Meu Coração é eternamente Seu! escrita por Danyny


Capítulo 17
Reconciliação.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAHHHH (autora surtando) OME! 33 reviews! Ahh obrigada meninas fiquei feliz DEMAIS!
Obrigado a: Leticia-Cullen, Anna e Edward, Natyfofy, 19 04 96, Clara_Cullen, Desribeiro, Tiyoko, bia2311, Lyra1018, soulpawer, Julyah, sakura25111213, harukichi, juhpatty, Thamy-Cullen, dadabarros, Natyy-Cullen, Nik_94751091201, naanring, emanuelacss, Nahila, RosangelaPaiter, thafilla, laasouza, Josy_Pattz, Jessi Palhuca, Carol_Cullen e GEGEd3!
E Sejam bem vindas: Mandyh_Cullen, Maary_Cullen, liliancullen, gabisis e annabelyscullem!
Boa Leitura! E leiam as notas finais, please?



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No capitulo anterior...

Era linda. As rochas continham musgo e algumas flores muito delicadas em tons de lilais, amarelo, e brancas. Na grama também havia algumas flores, o lugar era simplesmente fascinante, deslumbrante assim como ele.

Ele observava o movimento da água, parecendo estar absorto em pensamentos. Ele não parecia ter me visto ainda, então resolvi chamá-lo.

- Edward?

Capitulo 17: Reconciliação.

Pov Edward.

Eu sai dali correndo. Não iria suportar ver isso. Já doía demais imaginar.

E se eu ficasse não sei se poderia me controlar. Com certeza iria desmembrar Alec ou ele iria usar o seu dom contra mim e eu acabaria morto. O que não parecia uma idéia tão ruim. Mas isso machucaria Bella, portanto nunca poderia fazer-lo.

Só parei de correr quando vi que já estava longe o suficiente para não conseguir ouvir nenhum som ou pensamento vindo do castelo.

Depois da briga com Alec eu havia achado esse lugar. Ficava na floresta perto do castelo. Era o lugar que eu tinha ficado a noite inteira refletindo, sobre o que eu havia feito com Bella, eu a machuquei muito e não a culparia se sentisse raiva de mim. Mas o fato de eu entender não significava que não machucava. Eu senti o meu coração ser esmagado a cada palavra que Bella havia dito e agora ele parecia ter sido tirado de mim ao ver-la com Alec.

Eu estava tão imerso em meus pensamentos que não notei a aproximação de alguém.

- Edward? - Me virei rapidamente, ao ouvir-la, surpreso por ela estar aqui.

Ela estava a uns três metros de distancia de mim, mordendo o lábio inferior e com as sobrancelhas unidas. Ela parecia... nervosa?

Bella era um grande mistério para mim, sempre me surpreendia, com suas ações inesperadas e dessa vez não foi diferente.

O que ela estava fazendo aqui? Ela não deveria estar com... Engoli em seco sem querer voltar a pensar nisso e me concentrei em seus profundos olhos chocolate.

Assim que comecei a encará-la ela desviou os olhos rapidamente para a cachoeira atrás de mim. Sim. Ela estava muito nervosa, mas por quê? Será que ela veio brigar comigo por me meter na vida dela? Provavelmente depois de tudo o que aconteceu ela deveria querer que eu fosse embora, que eu pedisse para sair da guarda dos Volturi e nunca mais voltar. Nunca chegar perto dela.

Engoli em seco novamente e desviei o olhar, tentando não demonstrar toda a dor que se passava por mim.  Eu não iria suportar ficar longe dela.

- Esse lugar é lindo. – ela comentou olhando melhor em volta.

Não respondi, somente voltei a olhar para ela. Eu não sabia se iria suportar o que ela estava prestes a dizer.

Ela mordeu o lábio inferior novamente e voltou a me fitar, e então ela respirou fundo e disse a ultima coisa que eu esperava ouvir.

- Desculpe-me. – ela sussurrou com os olhos tristes.

A fitei em choque. Porque ela estava me pedindo desculpa? Por algo que ela ira me dizer em seguida. O que ela iria dizer? Senti minha garganta se fechar e senti um aperto no peito, mas mesmo assim me forcei a perguntar:

- Pelo que? - eu disse como um tom sem interesse. Ela não precisava saber o quanto eu estava sofrendo.

- Por eu ter dito que não acreditava em você, por não deixar você se aproximar de mim. Por dizer aquilo tudo no dia que você chegou, por ter gritado com você, por ter te machucado, por ter mentido...  – Ela disse com a voz embriagada e os olhos castanhos que eu tanto amava marejados de lagrimas, que começaram deslizar pelo seu rosto assim que ela terminou de falar.

Eu não suportava vê-la sofrendo assim, meu coração se apertava fortemente em meu peito. A sua dor era a minha dor. Eu faria tudo por ela, faria qualquer coisa para não vê-la sofrendo dessa maneira.

Fui rapidamente em sua direção e passei meus braços em sua cintura a puxando para mim, a abraçando, tentado reconfortá-la.

Ela cruzou seus braços atrás de meu pescoço e pousou sua face em meu peito parecendo tentar controlar as lagrimas que não paravam de brotar de seus olhos.

A apertei mais forte contra mim, como se assim eu conseguisse tirar toda a sua dor. Eu queria protegê-la, queria a manter segura em meus braços para sempre e nunca mais largar-la. Nunca deixar que sofresse. Mesmo depois de ela ter se transformado em uma hibrida metade vampira e metade bruxa, aos meus olhos ela ainda parecia muito frágil e indefesa.

Bella era o meu antídoto. Toda a imensa dor que eu sentia se esvaiu. Ela era o meu único remédio, a única que me fazia sentir-me melhor, que me fazia sentir vivo! Eu precisava tanto dela!

Depois de alguns minutos ela pareceu se acalmar um pouco e as lagrimas já não eram mais freqüentes. Tirei uma de minhas mãos de sua cintura e a levei até o seu rosto, passei as costas de minha mão por suas bochechas, tirando qualquer vestígio de lagrimas que tenha ficado no seu rosto e puxei seu queixo para que ela olhasse nos meus olhos.

- Não peça desculpas. – eu disse – Você não fez nada, para que eu te desculpasse.

Ela fez uma leve careta com o que eu disse e então tirou uma de suas mãos de meu pescoço lentamente e a levou ao meu rosto, passando seus dedos quentes e macios levemente por minha face.

Fechei os meus olhos aproveitando o seu toque que há tanto tempo não sentia, mas os abri novamente quando senti seus dedos perigosamente perto de meus lábios.

Ela me encarava intensamente e eu retribui o olhar da mesma maneira, me perguntando em o que estaria se passando por sua cabeça agora.

- Eu te amo. – sussurrou de repente ainda olhando no fundo de meus olhos.

Meu peito pareceu inflar ao ouvir isso e uma felicidade que eu pensei nunca mais sentir dominou todo o meu ser.

Ela ainda me amava.

Minha respiração se acelerou, era como se o meu coração morto voltasse a bater.

Tirei minha mão de seu rosto e a passei por trás de seu pescoço puxando-a para mim e colando nossos lábios.

Ela pareceu se surpreender com a minha atitude, mas logo ela voltou a colocar suas mãos em meu pescoço me puxando mais ainda para ela, apesar de não ter mais nenhum espaço entre nós.

Meu braço esquerdo abraçava fortemente sua cintura colando nossos corpos enquanto a minha mão direita se infiltrava em seus cabelos a mantendo ali.

A beijei como nunca a tinha beijado antes. Era um beijo urgente, que transparecia tudo o que nós sentíamos; saudade, desejo, mas principalmente amor.

Meus lábios se moviam sôfregos contra os dela. Eu precisava tanto de Bella.

Sem que eu percebesse minha língua já pedia passagem, que Bella logo concedeu, explorei cada canto de sua boca e logo depois nossas línguas se entrelaçaram e se movimentavam em perfeita sincronia.

Separei minha boca da de Bella sem vontade, mas ela já estava muito tempo sem respirar e apesar de ser uma hibrida ainda precisava de ar.

Encostei minha testa na dela, ainda arfando assim como ela, assim que controlei melhor a respiração eu murmurei:

- Eu te amo tanto. Eu não posso viver sem você.

- Eu também não sei como viver sem você. Se eu te perdesse eu morreria. – ela disse olhando nos meus olhos.

- Não diga isso. Nada vai acontecer. Eu não vou deixar. Vamos ficar juntos não importa o que aconteça. – Eu disse passando meus dedos por sua bochecha.

- Para sempre? – ela me perguntou.

- Claro Bella. Por toda a eternidade. – eu disse com sinceridade. E então ela voltou a me abraçar.

Ela pareceu inspirar fundo e disse:

- Eu senti muito a sua falta.

- Você não faz idéia de como eu senti sua falta, fiquei vendo seu rosto, lembrando dos momentos que passamos juntos por cada segundo que eu estive ausente, mas isso não importa o que importa é que eu estou aqui agora e que você está comigo. – eu disse abaixando minha cabeça e inspirando o aroma que vinha de seus cabelos.

Era bom estar perto dela sem ter que me controlar para não morde-la, seu cheiro não era mais apelativo, mas muito bom. Era uma mistura do cheiro doce de um vampiro e meio floral que era uma característica das bruxas.

Simplesmente inebriante.

- Eu mal falei com a sua família desde que eles chegaram. Podemos ir lá? – ela perguntou levantando o seu rosto para mim depois de um tempo.

Eu sorri de lado lembrando da reação deles quando contei sobre Bella.

Flash back on

Segui o cheiro de minha família até uma casa grande de dois andares branca, que parecia ser bem luxuosa.

Abri a porta grossa de madeira, e adentrei na casa. A sala parecia bem confortável todos os moveis eram em tons claros e o piso de madeira escuro.

Na sala estavam Esme, Carlisle, Emmett e Rosalie, que me olhavam ansiosos, esperando a minha explicação.

- Vocês não precisavam ter vindo atrás de mim. Eu sei me cuidar.

Esme soltou a mão de Carlisle e deu dois passos a frente ficando mais perto de mim.

- Edward, você tem alguma idéia do que passamos? Ficamos desesperados, filho. – ela me olhou um pouco triste e eu logo me arrependi do que havia dito.

Ela se lembrou de tudo o que havia acontecido nas ultimas horas. O desespero de Alice quando viu que eu estava diante do tumulo de Bella, e o quão eles ficaram com medo quando ela viu que eu viria para Volterra pedir para que os Volturi me matassem.

Eles haviam largado tudo, e vindo correndo em uma tentativa de que pudessem me impedir. E apavorados com o fato de Alice não poder ver nada, eles não sabiam se eu estava vivo ou morto, e também não sabiam que Bella estava aqui. Mas por que Alice não pode ver isso?

- Alice não viu que eu estava bem? – eu perguntei expressando minhas duvidas.

- Não querido. Ficamos apavorados o caminho todo sem saber se estava vivo ou morto. Alice viu pequenos fleches dos Volturi, mas nunca de você. – Esme disse com as sobrancelhas franzidas de preocupação.

Fiquei imaginando o porquê disso. Alice nunca teve nenhum problema para ver o meu futuro ou o de Bella.

- Edward. – Carlisle chamou me tirando de meus pensamentos. – O que Bella faz em Volterra? Por que tinha uma lapide em Forks com o nome dela?

Eu sabia que não seria fácil para eles entenderem, mas era essencial eles saberem. Afinal, eu não iria sair mais de perto de Bella. Eles mereciam a verdade.

- Renee era filha de Aro com uma bruxa, Ela era uma hibrida assim como Bella. Quando os pais de Bella morreram Aro pediu para trazerem Bella a Volterra para que ele pudesse conhecer a neta e a protegesse também.

Todos os pensamentos naquela sala eram confusos, o silencio e o choque predominava, eu só ouvia o eco de minhas palavras na cabeça deles.

E logo depois começou o questionamento, na cabeça de todos. As perguntas que se passavam eram praticamente as mesmas.

“Um vampiro pode ter filhos?”

“A Bella, uma hibrida? Neta de Aro Volturi?”

“Como algo assim pode acontecer?”

“Renee era uma hibrida?”

“Isso é impossível! Não pode ser!”

“Mas Charlie era humano tenho certeza. Como isso pode acontecer? Ele só pode estar brincando!”

Respirei fundo e comecei a explicar tudo detalhadamente a eles.

A reação de cada um foi bem diferente depois que tirei todas as duvidas e enfim acreditaram que aquilo era possível.

Carlisle estava fascinado com a descoberta de uma nova espécie. E estava ansioso para se aprofundar mais no assunto.

Esme estava feliz, que eu não sentisse mais dor por causa do cheiro de Bella, e que agora eu poderia finalmente ficar perto dela sem ter que transformá-la e nem correr o risco de matá-la também.

Emmett estava contente também, imaginando as possibilidades de implicar com Bella agora que ela não era mais uma humana frágil, e pensando até mesmo na possibilidade de arrumar confusão com alguém da guarda só para arranjar uma boa briga. Rolei os olhos com isso, não conseguia arrumar outra palavra que definisse Emmett melhor do que criança.

Rosalie... Estava triste, mas ao mesmo tem feliz, essa historia de vampiros poderem ter filhos só a lembrou que ela não tinha esse potencial, mas de certa forma ficava feliz por todos nós estarmos bem, e com um pouco de esperança que talvez, ainda existisse alguma chance para ela, já que a cada momento descobríamos novas possibilidades sobre a nossa espécie, mas ela sabia que não podia criar muitas esperanças em relação a isso.

Assim que acabaram as perguntas sai de lá para caçar, tentando fazer isso o mais rápido possível para voltar logo para Bella. E não suportava ficar mais longe dela.

Mas assim que voltei fui tomado por uma fúria imensa...

Flash back off.

Ao pensar no que tinha acontecido no dia anterior, me lembrei do que havia acontecido a alguns minutos atrás, do motivo de ter saído correndo do castelo. Alec e Bella iriam se beijar e eu não poderia ver aquilo.

- Edward? – Bella chamou-me.

- Sim. Podemos ir vê-los. Eles sentiram sua falta. – eu respondi a pergunta que ela havia feito antes de me perder em minhas próprias lembranças.

- O que aconteceu? – Ela perguntou preocupada provavelmente vendo a minha expressão ressentida.

- O que há entre você e o Alec? – eu perguntei praticamente cuspindo o nome dele.

- Não há nada entre nós. Somos apenas amigos. – ela disse calmamente. Mas isso não amenizou a pontada de dor que passava por mim.

Ela pareceu se lembrar de algo enquanto fitava o meu rosto.

- Não! Aquilo na sala... Não foi... Eu não... – ela se atrapalhou nas palavras tentando falar rapidamente. Toda a minha atenção estava em seus olhos, tentado descobrir se ela estava ou não tentando mentir para mim. Ela respirou fundo e disse com convicção olhando em meus olhos. – Eu não o Beijei. Não aconteceu nada. Ele me pegou de surpresa, mas não aconteceu nada, eu não permiti.

Sim. Eu confiava nela. E sabia que não estava mentindo. Mas isso não diminuiu a raiva que eu sentia de Alec. Ele estava tentando beijá-la há muito tempo. Mesmo depois que eu cheguei ele não se importou.  Droga! Eu queria matá-lo.  Ele não tinha o direito de se aproximar dela. Ela não é dele. Não pode tratá-la como se fosse. Ela era minha. Minha Bella.

Não. Ela não era minha. Mas por pouco tempo.

- Você não acredita, não é? – ela perguntou com a expressão triste, interpretando errado a minha expressão.

- Não. Eu acredito em você. – eu disse passando meus dedos por seus lábios e pude ouvir seu coração disparar com esse pequeno ato. Sorri com a sua reação ao meu toque. Tinha sentido muita falta do som de seu coração.

Dei-lhe um pequeno selinho que só fez seu coração acelerar mais ainda, ou pelo menos era isso que eu pretendia, mas Bella me puxou pelos cabelos aprofundando nosso beijo, mas dessa vez não era um beijo urgente, era calmo, gentil e lento que transparecia o quanto nos amávamos e sentíamos falta um do outro. O gosto de Bella era doce inebriante, sempre que a beijava eu perdia todo controle, era muito difícil concentrar-me em algo com tantas emoções e sensações passando por mim. Eu sempre queria mais precisava de mais.

Logo Bella estava ofegante em busca de ar, e eu a soltei de má vontade para que ela respirasse.   

- Vamos. Tenho certeza que eles também querem te ver. – eu disse segurando sua mão e a puxando antes que eu perdesse o pouco de controle que eu ainda tinha.

Pov Bella.

Corremos em direção a casa em que os Cullen deveriam estar. Edward não soltava a minha mão e não ficava menos de cinco segundos sem me olhar, o que só me fazia corar mais ainda.

Eu me sentia feliz como há muito tempo não sentia. Eu conseguia respirar com mais facilidade, meu coração estava inteiro novamente. Ele não estava quase curado como era quando eu ficava perto de Jacob. Era como se nunca tivesse nenhum buraco em meu peito, como se tudo o que havia acontecido fosse apenas um sonho ruim.

Percebi que a casa não era muito longe do castelo, ficava em uma distancia pequena – pelo menos para mim.

A casa era grande e aconchegante toda em tons claros, o que me lembrava muito a casa de Forks, mas não tinha as paredes de vidro. 

Todos os Cullen estavam lá, mas Jasper parecia ser o mais hesitante, como se houvesse algum tipo de ameaça. Achei estranho isso.

Eu esperava muitas reações, quando os Cullen me vissem novamente, talvez um abraço, ou sorrisos ou até mesmo alguma carranca por eu, de certa forma ser a culpada de Edward estar aqui. Mas eles não fizeram nada disso. Eles me olhavam como se me avaliassem meio hesitantes, e um pouco curiosos.

Edward deveria ter dito a verdade a eles. Lembrei-me de que Alice havia dito que ela havia visto Edward contando tudo à família.

Eu estava começando a ficar nervosa com tudo aquilo, meu coração começava a disparar e eu não sabia de que forma agir.

- Agora podemos lutar! – disse Emmett com um sorriso enorme na cara em que apareciam suas covinhas.

Eu sorri e revirei os olhos estava com saudades dele também, de todos ali, até mesmo do mau humor de Rosalie.

Edward lançou um olhar mortal para o irmão preferido, que só o fez gargalhar alto, sendo seguido por alguns risos e sorriso.

Carlisle veio em minha direção até que estivesse a minha frente.

- Como se sentiu depois que acordou Bella? – ele perguntou parecendo ansioso por novas informações.

- Eu não senti nada de diferente. – eu disse fazendo uma careta tentando me lembrar de quando acordei no cemitério.

- Nunca havíamos reparado em o quanto você era diferente Bella, nós nunca vimos isso.

- O que você quer dizer? Renee havia me dito que essas características de hibrida só iriam ficar evidentes depois dos meus 17 anos, que foi a época em que ela engravidou de mim. A idade em que eu parei de envelhecer. Mas ainda assim iriam ser lentas. – eu disse a ele.

- Sim. Não estava muito evidente, mas devíamos ter percebido. Você sempre foi muito branca para alguém que sempre viveu em uma cidade ensolarada, desde que te conhecemos você sente cheiro de sangue. Isso não é normal, não mesmo. – ele disse balançando a cabeça minimamente de um lado a outro com se não acreditasse que havia deixado algo assim passar despercebido.

- Tá. Mas disso agente já sabe. – disse Alice antes que Carlisle pudesse continuar. Vindo em minha direção e pegando a mão que Edward não segurava fazendo me virar para ela - Agora eu quero saber de tudo que eu na vi como você consegue controlar os elementos? Qual é a sensação? Como você conseguiu para que não usassem os dons da guarda em Edward? Eu vi até o momento que um vampiro lá da guarda iria fazer-lo perder os sentidos, mas antes que isso acontecesse, eu não pude mais ver. Fiquei desesperada. O que aconteceu? – ela disse tudo em um fôlego só.

Eu a olhei sorrindo. Alice sempre seria… Alice!

A tarde se passou com perguntas de Carlisle e Alice, e sempre que tinha uma brecha, havia uma implicância do Emmett. Mas ao contrario do que se pudesse esperar, eu não fiquei nervosa, estava com saudade de todos ali, sentido falta até mesmo de seus defeitos, apesar de eu não considerar esse jeito do Emmett um defeito, era apenas ele mesmo.

Durante todo o tempo Edward não largou a minha mão, ele estava sempre ali, e quase não desviava o rosto do meu, ele olhava atentamente a minha reação, e eu me peguei varias vezes fazendo o mesmo, o que resultava em mais uma piadinha do Emmett que sempre me fazia corar, como na vez que ele disse: “Parem com toda essa melação, depois vocês podem namorar a vontade” e então depois arregalou os olhos como se disse algo em pensamento a Edward. Com certeza eu deveria ter atingindo um novo tom de vermelho com isso. Edward pareceu tentar controlar um rosnado e então silibou: “Chega Emmett!”

Logo depois de um tempo eu avisei que iria embora, Aro deveria estar preocupado, e eu já começava a ficar com sono.

Todos se despediram de mim e eu já ia saindo da casa quando ouvi Emmett gritar “Não faça nada que eu não faria Bella!” e então riu estrondosamente.

Tentei ignorar aquilo, o meu constrangimento já estava se transformando em raiva, e eu não queria brigar com Emmett, se bem que ele não iria se importar de arranjar uma briga comigo, o problema é que Edward com certeza ficaria furioso.

Assim que chegamos ao castelo fomos direto para a sala arredondada, mas não havia ninguém ali. De alguma forma eu sentia um clima tenso, mesmo sem nenhum motivo aparente.

Pensei em qual seria a reação de Alec ao me ver com Edward novamente, eu me sentia culpada de certa forma pelo que eu havia feito, mas eu vi que realmente aquilo era o melhor, se eu não tivesse saído da sala naquele momento, ele provavelmente insistiria, mas não ira adiantar, só iríamos conseguir machucar um ao outro dessa forma.

Eu me virei com a intenção de ir ver Aro, e perguntar a ele se estava tudo bem. Mas antes que eu pudesse fazer isso eu escuto a voz de Jane do alto da escada.

- Bella?

- Jane. – Eu me virei para ela. – O que está acontecendo? – a sensação que havia algo errado continuava persistindo em minha cabeça.

Ela franziu as sobrancelhas em suspeita, mas logo suavizou o rosto e disse.

- Nada. Alguns vampiros da guarda foram caçar, já que Aro não permite mais isso com você aqui, os outros estão no castelo, e Marcos, Caius e Aro estão na Biblioteca.

- Onde está...? – Ela pareceu entender minha pergunta, e percebi pela visão periférica que Edward fazia uma careta.

Eu não queria fazer Edward sofrer, mas eu precisava saber se Alec estava bem, ele era meu amigo. Eu me importava com ele. Ele havia ficado chateado comigo? Com raiva? Triste?

- Ele saiu. Aro precisava que alguém fosse a França resolver uns assuntos, e Alec se dispôs a fazer isso. – Jane disse me olhando profundamente, provavelmente Alec não havia dito nada a ela. Ela não deveria estar entendendo o motivo dele ter se oferecido a ir.

Senti-me mal com isso. Eu o havia tirado da própria casa. Ele deveria estar muito chateado comigo. Era incrível como a cada pequeno ato meu eu machucava alguém e eu estava me odiando por isso. “Por que por apenas um dia eu não podia parar de machucar as pessoas?” Eu me perguntei com raiva.

- Tudo bem. – eu disse apesar de não ser totalmente verdade. – eu vou para o meu quarto.

Subi as escadas rapidamente sentindo que Edward vinha logo atrás de mim.

Fui direto para o closet e peguei uma calça de pijama, uma camiseta qualquer e a minha toalha.

Ao sair de lá vi que Edward estava sentado tranquilamente em minha cama com as costas apoiadas na cabeceira.

- Eu já volto. – eu disse caminhando para o banheiro.

Mesmo que eu não quisesse as palavras de Jane ficavam ecoando em minha cabeça. “Ele saiu. Aro precisava que alguém fosse a França resolver uns assuntos, e Alec se dispôs a fazer isso.”

França. Eu pensei. Que assuntos Aro tinha na França?

“Eu pedi para que ela fosse com Felix dar um recado para alguns amigos na França.” - Aro havia dito há dias atrás. Não era a primeira vez que alguém da guarda ia à França a pedido de Aro. O que de tão importante haveria lá?

Balanceia a cabeça levemente em negação como se com isso pudesse me livrar desses pensamentos. Não importava, eu conclui. Eu confiava em Aro. Em algum momento ele me contaria.

Vesti rapidamente meu pijama e sai do banheiro.

Edward continuava do mesmo jeito que estava antes, e sorriu tortamente para mim, fazendo com que o meu coração acelerasse algumas batidas. Percebendo isso ele sorriu mais abertamente ainda. Sem duvida nem uma ele se divertia com isso.

Tentando ignorar o quanto o sorriso dele me afetava me aproximei, e sentei na cama ao seu lado.

- Vai passar a noite aqui? – eu perguntei olhando-o atentamente.

- Eu não faço isso sempre? – ele sorriu, mas então seu sorriso logo se desfez e ele disse: - A não ser que não queira.

- É claro que eu quero. E eu não quero sempre? – devolvi a sua pergunta o fazendo sorrir novamente.

Ele não respondeu somente me segurou pelo queixo e disse quando sua boca estava a centímetros da minha.

- Eu te amo. Muito.

E então sem me dar chance alguma de responder ele me beijou.

Assim que nossos lábios se tocaram eu perdi a noção de tudo novamente.

Não havia mais ninguém, não havia mais dor, não havia simplesmente nada, somente ele. Só existiam suas mãos me puxando para mais perto, seus lábios se movendo contra os meus.

Meus lábios não se moldavam mais aos dele, agora eles tinham resistência, fazendo com que nossos lábios se movessem em lentos e amorosamente. 

Seus lábios não eram mais gelados para mim, e seu gosto era melhor do que eu me lembrava.

Ignorei quando meus pulmões começaram a reclamar, eu só queria mais, eu precisava de mais.

Mas Edward pareceu perceber que a cada momento eu ficava mais ofegante e então separou seus lábios dos meus.

Eu gemi em protesto. Não queria que ele parasse. Ele riu e começou a se deitar na cama me puxando junto.

- Boa noite, Bella. – Ele disse me puxando para si, de forma que minha cabeça ficou em seu peito. E então beijou o meu cabelo.

Eu suspirei pesadamente sabendo que não iria adiantar discutir com ele. Mesmo inconformada passei meu um braço por sua cintura me mantendo ali e ele fez o mesmo. Inspirei seu cheiro, estava feliz por estar ali. Estava feliz por ter Edward de volta a minha vida. Tudo parecia melhor, mais fácil, sabendo que ele estava ali, ao meu lado.

E pensando em como fui boba tentando fugir dele, tendo medo de me envolver novamente, eu cai na inconsciência.

~~~~*~~~~*~~~~*~~~~

Acordei no dia seguinte lentamente, e antes mesmo de abrir os olhos passei a mão pela cama tentando achá-lo. Mas não tinha nada.

Abri os olhos, e olhei ao redor me sentando. Onde ele estava?

- Ele saiu. – eu ouvi uma voz de sinos vindo do canto do quarto.

- Onde ele foi Alice? – eu perguntei a figura que estava sentada em uma cadeira em um canto do quarto.

Notas finais!

HÁ! DESSA VEZ EU NÃO FUI MÁ! :p

Eu fiquei tão feliz com os reviews do capitulo passado! E postei rapidinho, né? E o capitulo ainda está super MONSTRO. Acho que foi o maior que eu já escrevi! Aposto que vocês até enjoaram de ler.

Bem eu imagino que deve ter surgido algumas duvidas nesse cap. Tudo será resolvido e muito bem explicado. Calma.

E... humm... (morrendo de vergonha) É pedir muito uma recomendação??? Elas me deixam tão feliz! E fazem o capitulo chegar muito mais rápido.

Kisses.

Dany.


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