A Brilhante Forma do Amor escrita por fdar86


Capítulo 16
Cap 16 - Por que amar é tão complicado?




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– Diretor?

 

Konoka se surpreendera com a visita do seu avô e, por alguns instantes, retraiu-se inicialmente para liberar a entrada, porém logo que tomara consciência, movimentara-se de modo a permitir a livre passagem do diretor. Preocupou-se, pensara que provavelmente levaria uma bronca por sua displiscência.


*****

Asuna encontrara Setsuna no corredor, de frente ao quarto da espadachim.

– Setsuna-san, precisamos conversar.


– Infelizmente agora não vai dar, Asuna-san. Estou atrasada. – responde apressadamente, adiantando seus passos, sem lhe dar muita atenção.


– Para que?


Setsuna se surpreendera, e parara automaticamente. Preferira mentir.

Não queria que nada a impedisse de fazer seu último "sacrifício" pela felicidade da maga.


– Estou corrigindo os problemas causados pela invasão. Desculpe, não temos tempo.


– Mas eu preciso falar sobre Konoka.


Ouvir esse nome, lhe fez piscar.

Estivera tão entregue em seus pensamentos, que esquecera de se informar sobre o estado de sua amada.


– Como ela está? - Virou-se pela primeira vez, e encarou Asuna.

– Pelo visto você não tem pensado muito nela ultimamente... Não é?


– Eu... - Setsuna ficou sem palavras.


– Eu só vim aqui te dizer uma coisa, e espero que você me escute com bastante atenção. – Setsuna a olhara novamente, dessa vez, a frieza de seu olhar havia cedido espaço a uma tristeza inconfundível - Eu quero que você pense, se você realmente fez tudo isso pensando em Konoka-chan, ou se você simplesmente estava pensando em você esse tempo todo. Em você e nesse seu medo de entrentar Konoka-chan e falar sobre seus sentimentos por ela - Setsuna aparentara estar incomodada com aquela conversa, e olhara para o relógio, lembrando-se da viagem. Asuna continuara - Você sabe melhor do que ninguém que Konoka-chan não saberia ficar longe de você. Você sempre foi para ela muito mais do que uma espadachim que a protege, e você sabe disso. Ela nunca, escute bem, NUNCA, faria isso com você, te abandonar, te deixar sozinha, ainda sem nem ao menos ter a decência e a coragem de conversar com ela antes.


Asuna se adiantara, só queria sair dali. Resistira a vontade de dar um murro em Setsuna, por tanta estupidez. Mas naquele momento, sua estratégia teria de ser outra.

Teria dito tudo o que pensara que a outra deveria ouvir.

Se afastara, deixando para trás uma Setsuna pálida, e com olhos marejados em lágrimas.


*****

– Como você está, Konoka?


– Bem, diretor.


– Pode me chamar de avô. – o diretor sorrira. Konoka sempre tivera essa mania. Eu vim aqui falar com você sobre Setsuna. O que está acontecendo com vocês?


– A-a-conte-cen-do? C-como assim? - Konoka parecera chocada, não esperava uma conversa de cunho tão pessoal


– Ela sempre foi muito importante pra você, não é?


– Sim, muito. - disse, ainda meio desconfiada. Não entendia aonde ele queria chegar.


– Então, sei que vocês não estão mais tão próximas. Você sabe, sempre vigio você, com medo de que algo te aconteça.


– Realmente não estamos... - disse, magoada.


– E você me diria o por que?


Percebendo o silêncio de Konoka, que simplesmente sentara em sua cama, novamente com os olhos cheios de lágrimas, o diretor continuou:


– Ela decidiu ir embora desse colégio.


Konoka o encarara, imediatamente. Se controlara para não surtar na frente do avô, colidindo com tudo que estivesse em sua frente, até chegar no quarto da espadachim, e colocá-la contra a parede. Não acreditou que a outra pudesse decidir algo assim, sem sequer contar nada para ela.


– Tem cert...?  - tentara confirmar as palavras do avó, mas a voz falhara.


– Temo que sim, Konoka. Ela me pediu isso a alguns dias atrás, e eu lhe pedi que esperasse até hoje para ir embora.


– Então ela já foi?! – exclamara Konoka, assustada.


– Não. – respondera pausamente - Ainda não... Irá dentro de uma hora.


– Como ela pode ter decidido algo assim... sem... ir sem mim... me deixar aqui... não posso acreditar. - desabafava, mesmo em seu estado de choque. O diretor, preocupado, se sentara ao lado dela na cama, e segurara a mão da jovem maga. Continuara, com sua voz calma:


– Por isso estou aqui. Só você pode impedí-la de viajar, Konoka.


– Como? Se ela decidiu ir sem sequer me dizer nada.


– Você quer que ela vá?


– Mas é claro que não! – exclamara a maga, incrivelmente irritada. A resposta era tão óbvia que até lhe ofendera a pergunta.


– Só você pode impedí-la de viajar. Você tem que me escutar. Vá até ela agora.


– Mas...


– Não posso dizer mais nada. Você sabe que meu dever é cuidar de você, protegê-la... mas tem algumas coisas que não posso impedir, nem participar, simplesmente tenho que deixar o tempo correr, e as coisas acontecem sempre como devem acontecer. Seguem o mesmo ciclo. Você deve procurá-la agora.


– Não sei por que eu deveria!


– Sei que está magoada, mas vocês precisam uma da outra. Não a deixe partir.


– Vovô... – Konoka foi calada pelo avô, que apontara delicadamente seu dedo mágico em sua direção.


– Por que o amor para vocês é tão complicado? – concluíra o mago, deixando que a voz de Konoka voltasse. Entretanto, ela nada disse... Só continuara observando-o, em silêncio.



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