No capitulo anterior....

Eu continuei muda. Ainda estava absorvendo tudo o que ela havia me falado.

- Agora vem a parte que você pergunta: ‘Então, o que eu sou?’ – Renee disse sorrindo da minha cara de choque.

Capitulo: 2 Hibrida?

- Bem.... desde que você nasceu, eu e o seu avô fizemos varias pesquisas para saber como você iria ser.  E... é claro que como você é filha de Charlie, você é metade humana, e digamos que – ela sorriu – 25% bruxa e 25% vampira – ela riu.

Eu continuava em estado de choque. Por um lado não fazia nenhum sentido, como por exemplo: eu nunca precisei tomar sangue, e também nunca aconteceu nada de anormal pelo fato de eu ser um pouco bruxa, nunca fui forte como um vampiro, muito pelo contrario sempre fui muito desastrada e quebradiça, eu já tinha até perdido a conta de quantas vezes quebrei os meus ossos. Mas em alguns mínimos aspectos fazia sentido como o fato de que eu sempre fui muito branca até mais do que o normal para humanos, eu tenho uma pele muito translúcida. E também talvez explique o fato de ele nunca conseguir ler a minha mente.

Mas fora esses dois extremamente pequenos fatos não tinha mais nada!

- Mas eu não tenho nenhuma característica de bruxa ou de vampiro. – eu disse com a voz ainda fraca. – Isso não faz sentido algum. – eu completei ainda com uma pequena esperança de que Renee estivesse brincando.

- Na verdade, eu acho que no seu caso as características demoram um pouco mais a aparecer, por você ser metade humana. Eu por exemplo, a maioria dos meus sinais de ser uma hibrida só apareceram bem mais tarde. Eu cresci normalmente quando pequena, e a maioria das outras coisas só vieram quando eu tinha 30 anos.  – ela disse calmamente.

- Então quer dizer que os meus sinais só vão vir quando eu tiver 30 anos? – Perguntei.

- Não. Não é assim que funciona, os meus sinais vieram quando eu tinha 30 anos por que  a sua avó engravidou de mim quando tinha essa idade e é por isso que eu aparento ter essa mesma idade. Mas na verdade eu tenho 34. Eu ainda não estou tão velha assim. – ela riu – Mas como eu engravidei de você quando eu tinha 17 anos então eu imagino que você também vai envelhecer só até essa idade. E assim como os seus dons e as suas outras características de bruxa e vampira só agora vão começar a aparecer.

- Então quer dizer que fisicamente eu ainda tenho 17 anos? – eu perguntei.

- Sim. Você não corre o mínimo risco de envelhecer. – ela riu novamente - Mas como você ainda assim, é metade humana acho que os dons e as outras mudanças vão ocorrer um pouco mais devagar do que aconteceu comigo e também, mas fracas.

Eu tinha varias perguntas para fazer, mas, quando eu ia começar eu escuto o som da viatura de Charlie chegando em casa.

- Charlie sabe de tudo isso? – eu perguntei.

Renee balançou a cabeça negativamente.

- Ele não pode saber. É proibido. Mesmo ele sendo seu pai, se ele descobrir irão matá-lo. Os Volturi nunca dão uma segunda chance. Eles não confiam nos humanos. – ela respirou fundo e completou – Eu sei que você ainda deve ter muitas perguntas e também ainda deve estar confusa em muitos aspectos. Prometo que depois vou responder todas elas, quando Charlie não estiver em casa.

Eu somente assenti.

Ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Eu continuei ali sentada na cama na mesma posição que eu estava. Ainda absorvendo toda aquela historia.

Era incrível como a nossa vida pode mudar tão radicalmente em poucos minutos.

Até alguns minutos atrás eu era só um zumbi sem vida, e com um grande buraco no peito, não que isso tenha mudado ou me fortalecido. Não nada disso. Mas mesmo assim é uma grande mudança. Eu uma hibrida; meia vampira, bruxa e humana? Era muito estranho.

 Eu aos poucos ia aceitando cada coisa que Renee havia falado. E cada vez que eu pensava nisso surgia cada vez mais perguntas.

Eu agora iria precisar beber sangue?

Eu poderia também me alimentar de comida humana?

O que exatamente as bruxas podiam fazer?

Até que ponto eu iria ter essas características?

Eu também iria ter uma pele de vampiro impenetrável?

Quem era o meu avô e a minha avó? Por que Renee não falou nem os seus nomes? Onde eles estavam?

De repente ouço um grande estrondo como, se algo tivesse se chocado com outro objeto fortemente.

Me levantei em um pulo. O barulho vinha da sala.

Como em um fleche eu me lembrei de Renee falando: “Querida, eu quero que saiba, se algum dia vier a acontecer algo comigo, ou eu sei lá. – ela deu um leve sorriso forçado que não chegava aos seus olhos. – você nunca ficara sozinha, desamparada ou qualquer coisa desse tipo. Tudo bem?”

“Mãe, do que você esta falando?”

“Eu já disse meu amor, eu só estou com um pressentimento ruim, é só isso.”

- Não! – Eu sussurrei desesperada correndo em direção a escada, sempre olhando para baixo para não correr o risco de cair.  Quando eu terminei de descer e levantei o meu rosto, meu corpo involuntariamente congelou. Eu não podia acreditar no que eu estava vendo!

Charlie estava caído no chão desmaiado, ao lado de alguns pedaços de tijolos, que caíram da parede um pouco acima dele. Em baixo dele havia uma poça enorme de sangue que parecia que saia de um grande corte em sua cabeça.

Virei meu rosto imediatamente quando, ouvi o rosnado que parecia sair de uma besta. Mas não era uma besta. E sim um enorme vampiro loiro com olhos extremamente vermelhos. E que no mesmo segundo que estava perto da porta de entrada, havia ido parar agachado ao lado de Charlie e estava bebendo seu sangue!

- NÃO – eu gritei correndo em direção a eles eu não sabia o que eu iria fazer, mas eu não podia ficar ali parada sem fazer nada!

Porem antes que eu pudesse chegar até eles. Me sinto chocar contra algo extremamente duro, e logo em seguida o meu corpo caindo no chão.

Levantei meu rosto para cima sem entender em o que eu havia batido.

Meu coração que já estava querendo pular do meu peito de medo por Charlie, incrivelmente bateu mais forte ainda parecendo que iria saltar pela minha boca.

Se fosse qualquer vampiro, ele iria simplesmente nos matar. Mas não era qualquer vampiro, ou melhor, vampira. Ela com certeza iria nos fazer implorar pela morte.

- Bella! Estou tão feliz por te ver! – Victoria disse com um sorriso ameaçador.