Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 63
Capítulo 63




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27 setembro de 2026 * domingo

Ilhas de Capri, Itália – 07:10 da manhã

Nos capítulos anteriores...

Rose é enfeitiçada:

“Aquela cena podia ser apavorante, mas ele não sabia como se mexia. Ainda estava em choque. Ele via Rose prensada na parede por Marcelo. Um braço da morena estava erguido na parede, sendo segurado pela mão de Marcelo, enquanto a outra mão de Rose bagunçava os cabelos castanhos dele enquanto o mesmo mordia o pescoço dela enquanto sua outra mão a acariciava mais embaixo, por dentro da calça do pijama.

- Eu não lembro de nada. – murmurou ela.”

Scorpius também:

“- Espero que sejam felizes. Weasley. – chamou Scorpius. Rose ergueu o olhar magoado para ele. – Acredito que você vá ficar sozinha, já que o Scarpari tem a Rafaela e uma filhinha adotiva. Olha, eu não sei se a Rafaela sabe disso. A Rafaela sabe que esse filho é dele? – perguntou ele cínico apontando para Marcelo. – Por que meu ele não é mais.”

Marcelo, Rose e Scorpius vão conversar:

“- Vamos conversar? – perguntou ele.

- Vamos. – concordei me virando e ficando de frente para ele. Vi ele levantar e sair dali. Segundos depois, ele voltou com Scorpius atrás de si. Engoli em seco. Aquela seria uma longa conversa.”

\t\t  Rose viu Scorpius entrar na sala e seu coração deu um salto. Merlin, por que ele simplesmente não se jogava dum precipício e a deixava em paz? Rose respirou fundo e se ajeitou no chão da linda sala. Marcelo puxou uma cadeira até a frente de Rose e fez menção para Scorpius sentar ali enquanto ele sentava ao lado de Rose que imediatamente procurou sua mão.

- Queremos conversar. – disse Marcelo. “Ele quer conversar”. Corrigiu Rose pensando.

- Não temo o que conversar. – disse Scorpius se levantando. Marcelo ergueu a varinha, trancou a porta e ordenou.

- Sente. – ordenou Marcelo vermelho.

- Não manda em mim. – disse ele rude abrindo a porta. Rose ficou vermelha e com a mão lançou um pouco de fogo na porta. Ela se levantou e ficou atrás dele. – Ficou louca?

- Louca para ti queimar vivo sim, mas não vou fazer isso se você se sentar.

- Não mandam em mim. – repetiu ele. Rose respirou fundo. Paciência tinha limite e a dela já tinha se esgotado.

- Malfoy. – chamou Rose. Ele começou a apagar o fogo de costas para a morena. – Malfoy. – chamou Rose novamente vendo ele de costas para ela. – Scorpius. – chamou ela docemente. Como se ele tivesse sido atingido por um Imperius, ele se virou e a encarou. – Olhe, eu ti amo faz seis anos. Eu me apaixonei pelos seus olhos, pelos seus cabelos lindos, pelo seu sorriso charmoso e pelo seu jeito de ser. A única vez que eu fiquei com Marcelo, foi quando você estava casado e você sabe disso! – disse ela aumentando de voz nas três últimas palavras. – Eu nunca ti traí enquanto estávamos namorando e muito menos agora que estávamos noivos e eu estou esperando um filho que também é seu! Eu estava aqui na sala observando os peixes e me perdendo na imensidão do mar, quando eu vi uma pessoa. – começou Rose ficando nervosa. – Ela me encarou e eu gritei. Não sei por que, mas eu gritei. Marcelo veio correndo saber por que eu tinha gritado e aí ele olha para a pessoa e... – ela não conseguia falar. Chorava e passava a mão no cabelo nervosa. Scorpius segurou ela no ombro e aquilo fez com  que ela se acalmasse. – Depois você veio e começou a gritar comigo! Eu queria ti contar que eu não lembrava nada, mas não! – exclamou ela gesticulando muito. – Você não ouviu, já foi tirando conclusões precipitadas, me chamando de várias coisas, terminando comigo, me chamando de vagabunda... – mas ela não pode terminar. Scorpius, numa atitude nervosa, a puxou pela nuca para um beijo. Ele sentiu o gosto salgado das lágrimas misturado com o gosto doce que era os lábios dela. Aprofundou o beijo e pôs a língua para explorar a boca dela.

- Hun hun. – pigarreou Marcelo incomodado. Rose se afastou dele.

- Se eu ti disser que eu não lembro de nada da briga, você acreditaria em mim? – perguntou Scorpius nervoso.

- Acredito. Por que aconteceu a mesma coisa comigo. – comentou ela. Ele sorriu e deu um selinho nela. 

- Como foi a briga? – perguntou Scorpius timidamente. Rose engoliu em seco.

- Você dizia que eu estava ti traindo com Marcelo e que eu estava grávida para dar um golpe da barriga em você.

- Você nunca seria capaz de fazer isso... – murmurou ele.

- Sim, mas você não me escutou. Me chamou de vagabunda e que não queria... – nessa hora, Rose não agüentou e começou a chorar.

- Não queria o que?

- Você não queria ela – disse Rose passando a mão na barriga – como filha.

- Por Merlin! – exclamou ele. – Eu nunca vou querer isso! – exclamou ele abismado. Rose ainda chorava, porém agora mais calma. Scorpius estava aturdido com tudo aquilo. Segurou as bochechas de Rose com as mãos e ergueu a sua cabeça, fazendo ela olhar para ele. – Eu sempre vou querer ela está ouvindo? – perguntou Scorpius.

- Estou.

- Eu nunca vou rejeitar ela, você e qualquer bebê. – disse ele sério. Ela deu um sorriso de lado. Rose se perdeu naqueles olhos azuis brilhantes que ela tanto amava. Mas a visão daqueles olhos azuis deu lugar para uma visão completamente diferente.

\t\t  Ela estava deitada e na sua frente, um médico e uma espécie de computador. Ao seu lado, Scorpius.

- Como ela vai? – perguntou Rose passando a mão na barriga de meses. O médico se virou para eles.

- O certo seria: como eles vão. – disse o médico dando um sorriso de lado.  – É um casal. – disse ele sorrindo abertamente.

- Rose? Rose! – chamou Scorpius. Rose piscou e voltou a realidade. Ela deu um sorriso e o abraçou forte. – O que houve? – perguntou ele preocupado a envolvendo no abraço.

- Você está certo do que disse em relação a qualquer bebê? – perguntou ela. Ele ergueu a sobrancelha e pediu mentalmente para ela continuar. – Eu estou grávida de um casal.

- Não... – murmurou ele abobado.

- Sim. – confirmou ela. Ele sorriu e a abraçou.

- Merlin Rose... Como você consegue fazer o homem mais feliz do mundo? – perguntou ele segurando seu rosto e beijando ele todo. Ela sorriu diante da reação do loiro. Ele se separou dela e abaixou a cabeça como se estivesse envergonhado. – Por tudo quanto é mais sagrado, quer esquecer tudo e ser novamente minha esposa? – perguntou ele ajoelhado. Ela sorriu chorando e assentiu com a cabeça.

- Gente! – exclamou Marcelo. Eles se viraram e olharam para ele que olhava abismado para o vidro. O casal tentou fazer o mesmo. Viram rochas e mais rochas ali.

- Vamos bater! – exclamou Rose nervosa saindo dali e subindo as escadas correndo. Marcelo e Scorpius a seguiram. Viram que ela estava na ponta do barco. Ela estava olhando para frente, fixa.

- Rosa? – chamou Marcelo. Rose num movimento rápido e silencioso se virou lançando um feitiço neles, os fazendo voarem metros e caírem desacordados. Ainda assustada, ela foi descendo as escadas correndo e bateu na porta do quarto de Lílian.

- O que foi? – perguntou ela assustada.

- Sereias. – respondeu Rose vermelha.

- E o porquê você está vermelha? – perguntou ela colocando um chambre apressada.

- Elas seduzem os homens. Tive que estuporar Marcelo e Scorpius... – comentou ela.

- Jake. – murmurou Lílian olhando para os lados. – JAKE! –gritou Lílian ao ver o marido correndo para a parte superior do barco. Rose e Lílian chegaram lá e viram Isabelle tentar segurar Eros. Jake e Rocha já estavam quase pulando do barco em direção das rochas. Com a varinha na mão, as três mulheres conseguiram colocar os homens amarrados a grade do barco.

- Olhe Thelxiepia... – começou uma das várias mulheres. Ela e mais duas esticaram suas asas negras e grandes e voaram para o piso do barco, pousando delicadamente. – Vejo que a nossa amiguinha Weasley aproveitou o tempo com o bonitão do Scarpari. – disse ela indo até os homens na grade. Ela se ajoelhou sobre os pés bem cuidados e tocou no rosto de Marcelo que se mexia desesperado para sair dali. Ela beijou de leve seus lábios e se afastou.

- Você. – disse Rose olhando fixa para uma mulher bela que alisava o cabelo negro, sentada na grade do navio. A mulher se limitou a erguer a cabeça.

- Eu... – começou ela incentivando Rose a continuar a falar.

- Você que nos enfeitiçou. – deduziu Rose. As três mulheres riram da cara de Rose que ficou vermelha. A terceira mulher, loira, se aproximou de Rose.

- Você pensa que está onde? – perguntou a mulher erguendo a sobrancelha. Ouve-se um canto melódico e suave vindo da mulher ruiva que se aproximou deles. Isabelle viu que eles se contorciam e os estuporou. – Vocês não estão mais no mundo pequeno e insignificante de vocês. Vocês estão no nosso mundo. Aqui podemos fazer coisas que vocês nem imaginam. Os deuses não gostam de humanos no mundo deles. Você. – disse a loira apontando para Rose. – Irá se dar muito mal com Atenas. Você. – disse ela apontando para Isabelle. – Assim como nós, irá se dar mal com Afrodite. Ela nos mandou aqui por que falamos a verdade. Falamos que somos mais lindas que ela. E você ruivinha. – disse ela apontando para Lílian. – Se dará muito mal com Deméter! Eles também. Pisinoe, é contigo. – disse a mulher de cabelos claros. Pisinoe se aproximou e começou a cantar.

\t\t  A música começou a ser ouvida e foi causando agonia entre eles. Isabelle e Lílian se contorciam. Os homens mesmo tendo sangue saindo de suas orelhas, queriam se aproximar das sereias. Rose olhou assustada para a cena. O coração a mil e a única coisa que conseguiu pensar foi cantar. Abriu a boca e começou a cantar.

\t\t  A luta de melodias era evidente ali. Pisione e Rose aumentava o volume da música, aumentava o ritmo. A música entrava e saiam de seus poros. O barco continuou avançando. As ondas batiam em volta do barco junto com o ritmo da batalha travada entre elas. Com a respiração ofegante, Pisinoe parou de cantar. “As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.” O silêncio ali foi agonizante. Os homens se contorciam pedindo mais e mais do seu canto hipnotizante. As mulheres agradeceram aos Deuses. Pisinoe se aproximava de Rose que percebia que era o seu fim, quando uma águia sobrevoou o barco e parou entre a sereia, que por instinto esticou as asas, e Rose que deu um sorriso de lado.

- Parece que não iremos nos dar mal com ele. – alfinetou Rose. Pisinoe cerrou os olhos e saiu dali voando, com as duas outras duas mulheres. A águia sumiu e no seu lugar um papel. Os homens ainda se contorciam, suplicando pelas sereias e seu canto hipnotizante. Jake conseguiu se soltar e se passava a perna pela grade, pronto para pular.

- JAKE STONE, NÃO OUSE ME TROCAR POR ELAS! – gritou Lílian vermelha. Como se o poder hipnotizante tivesse passado, ele sacode a cabeça.

- O que faço aqui? – perguntou ele vendo que estava sentado na grade.

- Ia se matar. – murmurou Lílian se aproximando dele para ajudar-lo a voltar para o piso de madeira. Jake aceitou a mão de Lílian, passou o pé para a barra de cima e se preparou para passar a perna para o outro lado, quando o pé escorregou e ele ficou pendurado do lado de fora do barco, sendo segurado apenas pelas mãos de Lílian. – Jake... – chamava Lílian assustada. Jake tentou se segurar pela grade do barco, mas era praticamente impossível. Ele balançava de acordo com o movimento do barco, estava muito afastado da grade. A mão dele desceu alguns milímetros e o coração de Lilian aumentou desesperadamente. – Jake não solte! – suplicou Lílian sentindo seus dedos doerem de tanto que apertava a mão do marido.

- Eu vou cair. – murmurou Jake.

- Não vai! Eu não vou deixar. – respondeu Lílian que puxava forças de onde não tinha para puxar o marido. A mão desceu mais alguns milímetros. – Jake! Segure firme! Pelo amor de... – ela não pode terminar de falar. A mão de Jake desceu por completo, fazendo o moreno cair nas águas turbulentas do mar.


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Notas finais do capítulo

Oi gente. Comentem ok??
Quero que sejam sinceros!!
Beijos