24 setembro de 2026 * quinta-feira

Local desconhecido

- Muito bem Perséfone. – parabenizou a mulher sentada numa cadeira, onde sentia o poder entrar e sair do seu corpo. A cadeira estava no alto, o que fazia com ela tivesse uma visão favorável de tudo aquilo que um dia seria seu.

- Obrigada madame. – agradeceu Perséfone com um leve aceno de cabeça. – Não acha que seqüestrar as crianças foi uma idéia errada? – perguntou Perséfone. A mulher na cadeira a olhou como se ela fosse louca, Perséfone logo abaixou a cabeça.

- Ficou louca! – esbravejou a mulher se levantando.  Perséfone sabia que por segurança devia abaixar a cabeça, mas não deixou de enfrentar-la.

- Acredito que foi um ato de loucura. – repetiu Perséfone. A mulher bufou e se aproximou de Perséfone.

- Olhe nos meus olhos e repita. – desafiou a mulher sabendo que Perséfone não seria capaz de tal coisa.

- Se eu pudesse. – murmurou ela saindo dali. A mulher respirou contente e se virou par o homem que estava ajoelhado.

- Graças aos Deuses você não estava lá quando Perséfone apareceu. – comentou ela aliviada.

- Por quê? – perguntou ele ainda olhando para baixo.

- Você teria ficado muito surpreso e poderia estragar os planos...

- Mas eu...

- Basta! – esbravejou mulher jogando um líquido no braço dele. O homem calou-se e agüentou sofrendo a dor.  – Volte para lá. – ordenou ela. - Não se esqueça de limitar as informações que eles terão. – disse a mulher.

- Sim senhora. – respondeu o homem segurando o braço para tentar estacar o sangue.

- Agora vá. – ordenou a mulher. – Vá antes que a mulher com quem você anda, acorde e desconfie de você. – ordenou a mulher sumindo dali.

            O homem finalmente ergueu a cabeça e olhou para onde estava.

- Deus. – murmurou ele. – Onde eu fui me meter? – perguntou ele para si mesmo aparatando.