Apenas Um Olhar escrita por Dih_dangerous


Capítulo 17
Capítulo 06 - Parte dois.


Notas iniciais do capítulo

Os personagens citados aqui são de autoria de Masashi Kishimoto. A história pertence a minha querida amiga que eu gosto muito Rafa. Repetindo, a história não é minha, só estou postando-a.Boa leitura x3



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                                             Continuação


Não podia ter nada mais perfeito do que aquilo no mundo inteiro. Eu estava na praia vendo a queima de fogos mais linda de toda a minha vida, e o mais importante, eu estava com Naruto-kun, que é o amor da minha vida. Era o momento mais perfeito. Estávamos sentados na areia, abraçados e em silêncio. Simplesmente tem momentos em que palavras não são necessárias.

— Hinata?

— Sim? – me virei devagar para poder olhar para ele.

— Nós vamos contar tudo quando chegarmos em casa não é? – ele me perguntou, sem tirar a sua visão do espetáculo no céu.

— Claro. Nós TEMOS que contar, porque... Naruto... não agüento mais ter que me esconder para poder ficar perto de você. Isso não é justo – eu disse com uma voz baixa e abafada. Ele sorriu.

— Eu sei, também penso assim – ele me olhou sorrindo – só queria saber o que você estava pensando.

Sorri de volta e ele me apertou mais forte em seus braços. Quase sufoco.

— Agora eu entendo quando as pessoas dizem que o amor mata – balbuciei enquanto lágrimas saiam dos meus olhos – assim você não vai ter namorada para apresentar Naruto!

Ele se espantou consigo mesmo e me soltou rapidamente.

— Puxa, me desculpe! – ele dizia coçando a cabeça e se dando pequenos tapas na testa.

— Tudo bem, tudo bem – eu dizia tentando acalmá-lo – não precisa ser masoquista.

Não sou tão boa em piadas como ele, ou tão irônica como a Sakura ou o Shikamaru, mas consegui arrancar algumas risadas.

— E como é que vamos fazer isso mesmo? – ele perguntou.

— Não sei, talvez seja melhor a gente só dizer de uma vez, não ficar enrolando tanto – disse, com uma ponta de certeza esvairando.

— O problema é... – ele não terminou a frase e ficou calado por um tempo.

— O problema é o que? – perguntei curiosa.

— Uma pequena coisa chamada ‘privacidade’.

— O que quer dizer, Naruto? – perguntei agora com a curiosidade matando-me por dentro.

— Nós não vamos mais ficar tão à vontade como nós estamos agora, aqui, sem ninguém saber – ele falava com uma expressão chateada – toda vez que nos verem juntos, farão piadinhas, farão brincadeiras e não nos deixarão namorar em paz.

— Mas não acha que isso é mais coisa sua do que deles? – tentei dizer sem tirá-lo do cavalo. Mas era verdade, sempre que alguém namorava entre nós, era ele quem fazia esse tipo de coisa, e não os outros.

— Acredite, ele farão – ele falou com uma cara de dar medo.

— Mas, porq...?

ele me interrompeu e me segurou nos ombros me sacudindo, como se eu tivesse roubado seu último copo de lámen de churrasco.

— Porque agora quem está namorando sou EU! E com você! Eles vão descontar em nós dois, todos os anos e todas as brincadeiras que já fiz com eles todo esse tempo! Ou seja, eles vão descontar um bocado!

Tudo bem, depois que ele disse isso, aí sim, eu fiquei perplexa e realmente preocupada. Não tinha mentira no que ele dizia, afinal, o pessoal nunca gostou das brincadeiras que Naruto-kun fazia aos seus namorados, era tão constrangedor. E eles descontariam tudo em mim?

— AH, NÃO NARUTO! Você tem que dar um jeito nessa situação! Não quero que tudo o que você já fez a eles se vire contra nós dois, já não acha que sofremos duas vidas para ficarmos juntos? Nem novela mexicana tem tanto drama assim!

— Calma Hinata, calma – ele dizia, ótimo, agora era ele quem tentava me acalmar... isso não pode ser um bom sinal...

— Calma? Você me assusta, me deixa encanada com essa história e agora me diz pra ficar calma? – a última coisa que eu iria ficar seria calma.

— Sim, por favor. Desculpe ter te dito isso, mas eu só queria ser sincero e não esconder mais nada de você. E nós dois só temos uma solução para continuarmos juntos.

— E qual seria?

— Temos que continuar o nosso namoro em segredo!

— O QUE?
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Já era hora, já era mais que a hora. Essa foi a noite mais longa da minha vida, mas em compensação será a mais prazerosa. Não acredito que fui capaz de fazer o que eu fiz, por um momento fiquei até com pena... mas não se preocupem! Ele passou rapidinho, rapidinho...

A queima de fogos já estava acontecendo e todos estavam se cumprimentando no salão de festas. A hora do show já iria chegar. O alvo estava avistado, Shikamaru encontrava-se no balcão do bar – manguaceiro – e estava sozinho, melhor ainda.
A minha convidada já estava chegando e eu não perderia essa por NADA nesse mundo.

Eu sou o melhor adversário eu você nunca poderia imaginar’.

Ah é, né? Pois depois dessa jogada, o juiz vai declarar xeque-mate. E eu vou ser a vencedora.

Até porque minha convidada já até tinha chegado, e ela estava procurando o coitado do Shikamaru. Me segurei tanto, mas tanto pra não rir, que acho que meus olhos quase saltaram para fora das órbitas, de tanta pressão que eu exerci pra me controlar.

Então, me escondi numa pilastra para ver a cena de um close sensacional.
                                     Shikamaru’s POV


Não podia ser uma festa pior. Coisa de gente rica, cheia de frescurinhas e de cu doces. Nem sequer o bocó do Naruto quis vir comigo para rir da cara deles. Porque duas pessoas rindo juntas, é engraçado, mas uma pessoa rindo sozinha, é desespero. Acho que já tinha dado o que podia dar, essa festa idiota. E como eu não era dono de uma multinacional ou banhava nos óleos mais caros da Indonésia, feitos com excremento de morcego branco asiático, com espuma de banho vinda dos Alpes suíços, acho que não me encaixava na turma que ficava aqui. E era isso que eu ia fazer – ir embora – se eu não visse a mulher que mais me dava medo nesse mundo, talvez fosse a bebida que já estava afetando meus pensamentos ou talvez fosse castigo divino. Vi tudo à minha volta ficar preto e branco e um calafrio me gelar a espinha. Algo estava errado, muito errado. Tinha que fugir enquanto ela ainda não tinha me visto. Talvez fugir para o México e me esconder numa tortilha.

Mas, quando eu tentei me esconder, já era tarde demais, eu já estava no campo de visão dela. E algo muito ruim aconteceria aquela noite, eu tinha certeza.

— Bebêzinho! – ouvi aquela gralha gritar espalhafatosa e todos no salão se virarem para perguntar de qual periferia aquela mulher teria se desenfurnado.

— Fala baixo, pelo amor de Deus, fala baixo... – cochichei chegando perto da minha mãe, a mulher mais assustadora que conheço – todos estão olhando...
— FALAR BAIXO? MAS SE EU FALAR MAIS BAIXO QUE ISSO, COMO VOCÊ VAI ME OUVIR, BEBÊ? – o que eu fiz pra merecer isso? – E SE TODOS ESTÃO OLHANDO É PORQUE ELES RECONHECERAM UMA FAMÍLIA DE VERDADE! NÃO É PESSOAL? ISSO SIM É QUE É FAMÍLIA – ela gritava enquanto me apertava em seus braços maternais e mortais, depois apertou minha bochechas até elas sangrarem e ficou me enchendo de apelidos melosos – do tipo que mancham sua reputação até você morrer.

— Mãe... mãe, pára... não faz isso, não... MÃE! – tentava me desgrudar daqueles tentáculos de polvos que eram os braços daquela mulher, nem Mc Gaiver fugia daquilo – vamos conversar ali na varanda, onde não tem ninguém e...

— Não filhinho! Aqui é muito mais bonito e elegante! – eu juro que ia me dar um tiro agora mesmo.

— Quem mãe? Quem te disse em qual hotel eu estava hospedado? – eu perguntei, porque era fato que, antes de me matar, eu mataria a pessoa que havia dito à ela que eu estava nesse hotel, pois só meu pai sabia, e ele nunca faria uma desfeita comigo. Não essa desfeita.

— Fui eu, Shikamaru! – NÃO, não pode ser... Temari? CLARO, SÓ PODIA TER SIDO ELA. Com esses olhos verdes enganadores, traidores e maquiavélicos. Mas ela fora longe demais com essa vingança. CHAMAR A MINHA MÃE? É PIOR DO QUE ME CHUTAR NAS PARTES SENSÍVEIS E ME DEIXAR ESTÉRIL! Mas ela vai me pagar! Isso foi longe demais! – é que sua mãe parecia tão preocupada com você, sem saber onde você estava, que resolvi chamá-la para nos fazer uma visita e ela concordou na hora!

Ela me olhava com aquele sorriso debochado e e um olhar de vitória naquele rosto de boneca – assassina – mas ela estava cantando vitória cedo demais. Eu faria o tiro sair pela culatra.

— MEU BEM! SUA AMIGA FOI UM ANJO E ME DISSE ONDE VOCÊ ESTAVA, ISSO NÃO É ÓTIMO? – ela ainda gritava, mesmo eu estando a cinco centímetros da sua boca.

E o plano estava traçado.
— Sim, mamãe. Foi ótimo, uma ótima idéia – eu disse sorrindo e me acalmando – mas tinha uma razão para eu querer te ver.

— E O QUE ERA RAZÃO DO MEU VIVER?

Temari me encarou com uma cara sensacional, e sabe o que aquela cara queria dizer? Medo. Puro medo emanando por aquela trambiqueira. Mas era realmente o que ela deveria sentir. Porque ela ia rodar.

— Te apresentar minha namorada mãe! – apontei pra Temari, e eu a vi ficar verde, vermelha, rosa, impagável. Agora dorme Temari, que essa noite você perdeu.

— VOCÊS ESTÃO NAMORANDO? – como ela consegue chegar a essas notas tão altas? Acho que os copos de cristal da cozinha estavam se quebranco em milhões de pedaços – MAS ISSO É MARAVILHOSO!

— Não é? Ela é a razão da minha vida! – saí do abraço de urso e fui para o ninho da cobra. Abracei Temari e ela me deu um beliscão, que nada se comparava a sensação de vitória – não é amor? – dei um beijo na bochecha dela e ela estava pronta para responder à minha altura. Mas tinha algo com o qual ela ainda não sabia lidar. A Sra Nara.

— Não é...

— MAS VOCÊS TEM QUE ME DIZER TUDO, TUDO, TUDO! VAMOS MEUS QUERIDOS VOU LEVÁ-LOS ATÉ O QUARTO ONDE ESTOU HOSPEDADA. AH, MEU FILHO SABIA QUE A SUA NAMORADA ME DEIXOU NUMA SUÍTE? POR ISSO O TRATAMENTO FOI ESPECIAL FOI PARA AGRADAR NÉ. E EU TAMBÉM SEI QUE...

— Shikamaru, isso vai ter troco... – ela cochichou por trás da minha mãe.

— Não esperava menos, meu amorzinho – sussurrei de volta – e agora ela iria provar do próprio remédio. Sofrer – comigo – nas mãos da minha mãe.
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— Pronto já me vesti – eu disse voltando à varanda, sem jeito, se coragem, sem palavras e sem ações. Depois que tudo acontece é que a ficha cai. Cara, eu beijei o Sasuke. Gente, que garota em si, nunca sonhou com isso? Sério. Mas o que eu ia dizer depois? Não pensei na parte pós-declaração. Só pensei no fora que ia levar, na minha cabeça, não tinha formulado a idéia da aceitação. Estava com um short de pijama branco com listras laterais rosas e uma camiseta também branca, afinal, era só um pijama. Cheguei na varanda e ele ainda estava lá – O que? – agora só com a camisa social branca, sentado na cadeira de descanso.

— Percebi – ele respondeu sorrindo, fiquei sem graça – sente-se.

— Tudo bem – e a robozinho sentou-se na cadeira ao lado. Tonta.

— O que foi, Sakura? – ele me perguntou, na certa, notando que eu estava nervosa.

— Nada não – me encolhi, coloquei os pés na cadeira e segurei os joelhos.

— Pode me contar... por acaso... está com vergonha de mim? – ele se levantou e ficou me encarando – está com vergonha, não está?

— Mas que falta de privacidade... – eu falei desviando o olhar – agora não posso nem sequer ficar quieta que alguma coisa está errada?

— Não. Alguma coisa está MUITO errada – ele riu. Mas eu não achei nenhuma graça. Ele tentou se sentar comigo, mas a cadeira era pequena – pena – então ele tentou algo mais ousado. Me pegou pelos braços e me ergueu como um monstro

— O que está fazendo? Me coloca no chão! – eu sabia! Ele vai me jogar da varanda agora para queimar arquivo! NÃÃÃÃÃO!

— Fique calma – ele me levou até o sofá, me colocou lá e sentou do meu lado – pronto, difícil?

— Sabe o que seria mais difícil? – eu o olhei com uma cara de surpresa – pedir para que eu viesse me sentar aqui. Uou, ia ser difícil pra caramba né?

— Porque você fica sendo irônica comigo? – ele disse mechendo nos cabelos. Pecado. Pára Sakura!

— Sei lá, costume – respondi, começando a enrolar uma mecha do meu cabelo.

— Sabe que isso é incrível?

— O quê?

Ele chegou bem perto de mim e ficou me olhando. Oh god.

— Você ficar nervosa quando eu chego perto de você – ele pegou na maçã do meu rosto, e eu espontaneamente me arrepiei – quando eu toco em você... eu adoro isso.

Puxa, que bom que isso te diverte... – tentei ser o mais natural possível, fato.

Me diverte sim, mas o que mais me faz mesmo é me deixar fascinado.

Não entendi bolas agora, Sasuke.

Ele me olhou com uma cara engraçada como se eu fosse uma palhaça. Ironia (?). e sorriu docemente, mas tão doce que eu juro que poderia usar o dedo dele no lugar do zero-cal.

Seu jeito... me deixa fascinado. É só isso – ele sentou no chão, e ficou me olhando. Caramba, Sasuke! Vou te dar uma foto com autógrafo logo, poxa!

— Nossa... – pensei no que dizer, mas nada me veio à cabeça – agora sim, fiquei sem palavras.

— Isso sim é notícia – ele me olhou com uma sobrancelha arqueada.

— Se continuar com gracinhas, te chuto pra fora do meu quarto Sasuke – eu disse olhando feio pra ele.

— Duvido.

— Duvida?

— Duvido.

— Então ta.

Levantei-me e fui para pegá-lo pelo braço e jogá-lo para fora. Mas eu era uma só Sakura, com os braços fraquinhos e falta de vitamina. Não deu. Ele me puxou e eu caí em cima dele. O que parecia ser seu plano desde o início. Fiquei ruborizada, não sei porque, não conseguia controlar. E quanto mais eu ficava sem jeito, mais ele ria de mim.

— Nossa, você é um estrategista hã? – eu falei enquanto ele me segurava.

— Não posso me gabar... – ele respondeu com um sorriso confiante – mas às vezes eu acerto.

— Você é muito convencido, homem – eu disse olhando para ele e vendo seu sorriso presunçoso vir à tona.

— Não consigo me conter, essa situação pede muito isso de mim.

—Tudo bem, pode me soltar?

— Não.

— Porque?

— Não quero. Quero que fique aqui. É pedir muito?

— É, é sim. Pedir muito, demais até eu diria.

— Não importa, não vou deixar você sair mesmo.

— Você é chato – suspirei derrotada e me aconcheguei nos braços dele.

— Você vai ter que se acostumar. Daqui pra frente vai ser assim.

— Daqui pra frente?

— Sim, claro. Você vai ser a minha namorada – ele disse com a cara mais limpa do mundo. Mas não escondo, fiquei feliz.

—Desculpa? Quando eu aceitei ser sua namorada mesmo? – eu disse olhando para ele com uma careta – um relacionamento não acontece só com uma das partes, Sasuke meu caro.

— Tudo bem.

— O que?

Ele me tirou dos seus braços e começou a beijar meu pescoço. Senti um arrepio percorrer meu corpo como uma corrente elétrica. Me sentia estasiada, não conseguia pensar em mais nada a não ser nele. Nos seus beijos, que eu tanto queria e suas carícias que tanto me deixavam inerte. Então ele começou a subir os beijos, até chegar a minha orelha e ele sussurrar.

—Quer ser minha namorada Sakura? – senti um calafrio, aquela sensação boa, de que tudo daria certo.

Ele ficou agora, cara a cara comigo e meus olhos estavam fechados desde que ele começou os beijos. Eu os abri lentamente, o encarei e sorri sem jeito.

— Que pergunta estúpida! – sorri – macaco quer banana?

Ele sorriu comigo, e nós parecíamos duas crianças. Felizes.

Eu enrosquei seu pescoço e o beijei, já que para mim aquilo nunca iria deixar de ser tão maravilhoso.



                                                                       Continua x3


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Notas finais do capítulo

Como combinado postei e estou viva o/Esse capítulo é bem curtinho e só tem mais uma parte mesmo rs.E agora, Tchantcharam estou praticamente de férias, yepp.Irei poder postar sem problema e obrigado por serem compreensíveis comigo ^_^Adoro vocês e suas reviews, me divirto muito lendo e as acho lindas (:A fic já está mais que a metade.. não irei falar quando capítulos são para não assustar vocês (?)Só lhes peço paciência porque os futuros capítulos serão super longos e cheios de partes x_xEspero que me entendam, não posso fazer nada quanto a isso :xEspero que tenham gostado do capítulo e também espero reviews amores ♥♥Próximo post = Sábado/Domingo.Beijo beijo e até mais.