Beware Ur Dreams. escrita por jparente6


Capítulo 2
Capítulo 1 - Parte II:Minha amiga virou uma árvore


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei porque ultimamente eu ando bem ocupado reclamando da minha vida e coisas do gênero. Enfim, espero que gostem.



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Depois de ouvir o excitante bom-dia da minha mãe eu fui pra escola. Bem, minha escola provavelmente não é muito diferente da sua: pessoas esbarrando em você e falando mal das suas roupas, jogadores de futebol olhando pras bundas das lideres de torcida, os nerds com medo de ser esmagados no tráfego do corredor... enfim, coisas normais. Tudo parecia normal naquele dia, mas eu tinha uma sensação estranha, talvez fosse coisas da minha habilidade de médium, quer dizer, pelo menos eu acho. Ultimamente eu tenho visto coisas estranhas, então eu fui no Google e pesquisei, então os resultados falaram que eu sou médium. Como o Google nunca mente, então eu sou médium e vejo fantasma, me inveje. A medida que eu continuava a andar no corredor eu sentia uma sensação estranha  que aumentava periodicamente, então eu tive um impulso de ir pro pátio, não sabia se devia seguir isso, mas sei lá, eu sou uma médium, acho que tenho alguns deveres a fazer. O pátio era um lugar que eu nunca freqüentava, eu só tinha ido lá no primeiro dia de aula, era largo e as folhas de outono cobriam o chão formando um tapete, o restígio de vento batia no meu cabelo devagar bagunçando todo o meu esforço primário de tentar arrumá-lo de manhã, a única pessoa no pátio era alguém com uma capa preta de costas, não sabia se era um homem ou uma mulher, eu não conseguia distinguir que se preparava para cortar uma árvore. Ele parecia um pouco rico demais para fazer um serviço subjulgado daqueles, mas eu não podia fazer nada. Quando ele começou a tocar com o machado na árvore eu ouvia um grito, era uma voz feminina e frágil, então percebi que tinha uma garota encima da árvore.

- Pare de cortar – gritei numa falida tentativa de parecer autoritária – Tem uma menina ali encima.
- Você acha que eu to pouco me fodendo? – disse o lenhador se virando pra mim, seu rosto alternava entre um rosto masculino e feminino, os dois eram bonitos, sua voz também oscilava entre agudo e grava, não num tom de puberdade, mas de um jeito meio macabro. Se ele não parecesse um fantasma provavelmente eu teria tentando dar encima dele, ele era definitivamente gato.
- É uma vida cara! Você é algum tipo de homicida ou algo assim? – então me dei conta do óbvio - AH! Já sei! Você é um fantasma, certo?
- Fantasma? – debochou ele, digo ela ou isso. – Minha queridinha – sua voz transgrediu para o tom feminino – Eu sou muito pior do que um fantasma, muito pior do que um monstro, muito pior do que o seu pesadelo.  Sou Androgynos  – falou em uníssom com suas duas vozes e então cravou seu punhal na árvore. Instantaneamente a garota caiu da árvore com um grito desesperado, agora eu conseguia a reconhecer. Era Abby, uma garota que fazia aulas de artes comigo. Ela era ruiva e tinha uma pele meio verde, era muito raquítica e seu rosto era estranho, algo entre uma fada e uma árvore,  parecia que estava doente toda hora, nunca a vi com outra pessoa, acho que nunca deve ter conseguido fazer amigos talvez pela sua aparência estranha ou algo assim... mas agora estava pior do que nunca. Sua bochecha parecia ser sugada pelo seu crânio e seu cabelo estava envelhecendo rapidamente e algo branco jorrava da sua barriga. Acho que ela também era um fantasma.
- Hanna, você tem que acertar no tórax – gemeu ela numa tentativa de me ensinar algo.
- Hã? Acertar pra quê?
- Então, quer dizer que estão mandando ninfas para procurarem meio-sangues agora? Há-há que decadente. – repurdiou o Androgynos com sua voz masculina -. Eu até pediria para você mandar algum tipo de recado para Quíron, mas você vai morrer, então creio que seja impossível.
Então começou a forçar o punhal para dentro da árvore e Abby começou a gritar cada vez mais e sua boca começou a se abrir em um ângulo desumano.
- O que está acontecendo? Pare de fazer isso! – exclamei – Eu mando pela ordem dos... fantasmas – gaguejei numa falha tentantiva de ser malvada.

- Você mal conseguiu contar o que ela é de verdade. Você é mesmo uma ninfa patética. – disse Androgynos
- Hanna, corra! – disse Abby com uma voz morta e engasgada
Então meus reflexos agiram por mim, aconteceu uma coisa que eu nunca pensei que eu faria. Corri desesperadamente e chutei o tornozelo do fantasma. Nada aconteceu. Ele só riu da minha cara, me sentia patética.
- Então você acha que vai me derrubar com um chute idiota? – disse Androgynos com suas duas vozes em unísom – Acho que vou te matar enforcada, é mais divertido.
Androgynos me agarrou pelo pescoço e me levantou, eu tentava gritar por socorro mas nada saía da minha boca, tentava me mexer mas nada acontecia também, não conseguia abrir os olhos. Só conseguia escutar os sons. Senti um cheiro de flores e depois ouvi Abby se mexendo e Androgynos me arremessou no chão, isso provavelmente teria doído se eu conseguisse tivesse algum tato restante.
- Não! Como é possível uma ninfa controlar árvores? – disse em um tom medroso.
Algo aconteceu, parecia o som de uma árvore sendo arrancada do chão, mas a árvore falava. Existia árvores fantasmas também? Nossa.
- É o poder de Pã! É O PODER DE PÃ! - disse uma voz estranha, não conseguia reconhecer, era mais grossa que a de Abby, mas mais aguda que a de um homem. Parecia algo espiritual – Morra!
Ouvi um grito demoníaco de Androgynos seguido por um gigante: ‘’NÃO!’’ e então desmaiei.

 


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Notas finais do capítulo

é pouquinho, mas foi o que eu consegui fazer. COMENTEM MUITO! então eu posto mais hehe



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