Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 2
Capítulo 2




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*28 de março de 2026 – 8:00 da manhã * Sábado

Apartamento de Rose Weasley

 

- This time... This place... Misused... Mistakes… - o celular começou a tocar a música que sempre gostou. Emburrada, atendeu ao telefone.

- Alô? – atendeu ela olhando para o relógio que marcava inocentemente 8 horas da manhã dum sábado frio e congelante ao lado da sua cama vazia.

- Bom dia! – disse uma voz animada. Ela bufou se jogando na cama, fazendo seus cabelos castanhos balançarem contra o travesseiro.

- O que você quer? Espero que seja algo importante! – resmungou ela querendo se encontrar com ele pessoalmente para torturá-lo e depois matar ele.

- Claro que é! Liguei para avisar que iremos jantar hoje as nove horas. – disse ele. Ela resmungou algo inaudível.

- Não ta falando sério, está? – perguntou ela rezando para que seja algo importante. 

- Não. Estou tirando sarro da sua cara. – disse ele rindo dela.

- Vá para o inferno Malfoy. – esbravejou ela. Ele riu mais ainda. – Você bebeu?

- Claro que não. Por que a pergunta? – perguntou ele bem humorado.

- Por você ter me ligado as oito horas da manhã não ti faz pensar o motivo?

- Ah claro! Eu queria ti convidar para um café da manhã. – convidou ele. Ela respirou fundo e soltou tudo como se quisesse transparecer toda sua frustração naquela respiração.

- Que horas?

- As nove horas. Passo aí para ti pegar. O que acha? – perguntou ele. Ela olhava para os lados como se ali encontraria uma resposta. Sem encontrar nenhuma resposta, resmungou.

- Estarei ti esperando.

- Perfeito. – disse ele desligando o telefone. Ela bufou e jogou suas cobertas para o canto. Sentiu um frio.

Lentamente foi até a janela. Preguiçosamente separou as cortinas. Apenas para ver as folhas das arvores se balançarem. Resmungando foi para o guarda roupa, pegou uma muda de roupa e foi para o banheiro.

 

9 horas:

 

- Toc toc. – disse Scorpius entrando no quarto. Viu Rose terminando de colocar o sapato. – Oi.

- Oi. Bem pontual. – disse ela se levantando. Ele analisava ela. Cada dia que passava ele tinha certeza que amava cada vez mais aquela mulher.

- Para onde vai? – perguntou ele curioso. Ela olhou para ele.

- Como?

- Vai aonde toda arrumada? – perguntou ele querendo saber meio enciumado.

- Vou tomar café da manhã com você. – disse ela como se fosse óbvio. Ele fez careta de confuso.

- Quem ti disse isso?

- Você ligou hoje as oito horas da manhã para falar que iria vir aqui as nove para tomarmos café da manhã.

- Não! Eu liguei para lhe falar que iria ti buscar para fazermos um piquenique.

- O quê?! – gritou ela exasperada. – Você bebeu alguma coisa?

- Por que você acha que eu bebi alguma coisa? – perguntou ele emburrado.

- Por que você está muito animado e por que você está toda hora mudando de planos! – disse ela. Ele revirou os olhos. – Aonde vamos? Para ter certeza! – pediu ela. Ele resmungou roucamente no ouvido dela.

- Apenas se segure em mim. – pediu ele. Ela inconsciente segurou no braço dele e antes que ela pudesse raciocinar o que ela fez, eles aparataram.

 

            O lugar era um campo. Com flores e mais flores em volta deles. Ela ficou fascinada. Amava flores. Observava atentamente tudo. Estava tão absorta na paisagem. Sentiu ele se aproximar. Estremeceu ao sentir o contato de sua mão dominadora contra sua barriga, como se aquilo fosse natural deles, ela colocou sua mão sobre a dele. Sentiu um frio no estomago ao sentir a contração da barriga dele com as suas costas. Sem perceber, encostou a cabeça no ombro dele e fechou os olhos.

            Podia sentir a brisa batendo contra o seu rosto e levantando o seu cabelo. Adorava aquela sensação. Podia ouvir a queda duma cachoeira a quilômetros de distancia. Podia ouvir a canção maravilhosa da natureza. Podia sentir o cheiro das flores. Podia sentir a energia que a natureza passava para ela. Estremeceu ao sentir a bochecha de Scorpius contra a sua.

- Amei esse lugar. – comentou ele. Ela gemeu. – Principalmente por você estar aqui. Comigo. – murmurou ele roucamente. Viu os pelos do pescoço se arrepiar. Afastou seu rosto do dela e virou-a de frente para si. Ela abriu os olhos e encontrou duas bolinhas que expressavam liberdade encarando-a. – Meu Merlin Rose! Eu ti amo incondicionalmente. Sem limite. Sem hora para acabar. O mundo pode acabar que eu ainda vou estar ti amando. Eu amo o seu jeito de bufar. O seu jeito de gesticular com essas mãos que eu amo também. – disse ele beijado as costas das mãos dela. Ela ouvia atenta. – Desde os meus quinze anos eu quero ti beijar a hora que eu quiser. Todo dia que eu acordo e vejo a minha cama vazia eu fico horas imaginando como seria se você estivesse ali. Do meu lado. Eu a quero ao meu lado. Todo minuto da hora. Toda hora do dia. Todo dia do mês. Todo mês do ano. Todo ano das décadas, todas as décadas dos séculos e de todos os séculos dos milênios. Quer discutir com você para saber que cor colocar no nosso quarto. Ou discutir o nome do nosso filho. Eu quero invejar os outros por que eu tenho a melhor mulher do mundo ao meu lado. Eu te amo! – desabafou ele. Ela ainda o olhava perplexa. – O que você tem a me dizer? – ele perguntou. Ela olhava para ele. As informações sendo processadas lentamente.

Ela olhou profundamente e sem mais nem menos o beijou. As mãos suaves e delicadas envolveram-lhe a nuca num gesto rápido. Scorpius sequer teve tempo de se dar contar do que viria, antes de os lábios de Rose arrebatarem os seus. O impacto do peso de Rose foi o suficiente para que eles caíssem no chão, fazendo Scorpius sofrer algumas fraturas nas costas. Mas aquilo não era importante. Não no momento. Scorpius segurava possessivamente a cintura dela ousando colocar suas mãos ávidas na pele macia dela. Ela murmurou algo ininteligível. Scorpius sentiu os lábios macios dela moverem sob os seus. Era seu nome que ela sussurrara, pensou quando o som se tornou audível.

O sangue lhe pulsava apressado nas veias enquanto Scorpius a segurava firme contra o corpo rijo. Ela não lutou. Nem poderia. Nem queria. Estava eletrizada pela corrente de energia que dele emanava e a mente derretida num turbilhão de sensações.

E como se a consciência tivesse voltado, eles se separaram. Ele sentou numa arvore e puxou ela.

- Por que tudo isso? – perguntou ela pensativa.

- Por que eu ti amo. – respondeu ele simples.

- E o que você quer de mim? – perguntou ela não querendo saber a resposta.

- Quero que você se case comigo. – pediu ele mostrando uma caixa com um anel de brilhantes azul para ela. Lágrimas saiam escondidas de seus olhos castanhos em que falavam que tinham um segredo. E que bom não era. Ela se levantou. Ele levantou junto. – O que aconteceu? – perguntou ele abraçando ela. O coração dele começou a bater rápido. Tinha uma idéia do que tinha acontecido. Não queria que fosse real. Era tudo apenas imaginação. Será?

- Eu não posso aceitar. – murmurou ela apertando ele. O coração dele pulsava mais rápido. Não podia ser.

- Aceitar o que? O anel? – perguntou ele querendo que fosse o anel que ela recusara e não o pedido. Ela sorriu de lado. – Não aceite o anel, se esse for o caso.

- O seu pedido. – disse ela. O coração dele tinha parado de bater. – Me perdoe.

- Por que? – pergunto ele confuso. – Ti perdoar pelo o que?

- Eu vou viajar. Na segunda. Não me verá por seis meses. – disse ela. Ela olhou para ele. – Apenas me prometa que não vai se esquecer de mim. – pediu ela.

- Eu nunca vou me esquecer de você por que eu ti amo. – disse ele. Ela sorriu e beijou brevemente. Ela pode sentir o anel entrar gentilmente no seu dedo. Ela se separou dele, mas ainda abraçada. – Você também não vai se esquecer de mim.

- Eu ti amo. – disse ela antes de aparatar.

            Ele ficou parado ali. Observando a paisagem. Como o mundo era estranho. Uma hora estava tudo perfeito. Outrora o mundo havia desmoronado. Triste com si mesmo, aparatou.

 


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Notas finais do capítulo

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