Harry PDV

Faltando pouco para chegar ao castelo, fomos trocar de roupa, eu e meus parceiros de cabine, Edward e Hermione. Eles são legais. Edward é mais do tipo que gosta de aventuras, já Hermione é mais reservada, intelectual. Em outras palavras uma NERD!

O trem parou e todos saíram de suas cabines, vestidos em seus roupões. Chegando do lado de fora, avistei Hagrid, o gigante que me ajudou a comprar os materiais e a chegar na estação. Ele acenou e eu retribuí.

“Você conhece ele?”, perguntou Hermione incrédula.

“Conheço. Ele foi mandado para me ajudar em minhas coisas da escola”, respondi indiferente, dando de ombros.

“Pessoal, vamos lá. Eu sou Hagrid e vou levá-los até o castelo. Então, sigam-me”, gritou Hagrid.

Andamos por um longo caminho. Após algum tempo já podíamos avistar o castelo. CARA, QUE DEMAIS! Era enorme, todo iluminado, com várias janelas, onde dava para ver o interior. Hagrid nos levou até um enorme portão, onde uma mulher nos aguardava.

“Certo Hagrid, agora é comigo. Vamos para dentro pessoal”, falou numa voz suave.

Ela nos levou por um caminho curto até a entrada do castelo. Havia uma enorme porta de marfim. Quando entramos, pude ouvir o leve som de música tocada no piano. Andamos pelos corredores, e os murmurinhos aumentavam. Todos estavam na expectativa. O que será que veríamos a seguir?

Eu não conseguia me conter, minha expectativa já beirava a euforia. Desde que Hagrid havia me contado que eu era um bruxo, eu queria conhecer mais sobre esse mundo secreto, aprender a usar magia, e também, descobrir um pouco sobre o passado dos meus pais. Sabia que várias surpresas me aguardavam. Ainda estava absorto em meus pensamentos, apenas um minuto se passou, quando Hermione falou:

“Nossa, mal posso esperar para ver a cara de vocês, quando virem a decoração do castelo”, ela falou super animada.

É claro que ele já sabia tudo sobre Hogwarts. Os pais dela devem ter contado tudo, e, além disso, ela devia ter uma biblioteca particular só dela, com livros sobre Hogwarts. Não me surpreendia nada, o fato dela ser mais inteligente do que eu. É claro! Os pais dela eram bruxos, e estavam vivos. Podiam ensiná-la tudo o que quisesse. Pena que eu não tive essa chance. Queria muito ter aprendido com meus pais.

Chegamos a uma porta, que se abriu na medida em que nos aproximávamos. O salão era grande. Notei que o teto era estrelado, como se fosse um espelho, refletindo o céu. Havia quatro mesas, duas em cada lado do salão, deixando um espaço no meio por onde passávamos.

No fim do corredor havia um palanque. Atrás, uma enorme mesa, onde várias pessoas estavam sentadas. Paramos diante de uma cadeira, que tinha um chapéu em cima. A mulher que nos acompanhou subiu, e falou:

“Sejam todos bem-vindos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Eu sou a professora Minerva Macgonagol. Esta noite vocês serão selecionados para a casa a qual pertencerão até o fim do ano letivo.” – Ela fez uma pausa, e depois continuou –“ há quatro casas: Grifinória, Sonserina, Lufa-lufa e...Corvinal”. - Ela hesitou ao falar a última casa. Estranhei. - “Agora todos vocês vão...”

“Ouvi dizer que a casa da Corvinal é...monstruosa. O seu histórico de alunos não é um dos melhores, a maioria dos que saíram desta casa, hoje são Comensais da Morte”, Edward sussurrou, pesaroso.

“Comensais da Morte?”, perguntei confuso.

“Você nunca ouviu falar deles?”, Hermione perguntou sarcástica.

Fiz que não com a cabeça.

“Ai..melhor a gente deixar esse assunto para depois..”, falou ela.

“É, eu também acho”, Edward finalizou.

“...vamos lá. Amanda Vonstrong”, chamou a professora Macgonagol.

Uma garota de aparência mesquinha subiu no palco, e foi selecionada para a Corvinal. Hermione estremeceu ao meu lado.

“Alice Emily Cullen.”

Uma menina baixinha de cabelos espetados subiu no palco. Ela parecia emburrada, fazendo beicinho e de braços cruzados no peito.

Alice PDV

Aff, já sou eu. Não queria subir e ficar na frente de todo mundo. Subi emburrada e me atirei na cadeira. A mulher colocou o chapéu em minha cabeça, e eu me encolhi.

“Sonserina!”, gritou o chapéu.

Desci do palco, e me sentei para ficar observando os próximos selecionados.

Edward PDV

Alice Emily Cullen. Esse nome não saia da minha cabeça. Poderia existir outro Cullen vivo? E como eu não saberia disso? Mas não é possível..todos foram mortos quando ... não .. não.. ..como? Como?

“Edward Cullen”, chamou a professora.

Fui abrindo espaço entre os alunos, ouvi os murmúrios começarem a ficar mais altos à medida que eu passava.

“Nossa... o Cullen...não é aquele que ousou ficar contra o Lord das Trevas?”, sussurrou alguém perto de mim.

Ignorei os comentários e subi no palco. Ao sentar dei uma rápida olhada na mesa da Sonserina. A garota me olhava boquiaberta. Acho que ela se surpreendeu muito mais do que eu. A professora colocou o chapéu, e ouvi ele falar dentro da minha cabeça.

“Hum..outro Cullen. Achei q todos estavam extintos.”

É quase todos, pensei.

“Acho que vou colocar vocês em casas diferentes..para criar um pouco mais de tensão e curiosidade na escola.”

Não. Não, por favor, não me coloque na Corvinal, supliquei.

“Não era nessa que eu estava pensando”

“Grifinória!”, gritou o chapéu, antes de eu dizer qualquer outra palavra.

Desci do palco e fui me sentar à mesa, sem olhar para nenhum dos olhares que me seguiam. Agora era só esperar e ver se meus colegas ficariam na mesma casa que eu. Então esperei pela vez deles, enquanto outros subiam no palco.

[...]