A Protagonista Feminina escrita por Star


Capítulo 10
Capítulo 10 - Fim.


Notas iniciais do capítulo

O FINAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL ~tcharanranran~



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Beirava ao verão, mas as pessoas ainda usavam cachecóis coloridos pelas ruas, construindo a imagem de um quadro em movimento puro e sofisticado. O céu brilhava com um azul claro enganoso e ar tinha cheiro de grama recém-cortada e café. Os pedestres mais atentos podiam ouvir o som das cigarras cantando de forma tão hipnotizante que parecia vir de dentro de suas mentes, sem perceber que se não tomassem cuidado por onde andavam poderiam acabar esmagando as pequenas cantoras preguiçosas.

Nessa época, é comum encontrar casais apaixonados passeando de mãos dadas pelos parques de árvores podadas, leitores assíduos com seus livros descansando ao lado de um prato de sobremesa em um café com mesas ao ar livre, crianças de bochechas rosadas olhando sonhadoras para os brinquedos de uma vitrine. São as férias de final de ano. É Paris.

O lugar perfeito para se tentar recomeçar.

- Une morceau de tarte au citron, s'il vous plaît?

A garota falou, apontando com dedo prensado contra a vitrine para a grande torta coberta por merengue verde. Não estava segura ainda com sua fluência no francês, mas a fome e a boa aparência daquela torta eram o suficiente para faze-la tentar.

O atendente de cabelos cacheados que estava observando-a babar sobre a vitrine em uma dúvida cruel durante meia hora sorriu, deixando-a aliviada com idéia de que tinha sido entendida. Por pouco tempo.

- Bien sûr, madame. Souhaitez-vous la crème fouettée sur le dessus? Nous venons de faire. Il a de la crème glacée trop.

- Ahn... Eu... Tarte au citron...

- Oui. Avec de la crème fouettée?

- Aaahn... Sinto muito, não consigo entender, eu só... Tarrrte...

- Je me demande au sujet de la crème, mademoiselle.

Antes que ela soltasse um muxoxo de decepção e se virasse para pescar o dicionário-tradutor de dentro da mochila laranja de um ombro só – não desistiria, claro que não, muito menos com uma torta em jogo! -, uma voz suave e elegante soprou em seu ouvido.

- Ele está perguntando se você quer creme batido por cima da torta.

Todos os pêlos de seu corpo se eriçaram. Não de forma sensual, mais da forma que aconteceria com um gato se alguém pisasse em seu rabo. Natsumi virou-se desajeitadamente para ver quem lhe ajudara, encontrando um rapaz alto, de cabelos loiros semelhantes à finos fios de ouro e olhos azuis gentis que sorria de forma cavalheira.

- Fala japonês? – Perguntou, surpresa e admirada, e então percebeu como dispensável foi sua pergunta. Ele havia falado com ela, então era óbvio que sabia.

- Um pouco. Gosto de tentar – respondeu. Mas apesar de sua modéstia, seu japonês era de longe melhor que o francês que ela tentava beliscar.

O atendente de avental verde-claro fez “caham”, atraindo de volta a atenção da garota. Era engraçado, mas ele parecia estar com ciúmes. Natsumi voltou-se para ele, sem saber o que responder, então voltou novamente para o loiro.

- Por favor, pode dizer a ele que não me importo se tiver creme ou não, só preciso muito daquele pedaço de torta?! Estou faminta!

O sorriso do loiro aumentou, e ele se virou para o homem atrás do balcão.

- Un morceau de tarte au citron avec de la crème fouettée pour la jeune fille, s'il vous plaît. Et un café au lait pour moi.

Como o esperado, seu francês era divino. Natsumi sentiu-se envergonhada, como se fosse pecado arriscar suas puxadinhas de erres e biquinhos de u perante uma legítima figura de habitante francês. Mas o sorriso dele dava sumiço a qualquer desconforto.

- O que faz uma japonesa perdida por aqui? – Perguntou, e acrescentou, meio temeroso. – Sinto muito, espero que esteja conseguindo me entender.

- Tenta – fugir do passado, da lembrança de corações partidos, e se esquecer de certas cicatrizes cirúrgicas pelo peito - esfriar a cabeça. E encher a barriga. E não se preocupe, seu japonês chega a ser melhor do que o meu.

Ele estendeu a mão para ela, de forma cordial.

- Sou Tamaki Suou.

- Natsumi Ishii – falou, apertando sua mão, e franziu a testa. - Que engraçado, você tem o mesmo sobrenome do diretor da minha antiga escola.

Os olhos dele brilharam de forma curiosa, e seu sorriso tornou-se mais aberto.

- Mesmo? Que coincidência agradável. Colégio Ouran, não é mesmo?

- Sim, isso. Não sabia que ele era famoso por outros países.

- É. Mais ou menos. Importa-se em me falar um pouco sobre ele?

- Oh, era uma chatice. A maioria das pessoas só parece estar lá para fazer mais contatos para os pais.

O loiro soltou um muxoxo de desanimação, fazendo uma cara depressiva. Foi como se todo o seu entusiasmo tivesse sido sugado para fora de seu corpo, junto de sua alma.

- Eu temia que você fosse responder algo do tipo... – Murmurou, com o rosto voltado para o chão. Sua figura era tão dramática no momento que Natsumi praticamente podia ver nuvens cinzentas se aproximando e ouvir violinos melancólicos como música de fundo. Havia falado algo errado? Porém, tão repentino quanto seu drama, o entusiasmo surgiu novamente em seu rosto de dentes brancos, devolvendo todo o brilho de empolgação ao loiro. – Mas sem problemas! Eu já criei uma solução para este pequeno inconveniente.

Ele fez pose, apontando para o nada como se exibisse uma placa ou um letreiro, e sua atuação era tão verdadeira que Natsumi semicerrou os olhos por conta da iluminação exagerada das letras de néon que imaginavam juntos.

- Um “Host Club”!

- Aaaaah! – Bateu palminhas, encantada. Uma parte de si achava graça da bipolaridade de seu novo amigo, mas não conseguia deixar de admirar cada movimento perfeito, exagerado e escandaloso que ele fazia. – Que idéia incrível, Tamaki! Um host club! …O que é um host club?

- Não precisa se envergonhar desta pequena dúvida, minha cara pupila – ...Na verdade, eu não estou envergonhada – É comum que um jogo tão exclusivo e sofisticado seja desconhecido para a maioria das pessoas! Eu formarei um grupo de anfitriões, recrutando belos garotos dispostos a passarem seu tempo dando hospitalidade pra amáveis damas que também querem passar seu tempo se beneficiando destes de forma agradável, é disso que se trata o host club!

Falava como um político determinado, preso em uma pose heróica que provavelmente deveria causar câimbras, e parecia que tudo ao seu redor se iluminava para acompanhar a grandeza de seu discurso. Ao final, encolheu-se, parecendo quase envergonhado, com um sorriso que tentava se conter no rosto, batendo seus dedos indicadores, e com a cabeça baixa, esperando por um sinal de aprovação.

- Então, então? O que achou, Natsumi-san? O que achou?

- Parece divertido. É uma ótima idéia, Tamaki! Mas... esse tipo de coisa não é ilegal? Sabe... como é que se fala?... Hm... professeur des sex...

- N-n-n-não, provavelmente não é o tipo de coisa que você está imaginando – Seu rosto ficou inteiramente vermelho e ele riu, sem graça. Natsumi não tinha muita idéia do que acabara de dizer em seu idioma, mas com certeza não havia sido nada muito bom, já que algumas senhoras que estavam na fila do caixa arregalaram seus olhos para ela, com uma expressão de “que Deus lave a boca dessas crianças de hoje com ácido sulfúrico e água benta!”.

- De qualquer forma, você pode ir visitar o clube, sempre que quiser. Será minha cliente convidada, e receberá 30% de desconto na escolha de qualquer anfitrião!

- Que honra! – Exclamou, sorrindo, e batendo palminhas novamente. Mas logo abaixou suas mãos, diminuindo um pouco de sua euforia – Ah, sinto muito, Tamaki, mas acho que não serei capaz de aproveitar esta oportunidade.

- Mesmo? – Ele franziu a testa, e “murchou” novamente. - Por que? Posso aumentar o desconto, se quiser. Ou incluir um brinde! Talvez um cartão fidelidade! Oh, sim, essas são ótimas idéias, eu deveria estar anotando-as!

Natsumi riu novamente, enquanto ele buscava desesperadamente por uma caneta em seus bolsos, e esperou que isso o distraísse o suficiente para que não reparasse a mágoa escondida por trás de sua próxima resposta.

- Eu não vou voltar ao Japão.

Ele parou abruptamente de tentar fazer a caneta que achara funcionar em um guardanapo e a olhou, confuso.

- O Japão é um dos países com economia mais estável do mundo. Tem poucos conflitos, culturas magníficas, pontos turísticos que saem em cartões postais e muitas e muitas lojas de doces... Achei que as pessoas gostassem de morar lá.

- Oh, mas eu gosto dos cartões postais, das lojas de doces e de ter uma vizinhança que não é formada por loucos viciados em trabalhos que se suicidam quando o dólar diminui nas taxas de pesquisa.

- Por que não vai voltar, então?

Natsumi estava prestes a responder, quando o loiro deixou as mãos caírem de forma pesada em seus ombros, segurando-os, e quando olhou novamente, aqueles olhos azuis estavam cheios de lágrimas, e ele mordia os lábios, como se tentasse impedir o choro.

- Você é uma daquelas mochileiras viajantes que percorrem o mundo inteiro atrás de aventuras, mas agora se cansou desta viagem e está doente de saudades de casa e está sem dinheiro para voltar, é isso, não é? – Ele a abraçou, agarrando-a fortemente contra si, e fungando – Não se preocupe, minha cara amiga! Eu pagarei sua passagem, e finalmente poderemos voltar ao nosso amado país!!

Natsumi ouviu algumas mulheres ao redor gritarem “oooh” e baterem palminhas, emocionadas. Desde quando tinham platéia?

- Não precisa se preocupar em me pagar, tenho certeza de que conseguiremos formar um acordo que agrade ambas as partes, algo que envolva coisas do tipo lealdade eterna e servidão escrava, como naqueles filmes onde-...

- Não, não, não, eu não sou uma mochileira.

- Não? – Ele a soltou do aperto de um braço só e a olhou, novamente confuso. – Por que não vai voltar, então?

- Eu... – Começou a falar, mas sentiu sua voz morrer dentro de si. Desviou os olhos para os próprios pés, buscando alguma coragem, e continuou. - ...simplesmente não posso voltar.

Tamaki continuou com seu rosto confuso por alguns segundos, então sorriu, e Natsumi viu nele novamente o homem elegante e solidário que a ajudou traduzindo seu francês, sem vestígios de toda a sua bipolaridade, entusiasmo excessivo ou momentos de depressão passageiros.

- Entendo. – Ele falou, com sua voz calma. O atendente trouxe um pedaço tentador de torta servido em um prato de porcelana, e o copo grande de café do loiro. Nenhum dos dois, Tamaki ou Natsumi, o deu atenção. Ele sustentava o seu olhar, e por alguns segundos Natsumi sentiu que ele realmente entendia. Ele entendia sua dor, ele entendia seu passado, ele não iria julga-la. Foi então que percebeu que já estava segurando seu prato de sobremesa, e ele seu copo de café, apontando de forma cordial uma das mesas vazias perto da vitrine.

– Nesse caso, só me resta lhe oferecer a companhia gratuita do primeiro dos anfitriões.

Natsumi sentou-se em uma das cadeiras, ainda sentindo como se estivesse meio fora de si. Como se fosse um peixinho dourado preso dentro de um aquário estúpido ouvindo o eco dos berros de uma criança que chora sem parar.

- Natsumi-chan.

Ele chamou, estava sentado à sua frente, mas isso não foi o suficiente para fazê-la acordar completamente. Obrigou-se a focá-lo em seus olhos.

- Você parece uma pessoa com muitas histórias.

Muitas histórias. A água do aquário imaginário de Natsumi foi se tornando turva, de uma cor verde-musgo desagradável, e apequena Natsumi-peixe sentiu como se não pudesse respirar. Enfim despertou, esquecendo do aquário e todo o resto, quando a voz do loiro lhe atingiu novamente.

- Gostaria de me contar algumas?

- Claro.
Natsumi deu uma garfada em sua torta, percebendo que ganhara uma colher pequena demais para poder devorar tudo em duas mastigadas só – que era o que havia planejando – e a levou à boca, deixando-se ser anestesiada pelo sabor doce e ao mesmo tempo cítrico do limão.

- Mas isso pode levar algum tempo.

- É Paris. Que graça teria estarmos aqui se não tivéssemos tempo?

Quando Natsumi terminou sua narrativa – omitindo alguns fatos necessários como uma alucinação obsessiva e duradoura, um ataque cardíaco e alguns meses sob supervisão psiquiátrica que certamente não devem ser contados no mesmo dia em que se conhece a pessoa, não importa o quão profundos e acolhedores seus olhos possam parecer -, surpreendendo-se consigo mesma por não ter se acabado em lágrimas no meio da história mas, ao invés disso, ter tido o sangue frio de contá-la como se fosse algo indiferente para si – ou pelo menos era o que esperava ter feito -, haviam outros dois pratos de sobremesa sujos com farelos de tortas pousados à sua frente na mesinha amarela.

Ela não se lembrava de tê-los comido, mas tinha um gosto doce de limão, chocolate e pavê misturados na boca.

Tamaki não comentou nada. Ela sabia que ele a olhava atentamente enquanto falava, mas agora seu olhar estava meio vago, e ele aparentemente havia congelado em um movimento com seu copo vazio de café a centímetros da boca.

Natsumi, então, abriu sua mochila e afundou o braço lá dentro, tirando uma bolsinha xadrez em tons variados de verde, e abriu, inspecionando seu conteúdo.

- Ahá, eu sabia que tinha me esquecido de algo. – E começou a fuçar dentro da bolsa, enfiando a mão até o punho lá dentro, para trazer à tona alguns trocados. – Não paguei minha torta. Devem estar achando que estava me fazendo de turista desentendida e ingênua para comer de graça. Ah, será que estavam se preparando para soltar os cachorros e acionar o alarme de polícia quando eu colocasse um pé para fora? Não me chame de paranóica, isso já aconteceu uma vez.

Natsumi sempre fora do tipo que falava compulsivamente, e sempre emendava assuntos sem sentido, o que tornava a maioria de suas conversas mirabolantes demais para outras pessoas conseguirem acompanhar; o que não seria diferente agora, mesmo que tivesse acabado de desabafar todos os atos terríveis que cometera no último ano com uma pessoa que conhecera em menos de um dia.

Tamaki admirou esse traço da personalidade dela.

- Eu paguei.

- Não precisava fazer isso. Não sou do tipo aproveitadora, juro, só estava tão distraída que...

- Tudo bem. Você parecia alguém que realmente precisava de uma torta.

Ele encostou o copo vazio novamente na mesa, e levantou-se.

- Preciso ir. Importa-se de me acompanhar?

Natsumi levantou-se, levando sua bolsa consigo, e antes de sair, lembrou-se de dar um tchauzinho simpático para o garoto de cabelos cacheados do balcão. Ele abriu um sorriso bobo, e acenou de volta.

Lá fora, ao contrário do esperado, o tempo havia esquentado mais conforme a tarde ia passando, de modo que todas as pessoas que se armaram com casacos de lã volumosos ao sair de casa agora tentavam se livrar das garras de suas golas altas e mangas sem fim para deixar seu corpo se aquecer sob os raios calorosos do sol e se resfriar novamente com alguma brisa furtiva. Natsumi sentiu-se sufocada dentro de seu cachecol, então o afrouxou um pouco.

- Não falou nada sobre minha grande e dramática história de vida. – Observou, mais para si mesma que para o loiro.

- Não estou pensando mal de você, se é isso o que lhe preocupa – falou, lhe dando um olhar tranqüilizador, e voltou sua atenção para o céu limpo e azul usando uma das mãos para proteger seus olhos do sol.

- Eu acho que... – Começou, de uma forma que Natsumi pensou que pela primeira vez ele estava hesitando em algo, mas era apenas como se o pensamento ainda não tivesse se desenvolvido completamente em sua cabeça. - Se houvesse uma chance de poder ajudar minha mãe, não importa o quão obscura e difícil fosse... Eu também iria tentar.

Ela estava certa. Aqueles olhos não estavam enganando-a.

Natsumi sentiu um alívio tão forte em seu peito que, veja só que estupidez, lágrimas surgiram em seus olhos. Havia finalmente feito o que tanto temia, desabafado com alguém, e essa pessoa, por mais estranho que pareça, havia a compreendido. Ele sabia suas intenções, e não a via como uma porca egoísta e malévola. Então talvez, só talvez, não estivesse tão perdida assim.

O loiro tomou sua mão e a beijou delicadamente.

- Foi um prazer conhecê-la, senhorita Natsumi.

Ele sorriu, e seu sorriso poderia muito bem ofuscar o sol.

- As portas do Host Club estarão sempre abertas, caso um dia você decida ir nos visitar.

Natsumi sorriu também, sem se importar que provavelmente seu rosto estava inchado, com os olhos marejados e o nariz vermelho, exatamente igual a uma criança gorducha e resfriada – sempre ficava assim quando tentava conter o choro. Apenas sorriu.

- Vou cobrar meus 30% de desconto.

- Me sentiria menosprezado se não o fizesse. Até um dia, Natsumi.

- Até, Tamaki.



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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAH. E é isso. O fim de uma saga!
Que orgulho, é a primeira fic que consigo terminar oficialmente! *-*
Como já disse há muitas outras nos reviews, eu nunca imaginei que uma idéia que me pareceu ser tão boba e tão "com-certeza-alguem-ja-fez-isso-mas-vamos-tentar" pudesse agrdara tantas pessoas!
Estava insegura sobre postar esse capítulo, até porque se escrever sobre os gêmeos é dificil, com o Tamaki a responsabilidade é EXTREMA! Ele é perfeito demais, Gosh!
Mas, bem, tentei e aqui está. De qualquer forma, a Natsumi merecia pelo menos esse final.
A propósito, o resto fica por conta da imaginação de vocês, psé.

Agradeço a todas que me acompanharam até aqui, apoiando, suportando os longos e frequentes períodos de hibernação da autora irresponsável, e mantendo-me na linha com ameaças pelo telefone e homens de preto me seguindo pela rua.
Foi um prazer enorme escrever essa fic, e espero que sintam o mesmo ao a ler.
Bem, já estou me prolongando demais. Feliz ano novo!