Magnum escrita por Miss Black_Rose


Capítulo 7
Capítulo 7




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7 horas haviam se passado desde que John quase assassinara sua irmã. Fong Ling havia lhe dado o endereço de um hotel no centro da cidade. Um luxuoso hotel, por sinal, que o deixou um pouco encabulado. Pessoas famosas ficavam ali por dias. Não que ele se importasse, mas adorava aquelas atrizes loiras conversando no hall do hotel. Era uma questão puramente masculina: Adorava mulheres loiras, mas não podia ser inconveniente.

Aproximou-se do recepcionista, anunciou o nome de Ada.

- sinto muito senhor, não há nenhuma Ada Wong aqui. – disse-lhe o recepcionista.John se virou em direção ao Hall. Voltou a observar o glamour das pessoas ao seu redor. Agradeceu ao recepcionista pela ajuda e foi dar uma volta.

* * *

Jim caminhava pelos luxuosos corredores do hotel. Hoje era o seu dia de trocar as camas e ele sabia que levaria muita bronca por causa disso. Era sempre assim: quando camareiro entrava no quarto. As pessoas queriam a ordem, mas sem que sua bagunça fosse movida do lugar. Estava cansado de todo aquele esnobismo. Todos eram tão cheios de si, até mesmo os funcionários! E ele só queria mesmo era juntar seu dinheirinho para fazer a faculdade de medicina. Sempre sonhara em ser médico, assim como seus pais desejavam. Ajudar a todos, apenas cumprir seu dever e não ter de ficar competindo com ninguém. Era disso o que precisava.

Conforme andava pelo corredor, empurrando o cesto, se imaginava no meio de uma urgência, levando seu paciente à sala de cirurgia. A tensão, o medo, a ansiedade. O cheiro do hospital. O excesso de claridade. A turbulência. Sua imaginação viajava longe, mas por um momento se perdeu e não sabia se era o paciente ou médico, voltando de sua viajem com uma grande topada.

-hei, olhe por onde anda! – alguém gritou.

Parece que na viagem de volta havia atropelado alguém. Baixou a cabeça enquanto a vítima se afastava soltando uma grande trovoada de palavrões. Jim pensou que há dois anos atrás admirava todas aquelas pessoas pela TV e que agora via a verdadeira face delas. E, com certeza poderia admitir que era uma face horrível!

Sua vida fora uma rajada de incidentes bons e ruins, e precisava se lembrar constantemente de que aquele emprego, por pior que fosse, não se encaixava na categoria ruim. Ganhava uma quantia considerável por mês, embora as gorjetas ficassem para os funcionários mais velhos. Porém, tudo estava acabando, a mensalidade estava quase completa e logo ele poderia ingressar na faculdade de medicina e largar aquele hotel infernal.

Jim riu. Realmente faltava muito pouco. Só mais um pouco. E distraído acabou provocando outro acidente, mas dessa vez a vítima não proferiu uma palavra, apenas se desculpou por estar no meio de seu caminho e lhe lançou um trocado. Jim o observou bem. Era um mestiço alto, de pernas longas, trajando uma jaqueta preta. Tinha feições simpáticas e um sorriso fácil. Supôs que fosse um desses atores que haviam acabado de se mudar para o hotel, embora não fizesse o tipo. Era educado demais para isso.

* * *

Johnathan havia se infiltrado no hotel. De alguma maneira se enfiara entre um grupo de atrizes no elevador. Agora nos corredores, ele podia procurar pela sala de segurança onde caçaria alguma coisa sobre sua irmã, embora, estivesse em dúvida se realmente a reconheceria. (Não há havia reconhecido de costas, imagine disfarçada!). Mas precisava ser mais atento.

Haviam muitas mulheres bonitas por ali, qual delas seria a sua irmã era a grande questão. Seu nível de distração estava muito grande atualmente. Não sabia o que estava acontecendo consigo. Admitia que sempre fora um homem desleixado, responsável, mas desleixado e que nunca se importara em encobrir tanto o seu caminho, afinal, com exceção de suas missões no exterior, ele sempre estivera protegido por seu governo.

Mesmo assim seu nível de atenção decaíra muito. Talvez houvesse relaxado demais atirando em pessoas de tão longe. Enquanto procurava pela sala nos corredores vazios, pensava no tom de Dahlia antes de desligar na sua cara. O que ela queria dizer com aquele “eu sempre sei de tudo.”? Será que estava armando para ele?Afastou a hipótese.

Dahlia talvez fosse a única pessoa em quem arriscaria confiar no mundo, depois de sua irmã, é claro. De certa forma a estimava, embora, vez ou outra ela fosse indigna de seu reconhecimento. Mas ambos haviam provado um para outro, durante uma missão arriscada pela Rússia, quando ele se deparou com tudo o que um vírus era capaz de provocar, que podiam se contar em situações de aperto. E era disso que, atualmente, sentia falta.

Fazia quatro meses que não se encontravam e, embora ela tivesse um temperamento sistemático, sentia falta de sua companhia. John estava imerso mais uma vez. E apenas para comprovar sua falta de cuidado acabou sendo atropelado pelo camareiro. Desculpou-se com um sorriso simpático. Não era sempre que um cesto de roupa suja o atropelava daquele jeito, pensara irônico. E jogou algumas moedas para o garoto.

“Deuses, como estava distraído!”

* * *

Magnum se impressionara com a maneira estranha com a qual Ada a indagara. Fora direta e hostil, mas a jovem não se deixou abalar.

-uma grande tolice a sua pensar que causei tudo isso. – respondeu. – odeio zumbis. E sei tão pouco quanto você.

-me parece segura em todo esse ambiente. – Ada insinuou.

-é claro que estou. Há uma mulher armada na minha frente. O que de fato deveria me deixar com medo. Nem sei quem é você! Nem sei o seu nome!

- Ada Wong e eu sou uma espiã. Não espere saber mais do que isso. Não vai ser recíproco, Magnum.

- é, também não espere o mesmo. – a jovem respondeu desdenhosa.O clima tenso distanciava as duas. Ada seguia em frente atenta aos zumbis que haviam diminuído em quantidade.

Magnum se divertia com o orgulho da espiã. Não aceitava o fato de não responder às suas perguntas, mas se enfurecia quando lhe fazia alguma.

“Talvez ela não esteja furiosa de verdade...”, pensou com certo tom infantil de ressentimento.

A jovem podia observar através de suas maneiras que sempre fora uma mulher com jogo-de-cintura. Afinal, era uma espiã! Mas algo mais abalava sua cabecinha. E, pelo o que sabia, só havia uma coisa que podia abalar a cabeça de uma mulher:

* Dinheiro *


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