Os Opostos também se Atraem Vol. Ii escrita por estherly


Capítulo 5
O reencontro – Parte 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/93657/chapter/5

Ele me olhou incrédulo. Devia estar se perguntando se eu era um fantasma ou apenas algo da sua imaginação. Ele desceu do banquinho e deu uma desequilibrada,

- Ro... Rose... Você... Não é real. – ele disse. Mas, parecia que ele é que tentava acreditar nisso.

- Eu sou e você sabe disso. Por favor, Sra. Malfoy, - brinquei com ela. Ela deu um sorrisinho – Me permite dançar uma ultima vez com o seu esposo?Depois eu vou embora, apenas uma dança. Uma ultima dança.

- Rose. - ela veio e me abraçou. – Sabe que pode tirar o meu marido para dançar sempre que quiser. Claro que eu permito. Não me importo com essa história da primeira dança. – ela disse. Nos olhamos e por um segundo eu tive a sensação de que ela já sabia que eu estaria ali.

- Obrigada. – agradeci a ela. Virei-me para Scorpius. Ele estava sentado no banquinho. Abri a palma da mão para ele e falei. – Scorpius, como esse é o ultimo dia que vamos nos ver, vamos dançar? – eu perguntei exatamente como ele perguntou para mim na nossa ultima dança no barzinho em NY á cinco anos atrás. Ele levantou o rosto e olhou para mim. Seus olhos começaram a brilhar. – Vamos... A nossa música. Eu me lembro dela e você?

            Ele ainda olhando para mim pegou na minha mão e fomos para a pista de dança. Peguei minha varinha e apontei para o som. A nossa musica começou a tocar.

 

This time, This place

(Esta vez, este lugar)

Misused, Mistakes

(Maltratados, erros)

Too long, Too late

(Tempo demais, tão tarde)

Who was I to make you wait?

(Quem era eu para te fazer esperar?)

Just one chance

(Apenas uma chance)

Just one breath

(Apenas uma respiração)

Just in case there's just one left

(Caso reste apenas um)

Cause you know,

(Porque você sabe)

you know, you know

(você sabe, você sabe)

- Vamos, cante comigo... – eu pedi.

That I love you

(Que eu te amo)

That I have loved you all along

(Que eu te amei o tempo todo)

And I miss you

(E eu sinto sua falta)

Been far away for far too long

(Estive longe por muito tempo)

I keep dreaming you'll be with me

(eu fico sonhando que você estará comigo)

and you'll never go

(e você nunca irá)

Stop breathing if

(pararei de respirar se)

I don't see you anymore

(eu não a vir mais)

- Eu odeio quando as músicas falam da minha vida. – eu comentei. Ele não falou nada. Engoli em seco – Olhe, me desculpe, eu sei que a sua primeira dança depois de casado teria que ser com Isabelle, eu sinto muito mes...

- Shííí... – ele me interrompeu. Sua voz rouca perto dos meus ouvidos me fazendo arrepiar-me toda. – Você fala muito. Eu gostei da surpresa. Adorei você ter sido a minha parceira para a dança no meu 1º minuto de casado.

            Dei um sorrisinho.

On my knees, I'll ask

(de joelhos, eu pedirei)

Last chance for one last dance

(Última chance para uma última dança)

Cause with you, I'd withstand

(Porque com você, eu confrontaria)

All of hell to hold your hand

(todo o inferno para segurar sua mão)

I'd give it all

(Eu daria tudo)

I'd give for us

(Eu daria tudo por nós)

Give anything but I won't give up

(Dou qualquer coisa, mas eu não desistirei)

‘Cause you know,

(Porque você sabe,)

you know, you know

(você sabe, você sabe)

 

That I love you

(Que eu te amo)

That I have loved you all along

(Que eu te amei o tempo todo)

And I miss you

(E eu sinto sua falta)

Been far away for far too long

(Estive longe por muito tempo)

I keep dreaming you'll be with me

(eu fico sonhando que você estará comigo)

and you'll never go

(e você nunca irá)

Stop breathing if

(pararei de respirar se)

I don't see you anymore

(eu não a vir mais)

 

So far away

(Tão longe)

Been far away for far too long

(Estive longe por muito tempo)

So far away

(Tão longe)

Been far away for far too long

(Estive longe por muito tempo)

But you know, you know, you know

(Mas você sabe, você sabe, você sabe)

I wanted

(Eu queria)

I wanted you to stay

(Eu queria que você ficasse)

Cause I needed

(Porque eu precisava)

I need to hear you say

(Eu preciso ouvir você dizer)

"That I love you

("Que Eu te amo)

That I have loved you all along

(Eu te amei o tempo todo)

And I forgive you

(E eu perdoo você)

 

For being away for far too long

(Por estar longe por tanto tempo)

So keep breathing

(Então continue respirando)

Cause I'm not leaving you anymore

(Porque eu não vou mais te deixar)

Believe it Hold on to me and, never let me go”

(Acredite e segure-se em mim, e nunca me solte.)

 

            Passamos o resto da dança cantando juntos. Por um instante eu pensei que tudo aquilo que ele cantava era para mim, mas... ele é casado. Paramos de dançar e ficamos nos olhando. Aquela dança foi mágica. Falou tudo o que passamos, sentimos em fim, é para ser a nossa dança. Não me lembrei que estava na festa de casamento dele e que a esposa estava ali, ao lado do bolo esperando acabar com a nossa dança. Suspirei. Me afastando. Mas fui puxada para aquele corpo musculoso. Relaxei no abraço dele.

- Eu ti perdôo por estar longe por tanto tempo. Venha fazer uma visitinha para nós. Venha hoje às oito e meia. Não vamos ter lua de mel. – sussurrou ele no meu ouvido. Dei um sorrisinho como resposta. 

- Felicidades. – desejei.

- Obrigado. – disse ele para mim. Fui até Isabelle.

- Felicidades. – desejei. Olhei para a mesa. Várias taças de champanhe. – Posso? – perguntei me referindo os champanhes.

- Claro. – disse ela. Fui até os champanhes. E para quebrar o clima, subi no banquinho ergui minha taça para todos e antes de começar perguntei.

- Posso fazer um discurso? – perguntei para Isabelle, ela concordou com a cabeça. – Obrigada. Boa tarde a todos. Esse casal aqui são as pessoas mais maravilhosas que eu já conheci! Embora tenhamos algumas dificuldades no passado, hoje enfrentamos muitas coisas. E espero que eles enfrentem essas dificuldades da vida, com muito amor entre eles, compreensão, sabedoria... Deixe-me ver, amor, compreensão, sabedoria...  Ta faltando alguma coisa... Ah! Lembrei. E carinho. É. Amor, compreensão, sabedoria e carinho. Ah! E com muita alegria também. E sempre juntos, isso é o importante. Sempre juntos. – me virei para os noivos. – Que sejam felizes, que Merlin os abençoe e VIVA OS NOIVOS! – gritei erguendo a taça.

- VIVA! – gritaram os convidados.

            Desci do banquinho, bebi todo champanhe, o coloquei na mesa. Dei um sorriso de 32 dentes para os noivos e disse.

- Felicidades. – e aparatei.

            Cheguei ao apartamento e fui direto para o meu quarto. Passei pele quarto de Marcelo que estava aberto e acho que ele chegou a me ver chorando. E se não tiver percebido, eu tinha acabado de bater a porta. Deitei na cama e enfiei a cara no travesseiro. Despenque no choro. Nem parecia uma mulher de 20 anos.

- Rose, está tudo bem? – ouvi Marcelo perguntar para mim do outro lado da porta.

- Aham. – eu respondi como o som abafado pelo travesseiro.

- Está de roupa? – o ouvi perguntar.

- Não, eu estou vestida de samambaia. – eu disse brincando.

- Sério?!

- Claro que não! – eu respondi brava.

            Ele abriu a porta lentamente como se eu estivesse vestida de samambaia mesmo. No momento em que ele enfiou a cabeça no quarto, joguei um travesseiro nele.

- Rose, o que aconteceu?!

            Ele me perguntou e eu contei tudo.

- ROSE! SUA LOUCA! NÃO DEVAI TER FEITO ISSO! – ele gritou bravo comigo. Comecei a chorar novamente. Então, assim como a minha crise de choro, a feição dele mudou rapidamente. De bravo passou para uma feição preocupada.

- Rose, por que está chorando? Ele já soube que você está viva.  – me apoiou Marcelo

- Eu... Ele me convidou para ir à casa dele as oito e meia. E eu aceitei. – eu comecei a chorar.

- Não acredito.

- Sim, acredite.

- E o que você vai vestir?

- Eu não sei. Eu não sei o que vamos fazer. Ele não falou especificamente.

- Bem, eu...

            Ele parou de falar assim que ouviu um barulho na janela do meu quarto. Olhamos. Era uma coruja. Marcelo abriu a janela. Reconheci aquela coruja. Era a coruja dos Malfoy’s. A coruja voou até mim, e parou no meu braço esticado para receber ela. Ela esticou a patinha e eu tirei a carta.

“Cara Rose Weasley.

            Como eu ti falei hoje, eu... Nós gostaríamos que você viesse jantar conosco. Jake e Lílian também estarão aqui. Esteja aqui as 8:30!

*P.S.: Jantaremos fora.

            Beijos e abraços, Scorpius e Isabelle Malfoy.”

- Merda. – eu murmurei.

- Eu vou ti dar um sabonete de aniversário. Para poder lavar essa sua boca suja.

- Haha... Vamos jantar fora! – eu exclamei desesperada.

- E qual é o problema?

- Eu queria que os meus pais me vissem primeiro. Claro, depois de Scorpius e Isabelle.

- Então vamos lá.

- O que?! – eu perguntei. Mas, não deu mais tempo, Marcelo tinha pegado minha mão e aparatou comigo.

            Chegamos. Comecei a chorar. A casa era a mesma. Nada mudou. Minha mão estava tremendo. Não conseguia nem levantar o braço. Marcelo que pegou o meu cotovelo e levou meus dedos em direção da campainha. Era aproximadamente 5:00 da tarde. E normalmente, neste horário, saiamos para passear. Dim Dom... Dim Dom... Por Merlin! Nem a campainha eles mudaram. Quando toca duas vezes, “Dim Dom... Dim Dom” quer dizer que a visita é bruxa. Agora se toca apenas uma vez “Dim Dom...” é porque ela é trouxa.

- HUGO VÁ ATENDER A PORTA! – ouvi minha mãe chamar por ele.

- ESTOU TOMANDO BANHO! – ele nunca estava. Conhecia a mentira dele. Ele fazia um feitiço para dar o barulho da água caindo. Ele nunca muda.

- CADE O SEU PAI? – a ouvi perguntar para o meu irmão.

- ESTÁ ASSISTINDO O JOGO DE QUADRIBOL. – papai também nunca muda.

- Homens... – mamãe sempre murmurava. Ela também nuca muda.

Dim Dom... Dim Dom... A campainha automaticamente tocou novamente.

- JÁ VAI! UM MINUTO! – ouvi ela gritar para mim.

- Marcelo estou nervosa. – eu murmurei para ele. Na verdade, minha intenção era para ele, mas... CADÊ O HOMEM?! Eu respondo... Saiu. SAFADO! Eu vou matar, estrangular, triturar...

- Pois não? – ouvi minha mãe perguntar para mim, ela estava cozinhando, pois limpava as mãos no seu avental amarrado na cintura.

- Oi mãe. – eu respondi.

            Certo, sei que esta não foi a melhor maneira de falar com a sua mãe, depois de cinco anos enterrada a cinco palmos sobre a terra. Ela ergueu a cabeça. Estava do mesmo tamanho que da ultima vez que eu a vi. Seus cabelos castanhos ondulados, amarrados num rabo-de-cavalo, seus olhos iguais aos meus, castanho chocolate, sua pele lisinha, e ainda com o mesmo peso da ultima vez. Ela olhou para mim. Analisou-me por inteiro. Abriu a boca, mas... Nada saiu dela. Apenas a boca que tremia levemente. Ela começou a rodar e caiu. Tinha desmaiado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!! E... Se for pedir muito, quem gostou da história "Os opostos também se atraem Vol. I", pode recomendar? Bjks