Hilf Mir Fliegen escrita por andeinerseite


Capítulo 8
Azar... Ou seria sorte? - Parte II


Notas iniciais do capítulo

YAY? q
Da última vez que eu postei, acho que o Nyah! atualizou muito rápido a lista de histórias e tem gente que não viu o novo capítulo ): por isso mandei MPs falando que estava atualizada para várias leitoras. Se você ainda não leu o outro, volte até lá e leia, pois é muito importante saber o que aconteceu no outro para entender este, ok?
Beijos e boa leitura!



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Chegamos finalmente à casa dele. Senti que minha boca tinha se aberto por conta própria e estava do formato de um O. Era enorme e linda! A casa dos sonhos de muitas pessoas. Na frente, um amplo jardim, muito bem cuidado, depois, a construção, branca com o telhado cor de mogno.

Abri a porta e saí, ainda chovia um pouco, portanto Bill tentou abrir a porta rápido, antes que ficássemos mais molhados do que já estávamos, se é que isso era possível. Tentei torcer a borda das minhas roupas antes de entrar, mas não deu muito certo...

Bill colocou a chave na porta e a girou; entramos. Adivinha quem foi a primeira pessoa que eu encontrei? Tom. Tinha que ser ele...

- Nicolle - disse ele, imediatamente assumindo aquele seu típico sorrisinho safado. Virou-se para o irmão. - Bill, por que você não avisou que a gente tinha visita em casa? - olhou-me maliciosamente. - Aí eu não teria marcado com a... a... vish, nem lembro o nome dela.

Dei uma risadinha sem querer. Claro, ele já deve ter saído com tantas garotas que agora fica até difícil lembrar dos nomes.

- Tom... Você ia sair, não ia? Então vai. - disse Bill, parecendo incomodado.

- Ai - respondeu o outro. - Qual é, eu não tenho pressa tá...

- Tom - repetiu entre dentes e pigarreou.

- Tá bom - disse Tom, emburrado. - Tchau pra vocês.

- Tenha uma boa noite - falei, cobrindo a boca com a mão para não rir.

- Tenho certeza que terei - mais um sorriso malicioso e ele saiu.

- Aff - murmurou Bill, revirando os olhos. - Vem...

A casa era tão bonita por dentro quanto por fora. Hm, eles sabem de decoração, pensei, enquanto o seguia, embora eu não soubesse onde ele iria me levar.

Paramos na frente de um quarto simples, com um sofá-cama e uma mesinha, além de um armário que estava vazio, tinha apenas os cabides sem roupas pendurados.

- Esse é o quarto de hóspedes - explicou Bill. - Quando compramos a casa, tinha mais quartos do que precisávamos, então esse fica vazio. Ah, tem um banheiro ali também.

- Ótimo, porque eu to mesmo precisando tomar um banho e tirar essas roupas encharcadas e... Opa - fiz uma pausa. - Eu não tenho roupas para trocar.

Silêncio.

- Ah, eu te empresto alguma coisa, aqui deve ter alguma coisa que serve em você... - disse ele.

Nada muito apertado, pelo amor de Deus! implorei mentalmente. Imagina uma calça skinny daquelas me apertando até a morte?

- Alguma coisa beeem folgada - pedi, com medo de ser indelicada.

Bill voltou com um moletom e uma calça, e eram bem larguinhos, de modo que até duvidei que fossem dele.

- Tá bom assim pra você? - ele deu uma risadinha.

- São suas ou do Tom? - perguntei, olhando as roupas que ele tinha me entregado.

- Eu também tenho algumas roupas largas, ok?!

- Hm - respondi. - Valeu.

- Por nada - disse Bill. - Agora eu vou deixar você, hã, tomar banho em paz.

Ri enquanto ele saía do quarto, fechando a porta. Entrei no banheiro e me despi, em seguida ligando o chuveiro e deixando a água quente correr pelo meu corpo frio, procurando alguma tranqüilidade depois daquele azar todo.

Depois de terminar meu banho, fui experimentar as roupas que ele havia me emprestado. Nem precisa dizer que ficaram enormes né? Tive que dobrar a manga do moletom e mexer no elástico da calça, pois estava bem larga. Depois de algumas mudanças, consegui finalmente ficar apresentável. E não podia reclamar de nada, afinal, Bill já estava sendo muito legal comigo por me deixar ficar na casa dele naquela noite.

Quando terminei de ajustar as roupas em mim, saí do quarto. Andei pelo corredor e desci as escadas. Vi a luz de um cômodo acesa, e, imaginando que Bill estaria lá, entrei. Era provavelmente o home theather, pois havia um raque com uma bela televisão de pelo menos 50 polegadas em cima, além de um enorme sofá marrom que, uau, parecia ser muito confortável.

E realmente, Bill estava lá, sentado no sofá e assistindo o que parecia ser um filme na TV.

- Senta aqui - ele fez um sinal para que eu me sentasse ao seu lado.

Me sentei, o sofá era mesmo muito confortável. O silêncio logo se tornou constrangedor e Bill se levantou, atrapalhado.

- Você, hã... - enrolou. - Quer beber alguma coisa?

- Pode ser - falei, dando de ombros.

Ele saiu da sala e, segundos depois, voltou com duas latas de coca-cola, me oferecendo uma. Imediatamente abri e tomei um gole.

Me concentrei na televisão, e fiquei pensando se já havia assistido aquele filme alguma vez. Parecia uma mistura de suspense com romance. Qual era o nome mesmo... pensei, me recordando dos filmes que já havia assistido.

Tomei mais alguns goles da minha lata e, quando tirei os olhos da TV, percebi que Bill estava me olhando e rindo.

- Que foi? - perguntei, tentando me fazer de séria.

- Tem uma gotinha de coca, um pouco acima da sua boca... - ele sinalizou.

- Aqui? - perguntei, tentando limpar. - Saiu?

- Ainda não. Espera aí, eu tiro...

Ele se aproximou de mim e contornou o meu lábio superior com o polegar. Pude sentir meu coração acelerar e minhas mãos tremerem, como se eu tivesse perdido o controle de mim mesma. Permanecemos em silêncio, e era perceptível que havia alguma coisa diferente no ar.

Estávamos muito perto um do outro... O rosto, a boca... Percebi que a respiração dele estava mais rápida do que o normal, assim como a minha. Seus olhos estavam fixos nos meus, e parecia impossível fazer qualquer movimento naquele instante, como se eu estivesse presa por algo coisa que era mais forte do que eu.

O que está acontecendo?

Mesmo sem querer, percebi que meu rosto se aproximava cada vez mas do dele, como... como se a gente fosse se beijar. Todos os pensamentos haviam sumido na minha cabeça, restando apenas aquele que me gritava: “chegue mais perto, mais perto...”

Merda, o que eu estou fazendo?

Era inútil qualquer tentativa de me afastar, mesmo porque eu não queria me afastar. De alguma forma, uma parte de mim me obrigava a ficar ali e continuar paralisada, enquanto a outra mandava eu me afastar e parar.

Fechei os olhos, até que um grito vindo da televisão mudou tudo.

- SOCORRO! - a garota no filme corria e gritava enquanto um homem com uma faca de aproximava dela.

Imediatamente voltei ao normal e recobrei a consciência do que estava fazendo. Instintivamente, me afastei e Bill tirou a mão do meu rosto, sem-graça, voltando rapidamente para o seu lugar e fingindo que nada havia acontecido. Resolvi fazer a mesma coisa.

Não aconteceu nada, nada mesmo. Repeti isso pelo menos umas cem vezes mentalmente, até me convencer de que sair de fininho dizendo que queria dormir era a melhor coisa a se fazer.

- Olha, já está tarde e eu vou acordar cedo pra trabalhar amanhã, então acho bom ir me deitar agora. - falei, me levantando e arrumando a almofada do meu lado.

- É, você tem razão. - ele também se levantou, desligando a TV. - Eu também já vou, então, boa-noite.

- Boa noite, e mais uma vez, muito obrigada, Bill. Por tudo.

Ele apenas sorriu, daquele jeito que faz seus olhos ficarem meio puxados, fazendo-me sorrir também. Finalmente, acenei com a cabeça e subi as escadas de fininho até o quarto de hóspedes. Logo me deitei e tentei não pensar muito, mas era impossível. Depois de pelo menos mais meia hora acordada, adormeci.



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Notas finais do capítulo

Então... rolou um ~clima~ entre eles né? LKÇKSMLÇKS
Reviews para deixar essa autora feliz *dança* n
:*