A Buscadora escrita por AelitaLear, pegoshea


Capítulo 9
Capítulo 9- Entristecida


Notas iniciais do capítulo

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Não existe mais motivos para eu continuar viva.

Essas palavras passavam por minha mente a todo segundo. Eu encontrei um humano e ele não acreditou em mim, novamente estou sozinha e desamparada neste mundo...

Não sabia se ia para casa ou se voltava ao trabalho. O carro era de Sol, não era justo eu ficar com ele, mas como eu ia encará-lo? Ele iria ficar perguntando coisas para mim e eu não teria forças...

Não, eu precisava devolver este carro.

Sentia meus pulsos tremerem no volante, estava até um tanto preocupada com isso. Minha visão embaçava e eu não sabia se seria capaz de chegar até lá viva.

Parei no acostamento, não podia voltar assim. Meus pensamentos eram confusos e eu não sabia direito o que fazer. Deitei meu rosto em meus braços e continuei chorando.

- Marina, tudo bem ai?

Levei um susto quando escutei a voz de Sol saindo pela freqüência do rádio. Como eu conseguiria disfarçar minha voz xoxa de tanto chorar? Tentei respirar fundo e achar forças.

- Tudo sob controle... – Murmurei e minha voz não saiu nada bem.

- Tem certeza disso? – Ele murmurou, deve ter notado.

- Sim.

- Onde você está?

- Perto do deserto de Picacho Peak, por que?

- Estou indo para ai, sei que não está bem.

- Não Sol, olhe eu estou... – Escutei um barulho diferente no rádio e notei que ele tinha desligado. - ... bem.

Mas que droga, era só o que faltava esse Sol vir encher minha paciência com suas frases de amor mal feitas e...

Sol não tinha culpa de nada, ele era carinhoso comigo e eu sentia um sentimento por ele... não sabia se era o que ele sentia por mim, não, claro que não era... Sol merecia uma alma, não uma aberração.

Voltei a posição que estava, deitada sobre meus braços. Senti um movimento do lado de fora, carros passando, e resolvi me esconder ali para que nenhuma outra alma me estresse.

Fui para o banco de trás e me encolhi entre as pernas. Não estava uma posição confortável, mas era assim que eu queria estar... queria sofrer, essa era a única coisa no momento...

Cai no sono.

Acordei envolvida de braços fortes, braços que eu conhecia bem. Sol tinha chegado, eu estava no colo dele e ele me acariciava com ternura. Seu toque era bom, mas não era o melhor toque.

- O que aconteceu meu anjo? – Sussurrou perto de meus ouvidos.

- Nada.

- Algo aconteceu, por que estava chorando? – Ele esfregou a barba um pouco crescida em meu rosto.

Que desculpa eu ia dar a ele? A verdade não poderia ser dita, teria que fazer meu papel de Buscadora e mentir. Usei algo clichê.

- É este corpo, coisas femininas.

- Ah, bem, eu não acredito, mas tudo bem. Você mente muito mal. – Murmurou rindo, próximo ao meu ouvido.

Eu estava confusa até mesmo com Sol, ele me amava, eu via isso em seus olhos e em seus gestos, cada vez que ele me tocada e pronunciava as palavras. Eu estava sozinha, me sentia... carente.

Ele ficou me olhando durante um bom tempo, abaixando seu olhar de meus olhos a minha boca. Sabia o que ele estava prestes a fazer, mas não consegui fazer nada para impedir.

Sol encostou seus lábios nos meus, tudo tão devagar, tão carinhoso... nem parecia um beijo de verdade, como eu via nos filmes. Parecia um beijo de amor, mas nada intenso... nunca beijei, não tinha como comparar.

Foi mais um selinho do que um beijo, ele se separou de mim e ficou meio envergonhado. Eu não sabia muito o que fazer ou falar, e ele se afastou como um verdadeiro cavalheiro.

- Me desculpe... – Deixou a voz sumir.

- Tudo bem.

Ele resmungou algo inteligível, se separando definitivamente de mim.

- Venha, você precisa descansar...

- Vai me levar para casa? – Murmurei.

- Não pensei em te levar para a minha casa.

Minhas bochechas esquentaram, de vergonha e de raiva. Vergonha por causa do que estaria para acontecer, e raiva por ele agir dessa forma, rápido.

- Não é nada que você está pensando. – Ele murmurou, parecia que ele leu meus pensamentos. – Minha irmã está lá.

Sol se levantou e saiu do carro, indo para o banco do motorista. Eu continuei onde estava, torcendo para que fosse verdade o que ele tinha dito. Nenhuma alma seria capaz de fazer algo assim, contra a vontade, seria?

Chegamos no seu apartamento, era um lugar bonito e confortável. Olhei para os lados a procura de sua irmã, será que realmente ele estava com outras intenções?

- Aqui é minha casa, não muito bonita eu sei.

- Sim é bonita. – Murmurei.

- Espera... Dangerous, venha aqui por favor?

Ele estava chamando sua irmã, me senti aliviada pelo fato de não ser nada demais. Senti-me culpada por duvidar dele, mas eu era humana e mulher, e ele era homem, apesar de ter uma alma ali.

- Olá.

Uma moça nova de cabelos cacheados, muito bonita por sinal, chegou a sala e nos cumprimentou. Seus cabelos eram castanhos escuros, diferente, bem diferente de Sol.

- Oi. – Murmurei tímida.

- Meu irmão fala sempre de você, todos os dias. – Ela revirou os olhos. – É uma pena, mas eu já estou de saída... gostaria muito de conhecê-la melhor.

- Oh, eu também. – Sorri, era impossível não gostar dessas almas.

Ela veio e me abraçou, gostei muito dela. Depois saiu pela porta, deixando novamente eu e Sol completamente sozinhos naquele apartamento.

- Parece que estamos sozinhos. – Sol murmurou e eu corei de vergonha.


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Notas finais do capítulo

O sol não vai ser o namorado dela de verdade... eu aguardo alguém bem mais especial para ela... mas não custa perguntar, vocês querem que eles tenham uma noite de amor juntos? Sim ou não?