A Brilhante Forma do Amor escrita por fdar86


Capítulo 31
Cap 31 - A Batalha Final [Parte 1]




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Já passava das 7h da manhã. Kamo continuava roncando, enquanto Konoka continuava acordada, só que agora observando Setsuna dormir. De repente, a vira despertar. Ela ficava tão vulnerável sem memória.

– Bom dia. - Desejou Setsuna.

– Bom dia, set-chan.

Setsuna estranhou. Algo naquele apelido lhe trouxe boas lembranças mas não conseguira determinar porque... Simplesmente sorriu, sentindo-se verdadeiramente feliz.

– Set-chan.

– Hum? - Perguntou Setsuna, enquanto se espreguiçava.

– Eu preciso te dizer uma coisa.

– Diga.

– Se alguma coisa acontecer comigo, eu não quero que você se sinta culpada.

– Por que? Algo vai acontecer a você?

– Não sei. Talvez. Só quero que você saiba que os momentos mais felizes de minha vida foi ao seu lado, e que eu morreria feliz se você fosse a última pessoa que eu pudesse ver.

Setsuna estranhou os comentários da maga, mas os ignorou. Não imaginara nenhum sentido neles. Konoka a puxou para um abraço, e a espadachim corou violentamente. Sentira novamente a sensação de dèja vú, e não pôde deixar de sentir um forte sentimento de intimidade vindo daquele abraço. Foi quando notou uma lágrima caindo dos olhos de Konoka, até seu ombro.

*** ----- ***

Cada guerreiro se posicionava em um lado do colégio - dentro e fora -, enquanto Negi, Asuna e outros magos do conselho aguardavam no salão principal, aonde dava acesso às únicas escadarias do colégio. Se queriam encontrar Konoka, obrigatoriamente teriam que passar por alí, para invadir os dormitórios. Os alunos do 3º, por sua vez, mantinham-se mais acima, defendendo os vários andares que davam aos infinitos dormitórios que haviam no castelo.

Konoemon, entretanto, mantinha-se no seu escritório, observando pela janela a movimentação externa no colégio, e esperava pela visita de seu ex-querido amigo, Ozamu Tezuka. Tentara parecer o mais natural possível. Dito e certo. Como privilégio de ser o Ministro da Magia, ele possuía o poder de aparatar aonde quisesse. Segurando um objeto que mais parecia uma pequena caixa preta, ele se apresentou.

– Querido amigo.

– Ozamu. O que faz aqui? - Fora até o ministro e o abraçara, parecendo não saber de nada. Enquanto continuasse aquela farsa, estaria seguro.

– Nada, apenas verificar se está tudo bem no colégio. Soube que uma das alunas fora assassinada.

O diretor aparentou tristeza, e disse, bastante convicto:

– Foi uma terrível perda. Ela era o meu braço direito, e a melhor amiga de minha neta.

– Sim, sim, sem dúvida alguma. Foi uma terrível perda.

– Você gostaria de visitar o colégio? - Convidou o diretor, rezando para que o outro aceitasse.

– Sim, claro.

O ministro da magia saiu, acompanhado do diretor Konoemon, em direção ao salão principal, que parecia silencioso. Ao ouvirem a voz de Konoemon, todos se esconderam.

– Embora seja ainda um pouco cedo, e deva estar um pouco vazio, será um prazer apresentá-lo a você.

Eles finalmente chegaram ao salão principal, quando o ministro pegou sua varinha e acionou um forte clarão vermelho que fora até o céu. O diretor, nesse momento, se virou, parecendo surpreso, tempo o bastante para ser atingindo na cabeça pelo ministro, que agora colocava a caixa preta no chão. Yoshiyuki Tomino, animago braço direito do Ministro, transformou-se novamente em mago, e se levantou do chão, a tempo de entrar na guerra que acabara de começar.

Negi, Asuna e todos os professores apareceram e reagiram ao atentado que Konoemon sofrera. O diretor, por sua vez, abatido, continuava desacordado no chão. Os comparsas do ministro começaram a invadir o colégio porta dentro, ou simplesmente pela janela, utilizando de artifícios como cordas ou vassouras. Algumas, no entanto, eram atingidas pelos protetores de Mahora, e caíam no chão em barulhentas explosões.

*** ----- ***

Paralelo ao que acontecia, Kamo acordou assustado com o barulho. Konoka ainda estava abraçada a Setsuna, e se separaram bruscamente.

– Começou a batalha. - Disse Kamo, tenso.

– Mas já vai terminar. - Concluíu Konoka, se levantando.

– Você está indo pra onde? - Perguntou Setsuna, atordoada, enquanto a maga dava um beijo em sua mão como despedida. - E o que começou?

– A guerra. Vieram buscar Konoka-san, e se te encontrarem você estará morta. - Kamo explicou, sem nenhum tato, chocando a espadachim com a verdade em sua forma nua e crua.

– E aonde você pensa que vai, Konoka-san? - Perguntou novamente Setsuna, enquanto Kamo impedia a maga de passar pela porta.

– Essa guerra começou por minha causa. Aliás, sempre começa por minha causa. Mas agora ela vai terminar. Eu darei um fim nisso.

– Como assim? Isso significaria que você... ? - Tentou compreender Kamo, ainda bloqueando a porta.

– ... Que todos vocês estariam vivos. E que a Set-chan ficaria bem.

– O que significaria Kamo? - Perguntou Setsuna tentando entender as peças do quebra cabeça, que naquele momento era incapaz de lembrar.

– Que seus poderes seriam utilizados para a magia negra, e que Konoka seria definitivamente destruída.

Setsuna correu até a maga, e a segurou. Olhou bem intensamente nos seus olhos e gritou:

– Então o que você pensa que está fazendo?

– Salvando você, Set-chan.

– Eu não quero que você morra por minha causa. Eu posso não lembrar de nada, mas não quero uma culpa desse tipo em minha cabeça.

– Mas eu morreria feliz, Set-chan, se fosse pra te deixar a salvo.

Konoka começou a chorar, e Setsuna reagiu, abraçando-a. Fora uma atitude quase impulsiva da espadachim que ficou vermelha, assim que notou o que fizera. O que estava acontecendo? Por que aquela jovem lhe fazia ter atitudes assim? Por que sentia algo diferente, mesmo que não conseguisse determinar o que é? Sua cabeça estava vazia, e seu coração também, mas alguma coisa dentro dele parecia querer despertar sempre que se aproximava da maga. Lembraria de tudo algum dia?

*** ----- ***

A batalha continuava, cada vez mais intensa. Asuna acabara de ser jogada do outro lado do salão, devido a um forte golpe que recebera. Enquanto isso, Negi e os outros ainda tentavam impedir a passagem dos vilões.

Em sua melhor apresentação de luta até então concebida, Negi conseguira tirar do chapéu um forte explosivo, e jogara na direção de onde um grupo de magos da magia negra acabara de aparecer, invadindo a porta principal do Colégio. Assim, eliminou diversos inimigos com um golpe só. Asuna, mesmo machucada, o olhou admirada. Impressionada, também seria uma boa palavra. No entanto, diante de tanta confusão, o ministro subiu tranquilamente as escadarias em direção aos dormitórios.

O diretor finalmente acordara, no meio do barulho da explosão e vira Asuna enfrentando sozinha Yoshiyuki Tomino. Ela poderia ser uma guerreira talentosa, e muito forte para sua idade, mas nunca conseguiria enfrentar um animago daquele porte sem ajuda. Levantou-se, e fez um rápido feitiço com sua varinha, e jogou no rapaz, que por um instante perdeu a visão. Asuna se aproveitou disso para golpeá-lo com força, desacordando-o. Olhou para o diretor em sinal de agradecimento, e saiu a procura de outros magos maus para destruir.

Konoemon procurou em sua volta, e logo viu a falta de Ozamu Tezuka. Gritou para Asuna:

– Asuna! Ozamu sumiu!





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