A Mansão 2 - o Retorno de Koltar escrita por Kurt


Capítulo 2
Capítulo 2




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- Bem vindo de volta... Koltar! – cumprimentou-me o vampiro.

- Obrigado. Agradeço aquela risada “final”, há dois anos. Fez meus amigos confiarem em mim. Ah, esses são Paulo, Rafael e Lucas. Turma, esse é James Ricarten, o vampiro.

- Como... sabe meu nome? – indagou o vampiro James, perplexo.

- Ah, a internet...

- Internet? O que seria isso? – me perguntou o vampiro.

- Ah, coisa da atualidade. Bom, James, preciso de sua ajuda.

- Perdão por tê-los assustado, não sabia que era você, o primeiro a entrar duas vezes nessa mansão. A que devo a honra?

- James... – parei. A “Gangue” estava na mansão, eu os podia ouvir. Talvez tivessem demorado discutindo quem entraria, por fim todos entrando. James me olhava. – No salão de entrada, há algumas pessoas que... Preciso de um favor seu.

- Diga, e eu farei.

Estranhei sua aceitação prontamente, e seu respeito a mim.

- Lá no salão, tem umas pessoas que estão loucos para me espancar. E claro que, se conseguirem, ficarei lotado de hematomas por todo o meu corpo.

- E você quer que eu os assuste o máximo que eu conseguir? Aceito! Vou adorar fazer isso... – disse James, partindo. Antes de chegar à porta, ele me olhou profundamente. – Koltar, traga seus amigos aqui, aproximem-se, por favor – e nós o obedecemos. – Paulo, para você, a Capa das Sombras, que o tornará invisível em qualquer ambiente. Rafael, para você, o Anel de Valkaria, a deusa-vampira, que o permitirá mudar sua forma. Lucas, para você, o Cinturão das Trevas, que o possibilitará atravessar paredes e objetos sólidos – disse o vampiro, entregando-lhes seus respectivos presentes. – Meu caro Koltar, acompanhe-me, por favor – e, fazendo um gesto com sua mão direita, a porta do escuro salão se abriu, e minha turma sabia que eles estavam livres para amedrontar a “Gangue”.

Até que eu estava me divertindo ali...

- Koltar, tenho algo muito especial à você também – disse James, retirando de seu bolso um antigo pergaminho, amarelado pelo tempo, e me entregou. Eu li:

“O proprietário da mansão será o sétimo filho de um sétimo filho, e, quando morrer, se tornará um vampiro, regido pelo poder de Valkaria, a deusa-vampira. Mas um jovem visitará, e dela sairá quase ileso, e, anos mais tarde, a ela retornará. Este será dotado do poder das trevas.”

- Sou... eu... – gaguejei, totalmente abismado.

Eu realmente estava muito chocado. Não soube dizer quantos minutos fiquei paralisado, refletindo o que eu acabara de ler. Finalmente voltei à mim.

- James, eu... Por favor, me explique.

- É simplesmente o que diz aí nessa profecia, Koltar!

Eu estava tão concentrado, que não consegui notar a entrada de Luís sorrateiramente e furioso, no salão onde estávamos, e nem James.

- Quando o momento chegar, você deverá ler o que está inscrito no verso do pergaminho em voz alta.

- E quando será... – não pude terminar minha frase. Enfim percebera Luís, mas tarde demais. Ele sacara de seu bolso esquerdo uma espécie de estaca de madeira. James virou-se para tentar impedi-lo, mas o golpe foi certeiro...

A estaca penetrou profundamente no peito do vampiro, atingindo seu coração. James caiu ao chão, contorcendo-se de dor. Luís estava orgulhoso de si mesmo, apesar de estar muito assustado. E eu sabia que aquele era o momento do qual James falara.

- Veneficus ex obscurum [Magia das Trevas]! – eu li, aos gritos. Luís, voltando-se para mim, assustou-se ainda mais. Uma nuvem negra agora me rodeava, minhas vestimentas tornaram-se um longo e negro roupão sinistro, detalhado com um vermelho vivo. Meus olhos adquiriam um vermelho sangue, e eu empalidecera completamente. Sim, agora eu era um vampiro! Luís, ignorando tudo isso, pegou sua estaca e tentou atingir meu coração...

Sua afiada estaca, ao entrar em contato comigo, se desfez!

- Veneficus ex obscurum, quis tamen ego dominor, servo is youngster, tamen in sino  quis is sudo índoles velitatio integer illae locus! [Magia das trevas, que eu domino, deixem esse jovem em paz, mas não deixe que sua mente saia ilesa desse local!]

Sim, eu sabia o que estava dizendo. Nesse momento, Luís ficou totalmente imobilizado. Imagens muito marcantes passavam vagarosamente por sua mente. Pouco depois, ele saiu do transe, já à beira da loucura. Antes tarde do que nunca, ele correu aos amigos, e a “Gangue” saiu às pressas da mansão. Meus amigos continuaram a assustá-los até eles saírem. Depois, foram ao meu encontro. Eles me olharam curiosos.

- O que houve com o James?

- Ele... foi cruelmente morto por Luís – algumas gotas de lágrimas nos umedeciam a face. – Veneficus ex obscurum, si roto mihi they may operor quicum animus of James Ricarten quietis em pacis pro totus infinitio [Magia das trevas, façam com que a alma de James Ricarten descanse em paz para toda a eternidade!]! – eu parei. O corpo do ex-vampiro ficava translúcido, até que desapareceu completamente dali.

- E o que aconteceu com você, Koltar? – perguntou Paulo.

- Há, eu sou um... Vampiro!

- Jura?

- Sim. Legal, né? Ah, agora vamos, que a realidade nos espera...

- É, mas, Koltar, será que a gente pode voltar mais vezes aqui? É divertido assustar as pessoas – comentou Paulo, fazendo todos rirem.

- Claro, vou adorar retornar aqui! – algo que não diria por nada nesse mundo ao início daquele dia.

E nós quatro fomos afastando-nos do salão negro, o “lugar secreto”, com várias respostas: a “Gangue” nunca mais nos atormentaria, nosso segredo era único e perfeito... Mas, ao passarmos pela porta principal da mansão, sim, a realidade nos aguardava ansiosamente. Fora da mansão, nossas pacatas vidas tomariam seus próprios rumos, entrelaçados ou não.

Estávamos já longe, quase a dobrar a esquina, quando me voltei à mansão, e avistei James Ricarten, brilhando, com um par de asas e vestimentas brancas, acompanhado de uma forte e brilhante luz branca em torno de si, partindo. Antes, disse-me algo, que eu guardaria para sempre em minhas lembranças:

- Carpe diem, tempus fugit!

A tradução? “Aproveite o dia, o tempo foge”!

Mas, agora, eu tinha mais uma certeza: aquilo... Não acabara!


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Notas finais do capítulo

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