Eu já tinha achado que estava louca já fazia muito tempo. Mas naquele momento eu tinha certeza. Eu havia de imaginar alguém me mandando pra casa.

Loucura.

Mas mesmo assim voltei para casa. Eu precisava encontrar um pote bem grande de sorvete para me empanturrar enquanto olhava filmes de romance. Era o jeito de espantar a tristeza.

Mas quando cheguei lá minha mãe estava em casa.

Ela nunca ficava em casa nos dias de semana.

Entenda, ela é uma empresária rica e trabalha muito, por isso vivia ocupada. Mas ela me ama e sempre que possível tira um tempo pra mim. Ela é solteira. Pelo que ela disse meu pai não pode ficar com ela porque os pais o proibiram ou coisa parecida.

Ela nunca fala dele. Mas pelo pouco que ela diz, ele nos amava, mas era proibido de ficar junto com a gente. Mas mesmo assim sempre esta cuidando de mim de longe.

Eu nunca cai nessa. Meu pai me abandonou porque não gosta de mim. Se gostasse falava comigo.

Minha mãe estava sentada no sofá da sala, mas não estava sozinha. Tinha um rapaz, lindo por sinal, ao lado dela.

Ele tinha cabelos pretos como os meus, só que bem bagunçados, deixando ele com cara de malandro. Ele tinha olhos verdes como o mar , também iguais aos meus e por fim, um sorriso lindo no rosto.

Ele usava uma camisa laranja escrito :” Acampamento meio-sangue” e uma calça jeans.

Minha mãe estava com o estilo moderno e chic de sempre, mas parecia nervosa e triste.

-Mãe , o que aconteceu? Você não devia estar trabalhando? E quem é esse garoto?-disse eu bem pausadamente pra fingir como se isso fosse extremamente normal.

-Meu nome é Percy, Maria Eduarda.- disse o garoto

-Prazer Percy. Mãe, eu tenho que ligar pra Catarina, será que dá pra me explicar logo?

-Ata que você vai ligar pra Catarina depois dessa- murmurou Percy.E eu como tenho ouvido bom disse:

- O que você quer dizer Percy?

-Sra. Smith, eu não tenho o dia todo. Eu falo, você fala ou entregamos a carta de vez?

-Querido, deixe eu falar. Eu tenho muito o que contar.

-Claro Sra. Smith. Fale a senhora então.-Percy disse em um tom apreensivo.

Minha mãe mandou eu e Percy nos sentar e se sentou também.

-Filha, quando eu conheci seu pai, não sabia no que eu estava me metendo. Só depois ele me contou toda a verdade e todos os detalhes. Ele me fez prometer que cuidaria de você com muito carinho e cuidado até que tivesse idade pra ir pra seu verdadeiro lugar no mundo. O acampamento Meio-sangue, que foi criado para crianças e jovens especiais como você. Você, ainda bem, nunca percebeu nada , mas você não é normal. Você é uma semi-deusa minha filha. Filha de uma mortal, eu, e um dos deuses do olimpo.

-Aqueles da mitologia grega-Percy acrencentou.

-E agora você tem que ir junto com o Percy para o acampamento. Eu achei que levaria mais tempo para mandarem eu levar você lá, mas Percy apareceu hoje me dizendo que recebeu uma mensagem do seu pai e uma carta, dizendo que você deve ir pra lá imediatamente.

-Você é minha irmã Madu, nós dois somos filhos do deus dos mares, dos terremotos, das tempestades e dos cavalos. Você é filha de Poseidon. E ele deixou pra mim essa carta pra te entregar. Vai te ajudar a entender.

Meu cérebro ainda estava processando aquilo. Eu filha de um deus da mitologia grega?

Aham, já cai nessa neh.

Só eu não sabia como minha mãe tinha encontrado aquele garoto tão parecido comigo pra fazer esse trote. Puft.

Então cai na gargalhada.

-Aham, já acreditei mãe. Deuses do olimpo?! Podia ter feito um trote melhor.

Percy me olhou com tranquilidade, como se soubesse que eu iria fazer isso.

-Filha, é verdade, você tem que acreditar nisso. – minha mãe já estava nervosa demais.

-Calma, Sra. Smith. É sempre assim. Ela tem que ver pra crer. Não se exalte.

- Desculpe Perseu, eu não queria que esse momento chegasse nunca. Fale com ela, eu vou preparar a mala dela ta?

-Claro.

Então minha mãe saiu de cabeça baixa.

-Maria, tenha calma e me escute. Eu já passei por isso. Na verdade para mim foi bem pior, eu descobri quando tinha um monstro no meu encalço e ele acabou capturando minha mãe. Acredite, é muito melhor você saber assim. Leia a carta de nosso pai, vai te faze bem.

Então ele me entregou um papel que parecia feito de água.

-Ah qualé, meu namorado terminou comigo com o refeitório lotado e agora minha mãe resolve de brincar comigo com trote idiota- choraminguei- o que eu fiz de errado pra merece isso.- então não consegui segurar as lágrimas e pus as mãos no rosto

-Mardu, eu sinto muito pelo seu namoro, mas amanha ou depois você já vai achar o máximo ser semi-deusa. Acredite em mim, eu já tenho experiência.- então ele abriu um sorriso de canto e veio me abraçar.

E eu empurrei ele com toda força e disse contendo as lágrimas: 

-Você ainda vai ter a coragem de continuar com isso! Eu não estou com humor pra isso!

E sai correndo para o meu quarto.