Anjo da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 63
Capítulo 63. Tensão


Notas iniciais do capítulo

Música de hoje, caso precise de apresentação, é Kashmir, do Led Zeppelin.

Fiquei bastante em dúvida se começava um novo arco ou não, mas no fim, com a ajuda da carol_XP (que aliás, depois de dezenas de capítulos, finalmente me concedeu a honra de betar esse), cheguei à conclusão de que... bom, por que não? Espero que gostem.

Ah sim, deixei vários nomes em inglês. O motivo para isso é bastante simples: "No-Life King" é um nome totalmente genial em inglês, pelo duplo sentido que possui. As traduções estão a seguir:

No-Life King: apelido do Alucard no mangá e anime (original). Pode ser traduzido tanto como o "rei sem vida" quanto como o "rei dos sem vida". Como eu me recuso a escolher uma das traduções, em inglês vai ficar.

Baffled King: algo como "rei perplexo" ou então "rei frustrado".

The child: "A criança".

Police Girl: também presente no original, "garota policial".

Iron Virgin: também do original, "virgem de ferro".

Living Princess: algo como "a princesa que vive", no sentido de algo que vem vivendo.

The renegade: literalmente "o renegado". A questão é a interpretação. Pode ser o traídor, o desertor, alguém que foi amaldiçoado ou desprezado.



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Oh, let the sun beat down upon my face
Stars to fill my dream
I am a traveler of both time and space
To be where I have been

To sit with elders of the gentle race
This world has seldom seen
They talk of days for which they sit and wait
When all will be revealed

Talk and song from tongues of lilting grace
Whose sounds caress my ear
But not a word I heard could I relate
The story was quite clear

Oh, oh, oh, oh

Oh, I been flying
Mama, there ain't no denying
Oh, yeah, I've been flying
Mama, ain't no denying, no denying

Ao olhar a sua volta, deu-se conta de que não sabia mais a diferença entre seu passado e seu futuro, que aquela podia ser qualquer guerra, podia estar lutando contra os turcos novamente, não fosse pelo fogo no céu. Pelas ruas de uma cidade sombria, observava os doentes caídos, expulsos de suas casas. Morrendo não pelo fogo, mas pela falta de recursos, pela falta de acolhimento de seus parentes. Morrendo igualmente pela mão humana. Ele era um monstro porque não tinha alma, era caçado porque se alimentava de sangue humano. Mas quantas vidas haviam sido consumidas naquela guerra estúpida?Sem motivo, como tantas outras. Do que seriam chamados aqueles poucos que davam as cartas?

Reinos caem com o tempo. As regras se alteram de seu propósito original mesmo em tempos de paz. Olhou para o céu novamente, sem saber se eram seus olhos que refletiam o vermelho da lua ou o contrário. Não fazia diferença. Continuou caminhando. Por onde passava o sangue que encharcava a terra tentava acompanhá-lo, até finalmente fazer parte dele. E a cada passo que dava, ouvia o eco de um grito de uma criança, do desespero de uma mãe, dos sonhos desfeitos de um jovem soldado. Ás vezes perguntava-se se o fato de perceber esses ecos significava que ele sentia algo, mas era um pensamento sem corpo, sem peso, que a próxima gota de sangue extinguia. Afinal, ele não sentia nada, porque não tinha alma. Porque se tivesse, se ele se permitisse sentir, sua alma já estaria destruída. Ele não suportaria se tornar um monstro, afinal.

.

.

.

Quando Integra chegou naquela manhã de inverno em seu escritório, foi para encontrar um envelope não lacrado sobre sua mesa. Aquilo parou todos os seus movimentos. Sua sala estava trancada, ninguém tinha a chave. Nenhum alarme de segurança havia disparado ou sido desarmado e todos os turnos da segurança correram bem. Como alguém teria colocado um envelope sobre sua mesa?

Antes que pudesse chegar a qualquer conclusão ou ver o conteúdo do envelope, Vlad entrou pela porta. Integra chegou a abrir a boca para comentar o que estava acontecendo, mas antes que qualquer palavra fosse pronunciada, ela estava sendo silenciada pelo envelope aberto que Vlad estava colocando sobre a mesa dela. Idêntico ao que ela recebeu.

– Mihaella e Celas também receberam um.

– Como alguém colocou isso na minha mesa? - Integra perguntou, já que aparentemente o fato de alguém ter conseguido fazer isso estava lhe incomodando mais que o fato de os quatro terem recebido.

– Não sei. Mas deve ter sido do mesmo jeito que colocaram um dentro da bolsa da Mihaella, dentro do caixão fechado da Celas e debaixo do meu travesseiro.

De repente, alguém ter conseguido colocar um envelope sobre a mesa de Integra não era mais um feito tão assustador. Resolveu descobrir o que tinha no envelope.

Dentro do envelope estava um cartão. No cartão havia um convite. Um convite escrito com tinta em um tom de vermelho-sangue. Um convite para "Iron Virgin" comparecer naquela tarde para o chá. Um convite escrito em um cartão que cheirava a perfume francês e morte. Um convite assinado simplesmente como H. O de Vlad estava endereçado para "Baffled King".

– Você chegou a ver os outros dois?

Vlad assentiu com a cabeça.

– Idênticos a não ser pelo endereçamento. O de Mihaella endereçado para "Living Princess" e o de Celas para "Police Girl".

– Alguém poderoso o suficiente para nos matar durante o sono se fosse o caso, nos conhece a ponto de nos chamar por alcunhas. Eu achava que apenas Alucard chamava Celas de Police Girl.

– Não sei se o que me incomoda mais são os apelidos ou a entrega do cartão.

Integra concordou com a cabeça. No fundo sabia que teria de aceitar aquele convite. Ao olhar para Vlad, percebeu que ele também sabia disso. Em meia hora Mihaella chegou ao escritório. Dez minutos depois chegou Celas. Os quatro passaram o dia tensos, apenas aguardando a hora do tal chá.

.

.

.

– Sejam bem vindos.

A voz infantil chocou mais Integra que a figura a sua frente. A vampira não devia ter mais do que 8 anos quando foi transformada, mas suas roupas pareciam algo que uma criança da alta sociedade usaria no século 16. Um arrepio correu pela espinha de Integra. Ela sabia quem era aquela vampira e que deveria ser temida, não só pelo grande número de servos (humanos) que ela tinha a sua volta.

– "The Child". - Integra deixou escapar.

– Não, Helena, por favor, Sir Hellsing. Espero não tê-los ofendido chamando-os por apelidos, foi respeitoso da minha parte. - A criança respondeu.

Helena passou seus olhos vermelhos pelo aposento iluminado por velas, focando primeiro em Celas, depois em Mihaella.

– Vocês duas tem sorte. - Ela murmurou simplesmente. - Sentem-se por favor, vamos ao chá.

Helena sentou-se à mesa, onde, de fato, o chá havia sido servido. Um dos servos aproximou-se para servir Vlad, Integra e Mihaella, enquanto um outro depositou uma taça de sangue em frente a Celas. Nada foi servido para Helena. Captando a apreensão de todos, ela disse simplesmente:

– Não se acanhem. Já me alimentei essa manhã e por isso não hei de compartilhar esse momento.

Integra olhou para os servos, encontrando entre eles uma mulher com marcas de dentes no pescoço. Imediatamente fatos sobre a vampira conhecida como "the child" inundaram sua mente. Uma vampira de aparência jovem, mas muito antiga. Dotada de um incrível poder de fascínio sobre as mulheres pelo efeito que sua presença possui sobre o instinto maternal das mesmas. Dizem os boatos que uma mãe é capaz de cortar o próprio ventre e oferecer partes mutiladas do corpo de seu filho não-nascido caso suspeite que isso possa a vir agradar a vampira. Uma vampira que, no geral, não causava grandes problemas, uma vez que quase não saia de casa e não caçava. Era tão poderosa que só aceitava sangue que lhe era oferecido, diretamente da veia, e de bom grado. Apesar de tudo, seus servos ali estavam por vontade própria e separar um servo de um vampiro como aquele era o mesmo que condená-lo a morte, seja por definhamento ou suicídio. Além disso, Helena era a vampira mais antiga da Europa, depois de Alucard. Integra se lembrava de Alucard ter mencionado a vampira algumas vezes. Aparentemente eles se conheciam e se respeitavam, em um certo nível.

Nesse momento Helena respirou fundo e disse, olhando diretamente para Integra.

– Ele era demoniacamente divino, não era?

Integra apenas focou seu olho azul na vampira.

– Sim, Sir Hellsing, eu posso ler mentes. E também posso ver o passado de todos vocês. E como eu invejo todas vocês, que além de terem atingido o corpo adulto de uma mulher ainda tiveram tantos privilégios com o "No-life King".

– O que deseja? - Vlad interrompeu, calmamente tomando seu chá. Foi o único da mesa que teve coragem de fazê-lo.

– Baffled baffled baffled King. Por que tão direto? Não está se divertindo?

Vlad apenas ergueu os olhos amarelos. Helena tremeu quando um arrepio passou por seu corpo. A vampira voltou a falar:

– Existem três coisas que tornam um vampiro poderoso, sabiam? A primeira delas é a idade. Quanto mais velho, mais poderoso. Eu preciso alertá-los de que eu sou, atualmente, a vampira mais antiga sobre a Terra? Apenas o rei era mais antigo do que eu.- Helena olhou fixamente para Celas, claramente tendo lido a pergunta em seus pensamentos. - Minha criança, fui transformada por uma vampira que desejava filhos, que foi transformada por seu amante, que se tornou vampiro ao fazer um acordo com o próprio diabo. Há séculos ambos se tornaram pó. O que me leva ao segundo fator: a nascença. Depende também do vampiro que causa a transformação, do sangue misturado. Nesse ponto, minha criança, nasceu com uma sorte fora do comum, já que carrega o sangue do rei em suas veias imortais. O terceiro fator, claro, é relativo ao número de vidas que o vampiro consumiu.

Helena olhou fixamente para Integra e continuou:

– Entende agora porque o rei era tão poderoso? Quem poderia sequer sonhar em ter os poderes dele? Ele era não apenas um vampiro original, como o próprio negociante, era o vampiro mais antigo ainda a caminhar sobre a Terra e do momento de seu nascimento já possuia milhares de vidas consumidas. - Nesse momento olhou diretamente para Vlad. - Porque não importa se ingeriu ou não o sangue, a lembrança de seus rostos não te abandona, abandona?

Olhou para Mihaella e continuou:

– Mas alguém sonhou em ter os poderes dele. Alguém que não pode contar com a idade, mas está se compensando com um bom nascimento e muito sangue. E eu preciso que vocês o eliminem.

– Quem? - Integra perguntou.

– "The Renegade".

Integra olhava para Helena, tentando juntar os fatos. "The Renegade", ou melhor, Thomas A. Walker, foi um vampiro transformado pelo próprio Alucard pouco antes de o conde ter sido capturado por Van Hellsing. Alucard transformou o jovem pura e simplesmente porque o jovem pediu. Quando Integra perguntava seus motivos, Alucard apenas sorria aquele seu sorriso irritante, mas Integra sempre achou que era uma forma de castigo. O jovem ousou desejar as trevas e teria a eternidade para se arrepender disso. Uma vez Integra ouviu Alucard murmurar que "Aquele que brinca com os mortos deve se juntar a eles", mas nunca nada além disso. De qualquer forma, "The Renegade", como ficou conhecido após várias atrocidades e traições durante as duas guerras mundiais, havia sido feito prisioneiro pelo vaticano e, até onde Integra sabia, estava numa situação, se não muito parecida, pior que a de Alucard quando Integra o encontrou: trancafiado e sem acesso a sangue.

– Não, Sir Hellsing. Ele nunca foi trancafiado. Tentaram domá-lo após o fim da guerra, fazer dele a arma para o Vaticano que o rei era para a Hellsing. Ele simplesmente saiu andando pela porta da frente no momento em que lhe foi oferecido sangue o suficiente para abrir os olhos.

– Então por que... - Integra começou a perguntar, mas Helena a interrompeu. De repente, a Hellsing percebeu o quanto Alucard poderia ter sido irritante se quisesse, mas não era.

– Por que nunca recebeu nenhuma ameaça dele? Quem ameaçaria o rei? - Helena olhou fixamente para Celas. - Quem se levantaria contra o próprio mestre?

– E por que agora? - Mihaella murmurou.

– Não é uma questão de agora. É uma questão de sede. Thomas sempre desejou poder, sempre caçou, sempre matou suas vítimas, mas nunca em solo inglês. Com a queda do rei ele voltou para Londres. Com a gripe, ele tem ficado com sede. E não se engane, Thomas caça em dezenas.

– Mas nós não... - Integra começou, mas Helena virou os olhos e continuou.

– Thomas não se importa em beber ou não sangue infectado. Tem caçado às margens da sociedade, pessoas que ninguém sente falta. É claro que não receberia relatórios sobre esses desaparecimentos. Mas uma característica peculiar de Thomas é que, assim como o rei, ele também bebe sangue de vampiros, o que o torna cada dia mais e mais forte. Com a gripe, vários vampiros menores migraram de Londres. Thomas ousou me desafiar e eu o quero eliminado.

Vlad ergueu os olhos mais uma vez e Helena, pela primeira vez, pareceu perder a confiança em seu discurso. Vlad nada disse, mas ele e Helena pareceram chegar em algum tipo de acordo, porque Helena simplesmente disse:

– Nada é mais aterrorizante para um vampiro que a alma humana. Obrigada pela companhia de vocês. Espero que seja um evento que possa se repetir, em outras circunstâncias.

Vlad acenou com a cabeça, levantou-se e saiu pela porta. As três moças se entreolharam e o seguiram. Vlad só disse alguma coisa quando chegaram novamente no escritório da Hellsing:

– Como derrotar alguém invencível?

– Thomas Walker não é invencível. Ninguém é invencível. - Integra respondeu, lembrando-se que até Alucard havia sido derrotado.

Vlad concordou com a cabeça. Sentou-se sobre sua mesa e continuou a falar, sem focar em ninguém em particular:

– Um inimigo mais forte pode parecer invencível. Até que tenha uma de duas coisas destruída: o corpo ou a vontade. - Parou por alguns segundos, finalmente erguendo os olhos amarelos para continuar. - Nós temos como destruir um dos dois?

Celas e Integra se entrolharam. Mihaella apenas baixou os olhos.

– Mihaella? - Vlad perguntou.

– Vlad... Eu não... Helena é a vampira mais antiga. Ela deveria ser capaz de... Mas... O ser mais antigo sobre a Terra. Sou eu... Não sou? Eu tenho idade e um bom nascimento mas... Apesar de ainda ter alma, eu só tenho em mim as vidas que Vlad III me deu. Eu nunca matei ninguém... Eu nem mesmo tenho poderes!

Vlad balançou a cabeça.

– Você não vai confrontá-lo Mihaella. Até porque, tecnicamente o "ser mais antigo a andar sobre a Terra", por definição, só posso ser eu, já que sou mais velho que o próprio Vlad III. - E antes que um trio feminino bastante alarmado pudesse protestar, Vlad continuou. - E, também por definição, meu nascimento necessariamente precisa ser melhor que o de Alucard. E nossa, que legal, EU TAMBÉM TENHO ALMA! Além de treinamento militar, experiência em batalhas e uma adorável coleção de pesadelos me seguindo por toda a vida.

– Você não vai lutar com Thomas Walker enquanto eu tiver algo a dizer. - Integra vociferou.

– E o que tem a dizer, Sir Hellsing? - Vlad perguntou.

Aquilo calou Integra por alguns segundos. Foi o tempo suficiente para Celas perguntar:

– E por que a própria Helena não derrota Thomas?

– Ela só tem idade. Um nascimento mediano e pouquíssimas vítimas consumidas ao longo dos séculos. Ela deve ter matado o que? Uma, duas mulheres a cada 50 anos? - A própria Integra murmurou, rendendo-se e acendendo um cigarro.

Vlad concordou com a cabeça. Helena só bebia sangue que lhe era oferecido, das mulheres que se achavam mães dela. Como Helena não as matava, só havia duas formas delas morrerem: de velhice ou de desgosto por não ser mais a madrasta preferida. No segundo caso, ou elas morriam por terem sido trocadas ou eram mortas pela nova madrasta. Essas devem ser as mortes que Helena carrega consigo.

Integra parou para pensar por alguns segundos, e exalando a fumaça acre de seu cigarro, finalmente levantou uma pergunta pertinente:

– Sabemos porque Helena não matou Thomas. Mas por que Thomas não matou Helena?

Depois de alguns segundos, Integra ergueu os olhos e disse:

– Um vampiro original não pode entrar na casa de outrem sem ser convidado.

– E nós acabamos de receber um convite. - Respondeu Vlad. - O que é ainda mais precioso para alguém como Thomas que o sangue de Helena?

Vlad olhou a sua volta. Integra era humana, pura e simplesmente. Mas tinha algo em sua alma capaz de controlar o próprio "No-Life King", que não era ninguém menos que o mestre de Thomas. Celas, até onde Vlad sabia, era a única vampira além de Thomas que havia sido criada pelo próprio Alucard, e por conta da guerra de Londres, havia consumido muitas vidas que possuíam em si muitas vidas. Mihaella era uma alma viva, forte e muito antiga, de um bom nascimento, mas tinha em si apenas as vidas dos inocentes que Vlad III lhe deu. E então ele mesmo, que além de tudo o que já havia dito em voz alta para Mihaella tinha o sangue do próprio "No-Life King" em suas veias.

– A vida de qualquer um de nós. - Vlad disse, finalmente.

– Se ele já é tão forte hoje, o que ele será se conseguir o sangue de um de nós? - Celas perguntou.

– E se ele conseguir o sangue de todos nós? - Integra disse, levantando os olhos que antes estavam fixos em seu cigarro. - Não matando Helena, ele nos colocou no jogo.

– Mas por que agora? Ele podia ter me encontrado a qualquer momento desde o selo de Van Hellsing. Já faz anos desde que a presença de seu mestre não lhe é mais empecilho. Um plano como esse... A fome realmente é motivo o suficiente? - Mihaella perguntou.

– A gripe não é o motivo. - Vlad soltou, respirando fundo.

– E qual é? - Integra perguntou, apagando seu cigarro.

– O rei está morto. - Vlad respondeu, escondendo o rosto com as mãos.

All I see turns to brown as the sun burns the ground
And my eyes fill with sand
As I scan this wasted land trying to find
Trying to find, trying to find where I've been

Oh, pilot of the storm who leaves no trace
Like thoughts inside a dream
Hid the path that led me to that place
Yellow desert stream

My Shangri-la beneath the summer moon
I will return again
Sure as the dust that floats high in June
When moving through Kashmir

Oh, father of the four winds, fill my sails
Across the sea of years
With no provision, but an open face
Along the straits of fear

Oh, oh, oh, oh

When I'm on
When I'm on my way, yeah
When I see
When I see the way, you stay, yeah

Oh, yeah, yeah, oh, yeah, yeah
When I'm down
Oh, yeah, yeah, oh, yeah, yeah
When I'm down
Oh, my baby, oh, my baby
Let me take you there


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Notas finais do capítulo

A Helena soou familiar para alguém? Muahahahahha.

Muito obrigada por ler. Favor comentar.



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