia. Temos que encontrar um mocho negro da nossa querida Atena. Ficamos descobrindo que temos que encontrar o bendito mocho graças ao “Papai do Céu”. Maldito Zeus. Se ele não tivesse aparecido, a sereia, sempre esqueço o nome dela. Ela e a Weasley começaram a cantar, então a sereia parou de cantar. Ela iria matar a Weasley quando a águia interferiu. Bendita águia. Bom, aqui me despeço para não levantar suspeita, afinal? Para quem eu escreveria num mundo mitológico paralelo ao nosso?

Seu servo.”