Hilf Mir Fliegen escrita por andeinerseite


Capítulo 17
Greece


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco, mas aqui estou com o novo capítulo. O primeiro capítulo de 2011 *-* weee -n

Considerem que a história se passa na época em que foi gravado o MTV World Stage Greece (outubro de 2009) e por isso até eu coloquei uma foto do show.

Boa leitura, a gente se vê lá embaixo.



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Acordei bem cedo, praticamente de madrugada, já que o nosso vôo era às 6 e pouco da manhã. Já tinha arrumado toda a minha mala na noite anterior. Depois de ver os últimos detalhes, fui com toda as minhas coisas - acredite, eram muitas - para a casa dos Kaulitz, onde Georg e Gustav também estavam, porque tínhamos combinado que iríamos todos juntos ao aeroporto. Dave - ele também tinha que ir com a gente, para filmar, lembra? - só apareceu depois, quando estávamos no aeroporto, e com um mal humor terrível.

O vôo atrasou bastante, só conseguimos sair de Hamburgo duas horas mais tarde do que o esperado. Depois de uma hora e meia, já chegamos à Grécia, graças ao fato de que os países da Europa são todos bem perto um do outro.  Aterrissamos em uma cidadezinha, e depois tivemos que pegar um ônibus exclusivo da banda até Atenas.

Foi no ônibus do TH que eu documentei a maior parte do backstage. Foi a parte mais divertida, eles eram mesmo muito engraçados e ficavam zoando com tudo - inclusive comigo, hunf. Era muito legal pensar neles não como estrelas do rock superfamosas, mas como quatro caras normais que, assim como todo mundo, só querem diversão.

Quando finalmente estávamos em Atenas, onde seria o local do show, fomos para um hotel cinco estrelas - imagine, cinco estrelas, eu nunca tinha estado em um hotel desses - onde almoçamos.

O show foi maravilhoso, como todos os shows do Tokio Hotel eram. A histeria das fãs, os gritos, a alegria, era algo simplesmente contagiante. Tudo era uma troca de energia: a banda transmitia energia, os fãs devolviam energia.

Quando acabou, dei um jeito de atravessar o monte de gente e, tendo um crachá de “pessoal autorizado”, entrei na parte que fica atrás do palco, atrás dos panos.

Eu estava no meio de todo aquele povo da iluminação, áudio e efeitos especiais. Procurava o camarim, ou algum dos integrantes, ou até Dave, parecia que eu estava perdida no meio de todas aquelas caixas de som.

De repente, uma porta se abriu e Bill colocou a cabeça para fora. Olhou em volta, até que seu olhar colidiu com o meu. Fez um sinal para que eu fosse até lá, e eu levantei a câmera, perguntando mentalmente se era para filmar mais alguma coisa, mas ele entendeu o que eu queria dizer e fez que não.

- Só venha aqui - li em seus lábios.

Passei no meio daquelas pessoas até chegar à ele e entrei na sala onde estava. Me surpreendi porque os outros três membros da banda não estavam ali. Isso significava que era alguma coisa só entre nós.

- Então - falei, me acomodando em um pufe que havia ali - o que foi?

Ele estava em um daqueles seus momentos de nervosismo, andava de um lado pro outro e mexia no moicano compulsivamente. Não pude deixar de soltar uma risadinha, era mesmo cômico vê-lo assim. Além de fofinho, claro.

Só não entendi porque ele estava daquele jeito. O show já tinha acabado, certo?

- Olha - Bill finalmente parou e se sentou em um enorme sofá em frente, suspirando em seguida - vamos direto ao ponto. Eu ensaiei isso umas cem vezes, mas parece que agora já não me lembro de mais nada - deu um riso nervoso. - Eu queria fazer isso da melhor maneira possível, mas, considerando que estamos em um camarim, vai sair ruim mesmo.

Olhei para ele como um sinal para que continuasse. Ele se levantou do sofá, se sentou do meu lado no pufe e segurou as minhas mãos.

- Enfim... Nicolle... Namora comigo?

Aquelas palavras me atingiram como se alguém tivesse se aproximado de mim e dito “oi, você ganhou a mega-sena!”. A diferença é que por dentro eu estava mais feliz do que se tivesse ganhado na loteria. Fiquei como que congelada, ainda sem acreditar no que tinha acabado de ouvir.

Bill fez menção de se levantar, ainda mais nervoso do que antes, esfregando as mãos.

- Af, eu sou mesmo um idiota, não devia ter adiantado as coisas e...

- Não - segurei o braço dele e o fiz se sentar novamente do meu lado. - Quer dizer, sim - dei um sorriso, espantada pela confusão de palavras - eu quero namorar com você, na verdade, é o que eu mais quero há muito tempo... É só que...

Parei. Eu não sabia exatamente como explicar os meus sentimentos, toda aquele meu blá blá blá de “não-quero-me-apaixonar”. Deixe as coisas acontecerem, disse para mim mesma. Afinal, pra que isso serviria agora? Eu já estava apaixonada fazia tempo.

- Só que...? - disse ele, para que eu continuasse.

- Não é algo que eu consiga explicar. - suspirei, segurando as mãos quentes dele novamente. - Eu te amo.

Ele me abraçou e eu encostei a cabeça em seu peito. - Eu também te amo.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que ouvi uma voz conhecida do lado de fora do camarim.

- Nicolle! Nicolle! - alguém estava me chamando lá fora.

- Droga - murmurei. Por mim não sairia daqueles braços nunca. - Eu vou lá.

- Espera - disse Bill, revirando os olhos.

Dei um pulo para fora do sofá e virei a maçaneta da porta, que se abriu só um pouquinho. Então, Bill me segurou por trás e me virou, fazendo nossos lábios se tocarem como dois imãs, como o ying e o yang. Depois de um longo beijo, sorri e me virei para a porta, abrindo-a completamente dessa vez.

Lá fora, no meio das outras pessoas, estava Dave, me olhando com uma cara assustada. Em seguida, sua expressão assustada se transformou em uma cara de raiva e ele entrou em uma sala, batendo a porta. Será que ele tinha visto a gente se beijar? Seria por isso que ele tinha saído desse jeito?

- Eu não gosto desse cara - sussurrou Bill, arqueando uma sobrancelha, parecendo desconfiado.

Nem prestei atenção no que ele tinha dito, estava preocupada demais me perguntando se Dave tinha visto tudo. Será que ele contaria pras outras pessoas? Não né? Ele não era um cara legal? Se bem que, do jeito que ele saiu depois de me ver... Shit.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, rs.

Agora, falando sério, cadê vocês? Muitos leitores que acompanhavam a fic sumiram. Entraram muitos leitores novos, mas e os que acompanhavam desde o começo? Só porque já chegou na metade vocês não vão abandonar, não é? Estou recebendo cada vez menos reviews, isso é desestimulante. Desculpa para quem não tem que ouvir isso, tem gente que realmente está acompanhando.

Por favor, dêem a opinião de vocês. Ou talvez esse seja o último capítulo.