Hilf Mir Fliegen escrita por andeinerseite
Notas iniciais do capítulo
Hey :3
Não tenho muito para falar hoje. Só espero que gostem do capítulo *-*
- Todo esse tempo, eu fui tão cego... Fiquei procurando a garota certa sendo que ela estava do meu lado. - ele sussurrou, seus lábios frios na minha orelha me fazendo estremecer. - Eu te amo, Nicolle, mais do que como amiga, mais do que tudo.
Nada mais precisava ser dito.
Apenas deixei que me envolvesse naquele beijo dócil e ao mesmo tempo intenso, longo e definitivo.
De repente, alguém interrompeu tudo. Batidas repetidas na porta.
Me afastei imediatamente dele, ainda meio sem entender o que tinha acabado de fazer. Eu beijei ele mesmo? Ele?!?!
- Ah não, quem é agora? - resmunguei.
- Nicolle, sou eu, o Dave. Abre logo - disse uma voz abafada atrás da porta, batendo novamente.
- Dave? Quem é esse cara? - perguntou Bill, baixinho.
- É o cameraman. A gente trabalha junto.
- Hm - ele fez simplesmente, arqueando uma das sombrancelhas.
Apenas murmurei um “aff”.
Bateram novamente na porta. - Eu sei que você tá aí, abre.
Empurrei Bill para o lado e abri o armário de papéis que na verdade estava vazio.
- Entra aí - apontei.
Ele me olhou com uma cara ao mesmo tempo confusa e assustada. - Como assim, “entra aí”?
- Ele não pode ver você, entra - repeti, com os dentes cerrados. - Ninguém pode saber de nada.
Eu não acredito que eu estava mandando um cara se esconder no armário do meu escritório. Bill continuou me encarando, com a mesma expressão.
- Ou isso ou aparecer na TV amanhã, qual você prefere? - falei, com um sorriso irônico.
Bill imediatamente entrou no armário, e sua cabeça bateu no teto. - Eu não acredito que estou fazendo isso - disse.
Dei uma risadinha e fechei a porta. - Agüenta aí.
Abri a porta para Dave e ele entrou.
- Por que você demorou tanto para abrir? - perguntou, um pouco chateado.
- Eu... eu... demorei pra encontrar a chave, é.
Dave me encarava, tipo, “até parece”.
- O que você quer? - eu disse, ríspida.
- Vim pegar um rolo de filme que eu esqueci aqui.
- Tá bom então.
Ele passou por mim e pegou a caixinha que estava sobre a minha mesa.
- Posso te falar uma coisa? - perguntou, enquanto guardava a caixa no bolso do moletom. Antes que eu pudesse responder, ele já disse: - Você tá agindo muito “estranhamente” hoje.
Dei de ombros e fiquei esperando ele sair. Dave passou por mim e se dirigiu à porta. Antes se sair, voltou uns dois passos e disse:
- E mais uma coisa.
- Que foi? - eu estava rezando para que ele saísse de lá antes que o Bill morresse de falta de ar dentro do meu armário.
- Você tá cheirando a colônia masculina.
Comecei a rir, até que ele fechou a porta e saiu. Nisso, em um estrondo a porta enferrujada do armário se abriu e saiu um cara com o moicano meio amassado. Isso só me fez rir mais ainda.
- Viu só? Eu cheiro bem. - ele se gabou.
- Foi muito ruim, o armário? - perguntei, ainda rindo.
- Praticamente não dá pra respirar lá dentro - resmungou. O celular dele começou a tocar. - Só um minuto - pediu, e eu fiz que “sim” com a cabeça.
- Alô, Tom? - atendeu. Depois disso só ouvi as partes em que ele respondia. - Como? Ah, ok... Tudo bem, eu vou lá... Quem? Cala a boca - riu - Tá bom, daqui a pouco eu chego aí.
- Era o Tom? - perguntei.
- Aham. - disse, guardando o celular no bolso. - Vou ter que ir, ele tá surtando por causa de um ensaio que a gente vai ter que fazer em outro lugar. - Quando vejo você de novo?
- Ah, não sei.
- Vai estar disponível hoje à noite?
- Acho que sim.
- Quer sair comigo?
Diz que sim, diz que sim, diz que sim... Ou não? Será que eu devo? Decida-se logo caramba.
- Ahm... Bem... - gaguejei. - Sim.
- Ótimo - ele me olhou e deu o sorriso mais fofinho que eu já vi. - Te pego às oito.
- Ok. Tchau - falei, enquanto ele saía. - Ah... Bill...
- Sim?
Dei uma risada. - O seu... hã... cabelo.
Ele colocou as mãos sobre a cabeça. - Aff - riu - até mais tarde.
- Até.
Me sentei na cadeira e dei um longo suspiro.
~*~
- Onde você quer ir? - perguntou Bill, enquanto eu entrava no Audi.
- Não sei. Você é o motorista, vou pra onde você me levar - falei, fazendo um biquinho.
Ele virou delicadamente o meu pulso para olhar o relógio.
- Hm... Acho que já tá na hora de jantar né?
- Para falar a verdade - eu disse, um pouquinho corada, porque aquilo não era uma coisa lá muito educada de se falar - eu tô morrendo de fome.
- Eu já imaginava - ele deu uma risadinha. - Seu estômago não foi lá muito discreto...
Que vergonha, meu estômago tinha roncado na frente dele! Mereço.
- Conheço um bom restaurante aqui perto, o que acha? - sugeriu.
- Como eu já disse, vou aonde você me levar - dei de ombros.
Bill colocou a chave na ignição, e ia girar, até que parou repentinamente.
- Droga. - murmurou, dando um soco no volante.
- Que foi? - perguntei.
- Vou dar cinco passos para fora do carro e já estarei cercado de paparazzis e fãs. - ele deu um sorriso irônico.
- Mas... Sei lá, já tá de noite, acha mesmo que vão te reconhecer?
- Com certeza. - Bill suspirou pesadamente. - E você? Se alguém nos vir juntos, o que não vai faltar no jornal amanhã serão rumores.
- Esse deve ser o lado ruim da fama. - suspirei.
Ele concordou com a cabeça. - E agora?
- Sei lá.
- Bem... Tom, Georg e Gustav devem estar lá em casa. Combinamos de jogar pôquer hoje. Se você não se incomodar de ter aqueles chatos por perto... - ele sorriu.
- Opa, tô nessa. Se eles não se importarem em perder de uma garota, porque eu sou muito boa. - dei uma risadinha.
- Ok - Bill deu a partida e saímos.
~*~
Já tínhamos jogado algumas vezes, até que Tom cutucou Georg e Gustav com o ombro.
- Ei, vamos na cozinha buscar mais bebida.
- Mas ainda está na metade - disse Georg, apontando sua garrafa de cerveja.
Tom pigarreou e cerrou os dentes. - Vamos pegar mais bebida.
- Ah - disse finalmente o Listing, como quem demora a entender uma piada - entendi.
- Anda - resmungou o Kaulitz mais velho, enquanto saía da sala com os G’s.
Bill e eu ficamos sozinhos na sala. Depois de alguns segundos, o silêncio se tornou embaraçoso. Por que é tão difícil puxar assunto com quem você realmente quer conversar?
- Você é uma boa apostadora. - disse Bill, coçando a nuca, daquele jeito que ele faz quando está nervoso e que eu conhecia tão bem. - Na verdade, eu nem sabia que você sabia jogar pôquer.
Ri da confusão de palavras dele.
- Ah, é fácil - dei de ombros. E falando bem alto para que os outros que saíram ouvissem: - Que demora pra trazer uma cerveja, hein?
Rá, como se eu não soubesse que eles tinham saído só para me deixar a sós com o Bill.
- Bem, acho que eu já vou embora. Já está tarde, acabou o jogo, a bebida - pigarreei. - Então...
Me levantei e apanhei a bolsa que estava em cima da mesa. Imediatamente, Bill se levantou também e segurou a minha mão, impedindo que eu fosse.
- Não, espera - disse. - E-eu...
Como que automaticamente, coloquei as duas mãos em seus ombros. Ele olhou nos meus olhos e tirou aquela mechinha de cabelo - que eu deixava cair no rosto desde que éramos crianças -, colocando-a atrás da (minha) orelha. Isso foi a deixa para que eu fechasse os olhos e oferecesse os lábios, que ele aceitou imediatamente, me beijando outra vez. Senti seu piercing frio “passear” pela minha boca, e por um momento minhas pernas fraquejaram e o ar pareceu faltar nos meus pulmões.
Delicadamente, ele tirou sua boca da minha e a levou ao meu ouvido.
- Obrigado por fazer o meu coração bater novamente. - sussurrou.
Encostei a minha cabeça em seu peito.
- Eu te amo.
Ouvi um barulho e me virei repentinamente, lançando um olhar mau para a cozinha, de onde vinham algumas risadinhas. Tom, Georg e Gustav estavam escondidos lá atrás de algum lugar.
- Não ligue pra eles - disse Bill, revirando os olhos. - São uns babacas.
- Totalmente - resmunguei, fazendo-o rir.
Mais risadinhas vieram da cozinha, até que alguém disse “Shiu!” e eles pararam.
- Acho que agora eu vou mesmo embora - falei.
- Tudo bem, eu te deixo em casa.
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Eae? Gostaram! Quero reviews, flw? q
Ah, e já que hoje é dia, um Feliz Natal pra todo mundo. ♥
:*